Unificação dos títulos nacionais à parte, confira o desempenho de rubro-negros e alvirrubros nas respectivas estreias da Série A desde 1971.
São 31 participações do Leão e 25 do Timbu.
Em 2012, o Sport enfrentará o Flamengo, na Ilha. Essa disputa na primeira rodada já aconteceu três vezes. Logo na primeira edição, vitória pernambucana na Ilha, 1 x 0. Em 1975, nova vitória do Leão, 2 x 1 no Maracanã. Em 1994, empate em 1 x 1, no Recife.
A foto deste post é do primeiro duelo rubro-negro no Brasileirão, em 7 de agosto de 1971. O Sport, com um uniforme bem curioso, ganhou com um gol de César.
Já o Náutico enfrentará o Figueirense no Orlando Scarpelli. O Timbu nunca enfrentou o time catarinense na abertura da competição.
O Alvirrubro chegou a ganhar o primeiro jogo três vezes seguidas, entre 1974 e 1976.
Sport
12 vitórias (38,7%) – 1971, 1975, 1976, 1978, 1980, 1982, 1985, 1986, 1988, 1998, 2000 e 2007
Últimas 5 estreias rubro-negras
2000 – Vasco 0 x 2 Sport
2001 – Sport 1 x 1 Fluminense
2007 – Sport 4 x 1 Santos
2008 – Botafogo 2 x 0 Sport
2009 – Sport 1 x 1 Barueri
Sport x Flamengo e Figueirense x Náutico, as estreias pernambucanas na Série A. Jogos marcados para o dia 20 de maio, uma semana após a fina do Estadual de 2012.
Como havia sido especulado pelo blog, a 38ª rodada terá Náutico x Sport, nos Aflitos.
O último Clássico dos Clássico na elite foi em 2009, com vitória alvirrubra por 3 x 2 (foto). Ao todo, são sete vitórias rubro-negras na elite, seis triunfos alvirrubros e cinco empates, com 19 gols do Leão e 18 do Timbu. Confira a lista do clássico aqui.
Clássico à parte, Náutico e Sport não terão vida fácil na Série A, cuja tabela foi divulgada pela CBF nesta quinta-feira. Confira o modelo básico abaixo.
Neymar, Ganso, Ronaldinho, Lucas, Adriano, Montillo, D’Alessandro etc. Sem dúvida alguma, o nível é outro. A preparação é outra. O investimento é bem maior.
Sem elenco, o caminho em 2013 não será dos melhores. Série A, uma prioridade…
A manchete do Diario de Pernambuco deste sábado, 3 de março de 2012, foca as pesquisas de torcidas (nacionais e locais) desde 1983. Confira a capa do jornal aqui.
A Pluri Consultoria acaba de produzir um detalhado estudo sobre o potencial de consumo dos torcedores brasileiros. Mostra que o mercado está realmente aquecido…
Somadas, as três torcidas pernambucanas têm, atualmente, um potencial de consumo mensal de R$ 43 milhões. A dupla Coritiba e Atlético-PR soma R$ 45 milhões.
A explicação? As torcidas estão concentradas nas capitais e as duas têm uma diferença econômica enorme. Segundo o último dado, Curitiba tem um PIB de R$ 43 bilhões, em 4º lugar no país. O produto interno bruto recifense é de R$ 22 bilhões, em 20º.
Apesar do maior volume rubro-negro (R$ 21 milhões), os alvirrubros têm o maior potencial médio, de R$ 12,16. Já o Santa, mesmo na Série C, está entre os 20 maiores.
Além do valor de consumo de cada torcedor, o levantamento acabou desencadeando em uma pesquisa de torcidas. Abaixo, uma infografia da Gazeta do Povo (saiba mais aqui).
Os três grandes clubes do Recife somaram 4,4 milhões de torcedores, ou 50% de toda a população do estado. Segundo a Pluri, eis as torcidas pernambucanas:
2,2 milhões de rubro-negros, 1,4 milhão de tricolores e 800 mil alvirrubros.
O estudo ocorreu entre os dias 23 e 27 de janeiro. Ao todo, 10.545 pessoas foram entrevistadas em 144 cidades, mensurando os dados com o censo de 2010 do IBGE.
Sobre o censo, vale comparar os dados com a pesquisa Lance!/Ibope (veja aqui).
A ressalva é a de sempre… Que o IBGE um dia faça uma pesquisa sobre torcidas.
Lance inacreditável… Em um clássico decisivo… Mas nem numa pelada seria possível.
Deivid, atacante do Flamengo, conseguiu realizar esta proeza no duelo contra o Vasco, pela semifinal da Taça Guabanara de 2012, no Engenhão, no Rio de Janeiro.
O Placar? O Vasco venceu o Fla por 2 x 1, de virada.
Jael, o principal reforço para o ataque do Sport nesta temporada.
Aos 23 anos, o jogador, conhecido pela raça em campo e turbulência fora dele, já atuou no Bahia, Portuguesa e Flamengo. Vem para a Ilha do Retiro com contrato de dois anos.
O apelido o tornou famoso: “O Cruel”.
No embarque para o Recife, o atacante postou em seu Twitter uma foto com uma tatuagem do Leão no braço. Sim, o leão já estava lá…
Usou o velho marketing, importante para conquistar a exigente torcida rubro-negra.
Como curiosidade, a ideia poderia ter sido adotada na apresentação de outros clubes, como Remo, Vitória, Avaí e Bragantino.
Nas mesas redondas nacionais em programas de televisão, quase sempre um comentarista no cantinho da bancada solta a seguinte pérola na hora da exibição dos gols dos campeonatos estaduais do Nordeste:
“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”
Afirma de forma efusiva. Soa como um elogio…
No fundo, é a limitação do conhecimento do cidadão sobre o futebol jogado na região.
Uma área gigante, com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, ocupada por nada menos que 53 milhões de habitantes. Se fosse um país, o Nordeste teria o 19º território do mundo, a 24ª população e a 35ª economia.
Ainda assim, a região parece viver em eterna luta por (re) conhecimento. Externo.
O post, obviamente, vai tratar do viés esportivo. Futebol, para ser mais exato.
Apenas três clubes da região vão disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2012. Bahia, Náutico e Sport. Isso corresponde a míseros 15%. Mas nada muito distante da região Sul, que terá um time a mais.
Pernambuco, aliás, terá o mesmo número de equipes de dois estados do “eixo”, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Então, não cabe qualquer “coitadismo” nessa discussão.
Na teoria, o times do Nordeste têm como primeiro objetivo seguir na elite. Nada muito diferente de Coritiba, Figueirense, Portuguesa e Ponte Preta, diga-se de passagem. O título, a princípio, é uma utopia. As três torcidas têm consciência disso.
Mas isso não muda em absolumente nada a tendência de estádios cheios na elite. E não é por que Neymar, Vagner Love e Adriano vão jogar em Pituaçu, Aflitos e Ilha do Retiro. Longe disso. Os adversários podem jogar com juniores se for o caso.
Uma pesquisa indica que o direito econômico de Neymar é superior ao dos 337 jogadores inscritos no Pernambucano de 2012. Na lógica de alguns, então, isso prova por A+Z que o valor de mercado local é irrisório. Mas Neymar, como qualquer jogador, passa. Tem um tempo de validade. Sport e Náutico, por exemplo, estão aí há mais de cem anos.
Não chega a ser menosprezo de alguém abaixo de Porto Seguro, mas pura falta de conhecimento mesmo.
Os maiores clubes do Nordeste, com pelo menos sete times com mais de um milhão de torcedores, têm um público consumidor cativo, ávido por novos produtos.
Não vão disputar títulos nacionais em breve? Mas… quantos vão brigar por conquistas, de verdade? Todos os grandes do Sudeste?
Atlético-MG, em jejum de títulos nacionais há mais de 40 anos? Como surpresa, talvez.
O Botafogo, que em 39 anos só participou 1 vez da Libertadores? À margem dos 3 rivais.
São dois integrantes do chamado G12, grupo virtual com os maiores clubes do país, apesar de ser formado por agremiações longe de um padrão semelhante de títulos, torcida e orçamento. Sua sustentação baseada na tradição beira a incoerência.
Mas, de fato, o orçamento deste bloco é maior que a soma dos demais e continuará assim com toda certeza até 2015, no mínimo.
Trata-se do prazo do novo contrato da TV, com as supercotas. Nesse acordo, Flamengo e Corinthians, os mais populares do país, deverão ganhar R$ 100 milhões, cada.
Sport e Náutico, somando todas as receitas, vão faturar R$ 55 mi e R$ 40 mi este ano. O contrato de patrocínio do Leão é de R$ 6 milhões, ou 1/5 de um clube top no G12.
O PIB do país está concentrado no Sudeste-Sul. Portanto, a disparidade seguiu o foco do mercado. Se uma análise dita como fria aponta que os clubes dessas regiões seguiram o ritmo da aceleração econômica, por que não enxergar que há pelo menos cinco anos o Nordeste cresce mais que a média nacional (8,3% x 7,5%, em 2010)?
Por qual motivo esse mesmo processo não pode se estabelecer nos clubes locais?
Trata-se de uma questão de investimentos, ponto. Organização é outro departamento. O que dizer do Flamengo, que em um dia despeja milhões em um jogador e no dia seguinte não sabe como resolver uma pendência não menos milionária com outro? Não é modelo de gestão para ninguém.
Dentro de um ano, contudo, as três maiores cidades do Nordeste vão contar com arenas no “padrão” Copa do Mundo. Correndo contra o tempo, os clubes investem milhões em centros de treinamento de padrão elevadíssimo para a preparação de jovens valores. Torcedores estão sendo fidelizados, como sócios. Ninguém está parado, ocioso.
Enquanto esse processo de evolução não se torna 100% concreto, o que não se pode mais aceitar é a cegueira coletiva sobre algo inteiramente ligado ao Nordeste: os seus clubes como instituições sólidas, indiferentes a manejos da mídia.
Existem milhares (milhões) de torcedores da região que torcem por clubes de outros estados. Se foram turbinados pela era do rádio em 1900 e antigamente ou pela antena parabólica da TV, é outra (antiga) conversa.
O que importa é que os milhões que não arredam o pé dos times locais não vão mudar.
As médias de público vão continuar acima de 20 mil pessoas sem muito esforço. Talvez a falta de compreensão para esse fenômeno enxergue o Santa Cruz atolado em uma Série D com 40 mil pessoas no Arruda como “folclore”.
Ou o Sport ter colocado 2 mil torcedores em Santiago numa estreia de Libertadores como algo exótico. Difícil é imaginar torcedores do Botafogo fazendo algo do tipo.
Também não é fácil explicar um dado como esse olhando para o próprio umbigo, com o campeão da Libertadores, o Santos, empacado com 8.892 pessoas por jogo na Série A. Antes que alguém diga que isso foi pontual, basta checar as médias históricas do Peixe…
O único jeito talvez seja afirmar de forma efusiva mesmo…
“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”
Tirando lampejos de glória, os representates regionais não alcançam feitos de grande magnitude. Daí, a conclusão de que seria melhor torcer por outras equipes?!
Mas, então… Não seria melhor ter logo um país dividido entre Barcelona e Real Madrid?
Se é para torcer por algo tão distante de você, sem o mínimo contato com uma arquibancada das antigas com sol na testa, é melhor atravessar logo o Atlântico…
Lá, pelo menos eles têm um ponto em comum com o Nordeste. Eles também lotam os estádios… E como.
Relatório elaborado pela BDO RCS Brasil sobre os 12 maiores clubes do país. Por sinal, será que esse grupo é tão imutável assim quanto imaginam…?
No documento de 25 páginas é possível ver, além do valor das marcas, o faturamento de cada um dos clubes pesquisados, com dados a partir de 2003.
No caso, vale perceber que a receita projetada pelo Sport para 2012, de R$ 55 milhões, já havia sido alcançada pelo Corinthians em 2003. Sem considerar a inflação!
Em relação ao Náutico, cujo montante para o próximo ano varia de R$ 35 mi a R$ 40 mi, o paralelo há oito temporadas foi o Vasco. Enquanto isso, a receita do Santa Cruz, cuja previsão mais otimista aponta para R$ 14,3 milhões, é inferior a qualquer dado da pesquisa. O menor foi o do Botafogo, em 2003, com R$ 16,2 mi.
A opinião do blog sobre o “G12” foi postada na lista de comentários.
Com show, o título do Barcelona foi o 5º consecutivo da Europa no Mundial de Clubes.
Este é o segundo pentacampeonato do Velho Mundo, começando com o Milan, em 2007, no primeiro título do continente na competição organizada pela Fifa.
A sequência continuou com Manchester United, em 2008, Barcelona, em 2009, Internazionale, em 2010, e, agora, mais uma vez o Barça (veja aqui).
Trata-se do maior jejum da história para o futebol sul-americano, ao lado do período entre 1995 e 1999, com títulos de Ajax, Juventus, Borussia Dortmund, Real Madrid e Manchester United, respectivamente.
Contudo, os europeus já passaram por um hiato ainda maior.
Considerando todas as edições do Mundial Interclubes, incluindo a Taça Intercontinental, de 1960 a 2004, a maior marca foi de 1977 a 1984.
Foram sete títulos consecutivos. Só não foi maior – ou não foi quebrada – porque em 1978 Boca Juniors e Liverpool não chegaram a um acordo sobre a disputa, declinada.