Sport empata com o Galo e soma 6 jogos sem vitória como mandante no Brasileiro

Série A 2017, 28ª rodada: Sport 1 x 1 Atlético-MG. Foto: Williams Aguiar/ Sport Club do Recife

Foi um jogo de muita luta, com os dois times buscando a afirmação. Após nove rodadas de jejum, o Sport tentava engatar a segunda vitória seguida. Para isso, Vanderlei Luxemburgo manteve a estrutura tática do time visto em Salvador, com Juninho no lugar do suspenso André – a escalação do jovem atacante, envolvido num inquérito policial, dividiu a torcida. Com o apoio na Ilha do Retiro, após o chamado atendido, com 20 mil espectadores, o leão conseguiu impor um ritmo veloz no primeiro tempo de um jogo equilibrado.

Atuando na ponta esquerda, o volante Patrick foi um dos melhores em campo, sendo o responsável pelo gol com apenas 9 minutos, após bela assistência de Diego Souza. Vantagem que manteve o time à frente, desperdiçando chances. Lá atrás, o encaixe dos laterais na recomposição não foi dos melhores, com Raul Prata irregular durante toda a partida e Mena driblado facilmente no gol de empate do Galo – com Fred concluindo de cabeça. Porém, é justo destacar que a equipe errou na saída de bola, numa desatenção que ocorreria outras vezes até o apito final, como visitante levando perigo nos contragolpes.

Série A 2017, 28ª rodada: Sport 1 x 1 Atlético-MG. Foto: Aníbal Monteiro/cortesia (@profanibal)

No segundo tempo, Juninho perdeu três ótimas oportunidades em sequência, tendo como mérito apenas a presença de área. Como também não participou muito coletivamente, acabou substituído, junto a Osvaldo. Numa troca dupla, aos 20, entraram Rogério e Thomás. O primeiro não conseguiu espaço para arremates, a sua principal caraterística. Já o segundo não produziu nada com a bola e foi ainda pior sem ela, sem cumprir a função no meio, fazendo DS87 – já como centroavante – recuar novamente para armar o time.

Com os volantes atuando muito bem, Anselmo (ladrão de bolas), Patrick (polivalente) e Rithely (até acabar o gás), o Sport foi competitivo, merecendo os aplausos da torcida. Contudo, ampliando a análise, o empate em 1 x 1 ampliou o jejum como mandante no Brasileirão. Não vence em casa desde 20 de julho! E no geral, tem apenas uma vitória nas últimas onze rodadas….

O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A

23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco)
02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro)
13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro)
10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro)
25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro)
15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro)

6 jogos; 4 empates e 2 derrotas, 4 GP e 7 GC; -3 SG

Série A 2017, 28ª rodada: Sport 1 x 1 Atlético-MG. Foto: Williams Aguiar/ Sport Club do Recife

Sport faz boa partida em BH e empata com o Galo, com o primeiro ponto fora

Série A 2017, 9ª rodada: Atlético-MG 2 x 2 Sport. Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Na coletiva após a primeira derrota na Ilha, neste Brasileirão, Luxemburgo mostrou-se mais decepcionado com a atitude do time, “sem espírito de decisão” diante do Vitória. Análise pertinente sobre uma equipe burocrática. O Sport trocou quase o dobro de passes em relação ao rubro-negro baiano, quase sempre para os lados ou para trás. Três dias depois, um futebol bem diferente no Independência. E assim como na queixa de domingo, a satisfação em BH também se sobrepôs ao empate. Isso porque o Sport foi propositivo. Jogou para vencer durante os 90 minutos. Marcou a saída de bola, criou, tocou a bola de forma vertical, inverteu jogadas, finalizou (13 x 5!). Merecia melhor sorte. Até então zerado como visitante, o leão foi superior ao galo.

Nos primeiros quinze minutos, todas as chances foram do Sport, começando o protagonismo de Diego Souza. Apagado (e vaiado) na rodada anterior, o meia-atacante ditou o ritmo do jogo. E em mais um ataque bem armado, Osvaldo abriu o placar, contando com o desvio. Foi o milésimo gol da história leonina na Série A. Se o time recuou ou ou Galo acordou, talvez ambos, o fato é que depois o mandante passou a pressionar. Quase sempre na bola área. Por baixo, não avançou. A bronca é que a bola aérea vem sendo o calo do Sport, que sofreu dois gols de cabeça, ambos com Ronaldo Alves desatento. O 2 x 1 na primeira etapa soou injusto, embora com a ressalva da eficiência atleticana.

Na etapa complementar, Luxa acionou Lenis no lugar de Everton Felipe, único no ataque a não dar prosseguimento às jogadas – leve, o colombiano puxou vários ataques pela esquerda. Pouco depois, o Sport empatou num pênalti sofrido e convertido por Diego Souza. Além do tento, o camisa 87 ainda deu, durante todo o jogo, passes para gol para Rithely (cabeça), André (pequena área) e Lenis (contragolpe), mas nenhum foi convertido. Ao menos o time não falhou mais na defesa, segurando o 2 x 2 e somando um ponto importante, moralmente falando. Importante para tentar sair do Z4.

Atlético-MG x Sport em Belo Horizonte, pelo Brasileiro
11 vitórias do Galo
6 empates
2 vitórias do Leão

Série A 2017, 9ª rodada: Atlético-MG 2 x 2 Sport. Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

DS87 e Grafa na briga pela artilharia do Brasileiro. Nordeste espera há 26 anos

Diego Souza e Grafite, vice-artilheiros do Brasileirão 2016, com 13 gols

Em 4 de dezembro, Sport e Santa Cruz entrarão em campo pela última vez no Campeonato Brasileiro de 2016. Ainda lutando para permanecer, o Leão receberá o Figueirense, na Ilha, precisando da vitória. Com o descenso já confirmado, a Cobra Coral irá cumprir tabela no Pacaembu, contra o São Paulo. Individualmente, lá no ataque, os rivais têm objetivos em comum. O meia Diego Souza e o atacante Grafite somam 13 gols, um a menos que Fred, do Galo. Nenhum deles jamais terminou a Série A como goleador máximo.

DS foi o 11º jogador rubro-negro a passar de 10 gols em uma edição, enquanto o Grafa foi o 5º tricolor (lista abaixo). Sobre a artilharia, hoje ao alcance, trata-se de algo bem incomum no Nordeste, que até hoje, considerando a competição desde 1971, só emplacou duas, sendo uma do próprio Santa – lembrando que na Taça Brasil, unificada pela CBF, foram mais seis artilharias. O último jogador a conquistar a chuteira de ouro foi o centroavante Charles, que ajudou o Bahia a chegar à semifinal em 1990. E lá se vão 26 anos, com no máximo um vice-artilheiro. No caso, o uruguaio Acosta, destaque do Náutico em 2007.

Quem tem mais chance entre os pernambucanos…

…Diego Souza, atuando em casa diante de um adversário rebaixado, mas com a obrigação de vitória (ou seja, prioridade coletiva), ou Grafite, fora de casa e sem compromisso com o resultado, mas com o time voltado para si?

A chance do futebol pernambucano ter um goleador em 2016 é boa. E a de ter dois de uma só vez, com as camisas 87 e 23, não é nada desprezível.

Principais goleadores do Brasileirão 2016 (até a 37ª rodada)
14 gols – Fred (Atlético-MG)
13 gols – Diego Souza (Sport), Grafite (Santa Cruz) e Pottker (Ponte Preta)
12 gols – Gabriel Jesus (Palmeiras, Robinho (Atlético-MG) e Sassá (Botafogo)

Artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste

Taça Brasil
1959 – Léo (Bahia), 8 gols
1960 – Bececê (Fortaleza), 7 gols
1963 – Ruiter (Confiança), 9 gols
1966 – Bita (Náutico), 10 gols
1967 – Chicletes (Treze), 9 gols

Série A
1973 – Ramón (Santa Cruz), 21 gols
1990 – Charles (Bahia), 11 gols

Vice-artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste

Taça Brasil
1959 – Bentancor (Sport), 7 gols

Série A
1988 – Zé Carlos (Bahia), 9 gols
1989 – Bizu (Náutico), 10 gols
2007 – Acosta (Náutico), 19 gols

Maiores artilheiros do Sport em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
14 gols – Luís Carlos (1984)
13 gols – Leonardo (2000), Taílson (2000), Carlinhos Bala (2007), André (2015) e Diego Souza (2016)
12 gols – Dario (1975) e Mauro (1978)
11 gols – Marcelo (1995) e Roger (2008)
10 gols – Luís Müller (1996)

Maiores artilheiros do Santa em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
21 gols – Ramón (1973)
14 gols – Nunes (1977)
13 gols – Grafite (2016)
11 gols – Nunes (1978)

10 gols – Fumanchu (1977) e Keno (2016)

Maiores artilheiros do Náutico em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
19 gols – Acosta (2007)
14 gols – Jorge Mendonça (1974)
13 gols – Felipe (2008) e Kieza (2012)
12 gols – Baiano (1983) e Carlinhos Bala (2009)
11 gols – Jorge Mendonça (1975)

10 gols – Bizu (1989), Bizu (1991) e Felipe (2007)

Ataque funciona, defesa vai mal outra vez e Santa Cruz e Galo empatam em 3 x 3

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.

Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.

Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…

Série A 2016, 36ª rodada: Santa Cruz 3x3 Atlético-MG. Foto: Atlético Mineiro/twitter (@atletico)

Atlético-MG impõe diferença técnica e goleia o Santa Cruz, que volta ao Z4

Série A 2016, 17ª rodada: Atlético-MG 3 x 0 Santa Cruz. Foto: Atlético-MG/instagram (atletico)

O Santa Cruz foi ao Independência com a missão de tentar brecar o ascendente time do Atlético Mineiro, apontado com um dos melhores elencos da competição. A linha ofensiva é, na visão do blog, a melhor. Robinho (habilidade), Fred (faro de gols) e Lucas Pratto (força e presença de área), com Luan (velocidade) como opção no banco. É bronca, para qualquer adversário neste Brasileirão. No caso coral, que vinha de um duro golpe em casa, no revés diante do Coxa, até o fator psicológico seria decisivo. Se esperava uma escalação precavida, mas foi além da conta, com quatro volantes, com Jadson sendo a peça mais avançada.

Marcando forte, o campeão nordestino ainda tentou surpreender, mas não haveria como. Em jogada iniciada por Maicosuel (outro nome técnico), Fred recebeu livre e bateu. Tiago Cardoso ensaiou o milagre, mas Robinho, atento, marcou. Na volta do intervalo, o Galo acelerou, envolvendo o Santa. O segundo gol foi uma pintura. Triangulação rápida. De Fred para Robinho, de Robinho para Patric, de Patric (de calcanhar) para Fred, de Fred para o gol. No embalo, o time mineiro transformou a vitória em goleada (3 x 0) com Luan, que acabara entrar, concluindo as pedaladas de Robinho, o dono do jogo.

Ao Tricolor, um resultado normal. Entretanto, empurrou o clube para a zona de rebaixamento. Como a sequência segue indigesta, com Grêmio (fora) e São Paulo (casa), o time se vê obrigado a surpreender. Hoje, soma 17 pontos, abaixo da campanha quando virou o turno em 2006, com 18 pontos. Enquanto a direção coral não confirma as “contratações engatilhadas”, conforme já noticiado e renoticiado, o time vai encarando as pedreiras e encarando o abismo técnico. Hoje, a rapidez de Keno e a inteligência de Grafite não são suficientes.

Série A 2016, 17ª rodada: Atlético-MG 3 x 0 Santa Cruz. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Grafite marca dois gols, com o Santa Cruz empatando com o Fluminense no Rio

Série A 2016, 2ª rodada: Fluminense 2x2 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O Santa Cruz ampliou a invencibilidade para 16 jogos, quase dois meses. No período, se arrumou técnica e taticamente e faturou dois títulos. E agora começou uma nova provação, com jogos ainda mais difíceis. Após a ótima estreia no Arruda, o time (bem) comandado por Milton Mendes foi à Volta Redonda e arrancou um empate com o Fluminense, graças a Grafite. Outra vez. O atacante começou o Brasileirão com tudo, agora com quatro gols em duas apresentações. A meta de 15 gols vai se esvaindo. Faltam 11.

No primeiro tempo o tricolor atuou retraído, chegando com perigo só duas vezes. Até ali, o Flu tinha 57% de posse, insistindo pelo meio, travado pela povoada defesa visitante. O melhor ficou para a volta, com o 2 x 2. No reinício, numa jogada trabalhada, Grafite escorou cruzamento de Tiago Costa. A vantagem durou pouco, com o meio-campo – Uillian Correia e Wellington – sem segurança, cometendo faltas na entrada da área. Numa delas saiu o empate, com Scarpa. Em seguida, a virada, com Gum pegando o rebote do escanteio. Ficou a queixa (justa) dos corais, com o lance na sequência de um impedimento não marcado.

No finzinho, a queixa com o árbitro mudou de lado. Jailson Macedo assinalou pênalti para os tricolores, enxergando falta de Wellington Silva no Grafa – na opinião do blog, inexistente, com o atacante chutando o chão. O camisa 23 bateu no cantinho, garantindo o primeiro ponto fora de casa, no primeiro duelo contra um rival da “parte de cima” da tabela. Quarta tem outro, o Cruzeiro. As limitações existem, sim. Assim como a organização e o ímpeto, os diferenciais.

Série A 2016, 2ª rodada: Fluminense 2x2 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Sport volta a vencer no Brasileirão 56 dias depois, derrubando o Fluminense

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O confronto entre Sport e Fluminense era um legítimo “crise x crise”, com o time pernambucano há 56 dias sem uma vitória no Brasileirão e o Flu também em queda livre, num jejum de 28 dias. Na Arena Pernambuco, o vencedor amenizaria a situação, já no meio da tabela, flertando com a parte de baixo. Tratando do lado pernambucano da história, era preciso retomar a pegada, fato marcante na grande fase da equipe no início do campeonato.

Pressionado, Eduardo Batista saiu da zona de conforto e escalou André e Brocador juntos e Diego Souza de segundo volante, no lugar de Wendel. No comecinho, a formação quase ficou com dez, pois Durval escapou de ser expulso. Depois, aos 17 minutos, em um estádio morno, o único gol da noite, através de outra novidade. Com Renê suspenso, Danilo ganhou mais uma chance. Atuou na sua função específica na lateral, esporadicamente se apresentando no ataque. Numa dessas investidas, após bela triangulação, André deixou de calcanhar para o contestado jogador acertar um belo chute, 1 x 0.

Após a vantagem, recuaria de novo? Em tese, sim, pois o Sport não fez uma grande partida. Tentou trocar passes, gastando o tempo, mas pouco atacou. O Flu também não finalizou muito, mesmo com Fred, mas teve várias cobranças de falta próximas à área, assustando a torcida “azul”. No segundo tempo, Eduardo mexeu na estrutura. Adotou um 4-4-2 clássico, com Régis no lugar de Maikon Leite. Depois, entraram Elber e Wendel, saindo André e Marlone, com DS87 avançando. Uma coisa não mudou: a garra desde o início. Bastou.

Série A 2015, 25ª rodada: Sport x Fluminense. Foto: FOTO NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Com um a menos, Santa Cruz supera o CRB e vence a terceira seguida

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz chegou à terceira vitória consecutiva na Série B. Antes desta arrancada, sob o comando de Marcelo Martelotte, o campeão pernambucano aparecia em 18º lugar, a dez pontos do G4, numa visível crise técnica. Com novas peças e uma injeção de ânimo, antes mesmo da estreia de Grafite, foram nove pontos somados em sequência, fazendo o Tricolor saltar para a 10ª colocação, a seis pontos da almejada zona de classificação à elite.

É verdade que o novo resultado positivo (2 x 1) esteve ameaçadíssimo nesta terça, com 9.708 tricolores apoiando no anel inferior, próximos ao campo, de olho na renovada equipe. Por pouco a defesa coral não comprometeu o triunfo. Aos 2 minutos, Danny Moraes falhou na marcação de Zé Carlos, que subiu livre para cabecear e abrir o placar para o CRB. O time da casa colocou a bola no chão e passou a dominar o jogo, criando oportunidades, mas caberia mesmo ao setor ofensivo se superar, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sacoman. O curioso é que apesar da desvantagem numérica o Santa sufocou o CRB, atuando o segundo tempo quase inteiro dentro do campo alagoano.

Logo na largada da etapa final, o meia João Paulo empatou num belo chute de fora da área, em sua terceira tentativa na noite. O espaço estava aparecendo. Lelê e e Nininho quase viraram o placar, mas o gol saiu com Anderson Aquino, a dez minutos do fim. Um gol para aproximar de vez a Cobra Coral da disputa mais importante. Por acaso, o próximo compromisso é no sábado, no clássico contra o Náutico na Arena Pernambuco. O Timbu deverá ceder 30% dos ingressos. Há alguma dúvida que os corais irão esgotar os 11 mil bilhetes?

Série B 2015, 11ª rodada: Santa Cruz 2x1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport segura o Flu e chega a 13 jogos invicto na Série A, seu recorde particular

Série A 2015, 6ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Bruno Haddad/Fluminense F.C.

O Sport foi ao Rio bem desfalcado no ataque após a lesão de Elber e a venda de Joelinton, a ponto de Eduardo Batista levar dois meninos da base para compor o banco. Mas havia uma organização tática estabelecida, independentemente das peças disponíveis. Claro, funcionaria com mais ou menos qualidade dependendo da escalação, mas o desenho era conhecido. Com o Leão ditando o ritmo do jogo e controlando o ímpeto do Flu, o time empatou mais uma fora e seguiu pontuando na elite, chegando a 13 jogos sem derrota no Brasileirão.

A sequência soma as seis primeiras rodadas de 2015 às últimas sete de 2014. Com isso, igualou o seu recorde histórico, de 1975. Agora serão dois jogos no Recife, contra Joinville e Vasco, o que dá esperança para superá-lo. Apesar da postura em campo, os pernambucanos lutaram muito para parar um dos melhores elencos do campeonato, no papel. No primeiro tempo, um futebol pobre das equipes, com 53 passes errados. Ao Leão, o cenário era excelente, ainda mais com 57% de posse. Na segunda etapa, os dois dados caíram, fazendo com que a bola rolasse mais e as chances aparecessem, mais de dez.

Machucado, Fred não voltou do intervalo, substituído pelo veterano Magno Alves, que se mexeu mais que o camisa 9. O Flu, como um todo, melhorou, pressionando a saída de bola, mas efetivamente só exigiu o goleiro Danilo Fernandes duas vezes, ambas com grandes defesas após cabeçadas. Eduardo, por sua vez, enxergou a inutilidade de Mike, colocando o lateral/volante Danilo (que jogou bem) e Régis no lugar de Neto Moura. Por fim, ainda trocou Maikon Leite por Mancha. Houve um pingo de ousadia para buscar algo mais, numa sinal de confiança ascendente. No fim, o 0 x 0 garantiu o 12º ponto do Sport. A festa da torcida rubro-negra no Maracanã, ainda no G4, diz tudo.

Série A 2015, 6ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Bruno Haddad/Fluminense F.C.

Apatia no Maracanã e a terceira goleada sofrida pelo Sport no Brasileirão

Série A 2014, 17ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense/Flickr

O Sport foi goleado no Maracanã, sem pena. Fluminense 4 x 0, com dois gols de Fred, o mesmo que durante a semana chegou a ameaçar nem entrar em campo por causa das agressões de uma facção uniformizada do tricolor carioca. Concentrado no jogo, nos dois lances ganhou de Oswaldo na bola aérea.

Mas vamos avaliar o jogo em um lance específico, aos 28 minutos do primeiro tempo.

Num ótima bola recebida de Patric, Felipe Azevedo ficou cara a cara com o goleiro, mas o seu poder de finalização é muito baixo, quase nulo. Como acontece quase sempre, desperdiçou. No rebote, Patric ainda mandou na trave.

Antes, Rithely havia cabeceado para fora uma bola na pequena área. De fato, o Sport parecia fazer uma apresentação melhor que a última no estádio Mário Filho, contra o Fla – quando também perdeu, diga-se.

Nesta tarde, além de Felipe Azevedo, outra peça destoou. Zé Mário, contratado após um bom Estadual com a camisa do Náutico, ainda não teve uma atuação que justificasse a contratação. Lento e facilmente desarmado. Com ambos em campo, o Sport pouco fez a partir do gol perdido, pois o Flu não teve pena. Marcou duas vezes no primeiro tempo, uma na largada no segundo e outro com Fred, perto do fim, definindo o placar.

Contra o Palmeiras, o Leão virou pela primeira vez o placar nesta Série A. Uma grande atuação, mas contra um dos piores times do campeonato. Na ocasião, seu ataque perdeu pelo menos seis vezes – incluindo Neto Baiano, vale o registro. Já o Flu mostrou o quanto o poder de finalização faz a diferença. Aproveitando quase todas as chances claras na tarde deste domingo, venceu com sobras.

E o Leão acabou goleado pela terceira vez no Brasileirão. Um revés até estava na conta no Rio, não a apatia geral. Será preciso juntar os cacos para a Sul-Americana.

Série A 2014, 17ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense/Flickr