A pesquisa secreta do Datafolha em 2014, com a Lusa à frente dos grandes do Recife

Pesquisa do Datafolha em 2014. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A cada dois anos o instituto Datafolha costuma realizar uma pesquisa nacional sobre o tamanho das torcidas dos clubes de futebol. A versão de 2014 ainda não foi divulgada oficialmente, mas os números já vazaram, trazendo novamente um dado incompreensível numa relação direta com Pernambuco…

Os dados, revelados pelo blog Teoria dos Jogos, de Vinícius Paiva, mostram que o instituto paulista havia feito um levantamento clubístico em seu último estudo, a poucos dias da Copa do Mundo, sobre questões relacionadas ao torneio.

Esses números foram comparados com o perfil do público presente no Mineirão para o jogo Brasil x Chile, nas oitavas de final (veja aqui).

A curiosidade é o fato de que há dois anos Flamengo e Corinthians tenham ficado num empate e agora a diferença a favor do time carioca seja de quatro pontos percentuais. E a pesquisa não ter ido ao ar…

Resultados das últimas quatro pesquisas do Datafolha:
2009 – Flamengo 19% x 13% Corinthians
2010 – Flamengo 17% x 14% Corinthians
2012 – Flamengo 16% x 16% Corinthians
2014 – Flamengo 18% x 14% Corinthians

Abaixo, os percentuais mensurados pelo blog com a população atual do Brasil. Perceba que ao contrário de outras pesquisas nacionais (Ibope, Pluri e Gallup), a Portuguesa aparece na frente dos grandes clubes pernambucanos.

Ponto fora da curva? Na verdade, é praxe no Datafolha. Nas últimas três pesquisas do instituto (no fim do post), a Lusa, sem qualquer apelo popular, ficou à frente de Náutico e Santa Cruz. Em relação ao Sport, o clube levou vantagem duas vezes. Estaria na (baixa) amostragem no estado a resposta?

Para este cenário, colabora o fato de não haver decimais nos dados. Em 2012, o Datafolha justificou essa ausência: “Justamente por serem aproximações, os números do Datafolha são arredondados, a exemplo do que faz a maior parte das empresas de pesquisas em outros países. Entendemos que a divulgação de números com casas decimais passaria a falha impressão de precisão que o método estatístico não proporciona”.

Datafolha / Brasil 2014
Período: 3 a 5 de junho de 2014
Público: 4.337 (207 municípios)
Margem de erro: 2%
População estimada (IBGE/junho de 2014): 202.639.820

1º) Flamengo – 18% (36.475.167)
2º) Corinthians – 14% (28.369.574)
3º) São Paulo – 8% (16.211.185)
4º) Palmeiras – 6% (12.158.389)
5º) Vasco – 5% (10.131.991)
6º) Grêmio – 4% (8.105.592)
7º) Cruzeiro – 3% (6.079.194)
7º) Santos – 3% (6.079.194)
7º) Inter – 3% (6.079.194)
10º) Atlético-MG – 2% (4.052.796)
10º) Botafogo – 2% (4.052.796)
10º) Fluminense – 2% (4.052.796)
13º) Bahia – 1% (2.026.398)
13º) Vitória – 1% (2.026.398)
15º) Portuguesa – 1%* (2.026.398*)
15º) Seleção Brasileira- 1%* (2.026.398*)
15º) Sport – 1%* (2.026.398*)

Outros times – 6%
Sem clube – 23%
* Não atingiu 1% exato

Datafolha 2014 (4.337 pessoas em 207 cidades)
Portuguesa 1%*
Sport – 1%*
Náutico e Santa Cruz – n/i

Datafolha 2012 (2.588 pessoas em 160 cidades)
Portuguesa 1%
Sport, Náutico e Santa Cruz – n/i

Datafolha 2010 (2.600 pessoas em 144 cidades)
Sport – 1%
Portuguesa 1%
Náutico – 1%*
Santa Cruz – 1%*

O blog já havia postado sobre o “fator Portuguesa” em 2012. Relembre aqui.

Clubes, CBF e Planalto discutem renegociação das dívidas ficais. Náutico, Santa e Sport devem R$ 105 milhões

As dívidas tributárias de 24 grandes clubes brasileiros em 2014. Crédito: BDO (dados)/Estado de S.Paulo (infográfico)

As dívidas tributárias dos clubes brasileiros estão na casa dos R$ 2,7 bilhões. A bola de neve vem rolando há três décadas, ainda sem destino final. Com cada vez mais credores batendo na porta – o desfecho de inúmeras gestões sem qualquer comprometimento organizacional -, os clubes passaram a apelar junto ao governo federal para um refinanciamento. Ao menos das dívidas fiscais, que tomam boa parte dos passivos circulante e não circulante.

Em julho, dois encontros discutiram isso. No dia 25, no Palácio do Planalto, em Brasília, 12 presidentes de clubes (entre eles Antônio Luiz Neto, do Santa Cruz) se reuniram com a presidente da república, Dilma Roussef. No dia 28, na sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro, os mandatários dos 40 times das Séries A e B debateram sobre o mesmo tema com o presidente da CBF, José Maria Marin.

O projeto de lei tem até nome: Proforte. O sistema de refinanciamento das dívidas tributárias dos clubes do país teria como contrapartida para aqueles que não cumprirem com a suas obrigações até a perda de pontos e punição aos dirigentes.

Reunião no Palácio do Planalto com 12 clubes das Séries A e B, em 28 de julho de 2014, para discutir um refinanciamento para as dívidas fiscais dos clubes. Foto: Stuckert Filho/PR/governo federal

De fato, a situação é crítica, sobretudo para os quatro principais times cariocas, que lideram a lista ao lado do Atlético Mineiro. Só neste quesito, Fla, Botafogo, Vasco e Flu devem juntos R$ 1,24 bilhão!  A consultoria BDO elencou 24 clubes, considerando os dados de 2013, numa lista divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Somadas, as dívidas fiscais dos grandes do Recife chegam a R$ 105,1 milhões.

No ranking não aparece o Santa Cruz, mas o blog traz o tamanho do rombo coral na parte fiscal: R$ 34,4 milhões. Enorme, mas bem abaixo da dívida do Náutico, de 54,2 milhões de reais, a 16ª maior do Brasil. No estado, o Sport é o único que vem reduzindo o passivo. Apenas três equipes tradicionais do país devem menos.

Abaixo, as dívidas tributárias do trio pernambucano e o peso no passivo geral, incluindo dívidas trabalhistas, financiamentos, acordos etc.

Náutico – R$ 54,2 milhões (61,6% do total, R$ 87,9 mi)
Santa Cruz – R$ 34,4 milhões (48,2% do total, R$ 71,3 mi)
Sport – R$ 16,5 milhões (72,6% do total, R$ 22,7 mi)

Relembre os balanços financeiros de Náutico, Santa e Sport de 2011 a 2013 aqui.

Qual é a sua opinião sobre o novo projeto de lei? Justo? Necessário?

Reunião na CBF com os 40 clubes das Séries A e B, em 28 de julho de 2014, para discutir um refinanciamento para as dívidas fiscais dos clubes. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Mais um projeto de lei para regulamentar a divisão de cotas do Brasileiro nas entranhas da Câmara dos Deputados

Corinthians e Flamengo

As receitas de transmissão no futebol brasileiro deram um salto incrível a partir de 2012. Na negociação de um novo contrato de televisionamento do Brasileirão, a divisão ocorreu em seis níveis, com os valores crescendo entre 107% e 340%. O maior percentural foi justamente para quem já recebia mais.

Daí o termo espanholização, remetendo a Flamengo e Corinthians o mesmo cenário que acontece na Espanha com Real Madrid e Barcelona, que recebem valores muito acima dos concorrentes. Como a Rede Globo já viabilizou um novo acordo com quatro anos de duração, de 2016 a 2019, a discussão se tornou recorrente…

O debate saiu do campo da torcida e entrou na Câmara dos Deputados, através do Projeto de Lei 7681/2014, do deputado pernambucano Raul Henry, usando por base trechos do estudo do jornalista Emanuel Leite Júnior (veja aqui).

O projeto usa o modelo da Premier League, da Inglaterra, da seguinte forma:

50% da receita serão divididos igualmente entre os 20 participantes.
25% da receita serão divididos conforme a classificação na última temporada.
25% da receita serão divididos proporcionalmente ao nº de jogos transmitidos

O projeto (íntegra abaixo) já está protocolado e em tramitação. Será avaliado por três comissões, a do Esporte (CESPO), a de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI ) e a de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Passando por uma delas, seguirá à próxima sessão legislativa. Ou seja, a votação ocorreria em 2015 já com a nova formação da câmara, com 513 deputados.

Em 2011 – portanto, antes da “espanholização” – , o deputado Mendonça Filho, também pernambucano, apresentou um projeto tratando do mesmo tema. Na ocasião, o Projeto de Lei 2019/2011 visava o estabelecimento de regras para a venda de direitos de transmissão de todas as divisões do Brasileiro. A divisão seria semelhante, com 50% de forma igualitária e 50% numa composição entre classificação e audiência (sem especificação).

Como costuma ocorrer na Câmara, a proposta segue engavetada… E agora?

Classificação da Série A 2014 – 10ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 10ª rodada. Crédito: Fifa

Dos onze primeiros colocados na Série A, apenas um apresenta um saldo negativo de gols. Trata-se do Sport. Porém, o critério não vem fazendo diferença alguma na campanha do Leão, presente no G4 após dez rodadas disputadas.

O salto na classificação aconteceu com as três vitórias consecutivas, todas por 1 x 0. Já são quatro partidas sem levar gol. Na volta do Brasileirão após o Mundial, os rubro-negros viram um gol espetacular de Neto Baiano, a 46 metros de distância.

Na opinião do blog, o objetivo do Rubro-negro ainda é a briga contra o rebaixamento. No entanto, acumulando pontos assim o time  pernambucano poderá mudar de vez esse status… tudo para fazer um campeonato tranquilo.

A 11ª rodada do representante pernambucano
20/07 – Goiás x Sport (18h30)

Jogos em Goiânia pela elite: 2 vitórias leoninas, 3 empates e 6 derrotas.

Um jogo foi adiado na Série A. Por causa da disputa na Recopa, o jogo do Atlético-MG contra a Chapecoense foi remarcado para 6 de agosto.

Cota de TV da Premier League: base (50%), performance (25%) e audiência (25%)

Divisão de cotas no Campeonato Inglês da temporada 2013/2014

As cotas de televisionamento do Campeonato Brasileiro apresentam uma diferança enorme entre os 20 times. O que não é novidade, claro. Vale, portanto, apresentar o modelo da liga nacional mais rica do planeta, a Premier League.

Na recém-encerrada temporada 2013/2014, o campeonato inglês rendeu 1,5 bilhão de libras esterlinas aos clubes. Convertendo, uma soma de R$ 5,81 bi. No quadro, os valores recebidos da TV pelos 20 times da elite britânica, em libras.

Da receita absoluta, 50% vem da cota de transmissão, dividida igualmente entre todas as equipes, 25% de acordo com a classificação final e 25% através do número de partidas exibidas na televisão. O acordo está em vigor desde 1992.

Neste modelo, o Cardiff, rebaixado como lanterna, recebeu 62 milhões de libras, o que corresponde a 64,2% da receita do Manchester City, o campeão.

O Brasileirão de 2014 tem um orçamento de R$ 986 milhões, numa soma das negociações isoladas, clube por clube. O Flamengo terá a maior cota de transmissão, de R$ 110 milhões. No lado oposto, a Chapecoense, com R$ 18 milhões.

Ou seja, o time catarinense receberá na Série A 16,3% da cota do rubro-negro carioca. O football foi importado em 1894. Quando acontecerá o mesmo com o modelo de gestão?

Confira todas as cotas dos times brasileiros até 2016 aqui.

Curiosidade: o lanterninha do campeonato inglês recebeu R$ 231 milhões…

Comemorar na escada segue proibido e emocionante. Até a CBF esquece da regra

Comemoração de gol e título nas escadinhas das arenas

Tão logo foram disputados os primeiros jogos nas arenas brasileiras do Mundial, surgiram também as novas punições. Os árbitros foram autorizados a mostrar o cartão amarelo para quem subir a escadinha entre o gramado e a arquibancada.

A norma vale no gol ou até mesmo no apito final, após uma vitória ou título. Entre os pernambucaos, registros com o Náutico, no 3 x 0 sobre o Internacional na Arena Pernambuco, e com o Sport, no título nordestino no Castelão.

Por mais que essas comemorações tenham sido emocionantes, inovadoras, a CBF encaminhou logo um ofício, ainda em 2013, proibindo a conduta, tendo como justificativa a “segurança do público e dos jogadores”. A comissão de arbitragem alega que a norma está na regra do jogo, de forma preventiva.

As escadinhas existem como rota de fuga do público em caso de emergência.

Ainda assim, de vez em quando alguém esquece da regra, indo para o abraço na galera. Foi assim no primeiro Fla-Flu do Brasileirão de 2014, na vitória tricolor.

Nada disso é novidade até aqui, diga-se de passagem. No entanto, foi curioso ver que a CBF publicou a foto do abraço como a imagem da rodada em seu site.

Talvez a própria confederação tenha esquecido da regra desta vez.

Futebol estadual dividido por 22 títulos amadores e 78 títulos profissionais

Campeões pernambucanos no amadorismo (1915/1936) e profissionalismo (1937/2014). Crédito: Pedrom/DP/D.A Press

O Campeonato Pernambucano chegou a um século de história.

Hoje, trata-se de uma competição com investidores, transmissão na televisão, premiação e milhares de torcedores envolvidos. Em 1915, a  disputa era puramente amadora, com curiosos próximos aos campos.

Como em todo o país, a profissionalização do futebol foi lenta. Antes, alguns jogadores até pagavam para jogar, como mensalidades de 10 mil réis.

Foi assim até 1937, quando a Federação Pernambucana de Desportos (FPD), atual FPF, registrou o primeiro contrato profissional de um atleta no estado. O clube pioneiro foi o Central de Caruaru, que firmou um acordo com o Atlético Mineiro para trazer o zagueiro central Zago, visando o Estadual.

Aquele ato marcou o nosso futebol, que já vivia um amadorismo camuflado, pois vários atletas atuavam em troca de empregos em empresas no Recife. Clubes como Sport, América e Tramways já haviam flertado com o profissionalismo.

Apenas como curiosidade, vamos à divisão de campeões nas duas vertentes, amadora e profissional. Entre parênteses, o último título.

Confira um gráfico com as diferenças nas duas eras, tanto no esporte quanto no próprio Recife, clicando aqui.

Campeonato Pernambucano, 1915/2014 (100 edições)
40 – Sport (2014)
27 – Santa Cruz (2013)
21 – Náutico (2004)
6 – América (1944)
3 – Torre (1930)
2 – Tramways (1937)
1 – Flamengo (1915)

Era Amadora, 1915/1936 (22 edições)
7 – Sport (1928)
5 – América (1927)
4 – Santa Cruz (1935)
3 – Torre (1930)
1 – Flamengo (1915), 1 – Náutico (1934), 1 – Tramways (1936)

Era Profissional, 1937/2014 (78 edições)
33 – Sport (2014)
23 – Santa Cruz (2013)
20 – Náutico (2004)
1 – Tramways (1937), 1 – América (1944)

Brasileirão cai para a 10ª colocação entre as ligas nacionais mais valorizadas

Valor de mercado dos principais campeonatos nacionais em 2014. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

Os elencos dos vinte clubes do Brasileirão de 2014 estão avaliados em R$ 2 bilhões. Achou muito? Pois o valor é apenas o 10º entre as ligas nacionais de futebol mais valorizadas da atualidade.

Em 2012, o Campeonato Brasileiro foi o sexto mais valorizado. Após duas quedas no mercado, a Série A inicia a temporada atrás das ligas de Portugal e Ucrânia. Os elencos brasileiros, com média de 28 jogadores por clube, correspondem a 672 milhões de euros, ou 18% da Premier League, da Inglaterra, a mais valiosa do planeta há três anos seguidos.

No Brasil, pesou contra, sem dúvida, a saída de Neymar, do Santos para o Barcelona. A queda geral foi 28%, a maior entre os 25 campeonatos nacionais mais valorizados no futebol. A própria Série B é um reflexo disso. No ano passado, a Segundona ficou no Top 25. Nesta nova lista, chegou nem perto.

Ao todo, a lista projeta 22,5 bilhões de euros em direitos econômicos de 466 clubes, ou R$ 70 bilhões. Os dados, surpreendentes, são da Pluri Consultoria, através de um software para medir o potencial de mercado de cada jogador, com 77 critérios específicos.

Urubu deixa o barco só para o Leão

Charge sobre o fim do julgamento no STJ, garantindo a exclusividade do título brasileiro de 1987 ao Sport. Art: Jarbas Domingos/DP/D.A Press

A decisão do Superior Tribunal de Justiça, por 4 votos a 1, em 2014, garantiu ao Leão a exclusividade do título brasileiro de 1987.

Com isso, o pedido do Urubu foi negado mais uma vez…

Na charge, os traços de Jarbas Domingos, do Diario, sobre o caso, o rubro-negro pernambucano remando sozinho naquela temporada.

Sobre o polêmico julgamento entre Sport e Flamengo, no STJ, clique aqui.

Superior Tribunal de Justiça reafirma: Sport, o único campeão brasileiro de 1987

Julgamento do título brasileiro de 1987 o STJ. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Foi um verdadeiro lance a lance no julgamento sobre a ação do Sport contra a CBF, no Superior Tribunal de Justiça, com o objetivo de anular a declaração de dois campeões brasileiros em 1987… Virada no placar, tensão, goleada.

A disputa era entre um campeão único, o Sport, e dois campeões com o mesmo peso, com Sport (Campeonato Brasileiro) e Flamengo (Copa União).

Os pernambucanos exigiam respeito à sentença de 1994, transitada em julgado desde 2001, apontando o clube como único campeão nacional de 1987.

Nesta terça, em Brasília, com os advogados falando mais uma vez – o Sport foi representado por seu vice jurídico, Arnaldo Barros -, prevaleceu a ação a favor do Leão, com o título exclusivo. Confira o texto do STJ.

A decisão elimina a resolução da presidência da CBF, um ato administrativo assinado por Ricardo Teixeira em 21 de fevereiro de 2011, no qual dividiu o título.

No dia seguinte àquele ato, a reportagem do Diario de Pernambuco ouviu os juízes do caso e trouxe a seguinte manchete: Justiça não aceitará divisão do título.

Três anos depois, a justiça não aceitou mesmo…

O Sport Club do Recife é o único campeão brasileiro de futebol de 1987.

Qualquer outra versão é pura falácia, inócua.

Eis a ordem dos votos da terceira turma do STJ, num julgamento em três atos.

03/12/2013 – Sport 0 x 1 Sport/Flamengo (Nancy Andrighi)
01/04/2014 – Sport 1 x 1 Sport/Flamengo (Sidnei Beneti)
01/04/2014 – Sport 2 x 1 Sport/Flamengo (João Otávio de Noronha)
08/04/2014 – Sport 3 x 1 Sport/Flamengo (Paulo de Tarso Sanseverino)
08/04/2014 – Sport 4 x 1 Sport/Flamengo (Ricardo Villas Bôas Cueva)

Curiosamente, apenas a relatora do caso votou diferente. Após a entrevista da ministra, o blog retrucou ponto por ponto (relembre aqui).

Num processo tão longo e polêmico, vale perguntar se “acabou” mesmo…

A partir de agora, o caso só terá sequência se o Flamengo descobrir alguma evidência crucial e estender o julgamento ao Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, o pleito seria rejeitado…