Náutico perde no Engenhão, saindo do G4 e com o Botafogo mantendo a liderança

Série B 2015, 13ª rodada: Botafogo 1x0 Náutico. Foto: Vitor Silva/SS Press/BFR

Num confronto direto pelo G4, o Náutico teve bastante trabalho para conter as investidas do Botafogo. No primeiro tempo, três bolas rasparam a trave de Júlio César, sem contar as jogadas mano a mano. Longe da área técnica, Lisca se esgoelava em um camarote do Engenhão. Em contrapartida, alguns chutes de Josimar, sem muita convicção. Os alvirrubros foram para o intervalo conscientes de que era preciso ter um reposicionamento para acalmar a partida.

Infelizmente, a postura não mudou muito. Nem no ataque nem defesa. Insistindo, em busca da liderança, o Botafogo parecia jogar no erro alvirrubros – e neste sábado foram vários, no passe e no posicionamento. Interino e previamente instruído, Levi Gomes fez a primeira mudança aos 27 minutos da etapa complementar, com Renato no lugar de Josimar. Era uma alternativa para dar mobilidade. Deu nem para testar o time assim pois não demorou a sair o único gol da tarde, com Lulinha marcando num rebote para o Fogão.

No gol, eram seis botafoguenses na área e apenas três alvirrubros. Ousadia carioca e falha na recomposição pernambucana, 1 x 0. Não houve tempo de reação, com o Náutico saindo do G4. No duelo de seis pontos, contra o time de maior orçamento na Série B – onde também caberia a faixa de protesto pelas cotas de TV,exposta contra o Fla -, o Alvirrubro levou a pior e se vê pressionado. Dentro de uma semana, na Arena Pernambuco, terá o Vitória pela frente. Justamente o time que hoje ocupa o seu lugar no grupo de acesso à elite.

Série B 2015, 13ª rodada: Botafogo 1x0 Náutico. Foto: Vitor Silva/SS Press/BFR

Bastante desfalcado, o Náutico esbarra no Paysandu na Arena Pernambuco

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

Após cinco jogos em casa, nesta Série B, o Náutico saiu sem a vitória pela primeira vez. Teve que se contentar com o 1 x 1 com o Paysandu. O confronto (direto pelo G4) marcou a abertura da oitava rodada, mas, desde já, se sabe que o Timbu terminará a semana na zona de classificação, devido à gordura acumulada. É verdade que o apito final trouxe um misto de vaias e aplausos entre os 6.390 torcedores presentes na Arena Pernambuco, mas o placar pode ser considerável aceitável, hoje. Pela limitação técnica imposta pelos desfalques, entre lesões (Ronaldo Alves e William Magrão) e suspensões (Marino e Douglas), e pelo rendimento ascendente do adversário.

O Papão havia largado com duas derrotas, ambas por 1 x 0. Da vice-lanterna, o time paraense engatou uma série de cinco vitórias consecutivas e subiu ao 3º lugar. Sob o comando do pernambucano Dado Cavalcanti, e tendo o versátil Yago Pikachu como destaque, o time veio de Belém em busca do resultado.

Com o conhecido volume de jogo nos primeiros 15 minutos, o Alvirrubro logo balançou as redes, com a boa jogada de Hiltinho pela esquerda, seguida de um cruzamento rasteiro para Carmona finalizar – um gol importante para retomar a forma do meia. Na segunda etapa, porém, o visitante ajustou a marcação e deu trabalho. O empate veio com Pikachu, de falta, chegando a 53 gols na carreira, mesmo sendo um lateral de 23 anos. A partir daí, a partida ficou franca, com as duas equipes cercando a vitória, com gás. Não por acaso, ambas estão no G4.

Série B 2015, 8ª rodada: Náutico x Paysandu. Foto: Rafael Martins /DP/D.A Press

Náutico perde a invencibilidade na Série B em tarde apática no Serra Dourada

Série B 2015, 7ª rodada: Atlético-GO 2x0 Náutico. Foto: Fábio Marques/Atlético-GO/Facebook

A invencibilidade do Náutico caiu na Segundona. Após sete rodadas, o Timbu terminou um jogo sem pontuar. E no Serra Dourada, com 1.108 testemunhas, não fez por merecer. Diante do frágil Atlético-GO, então na vice-lanterna, os pernambucanos cederam espaço nas laterais, sem contar a pouca eficácia no ataque. A derrota por 2 x 0 não tirou o time do G4, ainda com dois pontos de vantagem sobre o 5º colocado (16 x 14). Contudo, apertou um pouco a situação, o que era esperado mais cedo ou mais tarde, tamanho o equilíbrio no torneio.

Em Goiânia, o encaixe tático formado por Lisca se desfez rapidamente, sentindo a falta de três peças. Pior ainda foi ficar em desvantagem tão cedo. Aos cinco minutos, os atleticanos marcaram usando o ponto fraco do Alvirrubro, uma queixa do próprio Lisca. Numa bola alçada na área, Fabiano Eller e Diego deixaram o atacante Juninho livre no meio. Ele só teve o trabalho de desviar a bola para as redes de Júlio César. Até ali, o time sofrera apenas dois gols na Série B, mas ainda assim havia a preocupação na jogada. Dito e feito.

No outro extremo, Rogerinho pouco fez. Não só ele, claro, mas neste caso trata-se da cota de teimosia do treinador, como Émerson Santos no Santa, através de Ricardinho, e Mike no Sport, com Eduardo Batista. O “atacante tático” teve a grande chance pernambucana no sábado, quando o placar já apontava 2 x 0, no segundo tempo. Dentro da pequena área, recuou para o veterano Márcio. Em casa, diante da tevê, a torcida viu mais um motivo para cobrar mudanças no setor ofensivo, que carece de reforços para uma duradoura campanha.

Série B 2015, 7ª rodada: Atlético-GO 2x0 Náutico. Foto: Fábio Marques/Atlético-GO/Facebook

Náutico se impõe sobre o campeão do Nordeste e se mantém em alta na Série B

Série B 2015, 5ª rodada: Náutico 2x0 Ceará. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Hiltinho foi puxado na área aos 57 segundos. A cobrança de Ronaldo Alves, no cantinho direito, ocorreu aos 2min25s. E ainda havia gente demais chegando na Arena Pernambuco, com aquele recorrente problema de mobilidade. Ouvindo o gol pelo rádio, esse povo todo vestido de vermelho e branco se apressou para entrar no estádio. Valia o esforço (e o exercício de calma no trânsito) para curtir a boa fase do Náutico, numa metamorfose impressionante.

O 2 x 0 sobre o Ceará, com Willian Magrão ampliando no segundo tempo, também no comecinho, estendendo a série invicta do time pernambucano, com quatro vitórias e um empate. Uma campanha para acabar com as dúvidas sobre o objetivo do clube. Com uma largada assim, é difícil não enxergar o Timbu brigando nas cabeças até o fim da Série B. Irá oscilar? Provavelmente. A pressão aumentará? A cada rodada. Entretanto, se a motivação e a tática de Lisca (e os salários em dia) continuarem, a tendência é que a equipe ganhe ainda mais personalidade, algo que vinha faltando há tempos.

No gol, Júlio César (completando 50 partidas). Na zaga, a experiência de Fabiano Eller e Ronaldo Alves. Na cabeça de área, um ascendente João Ananias. À frente, Douglas (grata surpresa). Há uma espinha dorsal. Diante do campeão nordestino (com Ricardinho apagado), o mandante se impôs, mesmo contra uma marcação avançada, compacta. Num teste de paciência, após abrir o placar, o Alvirrubro conduziu a partida ao seu gosto, sem maiores sustos. No fim da partida nesta terça, os 10.997 torcedores se dispersaram na arena em São Lourenço, mas com uma vontade, creio eu, de permanecer mais alguns minutos. Criando cada vez mais afeição com um time, enfim, competitivo.

Série B 2015, 5ª rodada: Náutico 2x0 Ceará. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Náutico arranca empate precioso aos 45 minutos do segundo tempo em São Luís

Série B 2015, 4ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Sampaio Corrêa/Site Oficial

Durante a partida em São Luís, o Náutico desperdiçou três chances cara a cara, sendo duas com Bruno Alves e uma com Hiltinho. Quis o destino que o gol saísse numa situação completamente adversa. Aos 45 minutos do segundo tempo, o time já estava no abafa, com direito ao veterano zagueiro Fabiano Eller cruzando (melhor) no lugar de Guilherme pela esquerda. Eis que Douglas foi lançado na área. Cercado por três, dominou a bola de costas para o gol, girou e mandou um canudo, empatando o jogo de seis pontos contra o Sampaio, 1 x 1.

Na comemoração, o atacante pediu “calma”, levando à loucura a timbuzada no Castelão e outros tantos diante da tevê – fato semelhante ao gol contra o Boa Esporte, também longe do Recife. De forma irônica, o gol valeu pelo rendimento no primeiro tempo, quando se mostrou bem armado. O Sampaio só assustou uma vez (reflexo de Júlio César). Enquanto isso, o visitante ia aproveitando os espaços, mas sem pontaria. No intervalo, Bruno Alves foi categórico: “Foi uma chance clara, mas dei um passo a mais. Mas o time está bem postado”.

Ex-Náutico, o zagueiro Edivânio – que poderia ter sido expulso na primeira etapa – quase pôs tudo a perder ao abrir o placar aos 12 minutos, de cabeça. A vantagem era um retrato do domínio da Bolívia Querida, que atuou melhor na volta do intervalo. Na raça e focado na Série B, o time pernambucano lutou até o fim, com o resultado mantendo a invencibilidade e o lugar no G4. A liderança foi deixada de lado apenas pelo saldo, somando os mesmos dez pontos de Bahia e Botafogo. Ou seja, o pontinho no Maranhão valeu demais. A consequência disso será o apoio terça-feira, contra o Ceará, na Arena Pernambuco.

Série B 2015, 4ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: twitter.com/mrrogens

Timbu segue 100% após três jogos, a uma vitória da sua melhor largada na Série B

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Três jogos, três vitórias, quatro gols marcados e nenhum gol sofrido. A arrancada do Náutico em 2015, ainda 100%, é a melhor da história do clube na Série B na era dos pontos corridos, fórmula iniciada em 2006.

Após os resultados positivos diante de Luverdense e Boa Esporte, com um golzinho em cada apresentação, o Timbu derrotou com autoridade o Criciúma, adversário de tradição na competição. O placar foi construído em apenas vinte minutos de bola rolando, com muita aplicação tática e vibração.

O centroavante Douglas foi decisivo, marcando o primeiro tento e sofrendo o pênalti convertido pelo zagueiro Ronaldo Alves, 2 x 0. No fim, a comemoração de Lisca “frescando” junto à torcida na Arena Pernambuco, após o apito final. A torcida, empolgada, foi no embalo. Valeu a noite. A explicação da dancinha é bem óbvia: Neto Baiano, ex-rival no Sport, atua na equipe catarinense.

Arrancadas do Alvirrubro na Série B (pontos corridos)
2006 – 2 vitórias e 1 derrota (66%)
2010 – 2 vitórias e 1 empate (77%)
2011 – 1 vitória, 1 empate e 1 derrota (44%)
2014 – 1 vitória e 2 empates (55%)
2015 – 3 vitórias (100%)

Indo além, a melhor largada do clube em toda a história da segunda divisão, desde 1971, ocorreu em 2001, quando bateu Remo (2 x 1), ABC (4 x 0), Ceará (2 x 1) e Nacional (1 x 0), duas vitórias em casa e duas fora. A série 100% terminou apenas na 5ª rodada, no empate em 1 x 1 com o Paysandu.

Logo, em 30 de maio o Timbu enfrentará o Sampaio Corrêa, em São Luís, para igualar o recorde e manter a liderança (ou, no máximo, co-liderança). Para uma equipe que começou o ano tão mal, e que está num processo de reformulação, essa estatística deverá convencer até o torcedor mais desconfiado de que a jornada no Campeonato Brasileiro deste ano pode ser surpreendente…

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

No último lance, o Náutico arranca a vitória em Varginha e entra no G4

Série B 2015, 2ª rodada: Boa Esporte 0x1 Náutico. Foto: Boa Esporte/assessoria/facebook

O Náutico está sendo cirúrgico neste início de Série B. Duas partidas, dois gols marcados e 100%. Na estreia contra o Luverdense, na Arena Pernambuco, um time com cinco caras novas e algumas oportunidades criadas, com o gol anotado por um estreante. Neste sábado, em Varginha, uma equipe um pouco mais entrosada e com muita paciência para sair com o resultado positivo.

Em tese, o empate sem gols já agradava ao Timbu, sobretudo pelo transcorrer da segunda etapa, jogando com um a menos (Patrick Vieira expulso), numa partida amarrada, com aquela “cara” de Segundona. E é justamente neste tipo de jogo que o algo mais vale um lugar na parte de cima na tabela (G4?).

Autor do gol da primeira vitória, Hiltinho também colaborou na segunda, iniciando a jogada para os dois atletas acionados na reta final. Nos descontos, atraiu a marcação de Everton Sena (ex-Santa) e deu um bom passe para Renato, que rolou de lado para Diego completar para o gol vazio. O mérito se estende a Lisca, acertando nas mudanças e na consequente transformação da equipe.

O relógio do árbitro Alexandre Vargas marcava 48 minutos e 37 segundos quando a bola cruzou a linha, 1 x 0. A partir dali, é preciso virar a chave sobre o “senso comum” no Timbu. Tecnicamente, há, sim, a chance de evoluir com as novas peças. Contudo, indo além disso, faltava algo de bastante vigor no futebol, a confiança. Uma hora a sorte vira a seu favor.

Série B 2015, 2ª rodada: Boa Esporte 0x1 Náutico. Foto: Boa Esporte/assessoria/facebook

O sorriso do alvirrubro Lucas Lyra dois anos depois da tragédia

O torcedor alvirrubro Lucas Lyra recebe a visita do goleiro do Náutico, Júlio César. Imagem: NáuticoTV/youtube/reprodução

Aos 21 anos, Lucas Lyra mantém o esforço diário na sua recuperação. Baleado na nuca em 16 de fevereiro de 2013, em um dos episódios mais violentos no futebol pernambucano, o torcedor alvirrubro chegou a ter apenas 1% de chance de vida. O sorriso dois anos depois é a prova de um milagre.

Acompanhando o caso de perto, o clube promoveu a visita do goleiro Júlio César, logo após a classificação à segunda fase da Copa do Brasil. A surpresa de Lucas no vídeo do NáuticoTV também tira um sorriso do espectador, seja torcedor do Náutico, Santa Cruz, Sport ou qualquer outro time.

“Eu nunca estive tão forte quanto nesses dias”, palavras do guerreiro.

Ele ganhou uma camisa e cobrou dias melhores para o Timbu.

Desejamos o mesmo para você, Lucas…

Sport se impõe outra vez sobre o Náutico e deixa o rival ameaçado no Estadual

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

O Sport venceu o Náutico pela 4ª vez seguida. Somou os dois resultados da final do último campeonato estadual aos dois triunfos no hexagonal desta temporada. Neste domingo, na retomada do duelo Eduardo Batista x Lisca, o Rubro-negro contava uma senhora vantagem no elenco. Mais técnico, mais entrosado, mais confiante. Mesmo classificado e virtualmente líder, o Leão se impôs, 2 x 0.

O time mesclado não teve Rithely, Vitor, Elber e Mike, com nova chance para um meio-campo com Diego Souza e Régis, como boa parte da torcida deseja – em alguns momentos deram conta. Enfrentaram na arena (6.063 pessoas, pífio) um Timbu tendo a vitória como único objetivo, perigando ficar de fora da semi. Nem o empate servia, pois na última rodada não poderia perder do Salgueiro no Sertão, como no Nordestão. Pressão demais para uma equipe deficiente.

No jogo, um primeiro com mais reclamação que futebol. Aos 30 minutos, Joelinton recebeu vermelho direto – o jovem atacante já havia sido expulso em outro clássico, contra o Santa. No lance seguinte, os rubro-negros cobraram a expulsão de Guilherme em outro lance duro (amarelo). O jogo seguiu, com o árbitro Sebastião Rufino Filho repassando a sua tensão aos atletas.

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

Numericamente à frente, Lisca adiantou o time, com o Sport apertando a marcação. A melhor chance foi de Guilherme, acertando o travessão ao aproveitar uma bobeira de Renê. Logo na volta do intervalo, o Leão marcou o primeiro gol, com Wendel. O volante teve a sua renovação contestada pelo futebol no Brasileirão. Curiosamente, após a assinatura, passou a atuar muito bem. Mandou de cabeça após cobrança de escanteio.

A situação se tornou quase irreversível quando Guilherme, afobado a tarde toda, derrubou Wendel, sozinho em direção à meta de Júlio César. Em campo, 10 x 10, com a bola nos pés dos leoninos (55%). Sem alternativas, o técnico timbu lançou-se ao ataque com as substituições possíveis. E aí o Leão tomou as rédeas, sem se expor. Aliás, isso é uma meia verdade, pois a zaga subiu inteira aos 33 minutos, com Durval de ponta esquerda, driblando e tocando para Páscoa, de centroavante. Um gol que diz bastante sobre a situação dos rivais.

Ao Náutico, ainda na 4ª colocação, será preciso segurar o Salgueiro. Se conseguir, terá justamente o Sport na semifinal…

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico x Sport. Foto: Marlon Costa/FPF

Betinho garante a virada do Santa sobre o Náutico aos 43 do segundo tempo

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O atacante Betinho acertou a trave três vezes contra o Salgueiro, no sábado. Nunca havia passado por isso na carreira, mas teve que se conformar com a atuação no Arruda. Entretanto, mesmo contestado pelo povão, foi mantido como titular pelo técnico Ricardinho. Veio a quarta-feira. No clássico encarado de frente, o esforçado jogador vinha tendo uma atuação apagada contra o ex-time, batendo cabeça o tempo todo com Waldison, sua dupla no ataque. Sua única finalização, na marca do pênalti, acabou desviada pelo próprio companheiro, o zagueiro Danny Moraes.

E assim o empate permanecia até os minutos finais de um esvaziado Clássico das Emoções, quando Renatinho escapou pelo lado esquerdo, cruzou rasteiro e Betinho mandou para as redes. Nada de bola na trave, chute mascado, desviado ou impedimento. A eficiência tardou, mas chegou. O se primeiro gol na temporada foi decisivo para a vitória do Santa Cruz por 2 x 1 e ressuscitou o clube no hexagonal do Estadual. Como na Série B 2005, tão lembrada antes da partida, os corais subiram na classificação usando o Náutico como escada. Enfim, entrou no G4, que vinha ficando mais distante a cada rodada.

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

O resultado diminui e muito a pressão no Tricolor, cujo treinador encaminhava para seus últimos momentos no comando. Um resultado a se comemorar, por mais que o futebol ainda esteja bem aquém ideal. O clássico foi ruim, com lampejos de uma boa disputa, na base da vontade, no início – num volume bem maior do Santa, com 55% de posse – , e um sem fim de jogadas infundadas na segunda etapa, com as duas equipes já desobedecendo aos padrões táticos mais conhecidos dos técnicos Moacir Júnior, cuja recomposição foi o ponto fraco, e Ricardinho, sem um ataque produtivo até então.

A saída do meia Biteco aos 22 minutos da etapa complementar fez um arco com a rodada passada, no supracitado tropeço tricolor no Mundão. O time caiu sem a presença dele, pois novamente era o mais lúcido. A suada vitória dá crédito ao técnico, claro, mas a mudança não surtiu tanto efeito mais uma vez. Não para a coletividade. Porém, esse debate fica para depois, na comemoração dos torcedores. E quase todos les viram o jogo pela televisão, pois no estádio apenas 4.626 corajosos encararam uma Arena Pernambuco às 22h, sem metrô na volta. Emoção é isso.

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press