Empate em Chapecó e a moral leonina para os jogos no Recife

Série B 2013: Chapecoense 0 x 0 Sport. Foto: Aguante Comunicação/Chapecoense

O primeiro empate sem gols do Sport em toda a Série B veio num momento importantíssimo. Em 31 rodadas, esta foi apenas a segunda igualdade do oscilante time rubro-negro. Diante da surpreendente vice-líder Chapecoense, o disputado 0 x 0 na tarde deste sábado ajudou sobretudo a moral da equipe.

A explicação é simples, com a manutenção do clube na zona de classificação à elite. Vale a ressalva de que o Avaí tem um jogo a menos, mas até lá o G4 segue composto. Por isso, a postura precisava ser diferente em Santa Catarina, com a obrigação de somar pontos. Precisava e foi diferente.

O primeiro tempo foi de muita pegada, com o Leão apertando a marcação. Como de costume, infelizmente não contou com a ajuda dos laterais. Mas buscou o jogo. Não ficou preso lá atrás, como em outras jornadas, nas quais passou sufoco. Para evitar a pressão, nada como tentar pressionar.

O Sport só não foi mais eficiente porque Neto Baiano parecia mais interessado em discutir com o seu marcador. Na etapa final, o time, já desgastado com a maratona, foi sendo modificado. Saíram Rafael Pereira e Marcos Aurélio, dando lugar a Camilo e Jonathan Balotelli, uma surpresa de última hora.

O Leão até mandou uma na trave, numa cabeçada de Ailson, mas também se viu pressionado, nas bolas áreas. O zero no placar se manteve do outro lado porque Magrão fez duas boas defesas. Garantiu a volta para o Recife com um alento, desde que aqui seja cumprido o papel contra ASA e São Caetano…

Série B 2013: Chapecoense 0 x 0 Sport. Foto: Aguante Comunicação/Chapecoense

Noite grotesca da defesa mina o Sport na Ilha

Série B 2013: Sport 1 x 3 América-MG. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Com duas falhas clamorosas do sistema defensivo, o Sport perdeu do América Mineiro na Ilha do Retiro, de virada. Abriu mão de três pontos importantíssimos na luta pelo acesso à elite nacional, aumentando bastante a pressão na reta final da Série B. Na verdade, o Leão perdeu seis pontos contra o Coelho, lá e lô.

O gol de voleio de Marcos Aurélio deixou o time em vantagem logo aos 13 minutos, diante de 18.737 torcedores nesta terça. Os pernambucanos até criaram algumas chances para ampliar, mas o ataque não esteve numa noite objetiva, ciscando bastante e finalizando de forma afobada, de muito longe.

De uma forma geral, o Sport não esteve bem, fato percebido logo pela torcida, nervosa. Ainda no primeiro, uma bola levantada sem tanta pretensão resultou no empate. Patric, em outra péssima jornada, só observou a escorada de Elsinho.

Na etapa final, com mexidas sem melhora na equipe, com as entradas de Chumacero e Nunes – nas vagas de Ailton e Neto Baiano -, o time passou a improvisar, abusando das bolas levantadas ainda da intermediária.

Paralelamente a isso, os contragolpes foram surgindo, levando aquele velho temor. Veio a surpresa negativa, claro. Bady, aos 34 e aos 40, definiu o 3 x 1. O gol de desempate saiu numa trapalhada inacreditável de Rithely e Anderson Pedra. Os volantes bateram cabeça e deixaram a bola com o adversário.

A partir daí, vaias até o apito final, com a 13ª derrota leonina em 30 jogos, num campeonato no qual deveria estar em uma situação bem mais confortável. Com 49 pontos, segue no G4, mas sem espaço para novos erros…

Série B 2013: Sport x América-MG. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Sport acelera no fim, goleia em Itápolis e abre vantagem no G4

Série B 2013, 29ª rodada: Oeste-SP 0 x 3 Sport. Foto: CÉLIO MESSIAS/ESTADÃO CONTEÚDO

A rodada ajudou, mais uma vez. Para folgar na tabela, o Sport precisava, claro, fazer a sua parte. Vencer um time no meio da tabela, independentemente do mando de campo. Neste sábado, no caso, foi em Itápolis, contra o Oeste. Com empates e derrotas dos adversários diretos pelo G4 (Avaí, Ceará, Paraná, América-MG e Joinville), a goleada por 3 x 0 elevou o Leão ao 3º lugar, deixando o time com um rodada de vantagem, devido ao maior número de vitórias. Ou seja, uma gordura extra a nove rodadas do fim da Série B.

O desempenho nesta tarde foi o oposto de Florianópolis, quando fez uma boa partida, mas saiu derrotado. Desta vez, se viu dominado 2/3 do jogo, mas venceu ao acelerar nos vinte minutos nos finais. Nos 25 primeiros, por exemplo, o Sport mal tocou na bola. Trocando passes rápidos no campo acanhado e, sobretudo, usando a bola aérea, o Oeste chegou fácil à meta defendida por Magrão. O goleiro evitou o pior logo aos cinco minutos, num lance cara a cara. Depois, contou com a sorte, numa bola na trave.

Enquanto isso, na transmissão na televisão se ouvia bastante as queixas de Geninho, insatisfeito com o sistema de marcação do Rubro-negro. Um apelo geral, e não apenas à dupla de zaga, a oitava composição em dois meses. Até porque todos precisavam estar atentos ao volume de jogo do rival, com 13 escanteios só no primeiro tempo. Na criação, Ailton e Lucas Lima bem recuados e os volantes sem tanta pegada. Assim, a entrada do atacante Neto Baiano, no lugar de Felipe Azevedo, foi quase nula, sem poder trabalhar a bola.

Na etapa final, ainda com o placar em branco, o Sport voltou um pouco melhor. Continuou sem os rebotes, mas articulou mais ofensivamente, travando assim, naturalmente, o time do Oeste. Numa dessas jogadas, um contragolpe armado após outro escanteio a favor dos paulistas, Lucas Lima conduziu bem a bola, esperou o momento certo e lançou Marcos Aurélio. Dominou na área, driblou um zagueiro, o goleiro e tocou tranquilo para iniciar a reabilitação. Logo depois, num rebote, ampliou de voleio. Aos 35, com o Oeste aberto,  Cordeiro recebeu de Patric, bateu cruzado e definiu o importante triunfo a caminho do acesso.

Série B 2013, 29ª rodada: Oeste-SP 0 x 3 Sport. Foto: CÉLIO MESSIAS/ESTADÃO CONTEÚDO

Marcos Aurélio comanda a volta rubro-negra ao G4

Série B 2013: Sport x Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A conta era muito simples. Uma vitória na Ilha do Retiro e o Sport voltaria ao G4. Para isso, teoricamente era necessário impor um equilíbrio no time. Quando o ataque vai bem, a defesa não colabora, no cenário mais comum. E quando a zaga, recomposta, faz a sua parte, o ataque parece inoperante.

Por mais que não tenha sido desta vez que vimos o tal equilíbrio, o Sport não perdeu a chance de se reabilitar. Venceu o Joinville por 3 x 2 e passou o adversário (43 x 42). A zaga, é verdade, voltou a assustar. O setor sempre modificado sofreu outra mudança aos dez minutos, com a saída de Pereira.

Aos 20, uma falha coletiva na bola aérea, com Tobi pulando uma gilete. Lima aproveitou o rebote da própria cabeçada e marcou. Era a hora do setor ofensivo. Marcos Aurélio, Lucas Lima e Ailton atuaram muito bem nesta terça. Além do volante Rithely, aparecendo bastant, e Felipe Azevedo, até ele, arriscando.

Apesar do gol sofrido, a equipe não abriu mão do seu sistema com dois meias de ligação, buscando os espaços. Aos 27, Marcos Aurélio acabou o seu jejum. Gol na sua especialidade, com o chute colocado de fora da área.

A torcida precisou ter paciência para ver a virada. Só veio aos 16 da etapa final, numa boa jogada de Rithely. Se redimiu do erro no gol catarinense, quando errou na saída de bola. O volante apoiou Cordeiro, que cruzou para Patric definir. Os laterais, bastante irregulares há várias partidas, enfim, ajudaram.

De costas, Marcos Aurélio ainda marcou outro, chegando a 13 gols. No fim, num pênalti infantil de Gabriel, o Leão ainda teve outra cota de sofrimento, mas assegurou a segunda vitória seguida. O resultado recoloca o Sport na zona de classificação à elite. Agora, a missão é permanecer lá por mais 13 rodadas…

Série B 2013: Sport x Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O mau início leonino de praxe, mas com desfecho positivo em Bragança

Série B 2013: Bragantino 1 x 2 Sport. Foto: FILIPE GRANADO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O roteiro rubro-negro, com mau futebol e gol sofrido nos dez primeiros minutos, foi quase o mesmo das últimas apresentações. Desta vez, porém, houve poder de reação. Virando para 2 x 1, o Sport conseguiu uma vitória importantíssima na Série B. O triunfo sobre o Bragantino, no interior paulista, deixou o time em 5º lugar, com 40 pontos, a dois do Joinville. Curiosamente, o próximo adversário.

A recuperação aconteceu após uma partida pra lá de truncada. Nos três jogos disputados longe do Recife, nesse giro com a Segundona e a Sul-Americana, o Leão sofreu um gol de cara em todos eles. Difícil tratar isso como coincidência. É muito mais lógico apontar a falta de pegada desde os primeiros instantes e, sobretudo, a falta de atenção. E assim, o setor mais criticado do time, só piora o seu desempenho, complicando o rendimento geral.

No gol do Braga a defesa estava desarmada, apenas com Pereira. O grandalhão e ex-leonino Lincon ajeitou bem e chutou no cantinho. Menos mal que a desvantagem durou pouco. O Leão empatou quatro minutos depois, numa cabeçada do jovem Oswaldo, desviando a cobrança de falta de Marcos Aurélio.

Nem mesmo o gol acordou o Sport, travado em campo. Mal passava do meio-campo. Ailton enfrentava dificuldades na armação, sem apoio (mais uma vez) dos laterais. O time da casa ainda perdeu um incrível debaixo da trave, aos 44. Na etapa final, os dois times voltaram mais acesos. A finalização opaca era o grande problema para ambos. Felipe Azevedo que o diga.

Apesar do maior volume, o Sport parecia se contentar com o empate. Forçou um pouco e desempatou aos 37, já com Peri – Geninho perdera a paciência com a letargia de Cordeiro. Numa boa arrancada, cruzou alto para Lucas Lima. O meia até se atrapalhou, mas marcou. Recolocou o Sport na briga.

Série B 2013: Bragantino 1 x 2 Sport. Foto: FILIPE GRANADO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Libertad ensina ao Sport o óbvio em uma Copa Sul-americana

Copa Sul-americana 2013, oitavas de final: Libertad 2 x 0 Sport. Foto: AFP PHOTO/NORBERTO DUARTE

Assunção – A preparação do Sport para o jogo no Paraguai não deveu a qualquer equipe do continente. Não condiz em nada com o status atual, na Série B. Ficou hospedado no melhor hotel da capital, treinou onde quis e jogou onde quis, pois apresentou uma queixa formal para modificar o estádio da partida. Parecia mesmo uma realidade paralela. Porém, a chance de transformar isso tudo em um contexto positivo para a segundona, vejam só, acabou quase dizimada ao relembrar os mesmos erros que assombram a equipe há bastante tempo, sob o comando de inúmeros técnicos.

A promessa era de um frio de 10 graus durante o confronto no estádio Feliciano Cáceres, abrindo as oitavas de final contra o Libertad. Até o termômetro foi camarada, com o clima um pouco melhor. Não dentro do campo. O time rubro-negro, com quatro zagueiros – entre eles, o intocável Tobi, mais avançado – entrou travado, nervoso, dando espaços nas laterais. Parecia sentir um clima que não era o presente. Não mesmo, pois nem havia a pressão das arquibancadas, pois apenas 3.181 pessoas foram ao jogo, com direito a cerca de 300 pernambucanos. E a “hinchada” paraguaia, numa ironia daquelas, ainda cantou a música Anunciação, de Alceu Valença.

Tudo convergia? Durou dez minutos. Marcelo Cordeiro, de forma primária, cedeu um escanteio, com o Leão já desatento no posicionamento. Na cobrança, após um rebote de Magrão, Gomez abriu o placar. Só aí veio o estalo, com o time passando a buscar mais um jogo.

Copa Sul-americana 2013, oitavas de final: Libertad 2 x 0 Sport. Foto: Jorge Adorno/Reuters

Coisas do futebol, e que jamais se aplicam numa disputa continental, na qual os árbitros não marcam qualquer falta, a maior queixa do visitante na noite. Até isso pode ser interpretado como falha, uma vez que não faltaram na preparação (lembra-se do início do texto?) vídeos e palestras explicando esse cenário.

Depois de perder duas chances, mais uma bobeira, agora iniciada do lado inverso, por Patric, em noite digna de bilhete azul. Apesar da boa estatura do jovem zagueiro Oswaldo – o mais dedicado em campo, ao lado de Lucas Lima -, Benitez subiu mais e cabeceou para as redes. Com o 2 x 0 no placar, a missão era trazer um golzinho para o Brasil. Mas veio a tarimba de um time com 14 participações na Libertadores e 9 na própria Sul-americana. Dosando o tempo, conversando bastante com o árbitro, provocando. Tudo dentro do script, sem surpresa alguma.

Imóvel na área técnica, Geninho parecia demorar a enxergar tudo isso, mesmo com os torcedores, do lado oposto, gritando até fazer eco no estádio. Não houve reação. A derrota complicou bastante o Sport na Copa Sul-americana e o passo seguinte do grupo foi desviar o foco para o Brasileiro, no discurso comum. Pelo visto, continuam sem entender o peso de uma participação assim. Isso, o Libertad está cansado de saber…

Copa Sul-americana 2013, oitavas de final: Libertad 2 x 0 Sport. Foto: Conmebol/site oficial

Enfim, a compreensão na Ilha sobre a participação internacional

Geninho dá entrevista a canal de TV do Paraguai. Foto: Álvaro Claudino/Sport

Assunção – Desde que a vaga na Copa Sul-americana de 2013 caiu no colo do Sport, após uma incrível combinação de resultados durante sete meses, o discurso sobre a participação leonina sempre foi um tanto dúbio. A presença no torneio internacional atrapalharia o foco na Série B?

A pergunta foi a base de todos os discursos ensaiados para a possível escalação de um time misto. Na opinião do blog, um erro. A participação em competições continentais é rara no futebol pernambucano. O Leão está apenas em sua terceira, com duas Libertadores e uma Sul-americana. O Náutico esteve em uma Libertadores e numa Sul-americana. Já o Santa Cruz ainda nem teve o gostinho.

Portanto, qualquer tentativa de desvalorizar o torneio não soa tão inteligente. Até porque o quase ineditismo desperta interesse de torcedores, imprensa e dos próprios atletas.

Recém-chegado à Ilha do Retiro, Geninho – já assediado pela imprensa paraguaia – parece ter compreendido a dimensão da Sula. Em uma rápida entrevista ao blog, na noite desta segunda, no hotel Bourbon Conmebol, em Luque, o técnico foi categórico sobre o assunto.

Foco internacional
“Agora que nós chegamos aqui (no Paraguai), não tem outro pensamento. Nós vamos entrar com tudo. Poderíamos estar descansado, como o Bragantino (próximo adversário na Série B, sábado), mas temos que assimilar as duas competições, importantes, para ganhar o torcedor. E na Sul-americana, temos que fazer um resultado aqui para poder matar lá na Ilha. Vamos jogar para fazer gols”.

Formação
“No treino no estádio (Feliciano Cáceres, palco da partida), teremos já teremos uma definição. O Vinícius Simon está se recupando de dores na perna. Se melhorar, vai para o jogo. Se não tivermos problemas com lesão, o grupo já saberá a formação na terça”.

Libertad
“Mais do que qualquer preocupação com a pressão da torcida deles, a minha preocupação é com o time deles. Eles atuam com força, com duas linhas de quatro jogadores (4-4-2), usando bem a lateral-direita e a bola parada. Precisamos ter mais atenção nesses pontos, para que o nosso time, que fez a sua melhor partida no sábado (apesar da derrota para o Palmeiras), siga evoluindo”.

Independentemente do resultado nas oitavas, a participação dará mais cancha ao Sport. Como deu ao Náutico na primeira fase. E assim os times vão entrando em um novo patamar, até então inalcançável…

Apesar do bom futebol, Rubro-negro passa zerado no Pacaembu

Série B 2013, 24ª rodada: Palmeiras 2 x 1 Sport. Foto: Marcello Zambrana /VIPCOMM

Os números da partida entre Palmeiras e Sport, neste sábado, foram equilibrados, mas, efetivamente, os dados pernambucanos foram superiores, como nas finalizações certas (6 x 5) e passes certos (286 x 279), além de ter errado mesmo passes (27 x 28), segundo o scout do footstats.

No placar do Pacaembu, Verdão 2 x 1. Afinal, uma vitória se constrói com gols.

O Alviverde que o diga, ao abrir o placar com apenas 57 segundos. O visitante nem chegou a tocar na bola. Com a devida orientação para arremates de longe, Wesley se aproveitou do enorme espaço dado pela cabeça de área leonina.

De forma bem agressiva, esse gol acordou o Sport. O domínio no primeiro tempo foi claro, com várias oportunidades criadas pelos laterais, com mais liberdade ofensiva e cobertura. Faltou acertar o pé rente à trave. Felipe Azevedo e Lucas Lima perderam gols incríveis, cara a cara. O próprio Azevedo, em jogada individual, ainda acertou a trave.

No intervalo, Gilson Kleina sacou um atacante (Kardec) e colocou um volante (Charles), apesar da vantagem mínima. Sabia que precisava mudar o esquema para contornar o cenário. De fato, até melhorou. Porém, o maior benefício foi a passividade da intermediária rubro-negra, novamente dando espaço a Wesley. Mais um gol num chute de fora da área, desta vez rasteiro.

A partir daí, Geninho se mexeu e acionou o volante Chumacero, que teve nesta tarde teve o seu maior tempo de jogo pelo clube, com 38 minutos, incluindo os acréscimos. Grata surpresa. A afobação inicial do boliviano foi dando lugar a um jogador rápido, batalhador e com bom passe. Útil.

É verdade que nesse meio tempo a estrutura tática armada por Geninho passou por outra transformação, com a expulsão de Tobi. Este, numa péssima tarde. Mais uma. Para qualquer jogada com falta. Assim, o veterano zagueiro espaço para Osvaldo, uma prata da casa que vem agradando.

No finzinho, o gol de Rithely, desviando o cruzamento do instável Marcos Aurélio, ainda deu um fio de esperança numa partida de bom futebol do Sport. Mas ficou nisso e o time sequer pontuou. Era preciso somar, ainda mais após os tropeços dos adversários diretos para o G4 da Série B. Pelo menos ficou a impressão de uma evolução no desempenho da equipe…

Série B 2013, 24ª rodada: Palmeiras 2 x 1 Sport. Foto: Marcello Zambrana /VIPCOMM

Sport ensaia recuperação de 1 x 0 em 1 x 0

Série B 2013, 23ª rodada: Sport x Guaratinguetá. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A vitória era essencial, para o Sport e para Geninho. Para afirmar uma recuperação e dar sequência ao comando do técnico, em sua segunda partida no time. E como no primeiro turno, o Leão voltou a vencer o Guarantinguetá.

Em vez de goleada, vitória apertada por 1 x 0, mantendo o ânimo renovado. Foi o mesmo placar do sábado, mas numa atuação um pouco melhor. Em ambas, a defesa passou zerada, um alento para um setor tão (merecidamente) criticado.

Nesta terça, repetindo o 3-5-2, mas com mudanças pontuais, com George Lucas na lateral direita e Osvaldo na zaga, o Leão parecia mais organizado, pelo menos defensivamente. Os rubro-negros tocaram bastante a bola no 1º tempo, com 61 passes a mais que o adversário (186 x 125). Contudo, foi nítida a falta de objetividade, com nenhuma finalização com perigo, apenas chutes mascados.

O domínio apenas territorial irritou parte da torcida. A partida permanecia truncada na primeira etapa, até o susto provocado por Cleiton Pedra, que arriscou de muito longe. Num chutaço, quase surpreendeu Magrão, atento.

No segundo tempo, o time manteve a formação, com Marcos Aurélio em uma noite apagada. Decisivo, Geninho mexeu na equipe e a cobrou mais. Aos 23 minutos, já com a disputa parelha, um golaço do meia Ailton, aquele mesmo revelado pelo Náutico há uma década e que acabara de entrar no lugar de Lucas Lima. Tocou duas vezes na bola. Um passe e o chute de fora da área.

O grande susto veio aos 34 minutos, com o gol paulista, numa cabeçada de Pedro Paulo, mas corretamente anulado por impedimento. Àquela altura, o Leão já havia desperdiçado duas boas chances de ampliar, mas conseguiu segurar o resultado. E ensaia uma reação em cima da hora na Série B…

Série B 2013, 23ª rodada: Sport x Guaratinguetá. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Leão na portaria da segundona, mas desta vez sem achar ruim

Série B 2013, 22ª rodada: Sport 1 x 0 Figueirense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Com a implantação dos pontos corridos, em 2003, novas expressões ganharam popularidade no futebol brasileiro. As quatro primeiras colocações, com as vagas à Libertadores na elite e ao acesso na segundona, logo viraram o G4.

Algum tempo depois, na mesma lógica, os últimos quatro lugares foram apelidados de “Z4”, com os rebaixados. Outra denominação já ganha as arquibancadas. Trata-se do 5º lugar na Série B, ou a “portaria”. O time mais próximo ao acesso, no “quase”. Neste sábado, ao voltar a vencer na segunda divisão nacional, no 1 x 0 sobre o Figueirense, o Sport chegou à tal 5ª colocação.

Porteiro? Sim, e até feliz neste contexto – ainda mais ao finalmente terminar um jogo sem sofrer gol. Após um turno quase inteiro entre os melhores, a equipe não se acertou mais, sobretudo com a defesa mais vazada da competição, e foi caindo, caindo. Já estava em 8º lugar, distante. Agora, de novo na beira do G4, está a cinco pontos do Paraná e a seis do Joinville, os primeiros alvos.

O experiente técnico Geninho chegou na noite de sexta-feira. Manteve a formação adotada por Neco no último treino. No caso, o 3-5-2, com a volta de Marcelo Cordeiro no lado esquerdo no lugar do fraquíssimo Peri. É notória a deficiência de Cordeiro na recomposição. Contudo, ofensivamente é produtivo – algo que Peri não foi em setor algum.

No único gol da tarde, diante de 11.825 torcedores na Ilha, a participação de quatro leoninos. De Marcos Aurélio para Patric, para Rithely, e para gol com o desvio de Felipe Azevedo. A partida foi dominada pelo Leão, mas sem tanto afinco nas finalizações. Com mais tempo, Geninho terá 16 rodadas para tirar diferença na tabela e evitar a “portaria” na 38ª rodada. Aí sim, irreparável.

Série B 2013, 22ª rodada: Sport 1 x 0 Figueirense. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press