Ricardo Bueno marca na estreia e Santa vence o Guarani. Ainda 100% na Série B

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Peu Ricardo/DP

A chegada de Ricardo Bueno foi meteórica no Arruda. Destaque no Paulistão pelo São Bento, o atacante optou durante a semana pela proposta do Santa Cruz, em detrimento à oferta do Guarani. Acabou registrado no BID às 17h56 da sexta, no limite para estar em campo no sábado, curiosamente diante do outro interessado. Durante a partida contra o Bugre, no Arruda, Ricardo Bueno viu do banco de reservas um tricolor recorrente na temporada, marcando bem e pouco afeito às jogadas ofensivas, sempre suando para pontuar.

O início até ensaiou uma tarde tranquila. Halef Pitbull abriu o placar logo aos 4 minutos, escorando um cruzamento de Nininho (substituto de Vítor). Depois, o centroavante desperdiçaria ótima chance para ampliar. No segundo tempo, Eutrópio compactou a equipe, quase toda atrás da linha da bola. Deu campo ao Guarani, como havia dado ao Criciúma, há uma semana. E tomou pressão, como há uma semana. É uma tática bem arriscada, embora os resultados, até aqui, a justifiquem. Sem o veterano Fumagalli, o Guarani tentava bolas esticadas, buscando o grandalhão Eliandro, de passagem apagada na Ilha.

Com o placar magro próximo do fim, o treinador coral enfim acionou Bueno, no lugar de Pitbull, aos 32 minutos. Já em campo, ele viu o empate do alviverde campineiro. Num lançamento, Eliandro dividiu com Júlio César e ficou com sobra, empurrando para o gol. Entre os 6.090 espectadores, muitas vaias direcionadas à área técnica, de forma imediata. Pressionado, o mandante reagiu. Então, voltemos ao roteiro semelhante, com uma falha clamorosa do adversário. Desta vez, Caíque, que espirrou mal a bola, com Tiago Costa dominando e cruzando na medida. Na área, Ricardo Bueno subiu no 4º andar e cabeceou com força. Decisivo, como se esperava, 2 x 1. No sufoco, a segunda vitória seguida da cobra coral, 100% no Brasileiro e no G4.

Série B 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 2x1 Guarani. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Título de 87 com o rubro-negro do Sport

Foto colorizada da final do Brasileirão de 1987, com Estevam levantando a taça para o Sport. Crédito: arte de Atilla Rodrigues (‏@AtillaSCR) sobre foto de arquivo do DP

A imagem do capitão Estevam erguendo a taça das bolinhas, celebrando o título brasileiro do Sport em 1987, é uma das preciosidades do acervo fotográfico do Diario de Pernambuco. Como o jornal circulava somente em preto e branco na época, não existem filmes coloridos sobre a final contra o Guarani. Eis, então, uma projeção colorizada do Leão no mais polêmico do Brasileirão da história.

O trabalho foi feito pelo torcedor rubro-negro Atilla Rodrigues, no embalo da postagem com fotos históricas do Náutico, colorizadas pelo alvirrubro Clayton Borges. Atilla usou o programa Photoshop Cs6 para modificar as imagens. Mesmo sem saber a cor exata das camisas das pessoas ao redor do zagueiro na comemoração, foi possível destacar o uniforme rubro-negro e o troféu, inclusive com a bola central dourada, com as outras 155 prateadas.

Confira as fotos em uma resolução maior clicando aqui e aqui.

Qual foto histórica do seu clube você gostaria de ver colorizada?

Foto colorizada da final do Brasileirão de 1987, Sport 1 x 0 Guarani. Crédito: arte de Atilla Rodrigues (‏@AtillaSCR) sobre foto de arquivo do DP

Todos os campeões da Taça das Bolinhas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas, de 1975 a 1992

De símbolo-mor do Campeonato Brasileiro a sinônimo de polêmica. Durante 18 anos, a Taça das Bolinhas foi entregue ao capitão do clube campeão na imagem definitiva de cada temporada do nosso futebol. O tradicional troféu, batizado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975 num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas, sendo uma de ouro, banhadas a ródio para proteger a prata. Todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Apesar da volta olímpica, a taça acabava voltando ao cofre do banco, com o clube recebendo uma réplica em tamanho reduzido, de 30 centímetros.

A curiosidade era o regulamento específico para a posse definitiva do troféu original: era preciso vencer a competição em três anos seguidos ou cinco vezes de forma alternada. Atlético Mineiro (1971), Palmeiras (1972 e 1973) e Vasco (1974) não receberam taças retroativas. Logo, a história começou com o Inter. E a primeira foto reuniu os ídolos Manga e Figueiroa, num  Beira-Rio com 82.568 torcedores. Fortíssimo, o Colorado seria bicampeão em 1976, ficando a um ano da posse. Entretanto, a má campanha em 1977 (25º lugar) acabou com a chance. Ao todo, onze clubes ganharam a Taça das Bolinhas, até 1992.

Só um não recebeu no campo, o Grêmio. Em 1981, após o triunfo no Morumbi, o tricolor fez a festa sem a taça. Tudo por causa de um recurso do Botafogo, eliminado na semifinal, evitando a homologação, o que aconteceria semanas depois, em uma entrega de faixas no Olímpico. Entre 1980 a 1985, os times também receberam um outro troféu, de mais de um metro, devido ao nome do nacional na época, “Taça de Ouro”. Voltando à Taça das Bolinhas, ela saiu de cena em julho de 1992, no Maracanã, quando o Flamengo, liderado por Júnior, sagrou-se campeão brasileiro mais uma vez. O rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista, colocando até faixa de pentacampeão no palco, com a presença de Ricardo Teixeira, então presidente da confederação.

Ficaria mesmo na propriedade da Gávea? Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, a favor do Sport, só viria em 1994 -, a CBF instituiu um novo troféu no ano seguinte. Assim, o objeto de desejo da Série A foi esquecido. Até 2007, quando o São Paulo ganhou o seu quinto título e pleiteou (e recebeu) a Taça das Bolinhas. Ato administrativo logo desfeito após uma liminar do Fla, alegando que o troféu não estava mais em jogo naquele ano – de fato, a visão tem sentido. Ainda que 1987 já tenha um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o troféu segue fora do alcance…

Campeões da Taça das Bolinhas:
4 – Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1992)
3 – Internacional (1975, 1976 e 1979) e São Paulo (1977, 1986 e 1991)
1 – Guarani (1978), Grêmio (1981), Fluminense (1984), Coritiba (1985), Sport (1987), Bahia (1988), Vasco (1989) e Corinthians (1990)

Paraguai, Argentina, Brasil e México na briga pela Taça Libertadores de 2015

Semifinais da Libertadores 2015: Guaraní (Paraguai) x River Plate (Argentina) e Internacional (Brasil) x Tigres (México). Fotos: Conmebol/Twitter

Guaraní (Paraguai) x River Plate (Argentina) e Inter (Brasil) x Tigres (México).

As semifinais da Libertadores de 2015 reúnem dois bicampeões de peso no continente, outra surpresa paraguaia e um “forasteiro” na briga pelo título.

Campeão em 1986 e 1996, o River largou nas oitavas com a pior campanha entre os 16 competidores, mas acabou deixando pelo caminho nada menos que Boca Juniors, gás à parte, e Cruzeiro. Hoje, o Millonario já merece o status de favorito, sobretudo com o Monumental de Nuñez pulsando. Enfrentará o Guaraní, que abalou as bolsas de apostas ao despachar Corinthians e Racing, ambos fora de casa, sem conceder um gol sequer. O time aurinegro já igualou a sua melhor campanha, com a semi de 1966. E olhe que nas duas edições anteriores, os conterrâneos Olimpia e Nacional foram vice-campeões.

Do outro lado da semi, o Colorado de D’Alessandro, campeão em 2006 e 2010, luta pelo terceiro título num período de dez anos, o que seria um fenômeno. Ainda mais se lembrarmos que os gaúchos não conquistam o Brasileirão desde 1979. Terá pela frente o Tigres, que teoricamente teve o caminho mais fácil até aqui. Os mexicanos visam repetir os feitos de Cruz Azul e Chivas, únicos da Concacaf a decidir o título da Liberta. De toda forma, caso erga a taça, o Tigres não iria ao Mundial de Clubes, no Japão, por ser convidado.

Teremos um campeão inédito, o 26º da história, um novo tricampeão?

Agenda da semifinais, após a Copa América
14/07 – River Plate x Guaraní
15/07 – Internacional x Tigres

21/07 – Guaraní x River Plate
22/07 – Tigres x Internacional

O auge de Náutico, Santa Cruz e Sport no Campeonato Brasileiro

Taça Brasil 1967: Palmeiras 2x0 Náutico. Série A 1975: Santa Cruz 2x3 Cruzeiro. Série A 1987: Sport 1x0 Guarani. Crédito: youtube/reprodução

O Campeonato Brasileiro de 2015 é a 59ª edição da história da competição, levando em conta Taça Brasil (1959-1968), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) e Série A (1971-2015), unificados através de uma decisão administrativa da CBF, que reconheceu um estudo sobre o histórico do nacional.

Desta forma, a participação pernambucana é a seguinte:
37 – Sport
34 – Náutico
23 – Santa Cruz

Os três clubes já viveram grandes momentos na história do Brasileirão. Abaixo, o ponto alto de cada um. A situação passou a ficar inconstante em 1988, com a criação dos sistema de acesso e descenso. Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, as boas campanhas ruíram. A última vez que o futebol local terminou entre os dez primeiros foi em 2000, na edição conhecida como Copa João Havelange, quando o Leão acabou na quinta posição.

29/12/1967 – Palmeiras 2 x 0 Náutico (final da Taça Brasil de 1967)
O Náutico foi o primeiro time do estado a disputar uma decisão nacional. A disputa contra o Palmeiras se estendeu até o terceiro jogo, após uma vitória paulista no Recife (3 x 1) e um triunfo pernambucano em São Paulo (2 x 1). Na negra, em uma noite chuvosa no Maracanã, deu Verdão. Ainda assim, a campanha valeu vaga na Taça Libertadores. Naquela década de 1960, marcada pelo hexacampeonato estadual, o Timbu ficou cinco vezes entre os quatro primeiros lugares da Taça Brasil.

Melhores campanhas do Timbu
1961 – 4º
1964 – 7º
1965 – 3º
1966 – 3º
1967 – vice
1968 – 4º
1984 – 6º

07/12/1975 – Santa Cruz 2 x 3 Cruzeiro (semifinal do Brasileirão de 1975)
O Tricolor foi semifinalistas duas vezes, mas é inegável o valor da segunda campanha. Com a Série A a partir de 1971, o Santa foi o pioneiro na região a chegar à semi. E por muito pouco o Tricolor não decidiu o título brasileiro de 75. Em jogo único contra o Cruzeiro, os corais tiveram a vantagem de atuar no Arruda, com 38.118 pagantes. Cobrando duas penalidades, Fumanchu ainda deixou o jogo empatado, mas Palhinha marcou aos 45 minutos do 2º e colocou o Cruzeiro na final contra o Inter.

Melhores campanhas da Cobra Coral
1960 – 4º
1975 – 4º
1977 – 10º
1978 – 5º

07/02/1988 – Sport 1 x 0 Guarani (final do Brasileirão de 1987)
Com a polêmica sobre o cruzamento dos módulos amarelo e verde se estendendo na justiça comum, a competição só acabou no ano seguinte. Após as derrotas por WO de Flamengo e Internacional no quadrangular final, Sport e Guarani disputaram dois jogos. Empate em 1 x 1 no Brinco de Ouro e vitória apertada do Leão na Ilha do Retiro. Ao Rubro-negro, campeão, foi entregue a famosa “taça das bolinhas”, erguida pela primeira vez por um time nordestino.

Melhores campanhas do Leão
1959 – 5º
1962 – 4º
1963 – 5º
1978 – 8º
1981 – 10º
1982 – 9º
1983 – 8º
1985 – 5º
1987 – campeão
1988 – 7º
1996 – 10º
1998 – 7º
2000 – 5º

Os estádios rivais mais próximos do mundo

Os estádios dos grandes clubes pernambucanos são relativamente próximos. Encravados na área urbana mais antiga do Recife, as distâncias entre os tradicionais palcos variam entre 2,1 e 4,7 quilômetros. Perto? Basta comparar com os estádios rivais mais próximos do mundo. O recorde fica no interior da Escócia, na pequena Dundee. Os times levam o nome do municípcio, sendo um FC e outro United. Entre os dois pequenos estádios, o Dens Park com 11.506 lugares e o Tannadice Park com 14.229, apenas 100 metros de calçada.

A partir do Google Maps, o blog traçou as distâncias mínimas a pé entre os pontos mais próximos dos estádios, utilizando as vias públicas, claro. Basta caminhar alguns quarteirões. Entre as rivalidades próximas, três estão no Brasil. E uma se encontra na África, com dois estádios gigantescos na vizinhança.

Distância a pé entre os estádios do Recife
2.100m – Aflitos x Arruda
3.200m – Aflitos x Ilha do Retiro
4.700m – Arruda x Ilha do Retiro

A distância da tripla rivalidade recifense não se compara aos percursos entre os uruguaios Bella Vista, Wanderers e River Plate, fincados no Parque del Prado, em Montevidéu. Já pensou algo parecido por aqui?

650m – Bella Vista (A) x Wanderers (C)
750m – Wanderers (C) x River Plate (B)
850m – Bella Vista (A) x River Plate (B)

Parque del Prado, em Montevidéu. Crédito: Google Maps

Eis as rivalidades polarizadas com os estádios mais próximos do mundo…

1º) Dundee (Escócia) – Dundee FC (A) x Dundee United (B), 100 metros

Estádios em Dundee, Escócia. Imagem: Google Maps

2º) Belém (Brasil) – Remo (B) x Paysandu (A), 250 metros

Estádios em Belém, Brasil. Imagem: Google Maps

3º) Avellaneda (Argentina) – Independiente (B) x Racing (A), 350 metros

Estádios em Avellaneda, Argentina. Imagem: Google Maps

4º) Santos (Brasil) – Santos (A) x Portuguesa Santista (B), 400 metros

Estádios em Santos, Brasil. Imagem: Google Maps

5º) Omdurman (Sudão) – Al-Hilal (A) x Al-Merreikh (B), 550 metros

Estádios em Omdurman, Sudão. Imagem: Google Maps

6º) La Plata (Argentina) – Estudiantes (B) x Gimnasia y Esgrima (A), 650 metros

Estádios em La Plata, Argentina. Imagem: Google Maps

7º) Nottingham (Inglaterra) – Notts County (A) x Nottingham Forest (B), 700 metros

Estádios em Nottingham, Inglaterra. Imagem: Google Maps

7º) Belgrado (Sérvia) – Partizan (B) x Estrela Vermelha (A), 700 metros

Estádios em Belgrado, Argentina. Imagem: Google Maps

9º) Campinas (Brasil) – Guarani (A) x Ponte Preta (B), 800 metros

Estádios em Campinas, Brasil. Imagem: Google Maps

10º) Liverpool (Liverpool) – Liverpool (A) x Everton (B), 1.100 metros

Estádios em Liverpool, Inglaterra. Imagem: Google Maps

87 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2014. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.

Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).

Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.

As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Da Libertadores 1988 à Sul-Americana 2014, os públicos com mando do Sport

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Thais Lima/DP/D.A Press

O clássico entre os rubro-negros nordestinos foi o 10º jogo do Sport como mandante em jogos internacionais oficiais. Considerando as duas participações na Libertadores e as duas na Sul-Americana, o clube pernambucano levou 193.533 torcedores aos seus jogos, com uma média acima de 19 mil pessoas.

O índice caiu justamente na estreia da Sula de 2014, em outro fato negativo, além do placar. Foi o pior público do Leão em seu histórico internacional, com apenas 6.025 pessoas no borderô oficial (falta do TCN? horário?). Até então, a menor assistência na arquibancada havia sido 16 de agosto de 1988, quando o time vinha de uma situação ruim no grupo 3 da Liberta. Foram 15.213 pagantes.

Pelo menos, aquela torcida presente há 26 anos viu a maior goleada do Sport em jogos internacionais: 5 a 0, com dois gols de Robertinho, dois de Nando e um de Edson. Bem diferente da frustrante estreia na Sula de 2014. Ao todo, foram nove apresentações na Ilha do Retiro e um na Arena Pernambuco.

Taça Libertadores da América
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487

Copa Sul-Americana
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025

Todas as imagens do Sport em torneios internacionais

O Sport disputará um torneio internacional pela 4ª vez em sua história. Como ocorreu no ano passado, o Leão está presente mais uma vez na Copa Sul-Americana. Soma ao seu histórico duas campanhas na Libertadores. Todas as competições foram organizadas pela Conmebol.

Até o confronto contra o Vitória, na Ilha e em Salvador, vale dar uma volta ao passado.

Abaixo, imagens e detalhes dos 18 jogos internacionais oficiais da história do Rubro-negro, incluindo uma presença nas oiatavas da Liberta e um Clássico dos Clássicos na Sula. São 17 fotos e uma reprodução da tevê. Confira mais fotos aqui.

Taça Libertadores da América de 1988

1ª fase (grupo 3)

02/07 – Sport 0 x 1 Guarani – A estreia leonina contou com 27.860 torcedores na Ilha do Retiro. Apesar da empolgação com o título brasileiro e o debut continental, o Leão amargou um revés, num gol contra do zagueiro Wagner Basílio aos 16 minutos de jogo.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 0x1 Guarani. Foto: Mauricio Coutinho/DP/D.A Press

18/07 – Universitario (PER) 1 x 0 Sport – Naquela época, as chaves da Libertadores eram divididas entre países. No caso, Brasil x Peru. Assim, o Leão foi até Lima para dois jogos. No primeiro, perdeu por 1 x 0, gol de Rey Muñoz.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Universitario (PER) 1x0 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

22/07 – Alianza (PER) 0 x 1 Sport – Com o apoio de 30 torcedores, que passaram por uma odisseia paa chegar até o Peru, o Rubro-negro venceu com um golaço do lateral Betão, quase do meio de campo. O resultado deu sobrevida ao time.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Alianza 0x1 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

03/08 – Guarani 4 x 1 Sport – A partida no Brinco de Ouro é a única sem fotos*. Os pernambucanos abriram o placar com Robertinho, aos 28 minutos, mas não seguraram o placar, sofrendo sua única goleada em jogos internacionais.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Guarani 4x1 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

16/08 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – Com dois gols de Robertinho, dois de Nando e um de Edson, na maior goleada já aplicada por um time do estado em disputas internacionais. Na ocasião, a Ilha recebeu 15.213 pagantes.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 5x0 Alianza (PER). Foto: Carlos Teixeira/DP/D.A Press

23/08 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – Uma vitória teria deixado o time em condições de avançar às oitavas de final. A torcida compareceu, com 22.628 presentes. O centroavante Nando perdeu um gol feito, embaixo da barra. Eliminação consumada.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 0x0 Universitario (PER). Foto: Arquivo/DP

Taça Libertadores da América de 2009

2ª fase (grupo 1)

18/02 – Colo Colo (CHI) 1 x 2 Sport – Numa noite histórica, com 1.800 torcedores do Sport no estádio David Arellano, o Leão venceu o tradicional clube chileno com gols de Ciro e Wilson. Naquele dia, o Diario circulou em Santiago com 7 mil exemplares.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Colo Colo (CHI) 1x2 Sport. Foto: EFE/Ian Salas

04/04 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – A Liga de Quito era a atual campeã da América, mas caiu na Ilha. O volante Daniel Paulista marcou um golaço na vitória na Ilha com Paulo Baier fechando o placar numa cobrança de pênalti. Era a largada dos sonhos.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 2x0 LDU (EQU). Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

08/04 – Sport 0 x 2 Palmeiras – Era o jogo para o Leão terminar o turno 100%. Com ingressos caros, a Ilha recebeu um público aquém do esperado. Numa grande atuação de Diego Souza, o Verdão venceu com autoridade.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 0x2 Palmeiras. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

15/04 – Palmeiras 1 x 1 Sport – Magrão salvou o Sport em pelo menos quatro oportunidades cara a cara. O Rubro-nego saiu atrás, mas conseguiu o empate com  Wilson, que acabou expulso na comemoração, ao tirar a camisa.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Palmeiras 1x1 Sport. Foto: EFE/Sebastião Moreira

22/04 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – De virada, com gols de Moacir e Vandinho, num tenso segundo tempo, o Leão venceu novamente o Colo Colo e sacramentou a classificação às oitavas. No fim, foguetório na Ilha do Retiro.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 2x1 Colo Colo (CHI). Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

29/04 – LDU (EQU) 2 x 3 Sport – Diante de um rival eliminado, o Leão se impôs. Foi a primeira derrota da LDU para um time brasileiro em seu estádio. O Sport dominou a altitude e virou com gols de Igor e Andrade, duas vezes (o segundo foi um golaço).

Libertadores de 2009, fase de grupos: LDU (EQU) 2x3 Sport. Foto: EFE/José Jácome

Oitavas de final

05/05 – Palmeiras 1 x 0 Sport – O técnico Nelsinho armou um ferrolho para o jogo no Palestra Itália. A equipe pernambucana segurou o quanto pôde, mas Ortigoza marcou o gol paulista. Nos descontos, o Verdão ainda acertou a trave.

Libertadores de 2009, oitavas de final: Palmeiras 1x0 Sport. Foto: EFE/Sebastião Moreira.

12/05 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – O badalado Paulo Baier perdeu três gols cara a cara no primeiro tempo. Acabou substituído. A sete minutos do fim, Wilson marcou. A esperança acabou no goleiro Marcos, que defendeu três pênaltis no desempate.

Libertadores de 2009, oitavas de final: Sport (1) 1x0 (3) Palmeiras. Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press

Copa Sul-Americana de 2013

2ª fase

20/08 – Sport 2 x 0 Náutico – O improvável confronto só aconteceu após uma combinação de resultados que deu a vaga ao Leão. No inédito clássico em um torneio internacional, Patric e Felipe Azevedo deixaram o Sport com boa vantagem.

Copa Sul-Americana 2013, 2ª fase: Sport 2x0 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

28/08 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – A vantagem era boa, mas o Náutico foi buscar, com direito a um golaço de Oliveira (tento que seria finalista do Prêmio Puskas). Nos pênaltis, coube a Magrão classificar o Rubro-negro, espalmando três bolas.

Copa Sul-Americana 2013, 2ª fase: Náutico (1) 2x0 (3) Sport. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Oitavas de final

25/09 – Libertad (PAR) 2 x 0 Sport – Inicialmente, o jogo seria na cancha do Libertad, mas como o local não tinha nem 20 mil lugares (o mínimo), o Leão exigiu o cumprimento da regra. A Conmebol remarcou para Luque. Em campo, não adiantou.

Copa Sul-Americana 2013, oitavas de final: Libertad (PAR) 2x0 Sport. Foto: EFE/Andrés Cristaldo

23/10 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – Com o resultado adverso, o a diretoria praticamente abdicou do torneio, focando no acesso na Série B. Ainda assim, 18 mil torcedores foram à Arena Pernambuco assistir a um time misto. Nova derrota para os paraguaios.

Copa Sul-Americana 2013, oitavas de final: Sport 1x2 Libertad (PAR). Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

* O blog procurou registros fotográficos nos jornais Diario de Pernambuco, Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo e na revista Placar, mas nenhum trouxe fotos de Guarani 4 x 1 Sport, em 1988. Apenas textos.

O tal cruzamento da divergência, imposto antes do início do Brasileiro de 1987

Jornal do Brasil em 11 de setembro de 1987

Uma das principais polêmicas acerca do Campeonato Brasileiro de 1987 é fundamentada no momento em que o cruzamento dos módulos amarelo e verde foi imposto pela CBF.

Há mais de duas décadas é comum escutar de torcedores e, sobretudo, jornalistas, de todos os cantos do país, que o decisivo cruzamento envolvendo os dois primeiros colocados de cada módulo surgiu apenas com o campeonato em andamento, o que negaria segundo os mesmos o direito de Sport e Guarani na disputa.

Trata-se de uma visão rasa de uma competição tão polêmica, recheada de nuances na esfera esportiva e jurídica, e ainda aberta.

Mas, ao pé da letra cronológica, o cruzamento surgiu antes. O direito é legal. O formato do Nacional foi concebido em 24 de julho daquele ano, 48 dias antes da primeira rodada do módulo verde, ou “Copa União”, como seria chamada por causa de um patrocinador.

Protagonista do imbróglio, o Clube dos 13 naturalmente lutou contra a ideia e as reviravoltas continuaram, tentando manter o campeonato mais enxuto, com 13 clubes – isso mesmo, sem os três convidados.

Na noite do dia 3 de setembro, na sede da CBF, o presidente da confederação, Otávio Pinto Guimarães, anunciou o acordo com os clubes, incluindo o Clube dos 13, a contragosto. Foi assegurada a proposta original da entidade.

Jornal do Brasil em 11 de setembro de 1987Seria uma primeira divisão com 32 clubes, divididos em dois módulos, mantendo os 16 indicados pelo Clube dos 13 em uma das chaves – e seus respectivos acordos comerciais -, e com o cruzamento final. Aliás, o termo “cruzamento” não é o ideal, pois na prática seria um quadrangular, com jogos de ida e volta entre os melhores dos dois módulos.

A reprodução no alto é do tradicional Jornal o Brasil, sediado no Rio de Janeiro, com a publicação do dia 11 de setembro de 1987, a data do primeiro jogo oficial do Campeonato Brasileiro, entre Palmeiras e Cruzeiro. Nota-se que durante mais de uma semana a estrutura do torneio já era de domínio público.

Confira a cronologia em uma resolução maior aqui.

No dia seguinte à reunião, 4 de setembro, a Gazeta Esportiva informou a ausência do cruzamento, numa imagem bem disseminada na web (veja aqui).

Seria interessante conferir os exemplares nos sete dias seguintes àquela informação.

Pois bem. O campeonato foi iniciado, e com o regulamento escrito às pressas, pois a bagunça, claro, seguia. Com a assinatura do Clube dos 13? Conforme diz na própria sentença de 11 páginas favorável ao Sport, através da Justiça Federal, em 1994, existiu um “acordo tácito”.

Ou seja, os clubes do módulo verde se submeteram às regras normativas da CBF, ao seu tribunal, aos seus árbitros, à sua organização, à sua chancela.

Acredite, essa pesquisa foi simples, com todo o conteúdo liberado na internet.

Como é que depois de tanto tempo ainda seja tão comum o erro cronológico?