Oitavas de final – Parte III

Terceira etapa da montagem das oitavas de final do Mundial da África do Sul, com três bandeiras bem parecidas, diga-se de passagem. Cadê a Itália? Só em 2014.

HolandaEslováquiaHolanda x Eslováquia
Estádio Moses Mabhida
Durban, segunda-feira, 11h

O confronto inédito vai acontecer logo numa fase eliminatória da Copa do Mundo. Inédito? De fato, sim. A Eslováquia se tornou independente apenas em 1º de janeiro de 1993. Já a antiga Tchecoslováquia cansou de bater na Holanda. Inclusive nas oitavas de final de 1938, por 3 x 0. Será que dá pra encarnar o antigo espírito?

JapãoParaguaiParaguai x Japão
Estádio Loftus Versfeld
Pretória, terça-feira, 11h

Alguém vai fazer história neste confronto. Nem Paraguai nem Japão jamais chegaram nas quartas de final do Mundial. O Japão chega pela 2ª vez às oitavas. O time guarani, por sua vez, se classificou pela 4ª vez para esta fase. Curiosamente, os dois países já se enfrentaram na Copa América, em 1999 (vídeo). O Paraguai goleou: 4 x 0.

Robben e os samurais

Copa do Mundo de 2010: Holanda 2 x 1 Camarões

Grupo E.

Jogo encardido e um empate com o já eliminado time de Camarões, o leão mais domado da Copa. Parecia caminhar assim, mas não é que Robben fez a diferença? O craque holandês entrou bem no fim da partida. Ponto para a Laranja Mecânica (sim, é este time de camisa branca na foto), que venceu por 2 x 1 e fechou com 100%

Na outra partida da chave, nesta quinta, uma surpresa. Pelo menos para aqueles que sempre acreditam no conto da “Dinamáquina”. Não deu, mais uma vez. E o Japão “passou de faixa” mais uma vez. Com dois golaços de falta, o time nipônico venceu os dinamarqueses por 3 x 1, em uma classificação com autoridade.

Copa do Mundo de 2010: Japão 3 x 1 DinamarcaNo fim, o time do Sol Nascente ainda marcou mais um, andando. Colocou a Dinamarca na roda. E olhe que a Coreia do Sul também já havia passado de fase…

As duas potências econômicas do Oriente avançam pela primeira vez longe de casa. A primeira vez de ambos havia sido em 2002, quando sediaram o Mundial em conjunto.

Fotos: Fifa

Copa do 1 x 0

Copa do Mundo de 2010: Holanda 1 x 0 Japão

Fim de Holanda x Japão em Durban, na manhã de sábado.

Bem mais técnica e invicta há 20 partidas (a maior série da atualidade), a Laranja Mecânica era a favorita absoluta da partida. Até porque também está bem cota na bolsa de apostas para conquistar o Mundial.

E o favoritismo foi confirmado. Vitória holandesa. Agora, numa Copa marcada por bolões com resultados pra lá de incomuns, arrisque o placar…

Aí já seria mais fácil: 1 x 0.

Foi o 8º jogo com este resultado em 24 partidas realizadas na África do Sul.  A vitória mais econômica de todas no futebol. Algo que não colabora muito com a média de gols. Com 44 tentos assinalados na Copa, a média está em 1,83. Frustrante ainda.

Gol solitário de Sneijder à parte, o time vice-campeão mundial de 1974 e 1978 foi o primeiro país do Velho Continente a somar duas vitórias em dois jogos em 2010.

Parece pouco, mas não é. Ainda mais com as derrotas de França e Alemanha, empates da Inglaterra… Numa Copa onde a zebra africana está correndo soltinha, a Holanda segue firme. Até porque não perde desde setembro de 2008. Mas é bom lembrar que esta também é a Copa dos tabus, viu Holanda?

Foto: Fifa

Passando de faixa

Copa do Mundo de 2010: Japão 1 x 0 Camarões

Camarões x Japão. Quantos torcedores apostaram o bolão no time africano? Vários… Afinal, os Leões Indomáveis têm um time fisicamente muito forte e habilidoso e com um atacante do quilate de Samuel Eto’o. Camisa 9 e capitão.

No Japão, a obediência tática em estado bruto. Um país que disputa apenas a sua 4ª Copa do Mundo, mas que, curiosamente, esteve presente nas últimas quatro.

Em fevereiro de 1998, a Terra do Sol Nascente conseguiu a sua melhor posição na história do ranking da Fifa, com um 9º lugar. Mas foi uma colocação sem lastro. A péssima campanha no Mundial do mesmo ano baixou um pouco a animação oriental. Mas o futebol local, bem distante dos grandes centros (literalmente também), foi mudando.

Importou jogadores e técnicos. Mas também exportou atletas. O primeiro deles foi Kazuyoshi Miura, ou simplesmente Kazu, que jogou no futebol brasileiro nos anos 80.

O objetivo era aprender. Fortalecer um sistema dentro das limitações técnicas do elenco. Um pouco disso pôde ser visto nesta segunda-feira, com um time mecânico, mas que foi eficiente e bateu Camarões por 1 x 0.

O  gol de Honda saiu em uma jogada ensaiada que o time tentou inúmeras vezes na partida. Previsíveis cruzamentos na área, como nos velhos tempos da Inglaterra. Jogada conhecida como wing play.

Aos poucos, o Japão vai mudando de faixa. Agora é necessário aprender algo mais. Até a preta falta muita coisa. E Camarões? Falta a obediência tão presente no Japão.

Foto: Fifa