Árbitro de vídeo na final pernambucana? A autorização de teste veio tarde demais

Tecnologia no futebol? Crédito: Fifa

A função do árbitro de vídeo está em teste até 2017, segundo autorização comunicada pela Fifa em 5 março de 2016, após a aprovação International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol. Na Europa, a federação holandesa já realizou a primeira experiência, cujo objetivo é, sobretudo, checar se a bola entrou ou não, impedimento em lances de gol e os locais exatos das faltas, dentro ou fora da área. No Brasil, há a expectativa na Série A a partir de agosto. Acredite, o primeiro teste poderia ter sido no Recife. Em 2 de outubro de 2015, a FPF, através da CBF, via Marco Polo Del Nero, encaminhou um ofício à Fifa solicitando o uso experimental na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com todos os jogos televisionados.

“Obrigado por sua carta relacionada à solicitação adicional para conceder autorização à Federação de Futebol do Estado de Pernambuco, no que diz respeito ao uso do Árbitro de Vídeo (AV), em uma das competições promovidas por essa entidade, e pedimos desculpas pela demora na resposta. Conforme o que foi dito em uma carta anterior, o uso do AV, atualmente, não é permitido. Após consultas com a Fifa, é do nosso entender que essa situação não se aplica apenas a associações ou a confederações diretamente afiliadas à Fifa (e, consequentemente, também à Ifab), mas também a federações locais de futebol associadas a elas, com jogadores registrados etc.”

Texto assinado por Lukas Brud, secretário da Ifab, em 29 de outubro de 2015.

A autorização sairia cinco meses depois, já sem tempo de implantar a ideia no Pernambucano. Pela pressão entre rubro-negros e tricolores, envolvidos na decisão de 2016, a direção da FPF acabou publicando a resposta oficial ao requerimento (abaixo). Como curiosidade, vale dizer que não teria sido a primeira vez que o Estadual serviria como laboratório. Em 2011, a competição foi um teste para os árbitros de linha de fundo – na ocasião, a ideia não funcionou.

Resposta da Ifab à solicitação da FPF para árbitros de vídeo no Estadual 2016. Crédito: FPF/reprodução

O balanço da primeira janela brasileira de transferências internacionais em 2016

Relatório do Fifa/TMS sobre a janela brasileira de transferências em 2016 (janeiro/abril)

A primeira janela de transferências do futebol brasileiro em 2016 foi de 28 de janeiro a 20 de abril, mantendo a ordem das negociações dos últimos anos. Mais jogadores voltando do que saindo e mais receita nos clubes locais do que gasto no exterior. Ainda que a curva de entrada (399) e saída (186) tenha se mantido descendente, os números seguem altos. Ao todo, 585 atletas foram registrados no Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da Fifa, criado em 2011, para cadastrar oficialmente todas as negociações internacionais.

Considerando as últimas três temporadas, nunca se gastou tanto no Brasil, crise econômica à parte. Foram investidos US$ 35 milhões, ou R$ 124 milhões – o Sport colaborou com o processo, sobretudo com as contratações do chileno Mark González e do colombiano Lenis, este por 790 mil dólares, a mais cara do clube. O saldo geral da balança segue positivo devido ao montante oriundo do mercado estrangeiro, US$ 82 milhões (ou R$ 292 mi).

Confira os balanços anuais de transferências internacionais no futebol aqui.

A próxima janela brasileira será de 22 de junho a 21 de julho.

Relatório do Fifa/TMS sobre a janela brasileira de transferências em 2016 (janeiro/abril)

Os torneios olímpicos de futebol no Rio

Sorteio dos torneios olímpicos de futebol em 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Os torneios olímpicos de futebol em 2016, tanto masculino quanto feminino, foram definidos em sorteio no Maracanã, palco da decisão dos Jogos do Rio de Janeiro, com a Seleção Brasileira buscando o inédito ouro nas duas categorias. Tem cinco pratas ao todo. Entre os homens, na mais que conhecida obsessão da Canarinha, o time Sub 23 ficou num grupo fácil, com Iraque, África do Sul e Dinamarca. Para o evento, que será realizado em seis cidades (apenas Salvador no Nordeste), o time deverá contar com Neymar, liberado pelo Barcelona. O craque será um dos três convocados acima do limite de idade.

O degrau mais alto do pódio vem passando pertinho há algumas Olimpíadas. As cinco medalhas foram conquistadas nas últimas oito edições, com três pratas (1984, 1988 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2008). Até hoje, 18 seleções conseguiram o ouro olímpico no futebol, incluindo os rivais Uruguai e Argentina, ambos bicampeões (1924/1928 e 2004/2008). Logo, o Brasil só aparece em 19º lugar no quadro de medalhas (abaixo). O regulamento no Rio é o mesmo das últimas edições, com quatro grupos de quatro times, nos quais os dois melhores avançam. Na sequência, quartas de final, semifinal e final. É a chance.

Grupos do torneio olímpico masculino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção masculina na 1 fase:
04/08 – Brasil x África do Sul (Mané Garrincha, 16h)
07/08 – Brasil x Iraque (Mané Garrincha, 22h)
10/08 – Brasil x Dinamarca (Salvador, 22h) 

Já no torneio feminino, onde a Seleção também bateu na trave, são doze países, divididos em três chaves. Ou seja, além dos dois melhores de cada grupo, os dois melhores terceiros lugares avançam ao mata-mata. Ainda liderado por Marta, o time verde e amarelo tem como missão chegar ao menos na semifinal. Nas cinco edições realizadas desde Atlanta, em 1996, as mulheres brasileiras só caíram nas quartas uma vez, justamente na última edição, em Londres.

Grupos do torneio olímpico feminino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção feminina na 1ª fase:
03/08 – Brasil x China (Engenhão, 16h)
06/08 – Brasil x Suécia (Engenhão, 22h)
09/08 – Brasil x África do Sul (Manaus, 22h)

Palcos selecionados: Maracanã, Engenhão, Mané Garrincha, Arena Corinthians, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia. Sobre ingressos, veja aqui.

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio masculino de 1900 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio masculino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio feminino de 1996 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio feminino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

Neve e deserto nas problemáticas obras da Copa do Mundo, em 2018 e 2022

Obra do estádio Saint Petersburg, na Rússia, para a Copa de 2018. Foto: Fifa/site oficial

Em 2 de dezembro de 2010, a Fifa anunciou Rússia e Catar como sedes das Copa do Mundo de 2018 e 2022, num processo simultâneo e cercado de polêmica sobre os votos. Enquanto os países batalham politicamente para tentar sustentar uma imagem isenta sobre as respectivas escolhas, as novas arenas (sempre mais caras) vêm sendo tocadas. Na Rússia, são doze, em distâncias semelhantes às do torneio no Brasil, também com dimensões continentais.

Com o rigoroso inverno do país, as obras passam parte do tempo do cobertas de neve, num frio proveniente da Sibéria. A essa condição abaixo de zero some denúncias de salários atrasados, segundo o jornal inglês The Guardian. De positivo, dois palcos em operação, do Rubin Kazan e do Spartak. Enquanto isso, no Oriente Médio, o cenário é desastroso em termos de segurança no trabalho.

Obras dos estádios na Rússia (Copa 2018) e Catar (Copa 2022). Fotos: Fifa/site oficial

Já são mais de 1.200 trabalhadores mortos durante as obras do Catar. Segundo a International Trade Union Confederation, num dado revelado pela revista Exame, a estimativa é que mais quatro mil morram até a conclusão dos estádios. Motivos? A mão-de-obra barata seria submetida a jornadas acima de 12 horas, em ambientes inadequados em termos e a temperaturas de até 50 graus – não por caso, parte do trabalho está sendo transferido para a noite.

A Fifa, como aconteceu no Brasil, divulga com certa regularidade imagens das obras, ainda que não esteja revelando os percentuais de execução em cada uma. Do canteiro coberto pelo branco da neve às estacas no deserto, os opostos das próximas Copas… Com velhos problemas na concepção.

Neve: Samara, Saint Petersburg, Nizhny Novgorod, Moscou e Ekaterinburg.
Deserto: Khalifa e Al Rayyan.

Obra do estádio Khalifa, no Catar, para a Copa de 2022. Foto: Fifa/site oficial

O surgimento de Pelé e o roubo da Jules Rimet, uma era brasileira no cinema

Filmes sobre o futebol brasileiro em 2016: "Pelé, o nascimento de uma lenda" e "O roubo da taça". Crédito: montagem sobre reprodução dos trailers

A era de ouro do futebol brasileiro foi marcada pelo tricampeonato mundial, entre 1958 e 1970, tendo Pelé como ícone. O Rei é o único jogador com três títulos da Copa do Mundo, entre tantas outras marcas incríveis, como os 1.284 gols. Aos 75 anos, Pelé ganha uma cinebiografia hollywoodiana (“Pelé – O nascimento de uma lenda”), contando os seus primeiros passos no mundo da bola, aos 10 anos, ainda em Bauru, até o estrelato, com a conquista na Suécia aos 17 anos.

O craque do Santos é interpretado por Leonardo Lima (10 anos) e Kevin de Paula (17), selecionados entre 400 garotos brasileiros – apesar disso, o filme foi rodado em inglês. Já o papel de seu pai, Dondinho, coube ao cantor Seu Jorge. Outro personagem de destaque é Vicente Feola, o primeiro técnico campeão mundial pela Canarinha, interpretado pelo xará norte-americano Vincent D’Onofrio, conhecido como Wilson Fisk, na série Demolidor. Boa parte das filmagens, através da IFC Filmes, aconteceram no Rio de Janeiro, cenário de outra película prevista para este ano, antagônica às conquistas de Pelé.

Em 19 de dezembro de 1983, dois homens entraram na antiga sede da CBF, na Rua da Alfândega, no centro, renderam o vigia e roubaram a Taça Jules Rimet! Levaram a peça original, que estava numa redoma no 9º andar do prédio, enquanto a réplica seguia guardada num cofre (acredite, não é piada). O troféu, ganho em definitivo após o tri, acabaria derretido, numa história mal explicada, mas agora com contornos cinematográficos, com “O roubo da taça”, da Prodigo Filmes. No elenco, nomes como Stepan Nercessian, Taís Araújo e Mr. Catra (!).

Assista aos trailers, com histórias distintas e complementares. Do auge brazuca ao constrangedor fim do símbolo de uma era sem precedentes no futebol…

Pelé – O nascimento de uma lenda

O roubo da taça

CBF, a entidade sem fins lucrativos com meio bilhão de lucro entre 2007 e 2015

Sede da CBF. Crédito: CBF

Em 30 de abril de 2007, a CBF divulgou o seu balanço financeiro referente ao exercício do ano anterior. Por sinal, 2006 foi a última temporada com prejuízo para a entidade, de R$ 22.133.000. E olhe que a confederação recebeu na ocasião um adiantamento da Isec, a International Sports Events Company, sobre os direitos dos amistosos da Seleção Brasileira por quatro anos. Desde então, ainda que a administração na entidade tenha seguido rigorosamente a mesma linha, com foco na seleção em detrimento dos clubes de futebol – a não ser para se manter no poder -, o lucro líquido em nove anos chegou a meio bilhão de reais! Mais precisamente, R$ 503 milhões.

O cenário não mudou nem mesmo com o conturbado 2015. Corrupção na Fifa, enfraquecimento político, negociações isoladas dos clubes, fuga de patrocinadores, troca de presidentes etc. Em relação ao balanço passado, o lucro subiu 41%, chegando a R$ 72.081.000. O faturamento com patrocínios caiu (5,5%), terminando em R$ 339.604.000, mas acabou “recompensado” com a redução das despesas administrativas, de R$ 167 mi para R$ 119 mi (28%).

O blog encontrou os saldos dos últimos nove balanços da confederação, todos positivos, totalizando R$ 503 milhões no período. Se no último déficit o faturamento anual foi de R$ 99 milhões, a parti dali o aumento foi considerável. Imagina-se o motivo de tanta vontade de permanecer na sede no Rio de Janeiro – mesmo sem estar na cadeira de fato. Não por acaso, fomenta-se o apoio, com R$ 123 milhões distribuídos no ano entre as 27 federações estaduais.

Lucro da CBF
2007 – R$ 10 milhões
2008 – R$ 32 milhões
2009 – R$ 72 milhões

2010 – R$ 83 milhões
2011 – R$ 73 milhões
2012 – R$ 55 milhões
2013 – R$ 55 milhões
2014 – R$ 51 milhões
2015 – R$ 72 milhões

Faturamento da CBF
2007 – R$ 114 milhões
2008 – R$ 152 milhões
2009 – R$ 233 milhões
2010 – R$ 271 milhões
2011 – R$ 313 milhões
2012 – R$ 360 milhões
2013 – R$ 436 milhões
2014 – R$ 519 milhões
2015 – R$ 518 milhões

A CBF é uma “pessoa jurídica de direito privado, de caráter desportivo, sem fins lucrativos, conforme os arts. 1º e 6º do seu Estatuto”. Há tempos, luta com todas as forças para manter tal status, sem uma regulação de fato.

Novo presidente da Fifa, Gianni Infantino promete Copa do Mundo com 40 seleções

Gianni Infantino, o presidente-eleito da Fifa em 2016. Foto: Fifa/twitter

No segundo turno da eleição em Zurique, o que não acontecia desde 1974, o suíço Gianni Infantino foi eleito para a presidência da Fifa pelos próximos quatro anos. Candidato com status de secretário-geral da Uefa, o dirigente tem como primeira meta, claro, tentar limpar a imagem da Fifa, arruinada pelo escândalo de corrupção, desarticulado pelo FBI. Bem difícil. Entre as promessas de campanha, saindo da estrutura política, uma ideia chama atenção. Trata-se da ampliação da Copa do Mundo, passando de 32 para 40 países! O formato atual, tecnicamente já inchado, foi estabelecido em 1998, na França. O controverso torneio no Catar, em 2022, será o sétimo assim. Durante a campanha, Gianni lançou a proposta, em 19 de janeiro, baseada na “representatividade”. O europeu afirma também ter simpatia pela ideia de um mundial regional, semelhante à edição organizada simultaneamente entre Japão e Coreia do Sul. Contudo, ele destaca que pode ocorrer em até mais de dois países…

“Deveríamos dar a mais oito países a possibilidade de aproveitar do febre da Copa do Mundo de uma forma passional. E também conseguiríamos uma maior representação em todo o mundo no processo.” 

“A Fifa deveria explorar a possibilidade de organizar a Copa do Mundo não só em um ou dois países, mas em toda uma região. Assim, permitiria que diversos países aproveitassem a honra e os benefícios de receber a Copa do Mundo.”

Vale lembrar que Argentina e Uruguai já articulam, em conjunto, uma candidatura para 2030, quando o torneio completará um século, iniciado justamente em Montevidéu. A seguir, a quantidade de participantes em todas as copas.

1930 – 13 seleções (18 jogos)
1934 – 16 seleções (17 jogos)
1938 – 15 seleções (18 jogos)
1950 – 13 seleções (22 jogos)
1954 – 16 seleções (26 jogos)
1958 – 16 seleções (35 jogos)
1962 – 16 seleções (32 jogos)
1966 – 16 seleções (32 jogos)
1970 – 16 seleções (32 jogos)
1974 – 16 seleções (38 jogos)
1978 – 16 seleções (38 jogos)
1982 – 24 seleções (52 jogos)
1986 – 24 seleções (52 jogos)
1990 – 24 seleções (52 jogos)
1994 – 24 seleções (52 jogos)
1998 – 32 seleções (64 jogos)
2002 – 32 seleções (64 jogos) – 2 sedes
2006 – 32 seleções (64 jogos)
2010 – 32 seleções (64 jogos)
2014 – 32 seleções (64 jogos)
2018 – 32 seleções (64 jogos)
2022 – 32 seleções (64 jogos)
2026 – 40 seleções? (76 jogos?) – 3 sedes?

Sobre a eleição, Gianni, de 45 anos e não citado nas investigações, recebeu 115 dos 207 votos, garantindo um mandato até 2019. Ele será o 9º presidente da história da entidade. Eis as dez propostas do novo homem-forte do futebol:

1) Implementar uma boa governança e cumprir as reformas
2) Indicar um novo secretário-geral da Fifa
3) Encontros estratégicos com membros das associações ainda em 2016
4) Encontro com parceiros comerciais para retomar a confiança para o mercado
5) Articular novos regulamentos de desenvolvimento do futebol
6) Foco em projetos nacionais e regionais para ajudar as confederações
7) Iniciar o processo de organização da Copa do Mundo de 2026
8) Criar um programa de estágio para a cooperação em todos os níveis
9) Introduzir reformas concretas para o sistema de transferência
10) Criar um grupo de “renomes” para ações sociais no futebol 

Eleição na Fifa. Crédito: Fifa/twitter

Futebol ignora crise com uma transação internacional a cada 38 minutos em 2015

O número de jogadores que trocaram de clubes em transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Por dia, 37 transferências internacionais são registradas no futebol. Isso corresponde a uma negociação firmada a cada 38 minutos. Ao todo, foram 13.558 contratos em 2015, segundo o balanço anual do Transfer Matching System, divulgado em 21 de janeiroA sigla “TMS” se refere ao sistema eletrônico criado há cinco anos pela Fifa para registrar oficialmente todas as negociações entre clubes de países distintos, numa operação feita na Suíça. O levantamento considera empréstimo, venda, fim de contrato e jogadores livres.

Ainda que o mundo esteja tentando driblar a crise, no futebol as cifras só aumentam. No último ano, as transferências globais envolveram US$ 4,18 bilhões (R$ 17,1 bi), com média de 308 mil dólares por jogador. De acordo com o relatório, o destaque anual é a óbvia expansão chinesa, com reflexo direto no Brasil, com 16 jogadores (entre os melhores da Série A) negociados para o país asiático. Segundo a avaliação, aliás, o mercado brasileiro estaria em declínio.

O TMS engloba 6,5 mil clubes, incluindo o Trio de Ferro. Entre os principais exemplos locais, a venda de Joelinton, do Sport para o Hoffenheim por 2,4 milhões de dólares, a contratação de Grafite, do Al-Sadd do Catar para o Santa, e a saída de Josimar, liberado pelo Náutico para o Al Fateh, da Arábia Saudita.

Em 2016, as duas janelas brasileiras serão de 23/01 a 16/04 e de 22/06 a 21/07.

O gasto dos clubes nas transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Os campos da Ilha do Retiro e do Arruda unificados com as dimensões Padrão Fifa

Novas medições do campo da Ilha do Retiro em 2016, no Padrão Fifa. Williams Aguiar/Sport

Todos os campos das Séries A e B deverão ter as mesmas dimensões a partir de 2016, utilizando o padrão adotado pela Fifa na Copa do Mundo, com 105 metros de comprimento por 68 metros de largura. A decisão havia sido anunciada por Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, em 8 de dezembro, após o encerramento da última temporada do futebol nacional.

Com a decisão – que tem uma certa lógica -, mudança teria que ser executada no máximo até maio, no início do Brasileirão. No Recife, dos três campos inscritos na competição, somente a Arena Pernambuco tinha o tamanho oficial. Mando do Náutico e de alguns jogos de Sport e Santa Cruz. Entretanto, os rivais das multidões também precisavam mudar as pinturas das linhas da Ilha e do Arruda. A mudança ocorreu simultaneamente e ambos terão o padrão unificado já a partir do Campeonato Pernambucano, incluindo novas traves, removíveis. Ao todo, na elite, sete estádios tinham essa necessidade de adaptação.

Tamanhos anteriores:
8.268 m² (109,95m x 75,20m) – Ilha do Retiro
7.350 m² (105m x 70m) – Arruda

Imagens com as novas marcações: Ilha do Retiro e Arruda.

Levando em conta que a área total no Padrão Fifa é de 7.140 metros quadrados, a redução foi de 1.128 m² para os rubro-negros e 210 m² aos corais. Pelas marcas das bandeirinhas nas primeiras fotos, a diferença no campo de jogo é considerável. O objetivo agora é melhorar a qualidade do piso, com ambos em recuperação desde dezembro, com o uso de herbicidas e inseticidas.

Outros estádios do Brasileirão fora dos padrões:
7.869,7 m² (108,25m x 72,7m) – Morumbi (São Paulo)
7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba)
7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos)
7.350 m² (105m x 70m) – Barradão (Vitória)
7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)

Novas medições do campo do Arruda em 2016, no Padrão Fifa. Peu Ricardo/Esp. DP

Lionel Messi, cinco vezes o melhor jogador de futebol do mundo

Lionel Messi, o melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015. Fotos: Fifa/divulgação

“Espero apanhar o Messi já na próxima época.”

Vai ter que esperar alguns anos, Cristiano Ronaldo…

Com um português de raiz, Cristiano Ronaldo havia dito há um ano qual seria o seu objetivo em 2015. Declaração dada com a Bola de Ouro nas mãos, a sua terceira. Caso conquistasse o badalado prêmio mais uma vez, empataria com o seu grande rival no futebol, Lionel Messi.

Com cinco títulos na temporada, comandando o Barcelona e o brilho de sempre, após se recuperar de uma grave lesão, o gênio argentino não deixou margem alguma para dúvidas na escolha do melhor jogador do mundo na temporada. Chegou a cinco nomeações, recorde absoluto.

Após as premiações de 2009 a 2012, La Pulga volta ao topo de fato e de direito. Sim, porque mesmo nos dois anos em que o craque português foi o escolhido o público parecia cético quanto à realidade nos gramados. Seja definindo ou dando o último passe, Messi participou diretamente de 78 gols em 61 jogos no ano (1,27). Ao todo, foram 61 jogos, 52 gols e 26 assistências.

De poucas palavras, Messi disse que ainda pode melhorar.

“Já se passou muito tempo desde 2009. Eu cresci e aprendi algumas coisas. Nos crescemos e aprendemos em todos lugares. Eu ainda estou tentando melhorar o meu jogo.” 

Imagine quando isso acontecer!

Ranking de premiações do “melhor do mundo” (1991-2015):
8 – Brasil (Ronaldo 3, Ronaldinho 2, Romário 1, Rivaldo 1 e Kaká 1)
5 – Argentina (Messi 5)
4 – Portugal (Cristiano Ronaldo 3, Luís Figo 1)
3 – França (Zidane 3)
2 – Itália (Baggio 1 e Cannavaro 1)
1 – Alemanha (Matthäus)
1 – Holanda (Van Basten)
1 – Libéria (Weah)

Também presente na festa em Zurique, Neymar figurou pela primeira vez entre os três melhores, o que não ocorria com um brazuca desde 2007. Com 62 jogos, 45 gols e os mesmo cinco títulos do amigo argentino, Neymar deu o primeiro passo para quebrar a hegemonia Messi/CR7, que já dura oito anos…

Lionel Messi, o melhor do mundo em 2009, 2010, 2011 e 2012. Fotos: Fifa/divulgação