Os estádios rivais mais próximos do mundo

Os estádios dos grandes clubes pernambucanos são relativamente próximos. Encravados na área urbana mais antiga do Recife, as distâncias entre os tradicionais palcos variam entre 2,1 e 4,7 quilômetros. Perto? Basta comparar com os estádios rivais mais próximos do mundo. O recorde fica no interior da Escócia, na pequena Dundee. Os times levam o nome do municípcio, sendo um FC e outro United. Entre os dois pequenos estádios, o Dens Park com 11.506 lugares e o Tannadice Park com 14.229, apenas 100 metros de calçada.

A partir do Google Maps, o blog traçou as distâncias mínimas a pé entre os pontos mais próximos dos estádios, utilizando as vias públicas, claro. Basta caminhar alguns quarteirões. Entre as rivalidades próximas, três estão no Brasil. E uma se encontra na África, com dois estádios gigantescos na vizinhança.

Distância a pé entre os estádios do Recife
2.100m – Aflitos x Arruda
3.200m – Aflitos x Ilha do Retiro
4.700m – Arruda x Ilha do Retiro

A distância da tripla rivalidade recifense não se compara aos percursos entre os uruguaios Bella Vista, Wanderers e River Plate, fincados no Parque del Prado, em Montevidéu. Já pensou algo parecido por aqui?

650m – Bella Vista (A) x Wanderers (C)
750m – Wanderers (C) x River Plate (B)
850m – Bella Vista (A) x River Plate (B)

Parque del Prado, em Montevidéu. Crédito: Google Maps

Eis as rivalidades polarizadas com os estádios mais próximos do mundo…

1º) Dundee (Escócia) – Dundee FC (A) x Dundee United (B), 100 metros

Estádios em Dundee, Escócia. Imagem: Google Maps

2º) Belém (Brasil) – Remo (B) x Paysandu (A), 250 metros

Estádios em Belém, Brasil. Imagem: Google Maps

3º) Avellaneda (Argentina) – Independiente (B) x Racing (A), 350 metros

Estádios em Avellaneda, Argentina. Imagem: Google Maps

4º) Santos (Brasil) – Santos (A) x Portuguesa Santista (B), 400 metros

Estádios em Santos, Brasil. Imagem: Google Maps

5º) Omdurman (Sudão) – Al-Hilal (A) x Al-Merreikh (B), 550 metros

Estádios em Omdurman, Sudão. Imagem: Google Maps

6º) La Plata (Argentina) – Estudiantes (B) x Gimnasia y Esgrima (A), 650 metros

Estádios em La Plata, Argentina. Imagem: Google Maps

7º) Nottingham (Inglaterra) – Notts County (A) x Nottingham Forest (B), 700 metros

Estádios em Nottingham, Inglaterra. Imagem: Google Maps

7º) Belgrado (Sérvia) – Partizan (B) x Estrela Vermelha (A), 700 metros

Estádios em Belgrado, Argentina. Imagem: Google Maps

9º) Campinas (Brasil) – Guarani (A) x Ponte Preta (B), 800 metros

Estádios em Campinas, Brasil. Imagem: Google Maps

10º) Liverpool (Liverpool) – Liverpool (A) x Everton (B), 1.100 metros

Estádios em Liverpool, Inglaterra. Imagem: Google Maps

A imitação é o maior elogio que existe, até nos uniformes

Camisas de Sport (1999), Santa Cruz (2010), Boca Juniors (2005) e Independiente (2014)

Uma estratégia comum no mercado futebolístico para alavancar a venda de produtos oficiais é a criação de modelos alternativos.

Terceiro padrão, camisa para apenas um jogo, quarto padrão…

Seja pelo resgate histórico, pelo abuso do desing por um cor realmente diferente, de vez em quando o marketing passa da conta…

O caso mais recente é o do Independiente, conhecido como Rojo, vermelho. Pois bem, a Puma, fornecedora do clube, lançou um padrão azul.

Porém, azul é a cor do Racing, o outro time de Avellaneda. Ainda que tenha ficado parecida com o padrão reserva do rival, a ideia foi incompreensível ( elaboração e aprovação). Acredite, existem outros capítulos. Até no Recife…

Antes, ainda vale lembrar outro caso na Argentina, com o maior clássico do país.

Comemorando o centenário do Boca Juniors em 2005, a Nike lançou uma série de uniformes antigos. O de 1907, com a faixa diagonal, deixou a torcida nervosa na Bombonera. Como não ligar la banda àquela tradicional do River?

Na ocasião, a torcida do River disse: “A imitação é o maior elogio que existe”.

No clássico pernambucano das multidões, um “vacilo” de cada lado.

Em 1999, a Topper resgatou um padrão utilizado pelo Sport na década de 1970, quando a camisa branca tinha duas faixas horizontais, uma vermelha e outra preta. Com uma rivalidade bem mais acirrada, a nova versão boiou no mercado.

Mais recente, em 2010, a Penalty exagerou no tamanho da listra branca, quase invisível. Não por acaso, da arquibancada parecia outro time jogando…

Erros em 1999, 2005, 2010 e 2014. Não se engane. Vem mais por aí…

Camisas de Santa Cruz (2014), Sport (2014), River Plate (2014) e Racing (2014)

San Lorenzo amplia a galeria argentina de títulos internacionais, com 64 das 168 taças

Final da Libertadores de 2014: San Lorenzo (Argentina) 1x0 Nacional (Paraguai). Crédito: Conmebol/site oficial

A inédita conquista do San Lorenzo na Taça Libertadores da América de 2014, fazendo abrir mais um sorriso no carismático Papa Francisco, ampliou a liderança argentina no número de taças internacionais oficiais erguidas pelos clubes ligados à Conmebol.

Foi o 64º título do país vizinho, com 12 clubes campeões, numa conta antiga e complicada. Soma agora seis a mais que o Brasil, com 11 times distintos.

A lista de competições organizadas pela Conmebol e pela Fifa é bem extensa, entre títulos mundiais, intercontinentais e continentais, dos mais variados pesos. Ao todo são 17 torneios diferentes espalhados em 168 edições!

Alguns só foram reconhecidos décadas depois, como o primeiro de todos, o Torneio dos Campeões de 1948, vencido pelo Vasco e com o mesmo status da Libertadores. Recentemente foi adicionada à lista a Copa Rio de 1951, conquistada pelo Palmeiras e considerada pela Fifa oficial, de “abrangência mundial”, mas não como título mundial.

Abaixo, a lista completa, já considerando a Recopa do Galo nesta temporada e também um título mexicano, uma vez que o Pachuca, mesmo da Concacaf, venceu um torneio sob a chancela da Conmebol.

Saiba mais detalhes sobre o ranking de títulos internacionais aqui.

Atualização até 14 de agosto de 2014, após a Libertadores, Recopa e Suruga.

Argentina – 64 títulos, com 12 clubes
18 – Boca Juniors, 16 – Independiente, 6 – Estudiantes de La Plata, 5 – River Plate e Vélez Sarfield, 3 – Racing Club e San Lorenzo, 2 – Argentinos Juniors, Arsenal e Lanús, 1 – Rosário Central e Talleres

Brasil – 58 títulos, com 11 clubes
12 – São Paulo, 9 – Santos, 7 – Cruzeiro e Internacional, 4 – Grêmio, Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro, 3 – Vasco e Palmeiras, 1 – Botafogo

Uruguai – 18 títulos, com 2 clubes
9 – Peñarol e Nacional

Paraguai  – 8 títulos, com 1 clube
8 – Olimpia

Colômbia – 8 títulos, com 4 clubes
5 – Nacional, 1 – Once Caldas, America de Cali e Millonarios

Equador – 4 títulos, com 1 clube
4 – LDU

Chile – 4 títulos, com 2 clubes
3 – Colo Colo, 1 – Universidad de Chile

Peru – 2 títulos, com 1 clube
2 – Cienciano

Bolívia – 1 título
1 – Mariscal

México – 1 título
1 – Pachuca

Recopa 2014: Atlético-MG 4x3 Lanús-ARG. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG/Flickr

Nove gols na Bombonera. E não deu Boca

Um dos maiores jogos de futebol na Argentina nos últimos tempos…

Boca Juniors 4 x 5 Independiente, com mais de 50 mil pessoas na Bombonera, no domingo. O Rojo abriu 3 x 1, mas permitiu a virada no placar, no segundo tempo.

Aos 44, começou a reescrever a história. Vídeo para curtir, sem mais.

Campeão só com o nome

Recopa 2011: Internacional 3 x 1 Independiente. Foto: Inter/divulgação

Sport Club Internacional.

Nunca um nome caiu tão bem para um clube de futebol como no caso do Colorado.

Nesta quarta-feira, o time gaúcho conquistou a 7ª taça internacional desde 2006.

Um fenômeno.

Libertadores e Mundial em 2006. Recopa em 2007. Copa Sul-americana em 2008. Copa Suruga em 2009. Libertadores 2010. Agora, mais uma peça para o memorial.

Num jogo duríssimo contra os argentinos do Independiente, o Internacional reverteu o 2 x 1 de Avellaneda e fez 3 x 1 no estádio do Beira-Rio, no embate que reuniu os campeões da Libertadores e Copa Sul-americana da temporada passada.

Assim, mais uma Recopa na sacola, com um show do atacante Leandro Damião. Hoje, o nome Internacional corresponde a um clube que atravessa, de fato, fronteiras.

Curiosamente, até o dia 16 de agosto de 2006, no segundo jogo da final da Taça Libertadores, contra o São Paulo, a torcida vermelha viva outra realidade, bem difícil.

Os colorados eram obrigados a ouvir da metade azul do Rio Grande o apelido de “Interregional”, numa provocação ao time que jamais havia vencido nada fora do país…

Até aquele dia, o Grêmio tinha quatro títulos no exterior – Mundial 1983, Libertadores de 1983 e 1995 e Recopa 1996 -, soberano em Porto Alegre…

Pois o tempo passou e o Grêmio segue com quatro taças internacionais. Porém, o Inter virou o jogo (7 x 4) e, não por acaso, é o líder isolado do ranking da Conmebol.

A popular “Gangorra Gre-Nal” virou e não parece indicar que algo vá mudar tão cedo…

Recopa 2011: Internacional 3 x 1 Independiente. Foto: Inter/divulgação

Pano pra manga

O Peñarol lançou o maior bandeirão do mundo, com 14.152 metros quadrados. A hinchada do Carbonero lotou as dependências do mítico estádio Centenário, em Montevidéu, e inaugurou a nova bandeira na noite desta terça-feira, na Libertadores.

Apesar da derrota para o Independiente, por 1 x 0, o clube uruguaio se classificou às oitavas de final da competição e ainda festejou a superbandeira.

Com 309 metros de comprimento por 45,8 metros de largura, o “trapo” ocupou 1/3 do Centenário, cuja capacidade máxima é de 60 mil torcedores.

Acredite, o peso é de 1,8 tonelada! Foram gastos R$ 55 mil e 400 litros de tinta.

A maior bandeira do Brasil pertence à torcida do Atlético-MG, com 8.400 m², quase metade. Veja o ranking com os maiores bandeirões de times brasileiros AQUI.

A um troféu da soberania

Jogadores da Internazionale festejam o título mundial de 2010. Foto: Fifa/divulgação

A Internazionale espantou a zebra, goleou o Mazembe por 3 x 0, neste sábado, e conquistou o título mundial de clubes de 2010, nos Emirados Árabes.

O clube italiano chegou ao tricampeonato. Antes, havia vencido o Independiente da Argentina em duas oportunidades, ainda no formato em jogos de ida e volta.

Entrou ao seletíssimo grupo dos tricampeões, com Real Madrid, Boca Juniors, São Paulo, Peñarol e Nacional. Só está a um título mundial do topo.

Lá, justamente o maior rival, o tetracampeão Milan: 1969, 1989, 1990 e 2007.

Mas essa meta fica, no mínimo, para em 2011. Parabéns a Inter, campeã mundial desta temporada com duas goleadas. Abaixo, os vídeos das duas primeiras conquistas.

Em 1964, o Nerazzurri perdeu em Avellaneda por 1 x 0 e ganhou em Milão por 2 x 0. Como não havia saldo de gols, houve um terceiro jogo, em campo neutro. Vitória por 1  x 0, em 29 de setembro, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri.

Em 1965, a Inter precisou de dois jogos para festejar o bi. Primeiro 3 x 0 no Giuseppe Meazza. Depois, um empate sem gols no antigo estádio do Independiente, “La Doble Visera”, completamente lotado, com um público estimado em 80 mil hinchas.

Goiás não foi Brasil

Rede GloboO Goiás não foi Brasil na noite desta quarta-feira.

Isso não aconteceu porque o time perdeu o título da Copa Sul-americana nos pênaltis. Longe disso.

Num estádio repleto em Avellaneda, na Argentina, o time goiano caiu diante do copeiro Independiente, conhecido como “Rey de Copas”. Com a bola rolando, 3 x 1.

Foi o 16º título internacional oficial do Rojo.

Na raça e na catimba. O Independiente ganhou com o pacote completo de um time argentino numa decisão…

Você viu esta final na TV aberta? Caso tenha sintonizado na Band, sim.

Na Rede Globo, você não assistiu, no Recife. Foi uma atitude surpreendente da emissora, a maior do país, criadora do bordão “Fulano é Brasil na Libertadores”.

O tal Fulano já foi Flamengo, Corinthians, São Paulo, Fluminense, Palmeiras…

Mas não foi o Goiás. O Brasil foi muito restrito desta vez.

A emissora só passou o jogo em alguns estados do país, envolvidos na disputa, como Goiás e o Rio Grande do Sul, já que o Grêmio dependia de um vice-campeonato do Alviverde para ficar com a 6ª vaga brasileira na Taça Libertadores de 2011.

Uma sugestão para evitar algo bizarro assim novamente:

Que a Conmebol faça como a Uefa, que obriga a emissora detentora dos direitos de transmissão de seus torneios, via contrato, a exibir as decisões de forma integral.

Parece simples, né? De fato, é. Porém, numa mesa, com doses de uísque, executivos acharam que não seria o caso para o Goiás. Criaram um precedente muito impopular.

Audiência durante a final, segundo o Ibope: Band, 14.3 pontos; Record e Globo empatadas com 11.4. E olhe que isso foi em São Paulo!

Plim-plim.

Estádio Libertadores da América

Inauguração do Estádio Libertadores da América

O título é esse mesmo: Estádio Libertadores da América.

Como é possível uma arena ter esse nome e não soar arrogante ou presunçosa?

Basta que o proprietário seja mesmo o maior de todos na Taça Libertadores.

E é exatamente o que ocorre em Avellaneda, sede do Independiente.

1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984. Sete anos, sete títulos. Inalcançável.

Durante décadas, o clube argentino mandou os seus jogos no La Doble Visera. Uma cancha absolutamente fora dos padrões internacionais, praticamente sem assentos. E com uma capacidade de 52.823 pessoas.

O estádio foi demolido em 8 de dezembro de 2006. Com o aporte financeiro após as negtociações do atacante Sergio Agüero e do goleiro Oscar Ustari (36 milhões de euros ao todo), a construção teve um sinal positivo.

Um estádio digno para um heptacampeão da Libertadores.

No mesmo local do antigo estádio será inaugurada na noite desta quarta-feira, no jogo Independiente x Colón, pelo Torneio Apertura, a nova cancha. O estádio ainda não está 100% concluído, e apenas metade dos 45 mil lugares serão liberados.

Mas o estádio já será aberto com um marco no futebol dos hermanos. Esta será a primeira arena construída no país sem ajuda alguma do governo federal! 😯

Atualização (28/10/09): Glória completa. O Independiente venceu o Colón por 3 x 2, numa linda festa. Antes do jogo, todos títulos internacionais no centro do gramado. Inclusive as 7 Libertadores… Foto: Olé

Confira no vídeo abaixo o projeto completo do estádio Libertadores.

O inimigo mora ao lado

Estádios vizinhos na Escócia: 106 metros de distância

É possível conviver com um rival centenário a apenas 100 metros de distância?

A pergunta parece ser surreal. No entanto, como a imagem acima deixa claro, a resposta é um inacreditável “sim”. 😯

O maior exemplo está na pacata cidade escocesa de Dundee, de 154 mil habitantes e terra do Castelo de Broughty. Lá, os times do Dundee FC e Dundee United estão separados a apenas 106,82m.

O primeiro (azul) joga no Dens Park, com capacidade para 11.858 torcedores, enquanto o segundo (vermelho) atua no Tannadice Park, que pode receber até 14.209 pessoas. São, oficialmente, os estádios mais próximos de todo o Reino Unido. Possivelmente, de todo o mundo também…

Confira uma lista com estádios “vizinhos” no blog Onde a coruja dorme, com versão até brasileira, como os estádios de Guarani (Brinco de Ouro) e Ponte Preta (Moisés Lucarelli), em Campinhas, separados por 700 metros.

Entre os grandes clubes do mundo, o caso mais famoso envolve os rivais de Avellaneda, na Argentina: Independiente e Racing. Ambos campeões da Libertadores e do Mundial Interclubes. O Doble Visera (que está sendo reconstruído) está a apenas 210 metros do Cilindro, do Racing.

Numa conversa na redação do Diario, na tarde desta terça, o assunto era a “vitória fora de casa” no Brasileiro. E com o Clássico dos Clássicos já agendado (01/11), o Sport poderia ganhar “longe da Ilha” a 3,6 quilômetros de seu estádio. Ao Náutico cabe manter o Leão longe… Ainda que o rival more logo ali do lado.

Abaixo, os dados dos estádios do Recife, segundo o Google Maps.

Ilha do Retiro / Aflitos = 3,6 km (link)
Ilha do Retiro / Arruda = 5,5 km (link)
Arruda / Aflitos = 2,6 km (link)

Post com a colaboração do editor-assistente do DP Fred Figueiroa