O caro desembarque de craques estrangeiros na Série A

Seedorf no Botafogo e Forlán no Internacional. Fotos: Botafogo e Internacional/divulgação

Clarence Seedorf, holandês de 36 anos. Diego Forlán, uruguaio de 33 anos.

Craques internacionais, renomados. Ambos estavam na poderosa liga italiana.

Chegam ao país com muita bagagem no mundo da bola e contratos longos pela frente.

O ex-jogador do Milan assinou com o Botafogo até 2014.

O ex-atleta da rival Internazionale ficará no Internacional até 2015.

Futebol à parte, pois os dois meias têm amplas condições de apresentar um bom rendimento no campeonato nacional, vamos às cifras, altíssimas.

Tetracampeão da Liga dos Campeões da Uefa, Seedorf receberá R$ 625 mil mensais. O contrato todo gira em R$ 15 milhões.

Eleito pela Fifa como o craque da Copa do Mundo de 2010, Forlán deverá custar ao cofre colorado a bagatela de R$ 480 mil por mês.

Dois nomes emblemáticos que escancaram de vez o novo patamar financeiro do futebol brasileiro. Mesmo com conhecido déficit, os clubes vêm mostrando vigor.

Aliado à oratória dos empresários, que estão conseguindo aplicar supersalários no país, a Série A vem importando estrelas.

Manter tudo em ordem é o que parece ser um desafio ainda maior. Nos casos citados, os times vão associar os reforços a pesadas campanhas de marketing.

Para aumentar o quadro social e também corporativo, com patrocinadores.

No embalo disso, até o Figueirense ousou e acertou com o uruguaio Loco Abreu, de 35 anos, por R$ 295 mil a cada trinta dias.

Seedorf, Forlán e Abreu somados irão gerar uma despesa de R$ 1,4 milhão.

Mais. Nos últimos três anos, quatro brasileiros, Ronaldo, Neymar, Adriano e Ronaldinho Gaúcho, fecharam contratos no país com salários acima de R$ 1 milhão!

Isso é um indício claro sobre o caminho que os demais clubes deverão tomar para continuar competitivos ou o início de uma bolha econômica?

O produto interno do bruto brasileiro se mostra sólido. Veremos então o nível de gestão.

Até bem pouco tempo, um salário de R$ 100 mil era top no esporte. Hoje em dia, tem quem fique no banco de reservas por esse valor…

Saiba mais sobre o Risco Brasil devido ao novo patamar dos salários aqui.

Seedorf no Milan e Forlán na Internazionale

Miniatura de estádios e troféus, sem versões no Recife

Nos primórdios do futebol não havia sequer a camisa oficial do time no mercado. Para torcer pelo clube com a camisa, era necessário mandar confeccionar uma.

Até o dia em que alguém percebeu o quanto isso poderia ser rentável. Como se sabe, atualmente os clubes lançam até quatro uniformes por ano.

O mercado foi avançando nesta paixão, com centenas de produtos licenciados.

Nessa gama, o estádio, a casa do torcedor.

Uma miniatura oficial com as características de cada praça. No exterior, é moda.

Isso vem se tornando uma mania na região Sul. Grêmio, Internacional, Coritiba, Paraná Clube e Figueirense já lançaram modelos, com tamanho 12 cm x 12 cm, com preços variando de R$ 80 a R$ 199. Na Inglaterra os estádios já viraram brinquedos (veja aqui).

No Recife, os grandes clubes ainda não conseguiram fechar parcerias para a produção em larga escala de Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.

Mas há quem já enxergue ainda mais, reproduzindo troféus históricos. Pois é.

O Tricolor Gaúcho, para citar um exemplo, tem em sua loja oficial minituras do taça do Mundial Interclubes de 1983 e das Libertadores de 1983 e 1995 (veja aqui).

Aqui, quais seriam os troféus escolhidos?

O hexa alvirrubro de 1968? Os nacionais rubro-negros de 1987 e 2008? O tri-super estadual de 1983 ou a redenção coral de 2011?

Quem sabe, em breve, no seu museu particular… Miniaturas de estádios e troféus.

Castigo timbu no último lance em Santa Catarina

Série A 2012: Figueirense 2 x 1 Náutico. Foto: ANTÔNIO CARLOS MAFALDA

Com Araújo isolado à frente, o Náutico entrou em campo na estreia na Série A com uma postura bastante precavida, disposto a ver de fato qual seria a proposta de jogo do Figueirense, ainda abalado com a perda do título catarinense, em casa.

Com um clima de 18 graus e chuva fina, na noite desta sábado, a torcida local não se fez presente em bom número, reduzindo a pressão da partida em Florianópolis.

Se coordenação, o Figueira se lançou poucas vezes ao ataque no primeiro tempo. Nos dois casos, lances individuais, com Roni e Guilherme Santos.

No primeiro lance, o atacante assustou Gideão, mas o chute foi pra fora. No segundo, o jogador driblou a zaga timbu e bateu firme, de for a da área. Sem sucesso.

Enquanto isso, o Alvirrubro praticamente não contragolpeava, tentando não se exceder na partida. Em compensação, marcou bem, fechando os espaços.

Na etapa final, já consciente de que o adversário não assustava tanto assim, o Náutico até se arriscou algumas vezes. Não muitas, é verdade. Mas pelo menos contra-atacou.

Com apenas 22 segundos, o estreante Araújo perdeu uma chance incrível, num chute cruzado. Aos 28, cara a cara com o goleiro, Araújo desperdiçou de novo.

Quem não faz, leva… Fernandes, com cinco alvirrubros só observando, abriu o placar.

Apesar do baque, a quinze minutos do fim, o Timbu ainda reuniu forças para tentar trazer um ponto de Santa Catarina. Pênalti aos 33, com Ronaldo Alves sendo empurrado.

Com personalidade, Araújo foi para a cobrança. Dessa vez, eficiente.

O empate parecia sacramentado, até que após uma confusão na área o também estreante Caio empurrou para as redes, fazendo o gol da vitória catarinense, 2 x 1.

No Recife, no próximo sábado, o Náutico jogará no mesmo ingrato horário das 21h, mas dessa vez com o calor da torcida nos Aflitos, conta o Cruzeiro. Bola pra frente, Timbu.

Série A 2012: Figueirense 2 x 1 Náutico. Foto: Rubens Flores / Fotoarena

Apresentando a la Europa

O Figueirense apresentou nesta semana o seu elenco para a temporada de 2011.

De uma forma bem incomum, pelo menos para o futebol brasileiro.

Em um show no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, o clube cobrou uma taxa simbólica: um quilo de alimento não perecível. Marketing e visão social.

Foram 5 mil torcedores, com clima de jogo de futebol. Animação no embalo do acesso à Série A do Campeonato Brasileiro deste ano. Que os nossos dirigentes assistam:

É preciso fugir de Finados

Série B-2010: Figueirense 0 x 0 Sport. Foto: Sport/divulgação

O relógio do árbitro Sálvio Spínola marcava quase 50 minutos do 2º tempo.

Num vacilo incrível da zaga leonina, desatenta, o atacante Jean Carioca invadiu a área rubro-negra livre para marcar o gol da vitória do Figueirense.

Na meta, Magrão. E o camisa 1 do Sport saiu bem e defendeu.

No rebote, o mesmo Jean chutou novamente.

Nova defesa de Magrão.

Após o lance proibido para cardíacos, fim de jogo em um sábado ensolarado.

Empate em 0 x 0 no estádio Orlando Scarpelli, em um duelo direto pelo G4.

Um jogo repleto de faltas, nervoso, com cara de “decisão”. Dos dois lados.

Ao Sport, uma zaga remexida, improvisada. Mas que conseguiu suportar a pressão. E quando não conseguiu, como já ficou claro, Magrão estava lá. Um ponto na bagagem.

O acesso na Série B continua sendo um sonho para o Sport. Ainda vivo.

Está a 4 pontos do América/MG, o último time na zona de classificação.

A 6 rodadas do fim da Segundona, a missão segue difícil, é verdade.

Na próxima rodada, na terça-feira, dez jogos no mesmo dia.

Na Ilha do Retiro, Sport x Bragantino. Em Curitiba, Paraná x América/MG.

A conta? Vitória rubro-negra na Ilha e empate ou derrota mineira no Paraná.

Algo diferente disso e o feriado de 2 de novembro fará sentido: Finados.

E aí não tem Magrão que ajude…

“Faz-me rir”

Série B-2010: Náutico 1 x 0 Figueirense. Gol de Zé Carlos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

No último treino, na segunda-feira, um bom humor animador.

Apesar das três derrotas consecutivas e dos dois meses de salários atrasados, os jogadores do Timbu procuraram mostrar que ainda era (é) possível buscar uma recuperação no Brasileiro da Série B.

O time até recebeu a visita do conselheiro e colaborador Américo Pereira. Mas, de forma unânime, eles negaram a especulação de que uma folha havia sido quitada.

Mas a garantia de um esforço por parte da diretoria surtiu efeito. Com o apoio de 7 mil torcedores, com “sangue nos olhos” e com uma boa dose de raça, o Náutico conseguiu superar o difícil confronto contra o Figueirense, na noite desta terça-feira.

Uma vitória suada por 1 x 0, nos Aflitos, em uma penalidade convertida pelo ala Zé Carlos, conduzida pelo meia Giovanni e, sobretudo, confirmada pela defesa de Glédson, que segurou um pênalti aos 42 minutos do 2º tempo.

Além do bicho pelo resultado, o elenco deverá receber, finalmente, o “faz-me rir” em cifras. O bom humor precisa continuar em Rosa e Silva.

Céu de brigadeiro. Ilusão?

Série B-2010: Sport 2 x 1 Figueirense, na estreia do técnico Geninho. Foto: Heitor Cunha/Diario de Pernambuco

A chuva caía na Ilha… Tudo a ver com o momento. Depois de ótimas notícias nas últimas 24 horas, com as contratações do atacante Marcelinho Paraíba e do técnico Geninho, perder em casa no dia seguinte seria o anticlímax. Pois estava acontecendo.

E não era para qualquer equipe, mas para o bem organizado time do Figueirense. Tanto que a vitória parcial por 1 x 0 levava o Figueira para a liderança da Série B.

No segundo tempo, Geninho, já na beira do gramado, começou a implantar mudanças no Sport… Uma delas era quase uma exigência da torcida. A displicência do talentoso meia Eduardo Ramos havia chegado (ou ultrapassado) ao limite.

Houve a troca. Houve a melhora. E veio a consequente virada no placar. Primeiro com um oportunista Ciro, que aproveitou uma bobeira do goleiro adversário e sofreu o pênalti. Bateu com raiva e empatou. Chegou a 9 na Segundona e é o artilheiro.

Depois, veio o atacante Dairo, outro contestado. Bateu com ainda mais violência, de fora da área. Golaço, Sport 2 x 1. A nove pontos do G4.

O céu ainda está longe. Mas é de lá que vem o principal reforço para a temporada. Nesta quarta, o voo de Marcelinho Paraíba chegará às 11h40 no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Novos ares na Ilha. Já era hora.

Missão Recife

Marco Zero do Recife

Faltam nove jogos para o fim do primeiro turno da Série B.

Perdido na zona intermediária da tabela, o Sport terá uma sequência generosa de jogos no Recife. Serão 6 partidas na capital pernambucana.

Cinco jogos na Ilha do Retiro e o clássico contra o Náutico, nos Aflitos.

Jogos sem viagens, traslado e desgaste. Tudo isso num período de 36 dias. O primeiro deles nesta noite, contra o Duque, ainda pior que o Leão na classificação.

No Rubro-negro, as conversas nos bastidores confirmam a tese de que somente um bom desempenho em casa nestas partidas vai manter o clube na briga pelo acesso.

Na 13ª colocação do Brasileiro, o time está a sete pontos do G4 (18 x 11). Distante.

Ao Sport, então, é a chance de realmente ligar o motor. Afinal, o Leão chegou a ser chamado, antes do início da competição, de “carro-chefe da Segundona” pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira (veja AQUI). Está faltando gasolina até aqui.

Marco Zero, hora de partir.

27/07 – Sport x Duque de Caxias
07/08 – Sport x Náutico (Aflitos)
10/08 – Sport x Figueirense
17/08 – Sport x São Caetano
24/08 – Sport x Vila Nova
31/08 – Sport x América/MG

#timedeguerreiros

Série B-2010: Figueirense 1 x 2 Náutico

Nos últimos dias, o técnico do Náutico convocou o “espírito de luta” para a equipe. Alexandre Gallo sabia que o jogo em Florianópolis era um do mais difíceis nesta Série B.

No seu perfil no twitter (@alexandretgallo), a tag que já toma conta da torcida alvirrubra: #timedeguerreiros (usando o jogo da velha, marca característica do microblog). Em campo, na noite desta terça-feira, o Figueirense.

O time catarinense é, sem dúvida alguma, um dos clubes mais organizados na Segundona. Tem estrutura, torcida e orçamento. E ainda jogaria em casa…

Lá, no estádio Orlando Scarpelli, o Timbu entraria com o objetivo de manter a liderança.

O time entrou encarnado, aceso. O Alvirrubro abriu o placar com Carlinhos Bala, após um rebote numa cobrança de pênalti… De Bala! Depois, uma sequência com o gol do adversário e a expulsão de Márcio Tinga. A sorte parecia virar, como na última sexta.

Seriam mais de 50 minutos com um a menos. Isso mesmo, pois o árbitro deu 7 minutos de acréscimo. No 2º tempo, o gol de Bruno Meneghel. Triunfo por 2 x 1, com o vermelho de luta. O time mantém o aproveitamento de 100% como visitante.

São 10 pontos em 4 jogos. Após a vitória, Gallo tuitou:

Guerreirooooos… Guerreirooooos… Guerreiroos… #timedeguerreiros! 😈

Fotos: site do Figueirense

A 90 minutos do destino

O portal está se fechando...Última semana de treinos (e sonhos) para a Série A de 2008. No próximo domingo, 8 dos 10 jogos da 38ª rodada irão começar novamente às 16h (todos com clubes ainda envolvidos em alguma disputa).

Na briga pelo título, o São Paulo joga por um simples empate contra o Goiás, na Arena do Gama, para garantir o hexa, que escapou ontem, no Morumbi.

Mesmo se for derrotado no Distrito Federal, o Tricolor Paulista só deixará de ficar com a taça se o Grêmio vencer o Atlético-MG, em Porto Alegre. Já na parte inferior da tabela, a conta tem que ir mesmo para a calculadora. Fonte (da esquerda para a direita): Oswald de Souza, Infobola e Chance de Gol.

Caverna do DragãoBriga contra o rebaixamento
15º Náutico (43 pontos): 31% / 33% / 23,5%
16º Atlético-PR (42 pontos): 40% / 35% / 39%
17º Figueirense (41 pontos): 60% / 62% / 71,6%
18º Vasco (40 pontos): 69% / 87% / 65,9%

Obs. Fluminense e Santos ainda têm chances irrisórias de cair, inferior a 0,01%. Já Portuguesa e Ipatinga estão matematicamente rebaixados.

O portal do Brasileirão está se fechando. Quem já assistiu ao desenho Caverna do Dragão sabe do que eu estou falando… Quatro times brigando por apenas duas vaguinhas em 2009.