Charges da crise na Fifa

A crise na Fifa, desencadeada após a bombástica investigação do FBI, sacudiu o futebol mundial. Como quase tudo no Brasil, o episódio também foi retratado com bom humor. Aqui, três charges publicadas no Diario de Pernambuco na primeira semana do histórico caso de corrupção no esporte.

28/05 – Após a o anúncio da prisão de nove dirigentes do alto escalão da Fifa, ma Suíça, nada como traçar um paralelo no mundo da bola.

Charge do Diario de Pernambuco em 28/05/2015. Arte: Jarbas/DP/D.A Press

02/06 – Rei com a bola nos pés, Pelé, historicamente, é marcado por declarações controversas. O apoio à reeleição de Blatter mandou mais uma.

Charge do Diario de Pernambuco em 02/06/2015. Arte: Samuca/DP/D.A Press

03/06 – O 5º mandato do (ex) todo-poderoso da Fifa não durou nem uma semana. Saiu de fininho após a pressão do FBI.

Charge do Diario de Pernambuco em 03/06/2015. Arte: Jarbas/DP/D.A Press

Podcast 45 (137º) – Náutico vice-líder, Santa vice-lanterna e crise na Fifa

A disparidade entre Náutico (2º) e Santa Cruz (19º) na Série B é o tema principal da nova edição do 45 minutos, com uma análise completa dos jogos contra Ceará e Paysandu, respectivamente. Esquema tático, carência de reforços o “peso” do atraso salarial… Também entrou na pauta do programa a agenda de jogos do Sport, teoricamente favorável, além da crise na Fifa, com a renúncia de Joseph Blatter após a investigação do FBI (já foi tarde?).

Confira um infográfico com as principais atrações desta edição aqui.

O podcast, com 1h29min, conta com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Joseph Blatter sucumbe à pressão e a Fifa enfim terá o seu 9º presidente

Lista dos presidentes da Fifa de 1904 a 2015

Com mais de um século de história, a Fifa teve apenas oito presidentes. O que assusta ainda mais nesta estatística é o tempo que uma mesma linha de administração ficou no poder. Durante 41 longos anos, os aliados Havelange e Blatter comandaram a poderosa entidade, com um sistema agora conhecido, poluído por negociatas e acordos escusos. E o suíço já estava pronto para um quinto mandato, até 2019, após uma votação no meio da crise imposta pela investigação do FBI, com a prisão de novo dirigentes do alto escalão.

A base de uma nova (e conturbada) gestão não durou sequer uma semana. Blatter parece ter sucumbido à pressão (semelhante à saída de Ricardo Teixeira da CBF, em 2012), colocando o seu cargo à disposição. Discurso direto.

”Vou continuar a exercer minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido. O próximo congresso demoraria muito. Esse procedimento será de acordo com os estatutos. E com tempo suficiente para encontrar os novos candidatos e que possam fazer suas candidaturas”.

Com uma expectativa baseada numa certa ingenuidade, que essa renúncia seja realmente um sinônimo de reforma na estrutura com sede na Suíça, faturamento anual de US$ 2 bilhões e influência em todos os continentes. A isso, vale até a revisão da escolha (viciada) de torneios até 2022. Aqui no Brasil, contudo, a saída de Teixeira trouxe ninguém menos que José Maria Marin. Pois é. A eleição extraordinária ocorrerá entre dezembro de 2015 e março de 2016.

1º) Robert Guérin (França) – 1904-1906
2º) Daniel Burley Woofall (Inglaterra) – 1906-1918
3º) Jules Rimet (França) – 1921-1954
4º) Rodolphe Seeldrayers (Bélgica) – 1954-1955
5º) Arthur Drewy (Inglaterra) – 1955-1961
6º) Stanley Rous (Inglaterra) – 1961-1974
7º) João Havelange (Brasil) – 1974-1998
8º) Joseph Blatter (Suíça) – 1998-2015
Após a morte de Woofall em 1918, aos 66 anos, o então secretário-geral holandês Carl Anton Hirschman assumiu interinamente.

Fifa pedindo arrego e CBF na corda bamba. Se descer mais um pouco…