Santa vence o Campinense e confirma a classificação às quartas do NE no pote 1

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1x0 Campinense. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

Um simples empate e o Santa Cruz seguiria em busca do bicampeonato nordestino. Uma vitória e a situação nas quartas de final seria um pouco melhor, decidindo em casa. Ou seja, era inegável o caráter decisivo contra o Campinense, num repeteco da última decisão. E o time paraibano, ano a ano, vai se mostrando um adversário complicado na Lampions. Já classificado, não deixou por menos, endurecendo o confronto e exigindo muita aplicação do tricolor. A vitória veio, suada, por 1 x 0. Em uma partida de poucas oportunidades reais de gol, em ambos os lados, o mandante marcou forte no meio-campo, jogando com o regulamento debaixo do braço.

Era uma noite na qual não cabia vacilo. Quando a partida no Arruda começou, o outro jogo do grupo, em Horizonte, já estava com 7min26s. E com apenas 14 o Náutico já fazia o placar necessário, marcando quatro gols. O gol da vitória foi marcado por Anderson Salles, grata surpresa na bola parada. Cobrou uma falta no travessão e depois converteu bem o pênalti sofrido por Éverton Santos – ter um jogador assim é essencial em mata-matas. No segundo tempo, com a Raposa buscando o empate, que a deixaria na liderança, o zagueiro foi novamente decisivo, salvando uma bola em cima da linha. Foi o nome da noite, confirmando a sua vaga numa defesa ainda observada pelo técnico Vinícius Eutrópio.

No fim das contas, o Santa saiu com todos os objetivos alcançados, ficando no pote 1 do primeiro mata-mata e evitando confrontos contra Bahia, Vitória e Sport. Ah, ganhou mais R$ 450 mil, um verba importante para otimizar a folha.

Santa Cruz na fase de grupos
2013 – 15 pontos (5v-0e-1d, 1º)
2014 – 11 pontos (3v-2e-1d, 2º)
2016 – 10 pontos (3v-1e-2d, 2º)
2017 – 13 pontos (4v-1e-1d, 1º)

Campanhas do Santa na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação)
2013 – Quartas de final (R$ 300 mil)
2014 – Semifinal (R$ 850 mil)
2015 – não participou
2016 – Campeão (R$ 2,385 milhões)
2017 – Mata-mata… (R$ 1,05 milhão até as quartas*) 

Total de cotas: R$ 4,585 milhões*

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1x0 Campinense. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

Com 3 gols do camisa 9, Pitbull, Santa goleia o Uniclinic e lidera no Nordestão

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 4x0 Uniclinic. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Atual campeão nordestino, o Santa Cruz chegou à terceira rodada de 2017 na liderança do grupo A, ignorando a drástica reformulação do time, hoje num patamar financeiro bem menor. Ainda sob ajustes, tanto na escalação quanto na proposta de jogo, o tricolor segue obtendo resultados. Num domingo de sol no Arruda, com o frevo já correndo no Recife, somou a terceira vitória seguida, considerando Estadual e Copa do Nordeste. Contra o misto do Uniclinic, a equipe cumpriu a obrigação do grupo. Afinal, o vice-campeão é o lanterna do torneio, agora com três derrotas, nenhum gol marcado e nove sofridos. A goleada por 4 x 0, no ritmo imposto pelo mandante, teve um personagem-chave.

Em relação à última apresentação, na emocionante virada sobre o Central, só uma mudança na escalação, com a entrada do atacante Halef Pitbull no lugar de André Luís – e era questão de tempo. Esperava-se também Anderson Salles na vaga de Jaime, mas Eutrópio enxerga um encaixe melhor na zaga atual, devido à mobilidade de Jaime – ainda que tecnicamente seja mais limitado. Voltando à parte ofensiva, o atacante emprestado pelo Cruzeiro teve boa desenvoltura. Menos afobado, começou na ponta esquerda, ganhando na velocidade e arriscando cruzamentos. Mas foi na área, concluindo, que ele foi contundente.

Aos 34, Pitbull se antecipou num escanteio e cabeceou bem demais. Imitou um cachorro na comemoração. No embalo, a torcida agradeceu o tento “latindo”. Greia total.  Na segunda etapa, numa enfiada de bola, Pitbull mostrou explosão e só foi parado numa penalidade – convertida por Thomás. Depois, mais dois gols, concluindo dois cruzamentos da direita. A única lamentação da tarde foi a lesão do Léo Costa, antes do intervalo. Sentiu a coxa e deixou a preocupação para as próximas apresentações, nas quais o time terá que consolidar a liderança.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 4x0 Uniclinic. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Santa vence o Náutico no clássico pelo Nordestão com falha de Tiago Cardoso

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

No segundo Clássico das Emoções em uma semana, o Santa Cruz arrancou a vitória (a 200ª na história) num duelo de poucas oportunidades. Agora pela Copa do Nordeste, o atual campeão regional fez o placar mínimo, 1 x 0, contando com uma baita colaboração do outrora ídolo e agora goleiro alvirrubro Tiago Cardoso – que já havia ido mal no gol de falta que resultou no empate pelo Estadual.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, no Arruda, com muitos passes errados, excesso de força na marcação e quase nenhum arremate, o jogo recomeçou mais aceso. Com mais cara de Santa, buscando jogadas pelos lados, tentando impor mais velocidade, à medida em que o sol ia sumindo. Com oito minutos, Thomás fez boa jogada pela esquerda, já na área, e se aproveitou da péssima saída de TC1, que deixou o gol vazio para tentar travar. A bola foi tocada com tranquilidade para Éverton Santos, que só empurrou. Foi o primeiro do atacante, variando o poder ofensivo, inicialmente centrado em Léo Costa.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Em desvantagem, Dado Cavalcanti mexeu em dose dupla. Acionou os atacantes Erick e Alison, nos lugares de Rodrigo Souza e Dudu. O time ficaria mais leve, mas com menos pegada. Depois, ainda colocaria Marco Antônio (finalmente) no lugar de João Ananias. De fato, era preciso se expor para buscar algo, o que não ocorreu, com o timbu encontrando dificuldades para a entrar na área rival. Limitou-se a cruzar bolas, cortadas pela zaga, com Júlio César sem trabalho.

No fim, ainda escapou de levar o segundo gol em contragolpes, com os corais falhando bastante na articulação – foi mal tanto com André Luís, no primeiro tempo, quanto com Barbio, com nova chance no segundo. Não fez falta, terminando com uma justa e importantíssima vitória tricolor neste parelho grupo na Lampions. Ainda sobre o jogo, vale o registro, lamentável, sobre a presença de público, com 5.086 torcedores. Somando com o confronto anterior, apenas 9.708 pessoas num duelo que completa um século nesta temporada.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Náutico e Santa empatam na Arena com arbitragem ruim e emoção só no finzinho

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

O primeiro dos vários clássicos entre alvirrubros e tricolores em 2017 guardou as emoções para os minutos finais, após uma tarde de muitos erros, dos dois times e do árbitro Péricles Bassols, que escapou de ser o principal personagem do jogo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o empate seguia em branco, com pouquíssimas oportunidades efetivas – até então, uma para cada lado, ainda na primeira etapa, com o agora alvirrubro Tiago Cardoso espalmando um belo chute de Léo Costa e o agora tricolor Júlio César evitando um gol contra. Então, surgiu um lançamento preciso para Anselmo, com o centroavante dominando rápido, ganhando do marcador e batendo rasteiro para abrir o placar para o Náutico.

Seria o gol da vitória, com o ritmo do confronto àquele altura. Nos descontos, com o cronômetro já passando de 48, numa falta na entrada da área, Léo Costa mandou para as redes – o camisa 10 marcou os três gols corais na temporada, somando Asa Branca, Nordestão e Estadual. Empate em 1 x 1 e apito final. Quase um “alívio” para Bassols, o árbitro importado pela FPF nesta edição.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Durante o jogo, o carioca falhou bastante na questão disciplinar, sobretudo aos 39 minutos, quando expulsou Dudu e Jaime. Dudu, correto. Para Jaime, cabia um amarelo. Na confusão, Rodrigo Souza também poderia ter sido advertido. E o causador de tudo, André Luís, com uma cotovelada em Dudu, passou ileso. Aos 20 da etapa complementar, outra polêmica, com um pênalti não assinalado em André Luís, claramente puxado (e desequilibrado) por Páscoa. Sim, o mesmo atacante tricolor que sequer deveria estar em campo.

Sem objetividade ofensiva, a partida foi ganhando contornos violentos, com faltas duras e pouca repreensão. Muita conversa e um amarelo aqui, outro ali. De certa forma, justificou o baixíssimo público presente, com apenas 4.622 torcedores, o menor em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco – quatro pessoas a menos que o “recorde” anterior, um Clássico das Emoções em 2015. Neste ponta-pé inicial do Pernambucano do Santa, em busca do tri, e do Náutico, querendo encerrar o jejum desde 2004, ficou o desejo por um pouco mais emoção nos próximos duelos, não só no apagar das luzes.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP