Calote no futebol pernambucano, às avessas

Seu Barriga

Os negócios no futebol mudaram bastante desde a implantação do Plano Real, há 17 anos. Antes, a arrecadação dos jogos cobria boa parte da receita dos clubes.

Depois, o número foi substituído pela venda de jogadores. Atualmente, as supercotas de transmissão pela TV já representam mais de 50% do faturamento anual.

Contudo, uma coisa jamais mudou. O papel do calote no orçamento. Bronca.

O rombo causado pela verba atrasada compromete de vez a saúde financeira dos times de futebol, já debilitada por gestões acéfalas.

É a renda do jogo bloqueada pela Justiça – aí, um “calote” justo -, dinheiro antecipado da TV, sacrificando as administrações futuras, e maus pagadores entre os clubes…

Neste terceiro caso, um duto de prejuízo no próprio segmento, quase um “fogo amigo”.

Mesmo com um poder aquisitivo menor em relação às equipes tradicionais do Sul/Sudeste, não é que o trio pernambucano já sofreu calote? Relembre alguns casos.

Em 1995, o Sport negociou a dupla formada por Juninho Pernambucano e Leonardo por 3 milhões de dólares. O Vasco só pagou metade e acabou devolvendo Leonardo…

Dois anos depois, o Leão negociou outro Juninho, o Petrolina. Parte do valor total, de R$ 1,5 milhão, foi quitado pelo Atlético Mineiro de forma surreal. Sem dinheiro, o Galo emprestou o jogador ao Rubro-negro! Foi exatamente o que você entendeu.

Mas o cheque sem fundo não é exclusividade na Ilha. Os rivais também sofreram…

Em dezembro de 2007, o uruguaio Acosta trocou o Náutico pelo Corinthians, sem avisar. O Timbu exigiu R$ 3,1 milhões do Timão. Numa negociação muito confusa, o Alvirrubro acabou ganhando a causa um ano depois, mas embolsou apenas R$ 141 mil.

No ano passado, o presidente timbu, Berillo Júnior, chegou a ir até Portugal para cobrar 250 mil euros ao Braga, por causa da negociação do zagueiro Breno. O time português chegou à final da Liga Europa deste ano, ganhou dinheiro, mas…

E o Santinha? O caso atual. Emblemático, misturando Série D e Série A.

O atacante Gilberto foi negociado com o Internacional após a conquista do Estadual. Transação de R$ 2 milhões, a maior da história do Santa Cruz.

Pois o Colorado ainda está devendo R$ 850 mil… Os corais vão à Justiça.

É como se diz no jornalismo. Se um cachorro morde um homem, isso não é notícia. Mas se um homem morde um cachorro… Pois é, calote em Pernambuco.

Camisa comemorativa do Vasco e do novo Rio

Camisa do Vasco pelo título da Copa do Brasil de 2011

Aposta certa! A cada novo título, o dia seguinte com uma camisa especial, comemorativa. O modelo sempre vaza na internet poucas horas após a conquista.

No caso do Vasco, campeão da Copa do Brasil, a camisa só chegará na loja oficial do clube na sexta-feira, mas o modelo já foi divulgado, assim como o preço (R$ 49,90).

Esse troféu pode ser um marco na Guanabara. O título nacional da Cruz-de-malta foi o 5º do futebol carioca nas últimas 11 competições nacionais (Série A e Copa do Brasil).

A “conta” começa em 2006, quando o Flamengo venceu o próprio Vasco na decisão da Copa do Brasil, acabando um jejum de cinco anos do estado em competições nacionais.

Série A: 2009 (Fla) e 2010 (Flu). Copa do Brasil: 2006 (Fla), 2007 (Flu) e 2011 (Vasco).

Assim, o Rio de Janeiro igualou os títulos de São Paulo, também com cinco taças no período. Apenas um título não ficou com esta dupla: em 2008, com o Sport.

Coincidência ou não, a volta da boa fase ocorreu após a saída do polêmico Eduardo Vianna da presidência da Ferj, a “FPF” do Rio.

A camisa comemorativa é do Vasco. Porém, ela marca também a consolidação deste ressurgimento do Rio. Após a zorra da década 1990 e 2000, um mínimo de organização…

De calcanhar, Juninho…

Juninho Pernambucano no Twitter

Jogando no Al-Gharafa, no Catar, Juninho Pernambucano marcou um golaço na última rodada do campeonato nacional, na vitória sobre o Al Arabi.

O craque de 36 anos, revelado pelo Sport, marcou de calcanhar no torneio do país da Copa do Mundo de 2022, mas que ainda não curte muito o futebol, com estádios vazios.

Segundo o próprio meia, o gol foi o primeiro neste estilo em toda a sua carreira profissional, iniciada em 1993, na Ilha.

Para completar, Juninho ainda disse que foi uma homenagem ao “Doutor Sócrates”, ídolo corintiano na década de 1980. Entenda AQUI.

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