A 27ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

O Náutico ganhou do Paraná em Curitiba, chegando a duas vitórias seguidas na Série B. Nesta 27ª rodada, encerrada somente na segunda-feira, contou ainda com empates de Ceará, CRB e Bahia, concorrentes diretos. Porém, se manteve a três pontos do G4, devido às vitórias de Avaí e Londrina, ambos visitantes. Com isso, a projeção de campanha do 4º colocado subiu consideravelmente no fim de semana, de 57 para 60 pontos, arredondando para cima.

Ainda assim, o clube de Rosa e Silva já aparece numa condição melhor para o acesso (à frente até de clubes com mais pontos na tabela), de acordo com os cálculos do site Infobola e do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. Portanto, ao Alvirrubro, com três jogos como mandante nas próximas quatro partidas, chegou a hora…

Abaixo, as projeções de acesso e campanhas mínimas possíveis ao Timbu.

As onze maiores probabilidades de acesso após 27 rodadas

As probabilidades de acesso na Série B 2016 após 27 rodadas

Náutico – soma 39 pontos em 27 jogos (48,1%) 
Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 99,8%*):
Precisa de 24 pontos em 11 rodadas
…ou 72,7% de aproveitamento
Simulações: 8v-0e-3d, 7v-3e-1d

Para chegar a 60 pontos (rendimento atual do 4º lugar, o Londrina):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-4d, 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG

A 28ª rodada do representante pernambucano
01/109 (16h30) – Náutico x Vasco (Arena Pernambuco)

Magrão completa 600 jogos no Sport e quebra o recorde em um clube do NE

Junto à família, Magrão recebe a camisa comemorativa pelos 600 jogos no Sport, em 24/09/2016. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Imagine um jogador presente durante 10% na vida de um clube de 111 anos. Quase sempre como titular, como ídolo, como símbolo. A história de Magrão já se confunde com a do Sport, com cada nova marca reafirmando o status. Contra o Santos, o goleiro chegou a 600 partidas vestindo a camisa rubro-negra. Além do número redondo, já um recorde na Ilha, Alessandro Beti Rosa tornou-se o atleta com mais jogos em um clube nordestino. Superou Givanildo Oliveira, que marcou época no Santa da década de 1970, chegando à Seleção.

No Leão, o goleiro sempre soube conviver com a concorrência, cruel em sua posição. O carisma manteve intacta a idolatria, mesmo em momentos adversos, naturais em uma passagem superior a uma década. Obviamente, para passar tanto tempo embaixo da trave com dez leoninos à frente, Magrão fez por onde, com bastante reflexo, elasticidade, saídas apuradas, 24 pênaltis defendidos e muitas taças, oito ao todo. Uma delas a da Copa do Brasil.

Lembrando que o goleiro tem contrato com o rubro-negro até o fim de 2017, onde deve encerrar a carreira, aos 40 anos e ainda mais recordista…

As marcas históricas de Magrão no Sport 
1º jogo (25/05/2005) – Sport 1 x 0 Guarani, Série B (Ilha do Retiro)
100º jogo (12/01/2008) – Sport 4 x 0 Salgueiro, Estadual (Ilha do Retiro)
200º jogo (07/06/2009) – Sport 4 x 2 Flamengo, Série A (Ilha do Retiro)
300º jogo (20/01/2011) – Sport 1 x 0 Ypiranga, Estadual (Ilha do Retiro)
400º jogo (30/08/2012) – Flamengo 1 x 1 Sport, Série A (Raulino de Oliveira)
500º jogo (21/05/2014) – Cruzeiro 2 x 0 Sport, Série A (Mineirão)
600º jogo (24/09/2016) – Sport 1 x 0 Santos, Série A (Ilha do Retiro)

Os jogadores com mais partidas nos maiores clubes do Nordeste*
600 jogos – Sport (Magrão, goleiro 2005-2016)
599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979)
589 jogos – Ceará (Edmar, volante 1971-1980)
492 jogos – ABC (Jorginho, atacante 1946-1965)
476 jogos – América-RN (Ivan Silva, lateral-direito 1973-1983)
448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980)
402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008)
387 jogos – Sampaio Corrêa (Rodrigo Ramos, goleiro 2009-2016)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010)

323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000)
* Lista atualizada até 24/09/2016
** O zagueiro Miguel Rosas atuou no CRB de 1943 a 1963, sem dados oficiais

Os jogadores com mais partidas no Santa Cruz (Givanildo Oliveira), Bahia (Baiaco), Fortaleza (Dudé), Náutico (Kuki), Ceará (Edmar) e Flávio (Vitória)

Náutico vence em Curitiba e se mantém a três pontos do G4, com tabela favorável

Série B 2016, 27ª rodada: Paraná 1x2 Náutico. Foto: Joka Madruga/Futura Press

O Náutico arrancou uma vitória importantíssima em Curitiba, se afirmando como candidato ao acesso. No quarto jogo sob o comando de Givanildo Oliveira, o alvirrubro fez 2 x 1 no Paraná, chegando a 39 pontos e se mantendo a três do G4, mas com uma tabela a favor na primeira quinzena de outubro, ao menos na condição de mandante. Dos próximos quatro jogos, três serão na Arena Pernambuco, incluindo “confrontos direitos” contra Brasil de Pelotas e Ceará. O que resume o quanto era significava pontuar no Durival de Britto. A princípio, lá, o técnico pernambucano não repetiu a formação com três meias ofensivos, que funcionou bem contra o Paysandu. Assim, Renan Oliveira cedeu o lugar ao volante Rodrigo Souza. Mais pegada, mas não menos ofensividade, nas palavras do próprio Giva antes de a bola rolar.

28ª rodada (01/10) – Náutico x Vasco (Arena PE)
29ª rodada (04/10) – Bragantino x Náutico (Nabi Abi Chedid)
30ª rodada (07/10) – Náutico x Brasil (Arena PE)
31ª rodada (15/10) – Náutico x Ceará (Arena PE) 

E não é que foi isso mesmo? Coube ao volante abrir o placar aos 26 minutos. Recebeu a bola na marca do pênalti, numa assistência de Marco Antônio, e bateu de primeira. Curiosamente, Renan Oliveira vinha pecando justamente neste fundamento, parando na trave. Ao segurar a pressão paranaense no restante do primeiro tempo, sobretudo em jogadas de linha de fundo, o Náutico teria que mudar um pouco a postura na etapa complementar. Não que a equipe tenha abdicado de atacar (até porque buscou contragolpes com Bergson), mas era preciso ter mais tranquilidade. O jogo se desenhou para isso logo no primeiro minuto após a retomada, em mais uma assistência de Marco Antônio, com Rony, enfim, concluindo. A boa vantagem permaneceu até os 17 minutos, quando o tricolor diminuiu. A partir daí, copeirismo timbu, com apenas 35% de posse e Gastón e Júlio César salvando. Que essa determinação siga em casa…

Série B 2016, 27ª rodada: Paraná 1x2 Náutico. Foto: Joka Madruga/Futura Press

A 26ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Derrota do Brasil de Pelotas e empates de CRB, Londrina, Ceará e Vila Nova. Com isso, a vitória do Náutico sobre o Paysandu foi multiplicada na na 26ª rodada da Série B, deixando o time a três pontos do G4, outrora inviável. Na rodada anterior a diferença era de cincos pontos. Porém, em relação ao posicionamento da tabela atualizada, o alvirrubro segue longe do quarteto. Ganhou uma colocação, figurando agora em 11º, com todo mundo embolado.

Abaixo, as projeções de acesso e campanhas mínimas possíveis ao Timbu.

As onze maiores probabilidades de acesso após 26 rodadas

As probabilidades de acesso na Série B 2016 após 26 rodadas

Náutico – soma 36 pontos em 26 jogos (46,2%) 
Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 99%*):
Precisa de 27 pontos em 12 rodadas
…ou 75,0% de aproveitamento
Simulações: 9v-0e-3d, 8v-3e-1d

Para chegar a 57 pontos (rendimento atual do 4º lugar, o Bahia):
Precisa de 21 pontos em 12 rodadas
…ou 58,3% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-5d, 6v-3e-3d, 5v-6e-1d

* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG

A 27ª rodada do representante pernambucano
24/09 (16h20) – Paraná x Náutico (Durival de Britto, em Curitiba)

Com 3 gols de Vinícius, Náutico vence o Paysandu na Arena e fica a 3 pontos do G4

Série B 2016, 26ª rodada: Náutico 3 x 1 Paysandu. Foto: Peu Ricardo/DP

Os resultados ajudaram, com tropeços de cinco concorrentes, e o alvirrubro finalmente fez a sua parte, vencendo em casa. Em uma rodada gigantesca, o Náutico jogou melhor que o Paysandu, fez 3 x 1 e chegou a 36 pontos, a apenas três pontos do G4. Em termos de colocação na tabela, ainda falta bastante, com Série B mais embolada que nunca, tanto que o time pernambucano está em 11º.

Vinícius foi o nome do jogo. Ainda que a sua participação nos contragolpes e na recomposição tenha sido discreta, finalizou bem demais. Marcou os três gols, sendo dois de fora da área no primeiro tempo (o segundo foi uma pintura), e encerrou a partida convertendo uma penalidade sofrida por Rony. Assim, a primeira vitória sob o comando de Givanildo Oliveira (cujo discurso em relação ao acesso não muda) recoloca o time numa condição favorável, mais uma vez obrigado a buscar um triunfo como visitante. No próximo sábado, contra o Paraná, há quatro rodadas sem vencer, eis uma boa chance.

Há a possibilidade de vermos novamente um time com um meio-campo técnico, como foi a composição contra o Papão. Giva colocou o estreante Marco Antônio com Renan Oliveira e Vinícius, o máximo que o atual elenco dispõe após a saída de Hugo. Marco Antônio, ao menos neste primeiro momento, jogou mais recuado, numa situação que pode ser invertida com Renan Oliveira (mais uma vez parando na trave). O encaixe deste trio pode ser decisivo nesta reta final. Por sinal, na saída da arena os 2.645 torcedores gritaram “Vamos subir, Náutico! Vamos subir, Náutico!”. Há dez dias parecia devaneio. Hoje, nem tanto…

Série B 2016, 26ª rodada: Náutico 3 x 1 Paysandu. Foto: Peu Ricardo/DP

A 25ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 25 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória esteve próxima mais uma vez, mas o Náutico teve que se contentar com o empate com Joinville, fora de casa. Chegou a quatro rodadas sem vencer na Série B, caindo para a 12ª colocação. Porém, os tropeços na rodada mantiveram acesa a esperança, ainda que numa escala pequena. Brasil de Pelotas, CRB, Ceará e Bahia perderam, com o G4 estacionando em 38 pontos, a pontuação mais baixa em 25 rodadas neste formato atual, com vinte clubes. Assim, hoje, a projeção final apontaria 58 pontos para subir (o mínimo, com acesso, foi registrado pelo Vitória, com 59 pontos em 2007).

Por outro lado, a campanha clássica de “65 pontos” já está inviável ao Timbu. Por isso, o blog calculou dois cenários de acesso, um com o rendimento atual do 4º colocado e outro com 63 pontos, cuja soma garantiu a classificação em sete das dez edições da Segundona nos pontos corridos. Por sinal, segundo o Chance de Gol, hoje, essa campanha dá uma confiabilidade de 95%. Aceitável.

As onze maiores probabilidades de acesso após 25 rodadas

As probabilidades de acesso na Série B 2016 após 25 rodadas

Náutico – soma 33 pontos em 25 jogos (44,0%)
Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 95%):
Precisa de 30 pontos em 13 rodadas
…ou 76,9% de aproveitamento
Simulações: 10v-0e-3d, 9v-3e-1d

Para chegar a 58 pontos (rendimento atual do 4º):
Precisa de 25 pontos em 13 rodadas
…ou 64,1% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-4d, 7v-4e-2d

A 26ª rodada do representante pernambucano
17/09 (16h30) – Náutico x Paysandu (Arena Pernambuco)

Náutico peca outra vez nas finalizações e fica no empate sem gols com o Joinville

Série B 2016, 25ª rodada: Joinville x Náutico. Foto: Joinville/facebook (JECoficial)

O segundo empate sem gols seguido do Náutico, novamente desperdiçando oportunidades, ilustra pela enésima vez nesta Série B a deficiência no setor ofensivo, com atacantes que não decidem. Após o jogo na arena, contra o Bahia, o Timbu precisava vencer o Joinville, em má fase e pressionado por sua torcida, para tentar se aproximar do G4. Os resultados da rodada até ajudaram, assim como a falta de pontaria do rival, vice-lanterna. No fim das contas, o 0 x 0 no interior catarinense foi um festival de gols perdidos, com 5 finalizações certas dos pernambucanos e 4 dos mandantes. Fora as bolas raspando a trave.

Empenho, houve. Com Givanildo Oliveira cobrando uma melhor troca de passes no meio – inclusive com o som vazando na transmissão -, o primeiro tempo foi amarrado, mas com chances de ambos os lados. Com dois minutos, o atacante Jael já havia perdido um gol. Uma bola no travessão foi a resposta alvirrubra, assim como Gastón, também de longe. No segundo tempo, o Náutico piorou, com o time de Lisca (ex-comandante timbu) pressionando bastante. Muito bem, Júlio César fez boas defesas, salvando duas vezes após a defesa marcar mal.

Na reta final, era preciso arriscar mais. Bastava um contragolpe. Pois o Náutico teve dois. No primeiro, aos 36, Léo Santos vacilou de forma inacreditável. Acionado no decorrer do jogo, o atacante recebeu a bola livre, num contra-ataque com 3 contra 1. Chutou em cima do goleiro. Acredite, ele pegou o rebote, pingando, mas com a barra livre, e chutou por cima. Difícil não lembrar de Renan Oliveira, também livrinho no sábado, chutando em cima de Muriel, do Baêa. E assim o desperdício, em apenas quatro dias, já vai em quatro pontos...

Série B 2016, 25ª rodada: Joinville x Náutico. Foto: Joinville/facebook (JECoficial)

Podcast – Análise da vitória do Sport no clássico e da estreia de Giva no Náutico

O fim de semana no Recife começou com a estreia de Givanildo Oliveira no comando do Náutico, sábado. Um empate sem gols com o Bahia, na Arena, num jogo de intensidade, mas cujo placar complica ainda mais a meta timbu. No domingo, no clássico que definiu o troféu em homenagem ao próprio Giva, com oito gols, o Sport venceu o Santa e abriu “uma rodada” de vantagem sobre o Z4 do Brasileiro. No 45 minutos, uma análise das partidas, com destaques individuais, falhas, mudanças táticas e projeções das próximos rodadas. Por fim, infelizmente o recorrente tema da violência. Ao todo, 2h34m de debate.

Veja o infográfico com as pautas do Clássico das Multidões clicando aqui.

Neste 271º podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

No fim, o Sport ganha o Troféu Givanildo Oliveira e soma a segunda taça centenária

Durval com o Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O centenário do Clássico das Multidões foi marcado por oito jogos, nos âmbitos estadual, nacional e internacional. Jogos acompanhados in loco por 130.362 torcedores, com média 16.295 e 16 gols ao todo. Metade justamente no derradeiro confronto, a vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 5 x 3, no resultado que definiu, no apagar das luzes, a posse do Troféu Givanildo Oliveira.

O regulamento instituído pela FPF era bem simples, com o título simbólico para o clube com mais pontos nos clássicos disputados em 2016. Em caso de igualdade, cada rival ganharia uma taça. E era justamente esse desfecho até os 44 minutos do segundo tempo da decisão na Ilha, no returno da Série A. Até o gol de Vinícius Araújo, que colocou o Leão pela primeira vez em vantagem na tarde. O gol de Everton Felipe, por cobertura, encerrou a história. Até então, a vantagem no ano era coral, com triunfos em dois mata-matas, na final do Estadual e na segunda fase da Copa Sul-Americana. No entanto, o resultado positivo do Leão, fazendo 3 x 2 em triunfos, rendeu um lá e lô no Brasileirão.

Com a conquista, erguida pelo capitão Durval, o rubro-negro somou a segunda taça em clássicos centenários. Em 2009, a disputa envolveu Sport e Náutico, mas num formato distinto. Foi apenas um jogo, também na elite, no dia seguinte ao aniversário do clássico. Com o 3 x 3, cada rival ganhou uma taça. Em 2017, será a vez do Troféu Gena, no centenário do Clássico das Emoções.

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz, Estadual (Ilha, 14.609)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, Estadual (Arruda, 16.377)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport, Estadual (Arruda, 30.163)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz, Estadual (Ilha, 27.493)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, Série A (Arruda, 16.951)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport, Sul-Americana (Arena, 5.517)
31/08 – Sport 0 x 1 Santa Cruz, Sul-Americana (Arena, 6.570)
11/09 – Sport 5 x 3 Santa Cruz, Série A (Ilha, 12.682)

Classificação após 8 clássicos
12 pontos – Sport
9 pontos – Santa Cruz

Em jogo eletrizante, Sport marca cinco gols no segundo tempo e vence o Santa

Série A 2016, 24ª rodada: Sport 5 x 3 Santa Cruz. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foi um desfecho além do imaginável para o centenário do Clássico das Multidões. O oitavo e último confronto em 2016, ao vivo na tevê para todo o estado, foi, sem dúvida alguma, o jogo mais eletrizante. Sete gols somente no segundo tempo, sendo cinco dos rubro-negros, reviravoltas até o fim, empenho absoluto em campo, tristeza e comemoração de um lado, comemoração e tristeza do outro. O Sport fez 5 x 3 no Santa Cruz, somando seis pontos em cima do rival no Campeonato Brasileiro, num lá e lô que dá fôlego na briga contra o descenso. Naturalmente, empurrou o tricolor ainda mais para o buraco.

Para falar sobre o jogo, o primeiro tempo pode ser resumido na velocidade de Keno para definir as jogadas, abrindo o placar com seis minutos, e na atuação de Tiago Cardoso, praxe contra os leoninos, com três defesas incríveis. Nos descontos, num rebote do goleiro na pequena área, Durval conseguiu chutar por cima, passando aquela sensação de que seria mais uma tarde com festa na geral do placar. O cenário já era propício ao Santa e João Paulo, na volta do intervalo, acertou um chutaço, deixando uma possível reação estática. Por isso, talvez o gol mais importante do Leão tenha sido o primeiro, logo na sequência, trazendo estímulo à torcida e ao próprio time, visivelmente abatido pelo placar.

Série A 2016, 24ª rodada: Sport 5 x 3 Santa Cruz. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A partir dali, o Sport passou a jogar pelos lados, finalmente encontrando espaço. Os gringos, Rodney (esquerda) e Ruiz (direita) levaram vantagem, com a mobilidade do colombiano bem superior à peça anterior, Edmílson. Nem Léo Moura nem Allan Vieira deram conta das tabelas, com a bola passeando na área coral. Com Diego Souza sendo mais recuado (começou como atacante, numa função onde não rende), a bola aérea tornou-se um perigo. Após muita luta, o primeiro empate veio aos 24 minutos, com a pressão silenciada 120 segundos depois, com Bruno Moraes ensaiando mais uma atuação decisiva. O terceiro gol coral foi gerado numa sucessão de falhas, com a saída de Matheus Ferraz e com Magrão pregado na pequena área, deixando o general concluir.

Novamente em desvantagem, o Sport seguiria investindo nos cruzamentos, e Tiago Cardoso, quem diria, passaria longe da performance inicial. De cabeça, Ruiz marcou o seu primeiro gol na Ilha. Nova igualdade e confusão, com Diego Souza e Derley expulsos. Neste clima quente, quem perderia mais? Com o volume de jogo do Sport, ambos. Porém, o buraco deixado pelo volante foi maior que a participação de DS87, com outros nomes sobressaindo, Vinícius Araújo e Everton Felipe, acionados. Aos 44 e aos 46 minutos, ambos marcaram, em uma das maiores vitórias do Sport nos últimos tempos. Ao torcedor, cuja rivalidade pesa demais, não há como negar. Nem ao vencedor nem ao derrotado. E poderia ficar melhor para o Sport? Poderia e ficou. Com a conquista do Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa das multidões, numa legítima final.

Série A 2016, 24ª rodada: Sport 5 x 3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP