Literatura de Eduardo Galeano do futebol ao sol, no barro e com o Santa Cruz

Livro "Futebol ao Sol e à Sombra", do uruguaio Eduardo Galeano, nas versões em português e espanhol

Eduardo Galeano é um dos mais renomados escritores da América Latina.

O escritor uruguaio faleceu aos 74 anos, em sua casa em Montevidéu. Deixou uma obra com mais de 40 livros em inúmeros gêneros, como ficção, jornalismo, análise e, sobretudo, esportes, uma de suas paixões…

Em 1995, ele escreveu o livro “Futebol ao Sol e à Sombra”, indispensável no jornalismo esportivo, com os momentos de esplendor e desgraça do futebol, entre a performance teatral e a guerra movendo as massas, pontuados por grandes nomes da pelota mundial, como Pelé, Di Stéfano, Maradona e Obdúlio Varella, campeão com a Celeste no Maracanazo de 1950.

Sucesso editorial, o livro ganhou várias versões, inclusive em português.

Na Espanha, a grande surpresa, com uma capa à parte. Apaixonado pelo Brasil, Galeano já esteve inclusive em Pernambuco. Da cultura caruaruense saiu a sua ideia para a capa ibérica, com um time de barro.

Com o time do Santa Cruz.

“Felicidade é torcer pelo Sport”, de Ariano Suassuna para a eternidade

Ariano Suassuna na Ilha do Retiro, com Fumagalli, em 2007. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

“O Sport, pra mim, é – e sempre foi – uma das coisas mais importantes na minha vida.”

“Felicidade é torcer pelo Sport.”

As frases foram ditas há tempos por Ariano Suassuna, paraibano de nascimento e pernambucano de coração. Ambas tornaram-se inerentes ao escritor, um frequentador assíduo da Ilha do Retiro desde 1938, levado ainda criança pelo compositor tricolor Capiba, amigo da família.

Um rubro-negro na essência, sempre vestido de vermelho e preto, ou “Sport Fino” segundo a descrição do próprio, presente nas grandes conquistas do clube. Tamanha paixão pelo Sport lhe rendeu uma homenagem especial.

Em julho de 2013, as declarações foram gravadas no uniforme do Leão, numa linha inspirada nos traços armoriais, o estilo regional criado pelo autor.

“Agora estando ou não no estádio, estou sempre presente. Estarei lá por meio da camisa.”

Ali, já tratava-se de uma grande verdade.

Em 13 de maio deste ano, Ariano comemorou o último aniversário do clube, gravando um vídeo de parabéns destinado à torcida leonina.

Aos 87 anos, após resistir o quanto pôde, Ariano nos deixou, ficando na eternidade. Dono de uma personalidade com nuances na cultura, no esporte e na política, o escritor de O Auto da Compadecida está marcado na história.

Clubismo à parte, ficará na memória de rubro-negros, alvirrubros e tricolores.

Admiradores de um pernambucano nato.

Camisa especial do Sport para Ariano Suassuna. Foto: Alexandre Barbosa/DP/D.A Press