Cada vez mais desigual, G12 se reagrupa. Inicialmente, sem times fora do eixo

Clube dos 13

G12 se reagrupa, sem “forasteiros”
Implodido há cinco anos, o Clube dos 13 começa a ser articulado novamente. Ao menos a sua ideia original, de 1987, concentrando uma casta do futebol brasileiro. Assim como o número já não fazia sentido na versão anterior – já eram vinte clubes, na verdade -, agora também seria distinto, com doze participantes. Aqueles de sempre. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Eixo Rio-SP-MG-RS. A negociação em bloco, com níveis bem divididos (e já com queixas) dentro do próprio C13, durou até 2011, quando Corinthians e Flamengo passaram a negociar os seus direitos de transmissão de forma individual, tomando boa parte do bilionário do contrato com a televisão. Sendo claro: R$ 340 milhões do bolo de R$ 1,23 bilhão (ou seja, 27%).

A nova costura…
Desde então, o modelo segue em xeque, numa espanholização clara – negada basicamente por corintianos e flamenguistas. Com o formato já esgotado, apesar do contrato acertado até 2018, com vários times estendidos até 2024 (!), os próprios clubes (e a emissora de tevê) já admitem conversar. Hora, então, de reagrupar a velha guarda. Num primeiro momento, em março de 2016, no Morumbi, os doze times se reuniram com vinte nomes tradicionais do continente para criação da liga sul-americana. Em junho, já estariam trilhando caminho solo. Ao jornal Folha de S.Paulo, a direção do Atlético Paranaense alegou que o clube foi vetado na associação. Também não houve convite ao Coritiba. Nem mesmo ao Bahia, outrora membro fundador do C13. Idem com o Sport. Imagine então com Santa e Náutico, que sequer fizeram parte da união anterior.

A força do CEP na formação da casta
Em relação à torcida, o G12 não é nada uniforme – nunca foi, aliás. O grupo concentra 63,8% da população brasileira, segundo pesquisa do Ibope em 2014, o que corresponderia a 128 milhões de torcedores. Porém, apenas Fla e Timão somam 59,9 milhões, ou 29,8% do total. Não por acaso, nesta última pesquisa nacional o Bahia apareceu empatado com o Botafogo (1,7% cada). O que difere um do outro na hora de definir a presença em uma associação do tipo? Conquistas? Possivelmente, o mercado consumidor, o CEP. Os demais, à princípio de fora desta movimentação – que sabe-se lá até onde vai, como a liga nacional -, somam 12,8%, ou 27,7 milhões de seguidores. Tecnicamente, ostentam doze títulos nacionais, entre Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Brasil e Copa dos Campeões. Em tese, faria diferença em qualquer negociação…

Primórdios do Clube dos 13
Originalmente, lá nos idos de 1987, a premissa era a mesma, de negociar patrocínios e diretos de televisão. Na ocasião, também seriam doze clubes. Campeão de público do Brasileiro em 1985 e 1986, ano em que também terminou a competição em 5º lugar, o Bahia acabou chamado para compor o grupo. Além do mérito técnico (e mercado/torcedor), um outro objetivo no convite foi incorporar o Nordeste, tentando tirar o rótulo de elitista – o que jamais aconteceria. Assim, em 11 de julho daquele ano, surgiu o Clube dos 13. O Módulo Verde, correspondendo à metade da competição, com 16 times, foi vendido por US$ 3,4 milhões.

Ampliações
06/1997 – Sport, Goiás e Coritiba (16 clubes)

12/1999 – Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa (20 clubes)

Pesquisa do Ibope em 2016 com divisão entre torcedores e simpatizantes. Mistos?

Clubes do Brasil, Américas do Sul e do Norte e da Europa. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Ibope se organiza para lançar, em 2016, a maior pesquisa de torcida de sua história. Até hoje, o levantamento com mais entrevistados no país, aumentando a fidelidade da amostragem sobre a preferência futebolística, ocorreu em 2001, numa parceria com o jornal Lance!. Pouco menos de oito mil pessoas em 140 cidades. Agora, o instituto poderá ouvir até doze mil pessoas, num acréscimo de 50%. E a novidade vai além da amostragem e da resposta “direta”.

Número de entrevistados nas pesquisas de torcida do Ibope
1ª) 1993 – 3.503
2ª) 1998 – 3.000
3ª) 2001 – 7.700
4ª) 2004 – 7.207
5ª) 2010 – 7.109
6ª) 2014 – 7.005
7ª) 2016 – De 9.000 a 12.000

De passagem no Recife para uma palestra no workshop promovido pela FPF, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, deu os primeiros detalhes da pesquisa. Além da tradicional pergunta “Para qual clube você torce?”, o questionário, em fase final de definição sobre a metodologia, terá “Você simpatiza por um outro time? Qual?”, numa segunda opção muito comum no futebol brasileiro, mas há tempos sem uma mensuração do tipo.

Ou seja, um torcedor “misto” (caso opte por um segundo time, naturalmente) pode responder um questionário com Sport e Vasco, Real Madrid e Sport, Santa e Flamengo, Chelsea e Santa, Náutico e Palmeiras, Bayern e Náutico e por aí vai. Isso mesmo, as respostas estão abertas a qualquer canto do mundo. Haveria alguma grande mudança sobre as últimas pesquisas no estado? Claro, os times locais também podem ser beneficiados em outras localidades, num processo de mão dupla. A influência atual de Flamengo e Corinthians fora de seus domínios foi apresentada num gráfico, num destaque conhecido.

Ao blog, Colagrossi explica que um dos objetivos é mesmo medir a influência dos europeus. Em setembro de 2015, numa pesquisa com 1.000 internautas, o Ibope apontou que 69% das pessoas, entre 16 e 29 anos, torceriam por um clube do velho mundo – mesmo na condição de simpatizante, tendo o Barça como líder absoluto, com 25%. Agora, a pesquisa será no formato tradicional.

Sem pretensão científica, o blog antecipa a discussão, embora considere que o leitor deste canal seja mais definido sobre a preferência local. Vamos à enquete.

Como é a sua relação com o seu clube do coração?

  • Torço só por um clube, do Brasil (59%, 3.368 Votes)
  • Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no exterior (24%, 1.384 Votes)
  • Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no país (15%, 853 Votes)
  • Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo do Brasil (1%, 38 Votes)
  • Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo no exterior (1%, 30 Votes)
  • Torço só por um clube, do exterior (0%, 22 Votes)

Total Voters: 5.695

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A diferença no estudo deve aparecer na camada mais nova, a mais conectada em redes sociais, canais por assinatura e videogames – com ascendência sobre o futebol internacional, através do Fifa Football e do Pro Evolution Soccer.

“Eu não tenho dúvida que existe um percentual da população que torce exclusivamente por time de fora. Principalmente a “geração Y”, entre 16 e 24 anos. O pessoal de mais idade, não. Talvez ainda não chegue a 1%, mas pode ser uma ameaça a longo prazo.”

Sobre os pontos de pesquisa, Colagrossi tratou como “mito” a dúvida (recorrente) no Recife de que “pesquisa não sobe morro”:

“Sobe morro, entra em favela, vai nos sertões, rincões. Não adianta.”

A tabela detalhada da Série A de 2016 da rodada 12 a 21, já com jogos às segundas

A CBF detalhou mais dez rodadas do Brasileirão de 2016. Inicialmente, após a tabela básica (contendo apenas a ordem dos confrontos), foram onze rodadas, com datas, horários, locais e transmissões na televisão. Agora, a agenda foi estendida da 12ª até a 21ª rodada. Entre as novidades, a estreia do horário, às 20h da segunda-feira, no Sportv. E logo com Pernambuco presente. Sport e Palmeiras, na Ilha do Retiro, farão o primeiro jogo em 4 de julho.

Na caixa de comentários, o complemento com os jogos de Santa e Sport. 

Confira a tabela detalhada:

Classificação da Série A 2016 – 6ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

No sábado, o Santa Cruz perdeu do Atlético-PR, em Curitiba, chegando a dois jogos sem pontuar. Assim, em uma semana, caiu do 3º para o 9º lugar. No domingo, na Ilha do Retiro, o Sport empatou com o Atlético-MG, num jogo de oito gols e saiu da zona de rebaixamento. No mesmo período do rival, somando quatro pontos, saiu da lanterna para o 16º lugar. Para isso, os leoninos precisaram esperar o último jogo da rodada, torcendo por uma derrota do Cruzeiro, o que aconteceu – São Paulo fez 1 x 0 no Mineirão.

Como não se trata de campeonato semanal, a situação tricolor no Brasileirão segue mais confortável, três pontos à frente do rival, com uma diferença no saldo de sete gols. Mais: nas duas próximas rodadas o Santa jogará no Arruda, enquanto o Sport irá atuar duas fora. Para um, a hora de recuperar as energias. Para o outro, a necessidade de seguir reagindo. Já na briga pela ponta, o Corinthians – com uma virada sobre o Coxa marcando aos 44 e 49 do segundo tempo – passou a dupla Grenal, apesar de todos somarem 13 pontos.

A 7ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

12/06 (11h00) – Coritiba x Sport (Couto Pereira)
Histórico em Curitiba pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas 

12/06 (19h00) – Santa Cruz x Santos (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 5 vitórias corais, 4 empates e 4 derrotas

Classificação da Série A 2016 – 5ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Santa Cruz, no Arruda, tirou o rubro-negro da lanterna, mas não foi suficiente para a saída do Z4. No caso coral, a primeira derrota custou o lugar no G4, talvez reativando no time o objetivo principal na temporada, a permanência. Na briga pelo título, o Grêmio deixou o rival Inter isolado na ponta ao perder para o Palmeiras num jogo eletrizante (4 x 3).

Variações na classificação:
Santa do 3º para o 7º
Sport do 20º para o 18º

A 6ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

04/06 (16h00) – Atlético-PR x Santa Cruz (Arena da Baixada, Curitiba)
Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória coral, 1 empate e 3 derrotas 

05/06 (16h00) – Sport x Atlético-MG (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 8 empates e 2 derrotas

As maiores invencibilidades do futebol pernambucano, brasileiro e mundial

Time do ASEC Abidjan em 1990, durante a histórica sequência invicta de 108 jogos na Costa do Marfim. Foto: Asec/site oficial (www.asec.ci)

Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%). 

Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.

Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional. 

Listas atualizadas até 28/05/2016

As maiores invencibilidades, considerando apenas campeonatos nacionais
1º) ASEC Abidjan (Costa do Marfim) – 108 partidas (1989/1994)
2º) Steaua Bucareste (Romênia) – 106 partidas (1986/1989)
3º) Lincoln (Gibraltar) – 88 partidas (2009/2014)
4º) Espérance (Tunísia) – 85 partidas (1997/2001)
5º) Al-Ahly (Egito) – 71 partidas (2004/2007)
6º) Sheriff Tiraspol (Moldávia) – 63 partidas (2006/2008)
6º) Mazembe (Congo) – 63 partidas (2008/2012
8º) Celtic (Escócia) – 62 partidas (1915/1917)
9º) Levadia Tallin (Estônia) – 61 partidas (2008/2009)
10º) Union Saint-Gillose (Bélgica) – 60 partidas (1933/1935)
11º) Boca Juniors (Argentina) – 59 partidas (1924/1927)
11º) Shirak (Armênia) – 59 partidas (1993/1995)
11º) Pyunik (Armênia) – 59 partidas (2002/2004)
11º) Sunrise Flacq (Ilhas Maurício) – 59 partidas (1993/1997)
15º) Olympiacos (Grécia) – 58 partidas (1972/1974)
15º) Milan (Itália) – 58 partidas (1991/1993)
15º) Skonto (Letônia) – 58 partidas (1993/1996)
18º) Al-Hilal (Sudão) – 57 partidas (2011/2013)
19º) Benfica (Portugal) – 56 partidas (1976/1978)
20º) Shakhtar Bonetesk (Ucrânica) – 55 partidas (2000/2002)
20º) Porto (Portugal) – 55 partidas (2010/2012)

Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.

As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)

O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.

As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)

Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.

As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)

Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.

As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)

Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.

O descabido artigo 15 do regulamento da Série A, quase ignorado pelos clubes

Regulamento sobre o preço dos ingressos na Série A de 2016. Crédito: CBF

Dos vinte clubes inscritos no Brasileirão de 2016, apenas seis respeitaram, em suas respectivas estreias como mandantes, ao artigo 15 do regulamento da competição, que estipula um preço mínimo para o ingresso, de R$ 40 para a inteira e R$ 20 para a meia. Seja por promoções ou descontos para sócios, os demais times baratearam os valores de alguma forma. Desconsiderando os programas de acesso livre (que o texto não especifica como deve agir), o ingresso mais barato custou R$ 7,50, do plano de sócios “Sou Mais Vitória”. Ao todo, 6.003 bilhetes foram vendidos no primeiro jogo do leão baiano no Barradão.

Em Salvador, o borderô apontou 12.417 espectadores. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter atenderam à norma, com dados semelhantes, 12.092 torcedores no Beira-Rio e 15.976 na Arena. Na visão do blog, essa norma da CBF é descabida, ignorando realidades econômicas distintas, além de tirar do mandante a decisão de avaliar situações de jogo. Deveria haver, sim, um preço mínimo para o visitante, para evitar abuso, com preços distorcidos em setores equivalentes.

Entretanto, como o regulamento não detalha a consequência, os clubes vêm driblando a situação. Não por acaso, a regra foi criada em 2015, com inúmeras promoções na ocasião. Inclusive do Sport, que após a estreia nesta temporada com apenas seis mil espectadores, bancando os valores mínimos, consultou a confederação e realizou uma venda promocional na segunda partida na Ilha do Retiro, contra o Corinthians. Com o alinhamento, a tendência deve se manter, até que ocorra algum posicionamento definitivo da entidade. Abaixo, a situação de cada clube, segundo o borderô publicado no site da CBF e os sites oficias dos clubes (São Paulo e Colorado). Entre os pernambucanos, o blog analisou a venda de ingressos dos dois primeiros jogos de cada um.

Obs. No caso de ingressos de sócio de acesso livre, os clubes lançam valores na renda bruta, para efeitos de descontos de INSS, ISS e do IRRF.

5 times respeitaram a norma plenamente
9  times atenderam parcialmente a norma (com público geral ou sócios)
6 times não atenderam à norma

Situação dos clubes pernambucanos:
Sport
2ª rodada (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

4ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (geral, antecipado)
Sócio – R$ 10 (antecipado)

Santa Cruz
1ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 15

3ª rodada (situação: apenas para o sócio)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 20

Demais clubes…

Situação ok:
Botafogo (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 30

Santos (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Internacional (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 20 (antecipado)

Grêmio (situação: ok)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – R$ 20

Coritiba (situação: ok)
Público geral – R$70 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Atenderam apenas de forma parcial:
Corinthians (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – embutido na mensalidade

Palmeiras (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Ponte Preta (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Cruzeiro (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – embutido na mensalidade

América-MG (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Atlético-PR (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 10

Vitória (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 7,5

Figueirense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Chapecoense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócios – R$ 10

Não atenderam ao artigo:
Flamengo (situação: não atendeu)
Promocional – R$ 10 (antecipado)
Sócio – R$ 10 (meia)

Fluminense (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (promocional)
Sócio – não divulgado

São Paulo (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (meia a R$ 10)
Sócio – R$ 10

Atlético-MG (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 30 (meia a R$ 15)
Sócio – embutido na mensalidade

Podcast 45 – Análise das estreias de Santa, Sport e Náutico no Brasileiro

Começou o Campeonato Brasileiro de 2016. Para o Trio de Ferro, a estreia valeu apenas para quem atuou em casa. De volta à elite, o Santa goleou o Vitória. O quanto Grafite poderá ajudar na competição? O sistema tático da estreia vale para os jogos fora de casa? Pauta presente no 45 minutos. Na sequência, a análise do revés do Sport no Rio. Um time sem ataque na Série A, na conta do ex-treinador e do atual presidente. Como melhorar antes dos reforços? Aliás, é possível?! Por fim, o Náutico, derrotado em Criciúma, com um gol impedido e chances perdidas. Na segunda-feira, para completar, o presidente Marcos Freitas pediu licença da função por questão de saúde.

Neste podcast, de 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2016 – 1ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 1 rodada. Crédito: Superesportes

Um fim de semana de contrastes no Recife sobre o Brasileirão. No domingo, o Santa Cruz goleou o Vitória, numa volta excepcional à elite. Com ataque funcionando – Grafite largou como artilheiro, ao lado do palmeirense Gabriel Jesus, com 2 gols -, fica o alento para a campanha que se inicia. É cedo, mas é agradável ver o nome coral lá em cima, na vice-liderança. No sábado, o Sport perdeu do Flamengo justamente por não contar com um ataque produtivo. No Rio, finalizou apenas uma vez – sim, uma vez. Acabou figurando na zona de rebaixamento, o que ainda não aconteceu desde a volta à elite, em 2014.

O Leão tem a mesma campanha do 14º lugar, mas teve um jogador expulso (Rithely), o quinto critério de desempate da competição. Sobre os cenários dos rivais, vale o simbolismo sobre a preparação de cada um para este momento da temporada. No próximo fim de semana, pernambucanos versus cariocas.

A 2ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

21/05 (18h30) – Fluminense x Santa Cruz (Volta Redonda)
Histórico no Rio pela elite: nenhuma vitória coral, 2 empates e 4 vitórias do Flu

22/05 (18h30) – Sport x Botafogo (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 8 vitórias do Leão, 3 empates e 4 vitórias do Bota

Sport perde do Flamengo na estreia com limitação técnica e arbitragem polêmica

Série A 2016, 1ª rodada, Flamengo 1x0 Sport (gol de Everton). Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

As carências técnicas do Sport são conhecidas. Até pelos adversários, claro. Ofensivamente, isso vai muito além de um goleador gabaritado. Falta o básico, chutar a gol. Na estreia do Brasileirão, contra o Flamengo, o time pernambucano finalizou apenas uma vez. Uma falta cobrada por Diego Souza, de longe. Defesa firme de Paulo Victor. Levando em conta que os leoninos já perdiam desde os quatro minutos, após Everton escorar um cruzamento rasteiro, gerado por um corte mal feito de Durval, seria mesmo difícil empatar o jogo em Volta Redonda.

Além da carência técnica, também pesou o contexto do sábado. A arbitragem de Marcelo Aparecido foi desastrosa. Nos seus pequenos detalhes, a atuação ruim do Sport tornou-se irreversível. Após a clássica sonolência inicial, o time melhorou e até passou a ter posse de bola, usando a ponta esquerda – na direita, Lenis teve uma atuação lamentável, marcado facilmente, até sozinho. Em uma troca de passes na área, o camisa 87 tocou para Vinícius Araújo, que driblou o goleiro e marcou. Gol anulado por impedimento, bem duvidoso.

Na sequência, Diego sofreu uma falta rente à área, cometida por Juan. Segue o jogo, com amarelo para o meia. Na retomada, o Sport perdeu Rithely com 30 segundos após uma entrada imprudente. Não para um vermelho direto. A partir dali, a limitação já estava multiplicada, sem força, padrão tático e ânimo para evitar o revés, 1 x 0 – enxuto porque Guerrero, Sheik e Cirino seguem longe do ideal. No próximo domingo, o ataque estará no olho do furacão. Sem Rithely, a marcação também. Algo se salvou? A volta de Magrão, com três boas defesas.

Série A 2016, 1ª rodada, Flamengo 1x0 Sport (único chute do Leão). Foto: Gilvan de Souza/Flamengo