Após as merecidas férias, a volta ao trabalho no Diario de Pernambuco. De cara, gravação do podcast 45 minutos, com a reta final do Brasileiro. A cinco rodadas dos fim das Séries A e B de 2015, analisamos as chances do trio recifense, tanto nas projeções matemáticas quanto na técnica propriamente dita, com a dificuldade de cada jogo até a 38ª rodada. Comentamos também o provável acesso do América-MG, dirigido pelo pernambucano Givanildo Oliveira, que pode conquistar o quinto acesso à elite, um recorde. Além da resenha com dicas de música, viagens etc.
Nesta 184ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Era um jogo complicado para “cravar” vitória. Além do adversário qualificado, apontado como um dos mais técnicos da Série B, integrando o G4, o Santa Cruz não teria os seus principais atacantes, suspensos. Juntos, Grafite e Aquino marcaram 13 gols, com o ídolo atuando apenas cinco vezes. Por isso, o 2 x 1, o sétimo triunfo seguido no Arruda, tem uma importância além da conta. Brecou o América, há quatro rodadas sem vitória, e manteve a perseguição ao G4, num hiato de quatro pontos, com uma sequência em Natal e no Recife (dois jogos).
Os titulares devem voltar, ainda que Martelotte esteja buscando a composição ideal para a dupla, mas Lelê, Luisinho e Bruno Moraes deixaram o campo conscientes do bom papel. O primeiro saiu com uma assistência e os outros com gols marcados. É verdade que o primeiro o tento foi irregular, com Lelê levantando a bola e Bruno cabeceando em impedimento, e Luisinho, no rebote, marcando também à frente. A vantagem saiu quando a partida estava amarrada. O time mineiro, treinado por Givanildo Oliveira (599 jogos pelo Santa, recordista nordestino), havia chegado com perigo duas vezes, ambas em desatenção da zaga coral, mesmo sem Danny Moraes.
Num segundo tempo instável, o América empatou após a clara falha de posicionamento na área coral. Livre, Tony escorou um cruzamento na pequena área. A festa dos cinco torcedores mineiros na arquibancada só durou oito minutos, com outro gol de bola cruzada, com Marlon mandando na medida para Bruno Moraes cabecear a la Grafa, definindo a vitória, diante de 8.532 pessoas. O esforço em campo, aliás, merecia ter tido um apoio mais significativo.
As histórias de Santa Cruz e Paris Saint-Germain se cruzaram duas vezes em 1979, em capítulos marcantes para os dois clubes. Jogos sem vencedores, separados por 5.432 quilômetros. Em Paris, em 1º de abril, o tricolor entrou em campo para manter a escrita da excursão. Após onze jogos, com uma vitoriosa passagem no Oriente Médio, bastava evitar a derrota no último compromisso para se tornar o nono brasileiro a receber a Fita Azul, o título honorário dado pelo antiga CBD aos invictos no exterior. Enfrentaria o PSG, ainda em ascensão, só com um título da segunda divisão. Superior em campo, o clube pernambucano marcou duas vezes com Volnei, mas cedeu o empate em 2 x 2, suficiente para garantir o feito internacional, exclusivo no Recife.
Por causa da Fita Azul, a última da história, a delegação, curiosamente vestida com ternos azuis, foi recebida com muita festa no Aeroporto dos Guararapes, com atestou o Diario de Pernambuco: Povão consagra o Santa Cruz. Veio o Estadual, com os corais voando. Antes do título, com 134 gols em 39 jogos, o clube conseguiu junto à FPF uma pausa de onze dias em julho. Aceitou o convite para disputar um torneio no Gabão, numa inédita presença na África. O quadrangular contou com duas equipes locais e um convidado francês, se alinhando à história da ex-colônia. Quem? O PSG, de novo. Já sem o artilheiro argentino Carlos Bianchi e visando o início da temporada 1979/1980.
No estádio Omar Bongo, na capital Libreville, os favoritos superara os gaboneses. O Santa fez 2 x 1 no Chemanaux e o Paris goleou o Anges Blancs por 7 x 2. Em 15 julho, 35 mil pessoas viram um empate na final do Torneio de Libreville. O tricolor do capitão Givanildo Oliveira marcou com Joãozinho, mas do outro lado havia o atacante Boubacar, que evitou o revés parisiense e nos pênaltis definiu o 4 x 3. Foi a primeira primeira taça internacional do PSG. Apesar da festa, os franceses deixaram o Gabão chateados pelo descaso do embaixador do país, Charles Talar. Por não gostar de futebol, ele não compareceu aos jogos, mesmo com os ministros do Gabão presentes. Política à parte, a taça foi para Paris. Ao Recife, já havia ido a Fita Azul.
Treze pontos a treze jogos do fim. A distância em relação ao G4 e a tabela cada vez mais curta vão minando o sonho tricolor em seu centenário. Hoje, o acesso é irreal.
Mais do que a diferença na classificação há o futebol jogado. Do atual quarteto lá em cima, com Ponte Preta, Avaí, Joinville e Vasco, na prática só o Ceará parece ter fôlego e técnica para buscar uma reviravolta.
No Tricolor, a mudança no comando técnico deveria ter gerado uma injeção de ânimo. À parte da vitória sobre o modesto Oeste, bastou um adversário mais qualificado para o time pernambucano travar.
Na derrota por 1 x 0 para o América Mineiro neste sábado, no Independência, o time mal atacou. Em alguns momentos, já em desvantagem, parecia “segurar” o placar. Incrível. O próprio gol sofrido foi para desanimar o torcedor coral diante da televisão.
Aos 20 minutos, Elsinho dominou a bola na entrada da área, pensou, girou e finalizou. Sem ser importunado em momento algum. Ali, o Santa enfrentava o lanterna, mas era um lanterna circunstancial, após uma decisão do STJD, que tirou 21 pontos do Coelho.
E se o rendimento em campo mais uma vez já não ajudou, piorou com a fraca arbitragem de Pablo dos Santos Alves, que não enxerga penalidades ou impedimentos.
A volta a Série B parece mesmo com cara de “marola”…
Atualizado em 21/03/2105, antes do clássico Náutico x Sport, na arena.
O contrato de Magrão com o Sport foi ampliado até dezembro de 2015. Ao garantir o 11º ano na Ilha do Retiro, o goleiro encaminha a possibilidade de se tornar o jogador com mais partidas disputadas na história do Leão.
Considerando apenas as competições oficiais são 545 jogos. Numa convenção tradicional, incluindo amistosos, o dado salta para 555, segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro. Assim, com o número absoluto, faltam apenas 7 partidas para o ídolo superar Bria, cuja marca está em vigor há mais de 50 anos.
E isso pode acontecer já no primeiro semestre de 2015. Pela agenda básica do Sport, seriam mais 34 jogos pela Série A, pelo menos 2 na Sul-Americana, 1 pela Copa do Brasil, mais 6 no Nordestão e 10 pelo Estadual do próximo.
Ou seja, caso o goleiro não fique suspenso ou se lesione, o recorde deve ser cravado na Copa do Nordeste ou no Campeonato Pernambucano de 2015.
Para dar o passo seguinte, com o recorde entre os maiores clubes da região, provavelmente o já experiente Magrão teria que atuar em 2016, uma vez vez que seriam necessárias nada menos que 600 partidas no currículo…
599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979)
562 jogos – Sport (Bria, zagueiro 1949-1963)
448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980)
402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010)
323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000)
283 jogos – Ceará (Michel, volante 2007-2014)
Com mais de um século de paixão crescente, o futebol pernambucano tem muita história para contar. E num espaço intermitente, ela vem sendo contada. Confira alguns livros sobre o futebol no estado, disponíveis nas prateleiras das livrarias e perdidos em bibliotecas, com alguns exemplares desde a década de 1960. Outros, com edições bem antigas, só mesmo em sites de compra.
Para os fãs do futebol local, dois livros sobre o campeonato estadual formam um prato cheio de história, curiosidades e imagens. As estatísticas que dominam a imprensa esportiva atual foram colhidas nesses dois exemplares.
Ainda sobre o Campeonato Pernambucano, que em 2014 terá a sua centésima edição, mais dois títulos. Em 1999, com o apoio da FPF, Givanildo Alves lançou “85 anos de bola rolando”, com histórias e causos do futebol local. O autor faleceu um ano depois, quando foi lançada a segunda edição, com nova capa. Já José Maria Ferreira revisou o certame estadual de 1915 a 2007, com uma linguagem mais técnica sobre a competição.
A série “Reis do futebol em Pernambuco”, criada em 2011, terá cinco capítulos. No primeiro, com 300 páginas, os maiores técnicos que trabalharam no estado, de Pimenta a Nelsinho. Os próximos serão sobre atacantes, meias, zagueiros e goleiros. Ainda sobre treinadores, a biografia do olindense Givanildo Oliveira, escrita em 2006 pelo jornalista Marcelo Cavalcante, tem o histórico do jogador e técnico, campeoníssimo no Recife, desde a infância na Vila Popular.
O Náutico ganha dois livros em 2013, ambos com o selo da BB Editora. Primeiro, “Adeus, Aflitos”, com histórias e números de Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira sobre o estádio Eládio de Barros Carvalho, agora aposentado. Ainda neste ano, chegará a biografia “Kuki, o artilheiro do Nordeste”, sobre a carreira do quarto maior goleador da história do Timbu, com 179 gols em 357 partidas.
Em 1996, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro transformou a apuração de trinta anos em publicações, com uma série de livros preenchidos por estatísticas dos três grandes clubes do estado, com partidas, escalações, públicos etc. Começou com o Náutico, com as partes 1 (1909 a 1969) e 2 (1970 a 1984).
A série “Náutico – Retrospecto” continuou com mais dois volumes, de 1985 a 1999 e 2000 e 2009. O Timbu é o único com dados publicados sobre o século XXI. O pesquisador segue guardando dados sobre os jogos para futuros livros.
Em 2009 o tradicional clássico entre alvirrubros e rubro-negros chegou a cem anos de história. Com apoio da FPF, foi lançado um livro de capa dupla, “100 anos de história do Clássico dos Clássicos”, novamente com o trio de Carlos Celso/Lucídio José/Roberto Vieira. O incansável Carlos Celso ainda publicou uma edição especial sobre o Timbu com um vasto acervo fotográfico. A cada imagem, textos explicativos sobre escretes inesquecíveis.
Dessa vez, um trabalho solo do escritor Lucídio José de Oliveira, com o romance “O Náutico, a bola e as lembranças”. Em 2003, o jornalista Paulo Augusto lançou a “A guerra dos seis anos” sobre o hexacampeonato pernambucano de 1963 a 1968, com personagens e grandes jogos da saga.
Kuki terá a sua própria biografia. Contudo, esse será o segundo livro sobre o ex-ídolo alvirrubro. O pesquisador Carlos Celso já levantou todos os dados do atacante, que desembarcou nos Aflitos em 2001, na série “Grandes Goleadores”. Além do baixinho, há o exemplar sobre o Bita, o maior goleador do Náutico, com 223 gols em 338 partidas, com o tradicional apelido no título: “O Homem do Rifle”.
O próximo livro agendado sobre o trio de ferro é o do centenário do Santa Cruz, em 2014, pela BB Editora. Com um ano de produção, irá retratar a história do clube com doses de emoção. Em 2007 o Tricolor também teve a sua história revisada com resumos estatísticos, via “Retrospecto”, assim como os rivais. O trabalho nos mesmos moldes, com jogos, escalações, público e renda, vai de 1914 a 1999, em três livros distintivos.
Com o apoio do filho, Luciano Guedes, Carlos Celso conseguiu estampar capas coloridas nos três exemplares do Tricolor, fato alcançado com o apoio do clube, uma vez que a circulação do livro não contou com uma grande editora.
Editado em 1986 pela Cepe, o livro “Eu sou Santa Cruz de Corpo e Alma”, do falecido Mário Filho, conta histórias da Cobra Coral desde os anos 30, com causos sobre o povão e a formação da mística da torcida tricolor. Já em “Centrefó de Armação”, Aramis Trindade mistura realidades paralelas e ficção do futebol pernambucano de uma forma geral, mas com bastante humor. A capa foi ilustrada com um desenho do Santa Cruz.
Tendo o goleiro Magrão como personagem principal, o Sport lançou “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, com revelações de bastidores da segunda conquista nacional, como pressão de árbitro, viagens e orientações, editados por Rafael Silvestre. O Leão já contava com o levantamento de todos os seus jogos desde 1905, com três volumes. No primeiro, de 1905 a 1959, a diretoria do clube não apoiou no início e a capa, com baixo custo, foi preta e branca. A partir da segunda edição ela foi colorizada.
A série “Sport – Retrospecto” continuou, enumerando todas as partidas do Leão de 1960 a 1999, seguindo o padrão adotado por Carlos Celso Cordeiro nos demais livros estatísticos dos grandes clubes do Recife. Nas capas três fases da Ilha, com os formatos da Copa de 1950, ampliação na década de 1970 e reforma em 1982.
Durante muitos anos Fernando Bivar, irmão mais velho de Luciano e Milton Bivar, foi o curador do museu do Sport. Apreciador da história do clube, escrever alguns livros. Um deles foi “Coração Rubro-negro”, focando a importância da união do Leão em certas conquistas. Já o romance História da Garra Rubro-negra, editado pela Comunicarte, chama a atenção pela bela capa.
A publicação “100 anos de história – O Clássico dos Clássicos” é, literalmente, a mesma do Náutico. A capa e a contracapa têm ilustrações distintas, uma para o Alvirrubro e outra para o Rubro-negro. São 25 capítulos para o Sport e 25 para o Náutico. A primeira edição, esgotada, teve 500 unidades. Também com uma linha romanceada, Costa Filho lançou as memórias de um paraibano louco pelo Sport, com “Meu coração de Leão”.
Autor do gol da vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, o saudoso Haroldo Praça também foi escritor. Com diversas crônicas sobre o futebol local, ele reuniu o material no livro “Gol de Haroldo”. Já a biografia “Clécio: o Halley” conta a vida do zagueiro, encontrado morto em um quarto de hotel aos 26 anos, em 2007. Revelado pelo Sport, Clécio viveu os altos e baixos no campo e fora dele.
Na década de 1980, Manoel Heleno escreveu dois livros sobre a história do Leão. Em 1985, no octogésimo aniversário do clube, saiu a primeira parte da “Memória Rubro-negra”, focando não só o futebol, mas a construção da identidade leonina na Ilha do Retiro. Em 1988 veio a segunda parte, compilando todos os fatos ocorridos de 1956 a 1988.
Há espaço também para os clubes intermediários. Começando pelos dois mais famosos, América, seis vezes campeão estadual, e Central, o maior do interior. Em 1990 o Alviverde da Estrada do Arraial ganhou um livro de Mário Filho, “O Periquito”. Já a Patativa viu a sua história contada por Zenóbio Meneses em “Meu Central, meu orgulho, minha paixão”, num esforço grande do torcedor/escritor. O livro foi publicado em espiral.
No embalo da fama de pior time do mundo, o jornalista Israel Leal conta a história do Íbis e todo o folclore que marca o famoso clube, no “O voo do Pássaro Preto”. Já Marcondes Moreno relembra a vida do Ypiranga, que cresceu paralelamente à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, desde a era amadora.
Quem mais jogou por cada um dos grandes clubes de Pernambuco em toda a história? Sem dúvida alguma, a conta é enorme, atravessando décadas. Começa em três pontos distintos nos campos do Recife, em 1905 (Sport), 1909 (Náutico) e 1914 (Santa Cruz).
Pois o pesquisador Carlos Celso Cordeiro mergulhou em seu enorme arquivo sobre o futebol local e chegou aos dados absolutos, repassando em primeira mão para o blog.
No Náutico, o recorde é recente, estabelecido por Kuki em 2010, superando Lourival Silva. No Sport, Magrão, com mais de 350 jogos, ainda está a 200 partidas da marca.
Enquanto isso, o Tricolor ostenta a marca de atleta com mais partidas em um clube local. Além dos 599 jogos pela Cobra Coral, Givanildo Oliveira ainda atuou 150 pelo Sport, fora as passagens como treinador. Confira os personagens e seus dados abaixo.
Givanildo Oliveira
599 partidas
Volante, em dois períodos, 1969/1976 e 1977/1979
8 títulos estaduais: 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978 e 1979
Bria
562 partidas
Zagueiro, de 1949 a 1963
7 títulos estaduais: 1949, 1953, 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962
Kuki
386 partidas
Atacante, em dois períodos 2001/2007 e 2008/2010
3 títulos estaduais: 2001, 2002 e 2004
Aproveitando os recordes de jogos, vale informar os maiores artilheiros: Bita (alvirrubro, 223 gols), Tará (tricolor, 207 gols) e Traçaia (rubro-negro, 202 gols).
Este olindense, hoje com 63 anos, é o maior vencedor da história do Campeonato Pernambucano de futebol. Como jogador e treinador, são 16 faixas de campeão.
Marca quase imbatível.
As conquistas estão divididas entre dois clubes… Santa Cruz e Sport.
Pelo Tricolor, foram oito conquistas como volante, de muita classe e técnica. Pentacampeão de 1969 a 1973, além das glórias em 1976, 1978 e 1979.
Como técnico, comandou o Santinha em 2005, no último troféu do clube.
Pelo Rubro-negro, jogou nos últimos três anos da carreira, sendo tricampeão de 1980 a 1982. Na Ilha, virou técnico de futebol, em uma rápida transição com apenas 35 anos.
Na nova função ganhou os Estaduais de 1991, 1992, 1994 e 2010.
A história de Givanildo realmente está fortemente ligada aos dois rivais, finalistas do Estadual de 2011. No ano passado, aliás, ele treinou os dois clubes. Primeiro, o Leão, no Pernambucano, e depois a Cobra Coral, na Série D do Brasileiro.
Ele concedeu uma rápida entrevista por telefone, com o “tom” tradicional, direto.
Givanildo, quem é o favorito nesta final? “Os dois! Não posso apostar em ninguém, nem falar que é um ou o outro. Está equilibrado, mas não posso te falar quem vai ganhar.”
Como você avalia a atual edição do Estadual? “Está sendo um Campeonato Pernambucano muito bom. Foi um dos melhores que vi até agora. Estou acompanhando tudinho.”
O que o senhor achou da eliminação do Náutico na semifinal após o time ter feito a melhor campanha na primeira fase? “Deixa eu te dizer uma coisa. Quando se trata dos três clubes do Recife, você não pode dizer o que vai acontecer. É complicado. O Sport, por exemplo, vinha lá embaixo. De repente, entrou entre os quatro primeiros e já está na final. Os três são fortes e são grandes, mesmo com algumas dificuldades. Veja o caso do Santa Cruz. O Santa está na Série D do Brasileiro, mas armou um time bom e está na final.”
Palavras de quem já ergueu o troféu local nada menos que 16 vezes…
Vitória do SantaCruz sobre o Guarany por 4 x 3, diante de um Arruda lotado.
Um domingão daqueles pelas bandas das Repúblicas Independentes…
Com exatamente 50.879 pessoas. O Tricolor é time de maior média de público de todas as quatro divisões nacionais, agora com 30.238 torcedores por jogo!
A última vez em que um clube local havia levado mais de 50 mil como mandante tinha sido em 2005, quando o Santa conseguiu o acesso à Série A, com 60 mil pagantes contra a Portuguesa (lembram?).
O povão viveu uma tarde intensa neste domingo. Do começo ao fim.
O que parecia mais uma decepção, com uma desvantagem de 2 x 0, com dois gols contra, se transformou em uma vitória importante, surpreendente.
A Cobra Coral virou o placar ainda no primeiro tempo, lotando todas as cinco ambulências presente no Mundão. Inacreditável, de fato.
No início da etapa final, Jackson mandou uma bomba ampliou para 4 x 2. No fim, um vacilo e o aperto. Mas o time coral segurou o triunfo. Importantíssimo!
Agora, cuidado em Sobral, no próximo domingo.
Lá, o time cearense não perde há muito tempo no estádio do Junco. Que o Tricolor vá com a mesma garra de Maceió.
Abaixo, a emoção do Arruda no gol da virada sobre o Guarany.