Foram quatro passagens no Arruda: 2001, 2002, 2015/2016 e 2017. Com a camisa 23, o centroavante Grafite viveu todos os momentos possíveis no Santa. No topo, os dois títulos em uma semana, Nordestão (a maior conquista do clube) e Estadual, eleito em ambos como o craque do torneio, além do acesso à Série A, quando chegou, em 2015, como a maior contratação coral. Para esquecer, os três rebaixamentos. Ao todo foram 123 partidas, com 50 gols marcados, dos quais 18 no Brasileirão. No geral, média de 0,40 por jogo.
Aos 38 anos, havia a expectativa de mais algum tempo no futebol, até pelo objetivo particular de não sair num momento tão ruim, nas palavras do próprio Grafa. No entanto, avaliando a questão física, sobre o quanto ainda poderia render, mesmo atuando na Série C, o jogador resolveu pendurar as chuteiras, em comunicado publicado pelo clube. É difícil escolher a hora de parar.
Alguns trechos do comunicado:
“Cheguei à conclusão de que não conseguiria ajudar da maneira que o clube necessita e espera de mim. Penso que posso ser muito mais útil ajudando em algumas situações fora dos gramados”
“Dentro do gramado, encerro minha participação e guardo na memória os momentos de conquista e de alegria vestindo a camisa coral. Foi uma honra defender essas cores e ter o apoio de uma torcida tão marcante e apaixonada”
Nota-se que a história não acabou. Então, Grafa como executivo? De fato, ele tem experiência internacional e trânsito em mercados. Não surpreenderia…
Grafite no Santa Cruz
2001 – 22 jogos, 5 gols
2002 – 15 jogos, 11 gols
2015 – 15 jogos, 7 gols
2016 – 56 jogos, 24 gols
2017 – 15 jogos, 3 gols
Total – 123 jogos, 50 gols