Duque, o treinador com mais títulos em Pernambuco e campeão no Trio de Ferro

Duque. Crédito: Placar/reprodução

Como técnico, Duque alcançou duas marcas expressivas no futebol pernambucano. Em 1975, quando tirou o Sport de uma fila de doze anos, com o “Supertime da Ilha”, o treinador chegou a sete títulos estaduais, igualando a marca, ainda vigente, de Palmeira, hepta em 1962. Ali, tornou-se também um dos quatro nomes com conquistas no Trio de Ferro. Campeão nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro. Para se ter uma ideia, o último a obter o feito foi o multicampeão brasileiro Ênio Andrade, no já distante ano de 1984.

Esses números dão lastro à carreira do mineiro no Recife, comandando alguns dos maiores times de cada clube. Não por acaso estava na área técnica observando o gol de Ramos, que deu o hexacampeonato ao timbu. Um ano antes esteve no Maracanã, num duelo contra Mário Travaglini, na decisão da Taça Brasil entre Náutico e Palmeiras. Após as quatro taças conquistadas no alvirrubro, onde fincou o seu nome como o melhor técnico da história do clube, foi ser campeão no tricolor, levando o lateral-direito Gena. Lá, encontrou Givanildo Oliveira (como volante), Luciano Veloso e Fernando Santana. Ganhou duas finais seguidas, contra Náutico e Sport.

Até então então, o leão havia sido vice-campeão em cinco dos seis títulos de Duque. Ele acabou se “redimindo” ao azeitar um timaço com Luciano Veloso (na maior, e mais polêmica, transação da época), Assis Paraíba e Dadá Maravilha. Davi Ferreira, para os chegados, aposentou-se da função no início dos anos 80, após se arriscar no Oriente Médio. Ainda virou comentarista de rádio no Rio de Janeiro, onde viveu até os 91 anos. Duque faleceu em 2017, mantendo um legado difícil de ser superado em Pernambuco.

“Eu era o preparador físico, o preparador técnico, o preparador tático e o homem que impunha a psicologia a serviço da equipe.”

Ranking de títulos pernambucanos entre treinadores

7 títulos, Palmeira: 1946 e 1947 no Santa; 1950, 1951 e 1952 no Náutico; 1961 e 1962 no Sport 

7 títulos, Duque: 1964, 1966, 1967 e 1968 no Náutico; 1970 e 1971 no Santa; 1975 no Sport 

5 títulos, Givanildo Oliveira: 1991, 1992, 1994 e 2010 no Sport; 2005 no Santa

Técnicos campeões pelo Trio de Ferro (e o ano do ciclo completo)

1960, Gentil Cardoso (55 Sport, 59 Santa, 60 Náutico) 

1962, Palmeira (46/47 Santa, 50/51/52 Náutico, 61/62 Sport) 

1975, Duque (64/66/67/68 Náutico, 70/71 Santa, 75 Sport) 

1984, Ênio Andrade (76 Santa, 77 Sport, 84 Náutico)

Podcast – A análise do 7º clássico entre Náutico e Santa em 2017. O primeiro 0 x 0

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

O 45 minutos analisou o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco, num empate insatisfatório para os dois rivais visando a Série B A igualdade manteve o timbu muito distante do objetivo de sair do Z4, com a diferença aumentando. No tricolor, o hiato ao G4 até diminuiu, mas o futebol opaco deixou a torcida reticente. Ao menos, os dois próximos jogos são na mesma arena, agora na condição de mandante. Estou nesta gravação, num debate sobre as questões técnica e tática, além de análises individuais. Ouça!

15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz (51 min)

Clássico das Emoções termina em 0 x 0. Ruim para os dois, pior para o Náutico

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Após doze jogos, o clássico entre alvirrubros e tricolores acabou em branco, o que não ocorria desde 2014, curiosamente pela mesma Série B. Os dois times saíram devendo no Clássico das Emoções de maior público em 2017, com 13.450 torcedores. Mesmo sem vencer, o Santa Cruz ao menos reduziu a diferença ao G4, de 5 para 4 pontos, graças ao tropeço do Vila Nova. Já o Náutico, mesmo sem perder há três rodadas, não consegue levar essa reação para a classificação, numa caminhada já difícil para escapar do rebaixamento.

Em um campo com sinais de desgaste – após a incomum sequência de jogos do Trio de Ferro em São Lourenço da Mata -, os times entraram sem grandes mudanças. O alvirrubro iniciou num 4-4-2, com o meio num losango, com Giovanni municiando Erick e Alison – era a ideia, mas ele se machucou aos 35/1T. Giva manteve 4-2-3-1 no tricolor, no mesmo padrão desde sua estreia.

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Rafael Brasileiro/DP

O primeiro tempo foi de poucas chances, com 50% de posse para ambos. O tricolor se apresentou um pouco melhor, prendendo mais a bola no campo ofensivo. Teve uma grande chance, aos 21 minutos. Pitbull ganhou do marcador e tocou para João Paulo, que arrumou de calcanhar para Augusto, frente a frente com Tiago Cardoso. Porém, ele finalizou muito mal, chutando em cima do goleiro. À parte disso, passes curtos e pouca objetividade. Pior foi o timbu, que só chegou uma vez, aos 44. E sem perigo, diga-se.

A etapa complementar foi mais animada, com um grau tensão mais elevado no agora centenário duelo. Logo aos 2, outra chance incrível desperdiçada por Augusto. Desta vez na pequena área, escorando mal uma falta. O atacante seria substituído pouco depois por Barbio, mas Givanildo só modificou a estrutura, de fato, aos 27, quando colocou Sheik no lugar de André Luís. O ponta estava mal, mas o substituto tirou a velocidade. No mandante, muitas bolas esticadas, num indício de desespero. Por baixo, Erick tentou carregar demais, sendo desarmado. Extraindo as oportunidades, só uma real, com Alison cabeceando no ângulo de Júlio César, que fez grande defesa. E não saiu do 0 x 0, com a igualdade mantida no Troféu Gena após sete jogos. A “decisão” ficou para o returno, daqui a 19 rodadas, com objetivos incertos…

Histórico do Clássico das Emoções na Série B
13 jogos
6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0)
4 empates (último em 2017, 0 x 0)
3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Classificação da Série B 2017 – 13ª rodada

A classificação da 13ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Em uma “terça-feira cheia”, o G4 e o Z4 da Série B continuaram com os mesmos integrantes, numa rodada em que o Internacional foi o único visitante a ganhar. Entre os pernambucanos, dois empates. Na Arena, o alvirrubro cedeu a igualdade ao líder. Já no interior do Mato Grosso, o tricolor arrancou o empate aos 43 minutos do segundo tempo, numa penalidade. Enquanto o timbu se manteve na lanterna (e pela pontuação seguirá lá a médio prazo), a cobra coral perdeu duas colocações, encerrando em 9º lugar, a 5 pontos do grupo de acesso.

Resultados da 13ª rodada
Criciúma 1 x 1 Paysandu
Brasil 3 x 1 Oeste
Londrina 3 x 1 ABC
América 2 x 0 Boa
Vila Nova 3 x 2 Paraná
Guarani 1 x 0 Goiás
Ceará 0 x 2 Internacional
CRB 2 x 1 Figueirense
Luverdense 2 x 2 Santa Cruz
Náutico 1 x 1 Juventude 

Balanço da 13ª rodada
6V dos mandantes (18 GP), 3E e 1V dos visitantes (11 GP) 

Agenda da 14ª rodada
14/07 (19h15) – Brasil x Figueirense (Bento Freitas)
14/07 (20h30) – Oeste x Paraná (Arena Barueri)
14/07 (21h30) – Criciúma x Goiás (Heriberto Hulse)
15/07 (16h30) – América x Guarani (Independência)
15/07 (16h30) – CRB x Internacional (Rei Pelé)
15/07 (16h30) – Vila Nova x Paysandu (Juscelino Kubitschek)
15/07 (16h30) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)
15/07 (19h00) – Ceará x Juventude (Castelão)
15/07 (19h00) – Londrina x Boa (Estádio do Café)
15/07 (21h00) – Luverdense x ABC (Passo das Emas) 

Histórico do Clássico das Emoções na Série B
12 jogos
6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0)
3 empates (último em 2014, 0 x 0)
3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)

Com gol de pênalti aos 43 do 2º tempo, Santa empata com o Luverdense no MT

Série B 2017, 13ª rodada: Luverdense 2 x 2 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

No segundo jogo sob o comando de Givanildo Oliveira, o Santa Cruz manteve o 4-2-3-1, mas não pôde contar com Elicarlos e Roberto. O volante segue machucado. Já o lateral-esquerdo foi desconsiderado de última hora devido a uma negociação com a Chape. E foi justamente no setor onde começou o primeiro gol do Luverdense, antes dos dez minutos de bola rolando. Num cruzamento de Moacir, ex-Sport, Sérgio Mota apareceu na pequena área entre os zagueiros e testou para as redes – ao todo, eram quatro defensores corais no lance. Era o início de uma atuação pouco inspirada do tricolor, que acabou saindo no “lucro” no encerramento da 13ª rodada.

Diante do então vice-lanterna da Série B (e campeão da Copa Verde), o time pernambucano vislumbrava a terceira vitória fora de casa, após Criciúma e Ceará. Não chegou nem perto. Na verdade, até “chegou”, com gols de Jaime e Augusto. Ambos anulados, corretamente, por impedimento. Ao menos, os lances foram sinal de que a troca de passes estava mesmo ajustada, pronta pra pegar a zaga adversária no limite, como foi o caso do gol de empate, em ótima finalização de Augusto (abaixo), logo na retomada da partida no Passo das Emas. Neste caso, com decisão polêmica da arbitragem, pois Barbio, que recebeu a bola antes de dar assistência, pareceu adiantado. De toda forma, a igualdade não durou muito, com o meia Sérgio Mota aparecendo de novo e colocando novamente os mato-grossenses em vantagem.

A partir dos 25, Giva fez três mudanças ofensivas, buscando referências na área. Entraram Parra, Halef Pitbull e Julio Sheik – neste caso na vaga de Ricardo Bueno, apagado. Do trio, a melhor chance foi de Pitbull, num chute cruzado, com a bola batendo nas duas traves! Mas, ironia do destino, o gol que valeu o pontinho saiu através de um zagueiro. Bruno Silva chamou a responsa na cobrança de pênalti, aos 43 minutos, e bateu com categoria, 2 x 2. Em termos de classificação, o resultado afastou o Santa do G4 (de 3 para 5 pontos), mas estabelecer uma sequência neste novo trabalho é fundamental…

Série B 2017, 13ª rodada: Luverdense 2 x 2 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Classificação da Série B 2017 – 12ª rodada

A classificação da 12ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Após quatro rodadas sem vitória de clubes pernambucanos, uma rodada bem proveitosa na Série B, com seis pontos. Na terça, o Náutico venceu o ABC, em Natal, conquistando o primeiro triunfo nesta edição. Insuficiente para sair da lanterna, mas foi um alento, pois reduziu de 11 para o 8 pontos a diferença para o 16º, o primeiro time fora do Z4. Na sexta-feira, em São Lourenço da Mata, o Santa goleou o Brasil de Pelotas, ganhando cinco posições – do 12º para o 7º lugar. Reduziu de 5 para 3 pontos a distância ao G4.

Nesta rodada, destaque também para outro tropeço do Inter como mandante, seguindo fora do grupo de acesso, e para a vitória do Juventude no duelo de líder em Caxias do Sul. Com isso, o clube do interior gaúcho abriu três pontos na ponta. Na noite desta terça-feira, o Brasileiro volta a ter uma rodada cheia.

Resultados da 12ª rodada
Paysandu 1 x 2 Londrina
ABC 0 x 1 Náutico
Santa Cruz 3 x 0 Brasil
Goiás 3 x 1 Luverdense
Paraná 1 x 1 América
Figueirense 0 x 2 Ceará
Internacional 1 x 1 Criciúma
Juventude 2 x 0 Guarani
Oeste 2 x 2 Vila Nova
Boa 0 x 0 CRB 

Balanço da 12ª rodada
3V dos mandantes (13 GP), 4E e 3V dos visitantes (10 GP)

Agenda da 13ª rodada
11/07 (19h15) – Criciúma x Paysandu (Heriberto Hulse)
11/07 (19h15) – Brasil x Oeste (Bento Freitas)
11/07 (19h15) – Londrina x ABC (Estádio do Café)
11/07 (20h30) – América x Boa (Indenpendência)
11/07 (20h30) – Vila Nova x Paraná (Serra Dourada)
11/07 (20h30) – Guarani x Goiás (Brinco de Ouro)
11/07 (20h30) – Ceará x Internacional (Castelão)
11/07 (21h30) – CRB x Figueirense (Rei Pelé)
11/07 (21h30) – Luverdense x Santa Cruz (Passo das Emas)
11/07 (21h30) – Náutico x Juventude (Arena Pernambuco)

Na volta de Givanildo, o Santa Cruz goleia o Brasil de Pelotas na Arena Pernambuco

Série B 2017, 12ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Brasil-RS. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em uma atuação segura, tomando apenas um susto, o Santa Cruz encerrou um jejum de quatro rodadas e venceu o Brasil de Pelotas por 3 x 0, voltando a se reaproximar do G4 da Série B. Em sua estreia, Givanildo Oliveira promoveu poucas mudanças, mantendo o 4-2-3-1, com os pontas, Augusto (assistência) e André Luís (bola na trave), trabalhando bastante.

No segundo dos cinco jogos programados na arena, o tricolor começou com o time marcando forte o adversário gaúcho. A dupla Derley/Elicarlos durou 38 minutos, quando Eli sentiu e acabou substituído por Wellington Cézar – apesar da má temporada, o volante não comprometeu. Quanto a Derley, acabou premiado com um belo gol, abrindo o placar num chute de fora da área, já com meia de hora. Pela sua conhecida característica, sem guardar muito a posição, ele acaba precisando de ‘chamadas de atenção’ durante o jogo. No entanto, a sua entrega, com mobilidade e recomposição, deu um gás ao time, num contexto superior ao do antecessor (já desligado), David. 

Série B 2017, 12ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Brasil-RS. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Àquela altura, o Brasil só tinha chegado uma vez, numa cabeçada de Lincoln, com grande defesa de Júlio César. Um lance esporádico no primeiro tempo. Trocando mais passes e abusando dos cruzamentos (19, a maioria por baixo), o tricolor foi chegando, sempre buscando Bueno, doido pra encerrar o jejum particular – desde o Castelão. Pouco antes do intervalo, aproveitando o espaço deixando pelo visitante, a cobra coral encaixou um bom contragolpe, rápido, com Augusto deixando João Paulo (o meia escolhido na noite) livre para ampliar. Dali em diante, tranquilidade para os 6.009 espectadores.

Em vantagem, o segundo tempo foi de imposição. O Santa finalizou com André, Barbio, João Paulo e Bueno, que transformou a vitória em goleada, em mais um chute de fora da área. Se havia a sensação de que o elenco do Santa é competitivo para buscar o acesso, faltando um treinador mais capacitado, com Giva esse ajuste pode chegar. Sem soluções mirabolantes, focando na confiança. Após cair do 4º para o 12º lugar, ficando a cinco pontos da zona de classificação, o tricolor se reapresenta para a disputa…

Série B 2017, 12ª rodada: Santa Cruz 3 x 0 Brasil-RS. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A primeira formação do Santa Cruz na 6ª passagem do técnico Givanildo Oliveira

Escalação de Santa Cruz x Brasil de Pelotas. Crédito: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Comparando a última formação de Adriano Teixeira e a primeira sob o comando de Givanildo Oliveira, foram duas mudanças efetivas no Santa Cruz.

À parte da ausência do meia Thiago Primão, vetado pelo departamento médico, assim como Léo Lima, com João Paulo ganhando a chance no setor, as outras trocas ocorreram mesmo por opção tática/técnica, na lateral direita (Valles por Nininho) e na ponta direita (Barbio por André Luís).

Após a derrota para o Oeste, foram apenas três treinos visando o Brasil de Pelotas, na Arena Pernambuco. E Giva não mexeu na estrutura (4-2-3-1), com a defesa reforçada (e Jaime no lugar de Anderson Salles, que sem acertar a bola parada acabou perdendo espaço), dois volantes (Derley com mais liberdade), um apoiador, dois pontas e um centroavante. Ou seja, um time compacto buscando o ataque com amplitude, com dois atacantes leves.

É o feijão com arroz do experiente Givanildo, de 68 anos, cujo trabalho segue no diálogo, com a mudança de postura da equipe na Série B. A conferir.

Tricolor, o que você achou? Deveria haver alguma outra mudança na equipe? 

Escalação de Oeste x Santa Cruz. Crédito: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Rei do Acesso, Givanildo Oliveira volta ao Santa, no 19º trabalho em Pernambuco

Givanildo Oliveira. Foto: Juarez Rodrigues/EM D.A Press

Pela 6ª vez, Givanildo Oliveira assume o comando do Santa Cruz. O treinador pernambucano, que em 2016 ficou a um triz do acesso, começa o trabalho no tricolor a partir da 12ª rodada, onde tentará recolocar no eixo uma equipe com o grupo praticamente fechado. Ao substituir Adriano Teixeira, tentará, também, ampliar o recorde pessoal de classificações à elite nacional, com cinco.

Após a derrota para o Oeste, terá quatro dias de treino até o Brasil-RS.

Na última Série B, Giva assumiu o Náutico após a 23ª rodada. O time estava em 8º lugar, a 7 pontos do G4. A partir dali, engatou uma recuperação, só brecada com a dura derrota para o Oeste, terminando na 5ª posição. Agora, tem um calendário bem maior em termos de rodadas no Brasileiro (27 x 15).

A presença de Giva no futebol pernambucano é recorrente, chegando ao expressivo número de 19 trabalhos desde que pendurou as chuteiras aos 35 anos – antes, era também, numa brilhante carreira como volante no Arruda e na Ilha. São 17 no Recife e duas em Caruaru, uma delas com apenas uma semana, em 1993, pois se desentendeu logo com a direção da patativa.

Vamos a alguns dados do olindense de 68 anos…

Acessos de Givanildo Oliveira à Série A
1997 – América-MG (campeão)
2001 – Paysandu (campeão)
2005 – Santa Cruz (vice)
2006 – Sport (vice)
2015 – América-MG (4° lugar)

Técnicos com mais acessos no Brasileirão (1988-2016)
5 – Givanildo Oliveira
3 – Geninho, Levir Culpi e Pepe
2 – Gílson Kleina, Hélio dos Anjos, Jair Picerni, Mano Menezes, Osvaldo Alvarez, Paulo César Gusmão e Vágner Benazzi

Givanildo Oliveira comandando clubes pernambucanos
1983/1984 – Sport
1984/1985 – Central
1985 – Náutico

1989/1990 – Santa Cruz (vice estadual)
1991/1992 – Sport (bicampeão estadual)
1993 – Central
1994 – Náutico

1994/1995 – Sport (campeão estadual e nordestino)
1995/1996 – Sport

1996 – Náutico (3º lugar na Série B)
1998 – Santa Cruz (evitou o rebaixamento à Série C)
2002 – Náutico
2004/2006 – Santa Cruz (campeão estadual e acesso à Série A)
2006 – Sport (acesso à Série A)
2007 – Santa Cruz
2010 – Sport (campeão estadual)
2010 – Santa Cruz
2016 – Náutico (5º lugar na Série B)
2017 – Santa Cruz

Número de passagens
6 – Sport e Santa Cruz
5 – Náutico

2 – Central

Na primeira partida pós-Eutrópio, Santa vence Ceará no Castelão com autoridade

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)

Houve um momento emblemático no Santa Cruz na partida no Castelão. Embora tenha virado sobre o Ceará com três gols no segundo tempo, quando melhorou a pegada, chamou a atenção a mudança efetuada no período pelo técnico (interino?) Adriano Teixeira. Por volta dos 19 minutos, ele substituiu o meia Léo Lima, titular, mas ainda em busca de um melhor condicionamento para suportar o jogo todo, pelo atacante Augusto, ex-Campinense. O tricolor havia acabado de empatar, num gol de extrema categoria do próprio LL. Há poucos dias, talvez um volante tivesse sido acionado nesta troca. Ao menos era o histórico de Vinícius Eutrópio, que não conseguiu tirar a equipe coral de uma linha defensiva com pouca inspiração à frente.

Com o time vindo de duas derrotas e encarando uma das pedreiras da Série B, como visitante, Adriano não tinha muito a perder. Ganhou a oportunidade e fez diferente, arriscou. Embora Augusto não tenha sido decisivo na virada, a postura à frente deu ao time pernambucano a condição de buscar um resultado interessante na capital alencarina. Aos 25 minutos, o atacante Bruno Paulo (de bom encaixe com Bueno) arrumou espaço na entrada da área e finalizou bem demais, acertando o ângulo. A virada deixou o vozão atordoado – pouco antes havia acertado o travessão, em ótima oportunidade -, com o Magnata anulado por Nininho, surpreendendo como substituto de Vítor.

Com a marcação adiantada e contando com a mobilidade de André Luís, na visão do blog o melhor jogador do time até o momento, o Santa passou a ter a bola em seguidos contragolpes. Em um desses, Augusto, aí sim efetivo, cruzou da direita e Ricardo Bueno (levemente adiantado) empurrou para as redes, 1 x 3. Os três gols da vitória foram anotados por reforços visando o Brasileiro. Tecnicamente, peças que poderiam dar uma nova cara ao time. Desde que o comandante conseguisse enxergar uma nova proposta. Adriano conseguiu e, como prêmio, ainda recolocou o Santa no G4…

Série B 2017, 7ª rodada: Ceará 1x3 Santa Cruz. Crédito: Premiere/Sportv (reprodução)