Meio século sem futebol candango

Gama x Brasiliense

Brasília – A capital federal completará 50 anos na próxima quarta-feira (21 de abril). Pela primeira vez, estou conhecendo a cidade projetada. A metrópole projetada. De fato, ruas largas, acessos por todos os lados e quase nenhum semáforo.

Mas é produtivo falar um pouco de esportes nessa folguinha de leve aqui… 😎 Mesmo “livre”, foi possível constatar a força da torcida do Flamengo em Brasília. No voo saindo do Recife a dica já havia sido dada. Dois torcedores com a camisa do Rubro-negro carioca no lotado voo da TAM.

Chegando aqui (“BSB”), camisas por todos lados. Táxi, restaurantes, ruas etc. Ok, isso era até obvio para a maior torcida do país. Mas também existe uma explicação. Estou hospedado na casa de um pernambucano torcedor do Timbu que cravou: “Aqui não tem outra opção sobre 1987. O Flamengo é hexacampeao brasileiro e pronto”.

Enquanto isso, nenhuma camisa de Brasiliense, Gama e muito menos do semiamador Brasília, eliminado pelo Leão na primeira fase da Copa do Brasil desta temporada. E olhe que que o Gama foi campeão da Serie B de 1998, enquanto o rival Brasiliense ganhou a Segundona de 2004.

Mesmo assim, não conseguiram formar a base de uma torcida fiel. E assim complica!

Numa análise rápida: Brasília deverá chegar aos 60 anos com a massa flamenguista. Quem sabe até aos 70 anos também…

Abaixo, um vídeo de Moby, a atração da cidade na noite deste sábado.

Atualização às 18h30 de 18/04: Brasília está de luto com o título carioca do Botafogo, sobre o Flamengo. O tetra não veio.

Foto: Correio Braziliense

Nome e sobrenome do título de 1987: Hugo Napoleão

Brasília

Causo de 1987. Abaixo, a história secreta do título brasileiro do Sport, revelada com exclusividade ao blog por Homero Lacerda. O arquivo empoeirado da briga infindável.

Em 15 de janeiro de 1988 foi realizado o histórico Conselho Arbitral do Brasileirão de 1987. Na pauta, a votação para modificar o formato da competição, excluindo o cruzamento dos Módulos Verde e Amarelo.

Dos 32 clubes, 29 mandaram representantes. Na votação, 24 x 5 a favor da proposta de Márcio Braga, presidente do Flamengo, que queria homologar o seu título da Copa União. Apenas Sport, Guarani, Náutico, Fluminense e Vasco votaram contra.

Apesar disso, a eleição favoreceu o Sport, já que apenas a unanimidade dos participantes poderia mudar o regulamento, baseado no artigo 5º da Resolução nº 16/86 do extinto (em 1993) Conselho Nacional de Desportos.

Na articulação do Clube dos 13, porém, o contragolpe estava pronto. O presidente do CND, Manoel Tubino, enviaria uma retificação na resolução da entidade ao ministro da Educação, Hugo Napoleão, cuja pasta englobava o órgão.

Uma assinatura do ministro piauiense, tirando a necesidade de unanimidade na votação, e a vaca iria para o brejo, como diz o próprio Homero Lacerda.

Na Ilha do Retiro, todos foram pegos de surpresa. A cavalaria dos adversários avançou com força pelos flancos diante de uma barreira frágil.

Daí, a correria pernambucana nessa guerra campal. Nos bastidores, na verdade. Ou arrumava uma solução rápida ou, então, fim do pleito. Fim do sonho.

De cara, era preciso marcar um encontro com o ministro, em Brasília. Dissuadi-lo da ideia. Mas a assessoria do ministério alegou que o titular da Educação não poderia receber mais ninguém pelos próximos 30 dias. A sua pauta estava lotada.

“Eu estava perdido lá Brasília”, lembra Homero, que viajou mesmo sem direção. Sem eira nem beira, o então mandatário leonino já aguardava o desfecho. Com a assinatura que estava por vir. A decisão seria irrevogável.

Perdendo cada vez mais terreno, Homero contatou o senador Marco Maciel. O tricolor Marco Maciel. Solidário com a causa rubro-negra (e pernambucana), o político costurou o encontro em Brasília.

Maciel conversou bastante com Napoleão, seu colega de longa data no Senado, e que só havia deixado a cadeira após ser nomeado ministro pelo presidente José Sarney.

Encontro marcado.

Depois do agendamento, o perdido Homero achou até o elevador privativo do ministro para chegar ao seu gabinete. Havia pressa naquele agitado dirigente. Ao lado dele, o paciente Marco Maciel, profundo conhecedor das entranhas da capital federal.

Esguio e com a linguagem sempre pausada, o senador pernambucano se aproximou da mesa do ministro. E lá estava o documento na mesa… Venal.

Maciel olhou diretamente para o interlocutor e começou a argumentar sobre o peso daquela mudança, que rasgaria todo o regulamento. Ao mesmo tempo em que usava a sua oratória em tom baixo, ele colocou a mão na mesa, exatamente em cima da ata.

Foi arrastando levemente o papel pela mesa, com um sorriso aberto… Sarcástico.

“Não tem a mínima necessidade de assinar isso aqui, ministro…”

Napoleão também abriu um sorriso, evasivo. O recado já estava dado. Mesmo assim, a assinatura “Hugo Napoleão” naquele documento de poucas páginas seria o fim.

Mas o ministro não assinou.

Hugo Napoleão ponderou e optou por ficar à parte do processo e manteve o artigo 5º da Resolução nº 16/86. Manteve a necessidade de unanimidade.

O ato referendou a decisão do Conselho Arbitral. A favor do Sport.

Enquanto Homero Lacerda vibrava no sala, Maciel e Napoleão já davam continuidade à vida pública, com um rápido bate-papo sobre projetos e votações na Casa.

Práticos.

Munido de uma garantia essencial no processo pela manutenção da disputa original do Campeonato Brasileiro, Homero voltou ao Recife.

Fortaleceu o elenco e a torcida. A disputa da Série A estava aberta. O quadrangular final seria realizado. O troféu de campeão era um sonho possível!

E o título veio. Contra tudo e contra todos.

Mas a briga estava apenas começando. Aquele dirigente, então com 39 anos, não fazia ideia da luta homérica (com o perdão do trocadilho) que teria que enfrentar.

Já são 23 anos de batalha. Mais de 8 mil dias. Mas um deles foi o Dia D… Aconteceu na surdina, naquela saleta em Brasília. Quem garante é o próprio Homero.

“Ali eu senti que o Sport perderia a chance de ser campeão brasileiro. Eu tremi.”

Mas ele não assinou, Homero…

A leitura obrigatória da ata do Clube dos 13, para compreender o passado de 1987

LeituraRedação, tarde de quinta-feira.

A editora de Esportes do Diario de Pernambuco, Roberta Aureliano, atende ao telefone na mais barulhenta das bancadas.

“Cassioooo… Telefone! É um repórter de São Paulo.”

Atendi a ligação. Era um jornalista do Estado de S. Paulo. Ele queria uma ajuda. Um contato com o presidente do Sport, Silvio Guimarães.

Pude ajudá-lo, mas a minha curiosidade foi grande: “Isso tem algo a ver com 1987?”

O repórter riu, consciente de que trata-se de um assunto infindável, e confirmou.

“É sobre a Taça das Bolinhas sim. Ainda está rendendo por causa dessa ata que o Flamengo mostrou. Preciso repercutir com o Sport.”

Por via das dúvidas, perguntei novamente… “É válido repercutir sim, sempre. Mas você leu a ata? Leu toda a ata?”

“Não.”

Uma resposta incrível. Quase uma regra no país nesta quinta-feira durante a repercussão do famoso documento que havia sido especulado desde 1997.

A ata do Clube dos 13 que tem a “assinatura de todos os seus representantes concordando com a divisão do título brasileiro de 1987”. Inclusive com o rabisco de Luciano Bivar, mandatário leonino naquela reunião do C-13 (veja a ata aqui).

A conversa continuou. O repórter se mostrou interessado em ouvir o “outro lado”. Exatamente, pois é assim que a “versão pernambucana” é retratada em grande parte da imprensa. Se mostrou interessado em sair do eterno senso comum sobre o tema.

Eu disse ao repórter que antes de repercutir seria bom ler a ata completa. Não toma tempo algum. São apenas três páginas. Eu li… Duas vezes.

Para mim, a interpretação sobre a “assinatura do Sport” chega a ser inacreditável. Está expresso de forma claríssima no documento.

Um trecho da ata após a colocação do então presidente do Fla, Kléber Leite, que condicionou a entrada do Leão no Clube dos 13 à divisão do título: “o presidente do Sport manifestou surpresa com a colocação agora feita e que em nenhum momento teria sido condicionado o seu ingresso no Clube dos 13 ao reconhecimento do direito ora invocado pelo Flamengo. (…) e disse que não podia submeter-se à exigência”.

Em seguida, é dito que foi encaminhado um ofício à CBF com a opinião unânime do Clube dos 13. Daí, o entendimento de que o Sport teria concordado. No entanto, a 3ª folha da ata registra o último episódio da reunião, que foi a votação para a entrada de três novos membros. Novamente com a unanimidade dos votos do Clube dos 13.

Dos fundadores do Clube dos 13, diga-se. Alcunha que não cabe a Sport, Goiás e Coritiba, que entraram no bolo naquele 9 de junho de 1997.

O repórter paulista ouviu atentamente isso tudo e disse: “Interessante e coerente”. Agradeceu sobre o contato e pelas informações do Brasileirão de 1987. Não sei como ele vai pautar a sua reportagem para esta sexta no Estadao. Mas pelo menos teve a chance de se dar conta que ler a ata seria importante.

O post foi longo…? Foi. Mas você leu tudo? Caso a resposta seja “não”, fica difícil repercutir. Como sempre.

Xeque-mate do protagonista

Outdoor para o primeiro pentacampeão: São Paulo, em 2007Homero Lacerda, 62 anos, carioca.

O ex-presidente do Sport é, possivelmente, o protagonista de toda essa batalha jurídica de 1987.

Depois de tanto tempo, de tantos debates e entrevistas, Homero já tem o dicurso mais do que decorado. Ele tem um verdadeiro “doutorado” no assunto. Em sua casa, todos os documentos possíveis.

De liminares até a carta da Fifa. Com tanto conteúdo assim, pensa em escrever um livro narrando a odisseia.

Nunca baixou a guarda sobre a polêmica. Enfrentou a todos de forma contundente.

Durante a apuração para o texto sobre o parecer da CBF em relação à Taças da Bolinhas (veja AQUI), telefonei para presidente leonino em 87. Frases de impacto…

Algumas delas muito bem ensaiadas. “O Flamengo não merece isso. Aquela diretoria só fez expor o Flamengo com essa mentira” é uma de suas preferidas. Essa eu já ouvi pelo menos 3 vezes desde que entrei no DP e o entrevistei sobre o assunto.

No fim da conversa, Homero – que não escondia a satisfação em ver a confirmação do título (ratificação, segundo ele) – trouxe à tona um detalhe que foi, simplesmente, a força motriz de todo esse processo sobre a posse da taça.

Esquecido desde 1992 num cofre da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, por causa do imbróglio jurídico, o troféu foi pleiteado pelo São Paulo em 2007, após a 5ª conquista tricolor no Nacional. O time paulista tornava-se o primeiro pentacampeão.

Homero LacerdaO Sport chegou a bancar outdoors no Recife com uma mensagem de parabéns ao Tricolor Paulista pelo feito inédito.

Na época, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, entrou em contato com Homero para se informar sobre a “veracidade” do título. Quis saber se o desejo do Morumbi de buscar a taça havia fundamento.

Homero não só disse que havia como revelou que prestou uma “assessoria”.

“Depois do penta do São Paulo, o Juvenal me telefonou para saber mais sobre o assunto. Expliquei tudo. Enviei todos os documentos. Até a carta da Fifa. Também conversei com o advogado do Tricolor, para orientá-lo. E aí está a resposta”.

Ao incutir no São Paulo parte da missão, Homero fez, naquele momento, o movimento para um xeque-mate no tabuleiro. O valor legal da causa era imbatível, mas faltava o peso político. O ponto final foi dado pela CBF em 14 de abril de 2010. Ele já sabia…

Se o livro sair, a assinatura do autor: LACERDA, Homero.

Finalmente, penta. Em 2009

Sport x Flamengo

Fim da polêmica, pela enésima vez…

A taça das bolinhas (nome popular do “Troféu Caixa Econômica Federal”) será entregue ao primeiro pentacampeão brasileiro de futebol.

O São Paulo Futebol Clube.

Campeão em 1977, 1986, 1991, 2006 e 2007. E que em 2008 ainda conquistou o hexa.

O Flamengo pleiteava a relíquia há muito tempo, pois se julgava penta desde 1992, pois também venceu em 1980, 1982 e 1983. E ainda colocava na conta o título de 1987…

Mas esse é mesmo do Sport. Ninguém tasca.

Campeão brasileiro em 2009, o Mengão chegou ao tão sonhado penta. Mas em segundo lugar. Fica sem a taça das bolinhas (entenda o regulamento do troféu clicando AQUI).

A Confederação Brasileira de Futebol encerrou a disputa pelo título nesta quarta-feira. Após ter feito o seu departamento jurídico mergulhar nas entranhas de 87, a CBF manteve a sua posição. A mesma há 23 anos, com o respaldo da Justiça Comum.

O Rubro-negro do Recife é o único campeão, como sempre informou o site oficial da CBF (veja AQUI). Nada de título dividido. Dizer isso é repassar uma notícia errada.

Veja a notícia dada em primeira mão pelo portal gaúcho ClicRBS AQUI.

Sobre o Brasileirão mais polêmico de todos os tempos, confira o “Arquivo 87”. Eu fiz esta reportagem para o Diario em dezembro do ano passado, com o passo a passo da briga jurídica. Teve até aluguel de helicóptero com Homero Lacerda… Leia AQUI.

Post com a colaboração de Thiago Petrocchi, fanático pelo Atlético-MG

A minha Seleção de 2010. E a sua?

Copa do Mundo de 2010

Conversando um pouco sobre uma tal de Copa do Mundo de 2010, resolvi montar a minha Seleção Brasileira, seguindo a dica do amigo, e repórter do DP, Márcio Cruz. Utilizei a brincadeira elaborada pelo portal  UOL (que termina com o gráfico acima).

Alguns atletas não vêm sendo chamados por Dunga, mas é a “minha” Seleção! E a sua?

Goleiros: Júlio César (Internazionale-ITA), Victor (Grêmio) e Marcos (Palmeiras)
Zagueiros: Lúcio (Internazionale-ITA), Juan (Roma-ITA), Thiago Silva (Milan-ITA) e Miranda (São Paulo)
Laterais: Maicon (Internazionale-ITA), Daniel Alves (Barcelona-ESP), Gilberto (Cruzeiro) e Fábio Aurélio (Liverpool-ING)
Volantes: Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE), Felipe Melo (Juventus-ITA), Lucas (Liverpool-ING) e Hernanes (São Paulo)
Meias: Kaká (Real Madrid-ESP), Ronaldinho Gaúcho (Milan-ITA), Julio Baptista (Roma-ITA) e Ganso (Santos)
Atacantes: Luís Fabiano (Sevilla-ESP), Robinho (Santos), Adriano (Flamengo) e Alexandre Pato (Milan-ITA)

Dos 23 jogadores “convocados”, 9 jogam na Itália, o que corresponde a 39% do elenco. No Brasil, estariam 8 jogadores. Um recorde se for comparado às últimas edições.

Em 2006 foram apenas 3 atletas do país: o goleiro Rogério Ceni e o volante Mineiro, do São Paulo, e o meia Ricardinho, do Corinthians!  😯

Monte a sua seleção Canarinha no UOL clicando AQUI. Vamos ver se é possível dar uma ajudinha ao técnico Dunga… Escale o time e cole aqui no blog!

1987, sempre

Sport x Flamengo

Em 6 de dezembro de 2009, o Flamengo foi consagrado como campeão da Série A. Com toda justiça e legitimidade, após vencer o Grêmio por 2 x 1, num Maracanã ensandecido por mais de 80 mil rubro-negros.

Campeão pela 5ª ou 6ª vez?

Taí a maior polêmica do futebol nacional, tudo por causa da edição de 1987.

Legalmente conquistada pelo Sport. E só pelo Sport!

Nada de “dois campeões”.

O presidente leonino, Silvio Guimarães, afirmou que processaria quem afirmasse que o Flamengo era “hexa”. Nada aconteceu nos dias seguintes e o dirigente acabou sendo desmoralizado por parte da imprensa do Sul/Sudeste.

Rede GloboMas a poeira baixou… E o departamento jurídico do Leão se mexeu nos bastidores.

Colheu informações, provas, com gravações de matérias e programas de TV da Rede Globo entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2009, numa ação cautelar na Justiça Estadual. Assim, uma nova batalha nos tribunais poderá surgir nos próximos dias. Uma briga por justiça.

Lembrando que inúmeras mídias também fizeram o mesmo ao cravar o Fla como campeão de 87.

Pela avalanche do “hexa” em dezembro, o Sport teria que processar o mundo. Sem problema. Os rubro-negros gostam de uma boa batalha… 😈

Quarteto de volta pra casa

Ronaldo, Adriano, Fred e Robinho, o ataque da Seleção no Mundial de 2006

Ronaldo (33 anos), no Corinthians.

Adriano (27), no Flamengo.

Fred (26), no Fluminense.

Robinho (26), no Santos.

Os 4 atacantes convocados por Parreira para a Copa do Mundo de 2006 estão de volta ao país 4 anos depois. Algo bem incomum, diante de um mercado estrangeiro forte (e que agora ainda conta os petrodólares do mundo árabe).

Em 2006, os clubes dos craques:

Ronaldo no Real Madrid (ESP).

Adriano na Internazionale (ITA).

Fred no Lyon (FRA).

Robinho no Real Madrid (ESP).

É mesmo uma tendência essa volta dos astros ao futebol brasileiro? Coincidência…?

Mas, de certa forma, é ótimo para o futebol brasileiro, que viu nos anos 90 (e em boa parte da década atual) um fluxo de jogadores apenas para o exterior. Mas nunca no sentido contrário. Muitos deles saíram ainda com idade Sub-20!

A chegada de Romário em 1995, após o título mundial de 1994, foi uma exceção, que contou com um pool de empresas para trazer o gênio da grande área para o Fla. As empresas voltaram a bancar a volta das estrelas. O nível dos jogos por aqui agradece.

Uma boa ideia

Caninha 51Taça LibertadoresSonho de consumo de 15 entre 10 times brasileiros ( 😯 ), começa nesta terça-feira a Taça Libertadores da América.

Ainda na fase Pré-Libertadores, que é, na verdade, a primeira fase da maior competição interclubes do continente.

O primeiro jogo traz de cara a rivalidade histórica entre argentinos e chilenos: Colón (Santa Fé) x Universidad Católica (Santiago), às 19h10 do Recife.

São 5 brasileiros: Flamengo, Corinthians, Internacional, São Paulo e Cruzeiro. O time mineiro será o primeiro brazuca e pisar num gramado fora do país em 2010. O Cruzeiro terá que passar pelo Real Potosí, na altitude boliviana de 3.967 metros, para ingressar na fase de grupos.

Assim como tem muita gente que ainda luta para entrar na segunda fase da Libertadores, 2 times estão bem além disso.

Os mexicanos Chivas e San Luís já estão garantidos nas oitavas de final!

Em 2009, a dupla – que havia passado de fase – se retirou da Libertadores por causa da polêmica com a gripe suína, que assolou o país. Porém, a Conmebol garantiu os dois clubes na edição deste ano.

O número de participantes será recorde: 40 times. A competição também será uma das mais longas da história, pois vai acabar apenas após a Copa do Mundo. A decisão está marcada para 18 de agosto (veja mais AQUI).

Tudo muito certinho… Mas qual é a relação com o título do post?

Esta será a 51ª edição da competição.

Há quem diga que essa “boa ideia” seja um indício claríssimo para que um clube brasileiro volte a ser campeão, após os vice-campeonatos – dramáticos – de Grêmio (07), Fluminense (08) e Cruzeiro (09).

Para completar, 3 gigantes estão fora nesta temporada: River Plate (líder de pontos na classificação geral da Libertadores), Boca Juniors (hexacampeão, sendo 4 títulos desde 2000) e LDU (papa-tudo nos últimos anos).

Faz sentido o tal “51”. 😎