Paraguai, Argentina, Brasil e México na briga pela Taça Libertadores de 2015

Semifinais da Libertadores 2015: Guaraní (Paraguai) x River Plate (Argentina) e Internacional (Brasil) x Tigres (México). Fotos: Conmebol/Twitter

Guaraní (Paraguai) x River Plate (Argentina) e Inter (Brasil) x Tigres (México).

As semifinais da Libertadores de 2015 reúnem dois bicampeões de peso no continente, outra surpresa paraguaia e um “forasteiro” na briga pelo título.

Campeão em 1986 e 1996, o River largou nas oitavas com a pior campanha entre os 16 competidores, mas acabou deixando pelo caminho nada menos que Boca Juniors, gás à parte, e Cruzeiro. Hoje, o Millonario já merece o status de favorito, sobretudo com o Monumental de Nuñez pulsando. Enfrentará o Guaraní, que abalou as bolsas de apostas ao despachar Corinthians e Racing, ambos fora de casa, sem conceder um gol sequer. O time aurinegro já igualou a sua melhor campanha, com a semi de 1966. E olhe que nas duas edições anteriores, os conterrâneos Olimpia e Nacional foram vice-campeões.

Do outro lado da semi, o Colorado de D’Alessandro, campeão em 2006 e 2010, luta pelo terceiro título num período de dez anos, o que seria um fenômeno. Ainda mais se lembrarmos que os gaúchos não conquistam o Brasileirão desde 1979. Terá pela frente o Tigres, que teoricamente teve o caminho mais fácil até aqui. Os mexicanos visam repetir os feitos de Cruz Azul e Chivas, únicos da Concacaf a decidir o título da Liberta. De toda forma, caso erga a taça, o Tigres não iria ao Mundial de Clubes, no Japão, por ser convidado.

Teremos um campeão inédito, o 26º da história, um novo tricampeão?

Agenda da semifinais, após a Copa América
14/07 – River Plate x Guaraní
15/07 – Internacional x Tigres

21/07 – Guaraní x River Plate
22/07 – Tigres x Internacional

O gostinho de um título internacional, ainda distante das conquistas oficiais

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: sportrecife/facebook

Até hoje, nenhum clube do Nordeste conquistou um título internacional oficial.

Quem chegou mais perto foi o CSA, em 1999, finalista da extinta Copa Conmebol. A partir disso, apenas participações sem brilho na Libertadores e na Sul-Americana. No Recife, ao todo, são quatro campanhas do Sport, duas do Náutico e nenhuma do Santa Cruz. Coadjuvantes na essência neste contexto.

Em relação aos torneios amistosos, a lista melhora um pouco, e só. Nesta linha, em competições organizadas pelos próprios clubes contra equipes estrangeiras, o Rubro-negro tem dois troféus. Ambos não oficiais, claro.

O primeiro foi o Torneio Leopoldo Casado, em 1980, num triangular com a seleção da Romênia e o Náutico. Agora, conta também em sua galeria na Ilha do Retiro com a Taça Ariano Suassuna, disputada em 2015 contra o Nacional do Uruguai. Entre os rivais, o Santa também já ganhou um troféu internacional. Em 2003, o Tricolor conquistou Torneio Vinausteel, no Vietnã.

Quem sabe um dia algum clube da região alcance um voo realmente internacional, devidamente chancelado pela Conmebol…

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: sportrecife/facebook

As bolas oficiais da temporada brasileira

Um calendário de bola cheia em 2015. Não teremos uma Copa do Mundo, infelizmente, mas a disputa entre seleções não passará em branco, uma vez que há a Copa América agendada para o Chile. Além disso, há campeonatos estaduais, regionais, nacionais e continentais. À parte dos regulamentos bem distintos, cada um conta com uma bola diferente, sobretudo visualmente.

Em relação aos modelos das pelotas, dois se destacam a partir do viés local. Um deles será utilizado nos gramados no Pernambucano e no Nordestão. Em ambos torneios, a bola ficou a cargo da marca Penalty, com a S11 Campo Pró. Trata-se de um tipo formado por apenas oito gomos.

O outro modelo, também oficial da Fifa, engloba vários torneios. A Série A e a Copa do Brasil contarão com o mesmo visual. Um colorido diferente da Ordem 2, da Nike, será aplicado na Libertadores (e demais torneios de clubes da Conmebol) e também na supracitada Copa América. Essa bola conta com “12 painés soldados por fusão num sistema de revestimento com três camadas”.

No fim das contas, o que vale é a qualidade técnica… ou não?

Para sair um pouco dos estádios da América, vale conferir ainda a bola que será usada exclusivamente na final da Uefa Champions League 2014/2015, em Berlim. Novamente produzida pela Adidas.

Campeonato Pernambucano (Penalty)

Bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2015. Crédito: Penalty/divulgação

Copa do Nordeste (Penalty)

Bola oficial da Copa do Nordeste de 2015. Crédito: Esporte Interativo/youtube

Série A e Copa do Brasil (Nike)

Bola oficial da Série A e da Copa do Brasil de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana (Nike)

Bola oficial da Libertadores de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Copa América (Nike)

Bola oficial da Copa América de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Final da Liga dos Campeões da Uefa (Adidas)

Bola oficial da final da Liga dos Campeões 2014-2015. Crédito: Adidas/divulgação

Da Libertadores 1988 à Sul-Americana 2014, os públicos com mando do Sport

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Thais Lima/DP/D.A Press

O clássico entre os rubro-negros nordestinos foi o 10º jogo do Sport como mandante em jogos internacionais oficiais. Considerando as duas participações na Libertadores e as duas na Sul-Americana, o clube pernambucano levou 193.533 torcedores aos seus jogos, com uma média acima de 19 mil pessoas.

O índice caiu justamente na estreia da Sula de 2014, em outro fato negativo, além do placar. Foi o pior público do Leão em seu histórico internacional, com apenas 6.025 pessoas no borderô oficial (falta do TCN? horário?). Até então, a menor assistência na arquibancada havia sido 16 de agosto de 1988, quando o time vinha de uma situação ruim no grupo 3 da Liberta. Foram 15.213 pagantes.

Pelo menos, aquela torcida presente há 26 anos viu a maior goleada do Sport em jogos internacionais: 5 a 0, com dois gols de Robertinho, dois de Nando e um de Edson. Bem diferente da frustrante estreia na Sula de 2014. Ao todo, foram nove apresentações na Ilha do Retiro e um na Arena Pernambuco.

Taça Libertadores da América
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487

Copa Sul-Americana
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025

Todas as imagens do Sport em torneios internacionais

O Sport disputará um torneio internacional pela 4ª vez em sua história. Como ocorreu no ano passado, o Leão está presente mais uma vez na Copa Sul-Americana. Soma ao seu histórico duas campanhas na Libertadores. Todas as competições foram organizadas pela Conmebol.

Até o confronto contra o Vitória, na Ilha e em Salvador, vale dar uma volta ao passado.

Abaixo, imagens e detalhes dos 18 jogos internacionais oficiais da história do Rubro-negro, incluindo uma presença nas oiatavas da Liberta e um Clássico dos Clássicos na Sula. São 17 fotos e uma reprodução da tevê. Confira mais fotos aqui.

Taça Libertadores da América de 1988

1ª fase (grupo 3)

02/07 – Sport 0 x 1 Guarani – A estreia leonina contou com 27.860 torcedores na Ilha do Retiro. Apesar da empolgação com o título brasileiro e o debut continental, o Leão amargou um revés, num gol contra do zagueiro Wagner Basílio aos 16 minutos de jogo.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 0x1 Guarani. Foto: Mauricio Coutinho/DP/D.A Press

18/07 – Universitario (PER) 1 x 0 Sport – Naquela época, as chaves da Libertadores eram divididas entre países. No caso, Brasil x Peru. Assim, o Leão foi até Lima para dois jogos. No primeiro, perdeu por 1 x 0, gol de Rey Muñoz.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Universitario (PER) 1x0 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

22/07 – Alianza (PER) 0 x 1 Sport – Com o apoio de 30 torcedores, que passaram por uma odisseia paa chegar até o Peru, o Rubro-negro venceu com um golaço do lateral Betão, quase do meio de campo. O resultado deu sobrevida ao time.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Alianza 0x1 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

03/08 – Guarani 4 x 1 Sport – A partida no Brinco de Ouro é a única sem fotos*. Os pernambucanos abriram o placar com Robertinho, aos 28 minutos, mas não seguraram o placar, sofrendo sua única goleada em jogos internacionais.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Guarani 4x1 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

16/08 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – Com dois gols de Robertinho, dois de Nando e um de Edson, na maior goleada já aplicada por um time do estado em disputas internacionais. Na ocasião, a Ilha recebeu 15.213 pagantes.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 5x0 Alianza (PER). Foto: Carlos Teixeira/DP/D.A Press

23/08 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – Uma vitória teria deixado o time em condições de avançar às oitavas de final. A torcida compareceu, com 22.628 presentes. O centroavante Nando perdeu um gol feito, embaixo da barra. Eliminação consumada.

Libertadores de 1988, 1ª fase: Sport 0x0 Universitario (PER). Foto: Arquivo/DP

Taça Libertadores da América de 2009

2ª fase (grupo 1)

18/02 – Colo Colo (CHI) 1 x 2 Sport – Numa noite histórica, com 1.800 torcedores do Sport no estádio David Arellano, o Leão venceu o tradicional clube chileno com gols de Ciro e Wilson. Naquele dia, o Diario circulou em Santiago com 7 mil exemplares.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Colo Colo (CHI) 1x2 Sport. Foto: EFE/Ian Salas

04/04 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – A Liga de Quito era a atual campeã da América, mas caiu na Ilha. O volante Daniel Paulista marcou um golaço na vitória na Ilha com Paulo Baier fechando o placar numa cobrança de pênalti. Era a largada dos sonhos.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 2x0 LDU (EQU). Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

08/04 – Sport 0 x 2 Palmeiras – Era o jogo para o Leão terminar o turno 100%. Com ingressos caros, a Ilha recebeu um público aquém do esperado. Numa grande atuação de Diego Souza, o Verdão venceu com autoridade.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 0x2 Palmeiras. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

15/04 – Palmeiras 1 x 1 Sport – Magrão salvou o Sport em pelo menos quatro oportunidades cara a cara. O Rubro-nego saiu atrás, mas conseguiu o empate com  Wilson, que acabou expulso na comemoração, ao tirar a camisa.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Palmeiras 1x1 Sport. Foto: EFE/Sebastião Moreira

22/04 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – De virada, com gols de Moacir e Vandinho, num tenso segundo tempo, o Leão venceu novamente o Colo Colo e sacramentou a classificação às oitavas. No fim, foguetório na Ilha do Retiro.

Libertadores de 2009, fase de grupos: Sport 2x1 Colo Colo (CHI). Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

29/04 – LDU (EQU) 2 x 3 Sport – Diante de um rival eliminado, o Leão se impôs. Foi a primeira derrota da LDU para um time brasileiro em seu estádio. O Sport dominou a altitude e virou com gols de Igor e Andrade, duas vezes (o segundo foi um golaço).

Libertadores de 2009, fase de grupos: LDU (EQU) 2x3 Sport. Foto: EFE/José Jácome

Oitavas de final

05/05 – Palmeiras 1 x 0 Sport – O técnico Nelsinho armou um ferrolho para o jogo no Palestra Itália. A equipe pernambucana segurou o quanto pôde, mas Ortigoza marcou o gol paulista. Nos descontos, o Verdão ainda acertou a trave.

Libertadores de 2009, oitavas de final: Palmeiras 1x0 Sport. Foto: EFE/Sebastião Moreira.

12/05 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – O badalado Paulo Baier perdeu três gols cara a cara no primeiro tempo. Acabou substituído. A sete minutos do fim, Wilson marcou. A esperança acabou no goleiro Marcos, que defendeu três pênaltis no desempate.

Libertadores de 2009, oitavas de final: Sport (1) 1x0 (3) Palmeiras. Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press

Copa Sul-Americana de 2013

2ª fase

20/08 – Sport 2 x 0 Náutico – O improvável confronto só aconteceu após uma combinação de resultados que deu a vaga ao Leão. No inédito clássico em um torneio internacional, Patric e Felipe Azevedo deixaram o Sport com boa vantagem.

Copa Sul-Americana 2013, 2ª fase: Sport 2x0 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

28/08 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – A vantagem era boa, mas o Náutico foi buscar, com direito a um golaço de Oliveira (tento que seria finalista do Prêmio Puskas). Nos pênaltis, coube a Magrão classificar o Rubro-negro, espalmando três bolas.

Copa Sul-Americana 2013, 2ª fase: Náutico (1) 2x0 (3) Sport. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Oitavas de final

25/09 – Libertad (PAR) 2 x 0 Sport – Inicialmente, o jogo seria na cancha do Libertad, mas como o local não tinha nem 20 mil lugares (o mínimo), o Leão exigiu o cumprimento da regra. A Conmebol remarcou para Luque. Em campo, não adiantou.

Copa Sul-Americana 2013, oitavas de final: Libertad (PAR) 2x0 Sport. Foto: EFE/Andrés Cristaldo

23/10 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – Com o resultado adverso, o a diretoria praticamente abdicou do torneio, focando no acesso na Série B. Ainda assim, 18 mil torcedores foram à Arena Pernambuco assistir a um time misto. Nova derrota para os paraguaios.

Copa Sul-Americana 2013, oitavas de final: Sport 1x2 Libertad (PAR). Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

* O blog procurou registros fotográficos nos jornais Diario de Pernambuco, Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo e na revista Placar, mas nenhum trouxe fotos de Guarani 4 x 1 Sport, em 1988. Apenas textos.

San Lorenzo amplia a galeria argentina de títulos internacionais, com 64 das 168 taças

Final da Libertadores de 2014: San Lorenzo (Argentina) 1x0 Nacional (Paraguai). Crédito: Conmebol/site oficial

A inédita conquista do San Lorenzo na Taça Libertadores da América de 2014, fazendo abrir mais um sorriso no carismático Papa Francisco, ampliou a liderança argentina no número de taças internacionais oficiais erguidas pelos clubes ligados à Conmebol.

Foi o 64º título do país vizinho, com 12 clubes campeões, numa conta antiga e complicada. Soma agora seis a mais que o Brasil, com 11 times distintos.

A lista de competições organizadas pela Conmebol e pela Fifa é bem extensa, entre títulos mundiais, intercontinentais e continentais, dos mais variados pesos. Ao todo são 17 torneios diferentes espalhados em 168 edições!

Alguns só foram reconhecidos décadas depois, como o primeiro de todos, o Torneio dos Campeões de 1948, vencido pelo Vasco e com o mesmo status da Libertadores. Recentemente foi adicionada à lista a Copa Rio de 1951, conquistada pelo Palmeiras e considerada pela Fifa oficial, de “abrangência mundial”, mas não como título mundial.

Abaixo, a lista completa, já considerando a Recopa do Galo nesta temporada e também um título mexicano, uma vez que o Pachuca, mesmo da Concacaf, venceu um torneio sob a chancela da Conmebol.

Saiba mais detalhes sobre o ranking de títulos internacionais aqui.

Atualização até 14 de agosto de 2014, após a Libertadores, Recopa e Suruga.

Argentina – 64 títulos, com 12 clubes
18 – Boca Juniors, 16 – Independiente, 6 – Estudiantes de La Plata, 5 – River Plate e Vélez Sarfield, 3 – Racing Club e San Lorenzo, 2 – Argentinos Juniors, Arsenal e Lanús, 1 – Rosário Central e Talleres

Brasil – 58 títulos, com 11 clubes
12 – São Paulo, 9 – Santos, 7 – Cruzeiro e Internacional, 4 – Grêmio, Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro, 3 – Vasco e Palmeiras, 1 – Botafogo

Uruguai – 18 títulos, com 2 clubes
9 – Peñarol e Nacional

Paraguai  – 8 títulos, com 1 clube
8 – Olimpia

Colômbia – 8 títulos, com 4 clubes
5 – Nacional, 1 – Once Caldas, America de Cali e Millonarios

Equador – 4 títulos, com 1 clube
4 – LDU

Chile – 4 títulos, com 2 clubes
3 – Colo Colo, 1 – Universidad de Chile

Peru – 2 títulos, com 1 clube
2 – Cienciano

Bolívia – 1 título
1 – Mariscal

México – 1 título
1 – Pachuca

Recopa 2014: Atlético-MG 4x3 Lanús-ARG. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG/Flickr

As manchetes hermanas com a Libertadores dos cuervos

Jornais de Buenos Aires relatam a conquista da Libertadores pelo San Lorenzo em 2014, nas edições de 14 de agosto

A glória dos cuervos foi monotemática nas capas dos jornais de Buenos Aires.

Entre diários esportivos (Olé e El Gráfico) e tradicionais (Clarín e La Nación), nada menos que 14 estamparam na capa o San Lorenzo, campeão da Libertadores.

Apenas dois jornais da capital argentina ignoraram a conquista do time do Papa Francisco…

O El Cronista e o BAE Negocios, ambos com pauta econômica.

Por sinal, falando em dinheiro, o time de Boedo ganhou US$ 5,1 milhões pelo título, ou R$ 11,5 milhões.

Confira as capas em uma resolução maior na página do C5N clicando aqui.

Os recordes de audiência do futebol na televisão, à parte da Rede Globo

Final do Mundial de Clubes de 2000: Corinthians campeão. Crédito: Band/reprodução

A Rede Globo detém os direitos de transmissão das principais competições de futebol no país, como Copa do Brasil, Série A, Libertadores e Mundial de Clubes.

Quando não é um pacote exclusivo, divide a exibição com no máximo uma emissora, mas ambas com o mesmo o jogo. A empresa domina a transmissão nacional há mais de três décadas. Em alguns momentos da história, porém, perdeu o comando para outros canais. Casos raros e históricos…

Com a audiência numa maré baixa em 2014 – Coritiba 0 x 0 Corinthians, no domingo, deu apenas 13 pontos na Grande São Paulo, segundo o Ibope -, a direção da Globo vai se reunir com os vinte clubes da elite nacional.

Segundo Daniel Castro, colunista do portal Uol, “a emissora apresentará aos dirigentes dos times um estudo que mostra que o futebol vem perdendo cerca de 10% da audiência a cada ano. Se continuar assim, em dez anos passará a ser um produto relevante apenas para a TV paga. Vai ‘morrer’ na TV aberta, sua principal fonte de sustento atualmente”.

É uma bravata grande essa possibilidade de desistência na tevê aberta.

Primeiro porque a empresa já tem contrato assinado com os clubes até 2019.

Segundo porque as experiências anteriores, com as competições nas mãos da concorrência, geraram audiências históricas nas finais…

Abaixo, os recordes dos principais torneios exibidos no pais quando a Globo esteve fora da jogada. Vale lembrar até um caso local, com o Estadual de 1999 na TV Pernambuco, um canal estatal. A final do segundo turno entre Santa Cruz e Sport deu 50 pontos na região metropolitana do Recife. Recorde. No ano seguinte a Globo Nordeste comprou os direitos, já esticados até 2018…

Campeonato Brasileiro 1990 (Band/Luciano do Valle, 53 pontos em SP)
Corinthians 1 x 0 São Paulo

Taça Libertadores 1992 (Rede OM/Galvão Bueno, 50 pontos em SP)
São Paulo (3) 1 x 0 (2) Newell´s Old Boys

Copa do Brasil 1995 (SBT/Luiz Alfredo, 52 pontos em SP)
Grêmio 0 x 1 Corinthians

Mundial de Clubes 2000 (Band/Luciano do Valle, 53,1 pontos em SP)
Vasco (3) 0 x 0 (4) Corinthians

Obs. As finais do Brasileiro de 1987 (Sport 1 x 0 Guarani) e da Copa do Brasil de 1992 (Inter 1 x 0 Flu) foram exibidas nacionalmente por SBT e Rede OM.

“La Copa empieza en octavos de final”. A aula de Riquelme para San Lorenzo e Nacional

Final da Libertadores de 2014: San Lorenzo (Argentina) x Nacional (Paraguai). Crédito: Conmebol/site oficial

Riquelme foi a cara do vitorioso Boca Juniors a partir do ano 2000.

Com a camisa xeneize, o meia conquistou três títulos da Taça Libertadores.

Duríssimo em La Bombonera, o Boca também atuava com personalidade fora de casa, inclusive comemorando títulos no Morumbi e no Olímpico.

Certa vez, o ídolo argentino definiu a disputa da Liberta…

“La Copa empieza en octavos de final.”

Uma verdade absoluta nesta edição de 2014.

O mata-mata a partir das oitavas de final foi implantado no maior torneio do continente em 1988. Desde então, nunca o pior classificado, com a 16ª melhor campanha na fase de grupos, havia chegado à final.

Por si só, a presença do Nacional do Paraguai na decisão já seria emblemática, mas a disputa contra o San Lorenzo da Argentina torna o confronto histórico.

San Lorenzo (15º) x Nacional (16º), os piores times da fase de grupos em uma decisão da Libertadores. Alcançaram as vagas somando apenas oito pontos.

Depois, começou a verdadeira Libertadores, como diria o enganche…

Jogando a primeira partida sempre em Assunção, o Nacional Querido eliminou Vélez Sarsfield, Arsenal de Sarandí e Defensor. Também atuando em casa no jogo de ida, em Buenos Aires, o San Lorenzo de Almagro despachou Grêmio, Cruzeiro e Bolívar nos mata-matas.

Agora, o duelo definitivo, no Defensores del Chaco (06/08) e no Nuevo Gasómetro (13/08). Ao sobrevivente, o status de 25º campeão da história da Libertadores.

Com a taça na mão, ninguém lembrará da fraca campanha inicial.

“Lo importante es clasificar y creemos que la Copa empieza en el mano a mano.”

Sábias palavras, Riquelme.

Apenas dois ex-campeões entre os oito remanescentes na Libertadores 2014

Quartas de final da Libertadores 2014. Crédito: Conmebol

Apenas um clube brasileiro nas quartas de final da Taça Libertadores.

Muito pouco para um país presente na decisão da competição desde 2005…

Nos últimos vinte anos, apenas uma edição do torneio teve um time brasileiro entre últimos oito.. Foi em 2011, com o Santos, que terminou campeão.

Nesta temporada, Flamengo, Atlético Paranaense e Botafogo caíram ainda na fase de grupos. Nas oitavas, Galo e Grêmio caíram em casa.

Portanto, a missão brazuca segue apeas com o Cruzeiro, o atual campeão nacional. Campeão continental em 1976 e 1997, o time celeste segue em busca do tri, que escapou em 2009, num vice-campeonato em pleno Mineirão.

Além do Cruzeiro, somente os colombianos do Atlético Nacional possuem uma conquista na Liberta, em 1989.

Ou seja, existem seis candidatos a uma galeria bem exclusiva…

Nacional (Paraguai) x Arsenal (Argentina)
Atlético Nacional (Colômbia) x Defensor (Uruguai)
San Lorenzo (Argentina) x Cruzeiro (Brasil)
Lanús (Argentina) x Bolívar (Bolívia)

Pitacos para os semifinalistas: Arsenal, Atlético Nacional, Cruzeiro e Lanús.