As imagens eternizadas do tricampeonato tricolor

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2013. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Um script econômico, mas campeão de audiência.

No biênio 2011 e 2012 a receita do Santa Cruz não passou de R$ 30 milhões.

No período, o Náutico somou R$ 60 milhões, o dobro. E o que dizer do Sport, com R$ 113 milhões? Ambos em divisões nacionais acima do Tricolor.

Contudo, ambos derrotados na disputa local, tête à tête.

Em 2013, as cifras não mudaram. O Santinha continua trabalhando com um orçamento limitadíssimo, se virando como pode para driblar credores, para conseguir novos investimentos. Para montar elencos competitivos.

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2012. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

De fato, não mudou o defecho dos campeonatos estaduais, com o capitão tricolor erguendo o troféu de campeão estadual no mês de maio.

No post, as imagens das três conquistas corais, em 2011, 2012 e 2013.

Nas finais das multidões, a triologia completa.

Taças erguidas no Arruda, na Ilha do Retiro e festa em todo o estado…

O museu tricolor, agora com 27 troféus, está revigorado.

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2011. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Na superação, na surpresa, a vitória coral. Avante, César

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 1x0 Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com o estreante Raul em campo e Natan de volta após nova lesão, o Santa Cruz atuou com dois meias de ligação, atendendo a um mantra da torcida coral nas cobranças ao técnico Marcelo Martelotte.

Isolado, Natan vinha sendo sacrificado até então, oscilando bastante no Estadual. Com dois jogadores com característica parecidas neste domingo, o time criou mais, com Anderson Pedra dando segurança mas atrás.

No primeiro tempo, no Arruda, o time realmente criou. Encontrou um adversário bem postado em campo, mas com pouca objetividade ofensiva. Enquanto isso, Flávio Caça-Rato e Dênis Marques iam perdendo boas chances.

O goleiro Diego, que havia fechado o gol contra o Sport, voltou a fazer outra boa partida contra um grande clube. Desta vez no Recife. Na etapa complementar o time coral seguiu martelando o adversário, insistindo bastante. O tempo foi ficando escasso, tirando a paciência do povão, com 13.309 representantes.

Seria mais um tropeço em casa nesta temporada? Já estava ficando traumático. Fortaleza, Salgueiro, Chã Grande e Petrolina?! Não. O ferrolho do time do São Francisco, se limitando à marcação, durou até os 44 minutos do tempo.

Com o bicampeão pernambucano bastante cansado em campo era a hora da superação, da surpresa. Como o zagueiro e capitão César, de costas, raspando de cabeça uma bola alçada na área pelo garoto Nininho, 1 x 0.

O suficiente para o placar a favor do time que buscou a vitória durante os noventa minutos. E que agora vai para o seu primeiro clássico. Emoções à vista.

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 1x0 Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Caça-Rato salva emprego de Martelotte, o menor dos problemas do Santa Cruz

Pernambucano 2013, 2º turno: Serra Talhada x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Flávio Caça-Rato voltou a marcar em um jogo no interior. Se no Arruda o atacante ainda não convenceu, fora CR7 vai sendo uma peça importante.

Num solzão daqueles neste domingo, no Sertão, o Santa Cruz ficou no empate com o Serra Talhada. O 1 x 1 manteve o técnico Marcelo Martelotte ainda mais pressionado nas repúblicas independentes do Arruda.

Desde a eliminação na Copa Nordeste, em casa, o treinador passou a conviver com a diária pressão do povão, já influenciando na diretoria.

Derrotado na quinta-feira, no Recife, o bicampeão necessitava da vitória para não arriscar uma classificação tida como certa às semifinais do Estadual.

Estatisticamente o empate foi importante na tabela, deixando o time na terceira colocação, apesar de próximo dos clubes do interior. Mas no G4, vale frisar.

Contudo, a equipe, salvo apresentações esporádicas, ainda não deslanchou nesta temporada. Por mais que a torcida enxergue no técnico a gama de deficiências do time, há uma meia verdade nisso.

O grupo do atual do Santa Cruz tem sérias lacunas técnicas, na zaga, nas alas e na criação, com Natan com a solitária inteligência para as jogadas. O prazo de contratações acabou. Restam mais dois jogadores para estrear.

Na campanha pelo sonhado tri, a pegada precisa superar essa deficiência. Com ou sem Martelotte. Mas com Caça-Rato, Tiago Costa, Sorriso e compahia.

Pernambucano 2013, 2º turno: Serra Talhada x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

DM9 e CR7, a improvável dupla de ataque do Santa Cruz, vitorioso

Pernambucano 2013, 2º turno: Ypiranga x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A boa fase de Dênis Marques segue no campeonato estadual. No Otávio Limeira Alves, na Capital da Sulanca, o artilheiro recebeu a bola aos 23 minutos de jogo, num contragolpe em alta velocidade.

Limpou o marcador do Ypiranga e bateu. Foi o seu terceiro gol em quatro jogos no torneio. Àquela altura, na noite desta quarta, a torcida tricolor presente em Santa Cruz do Capibarib já havia comemorado o tento de Flávio Caça-Rato.

Aos 7 minutos, o atacante, um misto de contestação e xodó do povão, recebeu um passe de Natan e tocou com tranquilidade para o gol.

Há mais de um ano o jogador convive com altos e baixos no Arruda. Folclórico pelo nome, e agora também pelo inacreditável cabelo, Caça-Rato, ou “Flávio Recife como divulga o clube, foi adotado por Dênis Marques.

Nas dancinhas nas comemorações dos gols, no empenho em campo. Um apoio importante num setor tão carente no Santa.

Quantos jogadores se candidataram a companheiro de ataque de DM9? Foram vários testes. No fim, apenas Dênis Marques resolvia.

Não que isso tenha mudado. Porém, aos trancos e barrancos Caça-Rato vem tentando ajudar. Desta vez, conseguiu. Sem sustos em um duelo imaginado como difícil e corte de cabelo à parte, Ypiranga 0 x 2 Santa Cruz.

O bicampeão pernambucano está de volta ao G4.

Pernambucano 2013, 2º turno: Ypiranga x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Novo nome de Flávio está cassado

Flávio Caça-Rato, do Santa Cruz. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Nome marcante no mundo da bola: Flávio Caça-Rato.

Quantos apelidos você já viu assim? Nenhum. Caso tenha visto, foi a mesmo pessoa…

Ao ser anunciado como novo reforço do Santa Cruz, a diretoria enviou nota à imprensa pedindo pedindo que o jogador fosse chamado de “Flávio Recife”.

Porém, ele não era uma revelação subindo da base. Era um atacante com duas boas passagens na Cabense, sempre com o mesmo nome pitoresco.

O apelido do atacante de 24 anos surgiu ainda na infância, quando Flávio, de fato, caçava ratos com estilingue, no bairro de Campina. História contada pela própria mãe, dona Jacira Maria da Silva.

Veio o primeiro jogo pela Cobra Coral. Um amistoso festivo, comemorando o título pernambucano de 2011 e apresentando os novos reforços, entre eles, Flávio.

O jogo seguia com vitória tricolor por 2 x 0, no segundo tempo, até que o atacante dominou a bola, pedalou pelo lado esquerdo, avançou sobre o zagueiro e bateu cruzado.

Gol! O grito da torcida no Arruda, no domingo?

“Ah, é Caça-Rato!”

Eis a sentença sobre o nome do jogador… Flávio Recife é um fantasma.