Jaguar: 0% de aproveitamento contra o Íbis

Jaguar, de Jaboatão dos Guararapes, em 2013. Fotos: Jaguar/facebook e Ibismania/facebook

Um feito incrível, condizente com a falta de estrutura que marca a segunda divisão profissional do futebol pernambucano.

Imagine quatro jogos contra o Íbis, todos eles no estádio Ademir Cunha, em Paulista. E diante do “pior time do mundo”, um restrospecto inexplicável. Pois é.

Quatro derrotas…

A Associação Desportiva Jaboatão dos Guararapes, o Jaguar, conseguiu a proeza de estabelecer o pior desempenho de um clube contra o Íbis.

O Pássaro Preto, com mais de 500 derrotas em 700 jogos oficiais, jamais havia sido tão carrasco na sua vida…

01/08/2012 – Íbis 3 x 2 Jaguar
26/09/2012 – Íbis 2 x 1 Jaguar
24/08/2013 – Íbis 1 x 0 Jaguar
11/09/2013 – Íbis 4 x 1 Jaguar

A estrutura do freguês alviazulino, com apenas um ano de história, justifica de certa forma o rendimento.

Não conta sequer com um estádio. Por mais que o objetivo na fundação, com o apoio da prefeitura, tenha sido representar o município no futebol local, o acanhado Jefferson de Freitas, no centro, segue sem condições até hoje.

Assim, vem atuando no Ademir Cunha, a 31 quilômetros de distância.

E os campos de treinamento? Começou no “Campo do 14 Bis”, no bairro de Socorro. Passou por outros gramados surrados. Segue andarilho. Nota-se que o Jaguar não é tão diferente do Íbis. Só não é famoso, ainda…

Para curtir a página oficial do Jaguar no facebook, clique aqui.

O maior freguês do pior time do mundo

Pernambucano da 2ª divisão 2013: Íbis x Jaguar. Crédito: Ibismania/facebook

O Íbis é conhecido como o pior time de futebol do mundo há muito tempo.

A sua marca de 55 jogos sem vitórias completará trinta anos em 2014. O Pássaro Preto é freguês de quase todos os adversários que já enfrentou.

Nos 700 jogos no currículo são mais de 500 derrotas. A estatística condiz com o status onipresente entre os últimos colocados do estadual. Portanto, surpreende saber que existe um clube profissional com uma freguesia diante do Íbis.

São três jogos pela segunda divisão pernambucana e três vitórias sobre o Jaguar, clube fundado há um ano para representar Jaboatão dos Guararapes. Todas as partidas ocorreram no estádio Ademir Cunha, em Paulista, onde o gramado não ajuda em absolutamente nada para a prática do bom futebol.

01/08/2012 – Íbis 3 x 2 Jaguar
26/09/2012 – Íbis 2 x 1 Jaguar
24/08/2013 – Íbis 1 x 0 Jaguar

Neste sábado, mais festa para a torcida Ibismania (veja aqui).

O atacante Nininho se tornou um “mito” ao marcar o gol da primeira vitória da série, encerrando um jejum de 1.517 dias sem um triunfo sequer em jogos oficiais. Desta vez, o herói foi o meia Kelvin. Um novo mito?

Sobre o Jaguar, vale dizer que o clube conseguiu uma façanha daquelas…

Semana literária no futebol pernambucano

Com mais de um século de paixão crescente, o futebol pernambucano tem muita história para contar. E num espaço intermitente, ela vem sendo contada. Confira alguns livros sobre o futebol no estado, disponíveis nas prateleiras das livrarias e perdidos em bibliotecas, com alguns exemplares desde a década de 1960. Outros, com edições bem antigas, só mesmo em sites de compra.

Para os fãs do futebol local, dois livros sobre o campeonato estadual formam um prato cheio de história, curiosidades e imagens. As estatísticas que dominam a imprensa esportiva atual foram colhidas nesses dois exemplares.

Livros do Campeonato Pernambucano, de 1915 a 1970 e 1971 a 2000. Crédito: Carlos Celso Cordeiro

Ainda sobre o Campeonato Pernambucano, que em 2014 terá a sua centésima edição, mais dois títulos. Em 1999, com o apoio da FPF, Givanildo Alves lançou “85 anos de bola rolando”, com histórias e causos do futebol local. O autor faleceu um ano depois, quando foi lançada a segunda edição, com nova capa. Já José Maria Ferreira revisou o certame estadual de 1915 a 2007, com uma linguagem mais técnica sobre a competição.

Livros "85 anos de bola rolando" e História dos campeonatos"

A série “Reis do futebol em Pernambuco”, criada em 2011, terá cinco capítulos. No primeiro, com 300 páginas, os maiores técnicos que trabalharam no estado, de Pimenta a Nelsinho. Os próximos serão sobre atacantes, meias, zagueiros e goleiros. Ainda sobre treinadores, a biografia do olindense Givanildo Oliveira, escrita em 2006 pelo jornalista Marcelo Cavalcante, tem o histórico do jogador e técnico, campeoníssimo no Recife, desde a infância na Vila Popular.

Livros "Reis do Futebol em Pernambuco - Técnicos" e "Givanildo - Uma vida de luta e vitórias"

O Náutico ganha dois livros em 2013, ambos com o selo da BB Editora. Primeiro, “Adeus, Aflitos”, com histórias e números de Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira sobre o estádio Eládio de Barros Carvalho, agora aposentado. Ainda neste ano, chegará a biografia “Kuki, o artilheiro do Nordeste”, sobre a carreira do quarto maior goleador da história do Timbu, com 179 gols em 357 partidas.

Livros do Náutico: Adeus, Aflitos e Kuki, o artilheiro do Nordeste. Crédito: BB Editora

Em 1996, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro transformou a apuração de trinta anos em publicações, com uma série de livros preenchidos por estatísticas dos três grandes clubes do estado, com partidas, escalações, públicos etc. Começou com o Náutico, com as partes 1 (1909 a 1969) e 2 (1970 a 1984).

Livros do Náutico - Retrospecto: 1909/1969 e 1970/1984.

A série “Náutico – Retrospecto” continuou com mais dois volumes, de 1985 a 1999 e 2000 e 2009. O Timbu é o único com dados publicados sobre o século XXI. O pesquisador segue guardando dados sobre os jogos para futuros livros.

Livros do Náutico - Retrospecto: 1985/1999 e 2000/2009.

Em 2009 o tradicional clássico entre alvirrubros e rubro-negros chegou a cem anos de história. Com apoio da FPF, foi lançado um livro de capa dupla, “100 anos de história do Clássico dos Clássicos”, novamente com o trio de Carlos Celso/Lucídio José/Roberto Vieira. O incansável Carlos Celso ainda publicou uma edição especial sobre o Timbu com um vasto acervo fotográfico. A cada imagem, textos explicativos sobre escretes inesquecíveis.

Livros do Náutico: 100 anos do Clássico dos Clássicos em História em Fotos

Dessa vez, um trabalho solo do escritor Lucídio José de Oliveira, com o romance “O Náutico, a bola e as lembranças”. Em 2003, o jornalista Paulo Augusto lançou a “A guerra dos seis anos” sobre o hexacampeonato pernambucano de 1963 a 1968, com personagens e grandes jogos da saga.

Livros "O Náutico, a bola e as lembranças" e "A guerra dos seis anos"

Kuki terá a sua própria biografia. Contudo, esse será o segundo livro sobre o ex-ídolo alvirrubro. O pesquisador Carlos Celso já levantou todos os dados do atacante, que desembarcou nos Aflitos em 2001, na série “Grandes Goleadores”. Além do baixinho, há o exemplar sobre o Bita, o maior goleador do Náutico, com 223 gols em 338 partidas, com o tradicional apelido no título: “O Homem do Rifle”.

Livros do Náutico, na série Grandes Goleadores: Bita e Kuki

O próximo livro agendado sobre o trio de ferro é o do centenário do Santa Cruz, em 2014, pela BB Editora. Com um ano de produção, irá retratar a história do clube com doses de emoção. Em 2007 o Tricolor também teve a sua história revisada com resumos estatísticos, via “Retrospecto”, assim como os rivais. O trabalho nos mesmos moldes, com jogos, escalações, público e renda, vai de 1914 a 1999, em três livros distintivos.

Livros do Santa Cruz: Centenário 2014 e Retrospecto 1914/1959

Com o apoio do filho, Luciano Guedes, Carlos Celso conseguiu estampar capas coloridas nos três exemplares do Tricolor, fato alcançado com o apoio do clube, uma vez que a circulação do livro não contou com uma grande editora.

Livros do Santa Cruz - Retrospecto: 1960/1979 e 1980/1999. Crédito: Montagem sobre fotos do egoldosanta.blogspot.com

Editado em 1986 pela Cepe, o livro “Eu sou Santa Cruz de Corpo e Alma”, do falecido Mário Filho, conta histórias da Cobra Coral desde os anos 30, com causos sobre o povão e a formação da mística da torcida tricolor. Já em “Centrefó de Armação”, Aramis Trindade mistura realidades paralelas e ficção do futebol pernambucano de uma forma geral, mas com bastante humor. A capa foi ilustrada com um desenho do Santa Cruz.

Livro do Santa Cruz: "Eu sou Santa Cruz de corpo e Alma". Centrefó de Armação

Tendo o goleiro Magrão como personagem principal, o Sport lançou “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, com revelações de bastidores da segunda conquista nacional, como pressão de árbitro, viagens e orientações, editados por Rafael Silvestre. O Leão já contava com o levantamento de todos os seus jogos desde 1905, com três volumes. No primeiro, de 1905 a 1959, a diretoria do clube não apoiou no início e a capa, com baixo custo, foi preta e branca. A partir da segunda edição ela foi colorizada.

Livros do Sport: Copa do Brasil 2008 - Há cinco anos o Brasil era rubro-negro, e Retrospecto 1905/1959

A série “Sport – Retrospecto” continuou, enumerando todas as partidas do Leão de 1960 a 1999, seguindo o padrão adotado por Carlos Celso Cordeiro nos demais livros estatísticos dos grandes clubes do Recife. Nas capas três fases da Ilha, com os formatos da Copa de 1950, ampliação na década de 1970 e reforma em 1982.

Livros do Sport: Retrospecto 1960/1979 e 1980/1999

Durante muitos anos Fernando Bivar, irmão mais velho de Luciano e Milton Bivar, foi o curador do museu do Sport. Apreciador da história do clube, escrever alguns livros. Um deles foi “Coração Rubro-negro”, focando a importância da união do Leão em certas conquistas. Já o romance História da Garra Rubro-negra, editado pela Comunicarte, chama a atenção pela bela capa.

Livros do Sport: Coração Rubro-negro e Histórias da Garra Rubro-negra

A publicação “100 anos de história – O Clássico dos Clássicos” é, literalmente, a mesma do Náutico. A capa e a contracapa têm ilustrações distintas, uma para o Alvirrubro e outra para o Rubro-negro. São 25 capítulos para o Sport e 25 para o Náutico. A primeira edição, esgotada, teve 500 unidades. Também com uma linha romanceada, Costa Filho lançou as memórias de um paraibano louco pelo Sport, com “Meu coração de Leão”.

Livros do Sport: 100 anos de Clássico dos Clássicos e Meu coração de Leão

Autor do gol da vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, o saudoso Haroldo Praça também foi escritor. Com diversas crônicas sobre o futebol local, ele reuniu o material no livro “Gol de Haroldo”. Já a biografia “Clécio: o Halley” conta a vida do zagueiro, encontrado morto em um quarto de hotel aos 26 anos, em 2007. Revelado pelo Sport, Clécio viveu os altos e baixos no campo e fora dele.

Livros do Sport: Gol de Haroldo e Clécio, o Halley

Na década de 1980, Manoel Heleno escreveu dois livros sobre a história do Leão. Em 1985, no octogésimo aniversário do clube, saiu a primeira parte da “Memória Rubro-negra”, focando não só o futebol, mas a construção da identidade leonina na Ilha do Retiro. Em 1988 veio a segunda parte, compilando todos os fatos ocorridos de 1956 a 1988.

Livros do Sport: Memória Rubro-negra, volumes I e II

Há espaço também para os clubes intermediários. Começando pelos dois mais famosos, América, seis vezes campeão estadual, e Central, o maior do interior. Em 1990 o Alviverde da Estrada do Arraial ganhou um livro de Mário Filho, “O Periquito”. Já a Patativa viu a sua história contada por Zenóbio Meneses em “Meu Central, meu orgulho, minha paixão”, num esforço grande do torcedor/escritor. O livro foi publicado em espiral.

Livros "O Periquito", do América, e "Meu Central". Crédito: Washington Vaz

No embalo da fama de pior time do mundo, o jornalista Israel Leal conta a história do Íbis e todo o folclore que marca o famoso clube, no “O voo do Pássaro Preto”. Já Marcondes Moreno relembra a vida do Ypiranga, que cresceu paralelamente à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, desde a era amadora.

Livros do Íbis (O voo do Pássaro preto) e Ypiranga (Azul e Branco)

Camisas históricas do futebol pernambucano, do Recife ao Sertão

Colecionar camisas de futebol é o hobby de muitos torcedores. Além da camisa do próprio time, o armário costuma contar com padrões de outros clubes tradicionais, grandes ou pequenos, nacionais ou internacionais.

Mas e o que dizer de uma coleção de 120 camisas apenas com agremiações pernambucanas? Um tanto rara. Em seu perfil público no álbum Picasa, Manula Galo disponibilizou toda a coleção com uniformes de 35 times desde a década de 1980. Além dos três grandes da capital, raridades de times pequenos.

Abaixo, os uniformes em ordem da esquerda para a direita. Para conferir as camisas numa resolução maior e com as respectivas descrições, clique aqui.

AGA (2), América (3), Araripina (1), Arcoverde (1), Barreiros (1), Belo Jardim (1), Cabense (1), Carpinense (1), Central (7), Centro Limoeirense (1), Chã Grande (1) e Destilaria (2), Vitória (2).
Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Vitória (1), Estudantes (1), Ferroviário do Cabo (1), Flamengo de Arcoverde (1) e Íbis (5), Náutico (15).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Náutico (4), Olinda (2), Paulistano (2), Pesqueira (1), Petrolina (2), Porto (4), Primeiro de Maio (1), Recife (2) e Santa Cruz (6).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Santa Cruz (13), Salgueiro (3), Sera Talhada (1), Serrano (2), Sete de Setembro (2) e Sport (3).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Sport (20), Surubim (1), Unibol (1), Vera Cruz (1) e Ypiranga (1).

Camisas históricas de cluebes pernambucanos. Crédito: Manula Galo/Picasa

Campeonato da segunda divisão a definir

Tabela da Série A2 do Campeonato Pernambucano de 2013. Crédito: FPF

A FPF divulgou a tabela oficial da segunda divisão pernambucana de 2013.

Os 15 clubes estão divididos em três grupos. Ao todo serão dez rodadas.

As datas estão ok. Já os estádios… Mistério. Não há definição alguma.

Na Série A2 a capacidade mínima de público é de 3 mil espectadores. Não precisa sequer contar com iluminação artificial na fase inicial.

Na semifinal e na decisão do Estadual o número estipulado pela fedederação subirá para 5 mil torcedores, além da exigência de refletores. Porém, alguns times não contam com praças com as condições mínimas.

Basta ver a situação do estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, a casa do Jaguar. Faltando um mês para o campeonato não existe nem grama.

De fato, os laudos técnicos dos palcos ainda vão chegar…

Confira a tabela completa clicando aqui.

Estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, em julho de 2013. Foto: Washington Vaz/divulgação

A pior seleção, o pior time e o título de campeão de simpatia aos taitianos

Jogador do Taiti e torcedores do Íbis. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Um time amador, o Taiti.

Saiu do outro lado do mundo para disputar o seu primeiro torneio senior da Fifa.

No arquipélago, costumava jogar com 200 espectadores. Sim, 200.

O choque de realidade seria gigantesco aqui no Brasil. Do tamanho do Mineirão e do Maracanã, onde atuou duas vezes nesta Copa das Confederações.

Sem surpresa alguma, o campeão da Oceania foi goleado duas vezes.

Sofreu 16 gols. Marcou 1 e comemorou demais.

Apesar do saldo, a matemática e os deuses do futebol fizeram com que o time desembarcasse no Recife com uma chance ínfima de classificação.

Taiti treinando na Praia de Boa Viagem. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Mas a tendência é ser goleado novamente, desta vez pelo Uruguai.

Ainda assim, sorrisos para a torcida. É a seleção mais simpática do torneio.

Jogadores comuns, quase peladeiros, que se enturmam fácil, saindo do protocolar aceno a caminho do ônibus visto nos demais países.

Partiram para o abraço já na chegada ao hotel em Boa Viagem e na praia…

E ganharam a surreal do torcida do Íbis, logo apresentado à delegação estrangeira como o pior time do mundo, com Mauro Shampoo e tudo.

Pois é, o Taitíbis está na área. Representando todos aqueles peladeiros de fim de semana que já sonharam um dia enfrentar os melhores do mundo…

Jogador do Taiti e torcedores do Íbis. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Os piores uniformes do futebol pernambucano

Camisas do Santa Cruz (1993), Náutico (anos 90) e Sport (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

O lançamento da nova coleção de uniformes de um clube de futebol já se tornou um evento tradicional na agenda da agremiação a cada temporada.

Expectativa sobre o design, preço, modelos contratadas para o desfile etc.

Naturalmente, nem sempre as camisas agradam. Algumas pecam pelo exagero, pela concepção nada atrelada à tradição do time, pelo non sense. Encalhadas no mercado e pelo avesso da história diante da torcida.

Aqui, alguns exemplos nas últimas duas décadas de uniformes pouco ortodoxos nos grandes clubes do estado e também nos times pequenos.

Íntegra: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Na Cobral Coral, a inesquecível “camisa eletrocardiograma” produzida pela CCS em 1993. No Alvirrubro, a Kyalami abusou das listras, além do estatuto. Em uma camisa do Sport no fim da década de 1990 a Topper tentou desenhar um leão…

Camisas de Santa Cruz (2001), Náutico (2013) e Sport (1999). Crédito: Manula Galo/Picasa e camisasdosport.blogspot.com.br

O Tricolor teve ainda a enorme cruz no uniforme de 2000, numa mistura de camisa de treino e padrão titular. No Náutico, este ano, a Penalty tentou esbanjar modernidade com faixas assimétricas e um vazio no ombro esquerdo.

Quanto ao Sport, de novo via Topper, o que dizer deste padrão praticamente inspirado no rival? Durou pouco tempo nas lojas, pois a camisa foi recolhida. Nesse cenário de camisas bizarras, espaço para as peças das fabricantes Rota do Mar (Sete de Setembro), Sport (Íbis) e CCS (Vitória). Haja criatividade.

Aqui foram apresentadas modelos entre os dois primeiros padrões oficiais dos clubes, pois nas camisas extras é comum o uso de cores alternativas.

Qual é a camisa mais feia que você já viu no seu clube? Comente.

Camisas de Sete de Setembro (2010), Íbis (anos 90) e Vitória (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

Sala de troféus, museu e memorial

Museu do Futebol

Troféus, fotos de times inesquecíveis, uniformes etc. História no futebol, essencial. Mas não só isso. Passa pelas demais modalidades e pelo surgimento da agremiação. Tudo isso fomenta a paixão do torcedor mundo afora.

Os dois maiores clubes do mundo, Real Madrid e Barcelona, contam com visitas guiadas muito bem organizadas. Nos dois casos o roteiro (pago) é o mesmo, agregando passagens no museu (com porte de memorial) e no estádio, tudo com interatividade e terminando propositalmente na loja oficial do clube.

Em Pernambuco, o roteiro conta apenas com visitas agendadas para não sócios e acesso liberado para os associados em dia. Nada de passagem nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro ou nas lojas. Nos três clubes seria possível repetir o tour tradicional nos grandes clubes do mundo. Há público? Há interesse?

O museu do Náutico fica localizado no segundo andar da sede social do clube, cujo prédio é tombado como patrimônio arquitetônico. Os principais troféus são protegidos por vidraças. No local, livros com os primeiros sócios, imagens de remo e futebol. Há ainda uma sala customizada utilizada pelos conselheiros.

Sala de troféus do Náutico. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

A sala de troféus do Santa Cruz foi inaugurada no aniversário deste ano, em 3 de fevereiro. A lacuna vinha desde 2009, quando o antigo museu foi desalojado e os troféus ficaram empilhados em caixas de papelão. Agora, está aberta no térreo da sede tricolor. Entre os grandes, é a sala mais perto de uma loja oficial.

Sala de troféus do Santa Cruz em 2013. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz

O museu do Sport, que dispõe de pouco espaço, fica no fim do corredor térreo do prédio administrativo do clube. Conta com um funcionário durante a semana, o ex-jogador Baixa. As principais taças, de 1987 e 2008, estão na entrada. Havia um projeto de anexá-lo à loja do clube, na área externa, mas foi abortado.

Museu do Sport, na Ilha do Retiro. Foto: Alexandre Gondim/DP/D. A Press

A sala de troféus do América é, na verdade, um “armário”. Fica na tradicional sede do clube alviverde, na Estrada do Arraial, na sala do conselho deliberativo. Entre os troféus, a grande maioria na cor prata, o padrão no início do século passado, destaque para os títulos estaduais de 1922 e 1944.

Sala de troféus do América. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press

Sim, existe um acervo do Íbis, o pior time do mundo. Apesar de escassa, bem escassa, a sala do Pássaro Preto conta com os títulos pernambucanos da categoria juvenil, de 1948 e 1995, dois títulos do extinto Torneio Início e outras conquistas amadoras. Destaque para as medalhas de prata…

Sala de troféus do Íbis. Foto: Roberto Ramos/Aqui PE/D.A Press

Nininho, o mito do Íbis e do marketing, em ação publicitária nacional da Oi

Nininho, o mito do Íbis. Crédito: youtube/reprodução

O atacante Nininho ficou famoso ao marcar o gol da vitória do Íbis sobre o Jaguar, em 2012, acabando com um longo jejum do Pássaro Preto.

O folclórico clube pernambucanao, perambulando na segunda divisão estadual, não ganhava um jogo oficial há quatro anos, com longos 29 jogos de insucesso, sendo 22 derrotas e 7 empates.

Nininho evitou a continuação da saga para superar o jejum entre 1980 e 1984, de 55 partidas, quando o Íbis entrou no Guinness Book, o livro dos recordes.

Apoiado pelo site Ibismania, que tira uma onda do próprio histórico do time, Nininho virou o “Mito” nas redes sociais.

A fama ganhou jornais e televisões locais. Confira aqui.

Agora, um voo nacional, estrelando a nova campanha publicitária da operadora de celular Oi. Acredite, Nininho, o “Mito”, chegou lá…

Agora, ele quer a Copa das Confederações.

Campeão brasileiro leva menos gente a campo que o Pior Time do Mundo

Borderô de Íbis x Pesqueira na Série A2 do Pernambucano de 2012. Crédito: FPF/divulgação

O Maracanã encontra-se num sono profundo com a quase bilionária reforma visando a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

O Engenhão, então elevado ao status de casa do futebol carioca, acaba de ser interditado pela prefeitura do Rio de Janeiro após um problema na cobertura.

Um vexame, considerando que o estádio foi inaugurado há apenas seis anos e será, em tese, o palco do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2016.

Assim, o futebol carioca parte para Volta Redonda, no interior. Ou então em estádios mais modestos na capital.

A rejeição do torcedor carioca, no entanto, parece enorme neste cenário. Não só ao campeonato estadual com 16 clubes como nos estádios menos nobres.

Atual campeão brasileiro, o Fluminense conseguiu a proeza de atuar com apenas 703 pagantes na vitória sobre o Macaé, por 3 x 1.

O jogo foi em São Januário, bem na Cidade Maravilhosa…

Acredite, o Íbis leva mais gente. Acima, o borderô da estreia do Pássaro Preto na segunda divisão do Pernambucano de 2012, no Ademir Cunha, com 782.

Por sinal, os 215 jogos da última Série A2 tiveram 201.598 torcedores no borderô, proporcionando uma média de 937 (veja aqui).

Uma índice acima do badalado Flu, campeão do Brasil…

Borderô de Fluminense 3x1 Macaé no Carioca 2013