Os três baianos na presidência da Arena Pernambuco

Presidentes do Consórcio Arena Pernambuco: Marcos Lessa 2010/2013), Sinval Andrade (de abril a setembro de 2013) e Alexandre Gonzaga (desde setembro de 2013). Fotos: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press e Odebrecht

Em seu primeiro ano de operação, o consórcio Arena Pernambuco Negócios e Participações Ltda acaba de anunciar o seu terceiro diretor-presidente.

Como os antecessores, outro executivo baiano assume o comando do estádio construído pela Odebrecht, também de origem da Boa Terra. Confira a cronologia sobre a presidência do empreendimento de R$ 650 milhões.

Marcos Lessa (2010/2013)
O administrador foi empossado logo na criação do consórcio, aos 37 anos. Ex-diretor de marketing da TV Bahia, afiliada da Globo, Lessa participou da concessão da Fonte Nova, cuja licitação também foi vencida pela Odebrecht.

Ele deixou a direção antes do início da operação oficial da arena, passando a se dedicar ao projeto da Cidade da Copa, o bairro projetado no restante da área em São Lourenço, num projeto orçado em R$ 1,5 bilhão.

Sinval Andrade (2013)
O engenheiro civil Sinval Andrade, de 50 anos, assumiu em março, na reta final da obra, então com 95% de avanço. Portanto, foi o primeiro diretor-presidente a trabalhar com o estádio de fato em relação à organização dos jogos locais, promoções de partidas com times de outras regiões e shows.

Com o Náutico em atividade e o Sport engatilhado para um contrato de cinco anos, Sinval partiu para o Rio de Janeiro, para atuar na operação do Maracanã, um dos quatro estádios erguidos pela construtora para o Mundial de 2014.

Alexandre Gonzaga (2013)
Aos 39 anos, o administrador de empresas já vinha sendo o braço direito de Sinval na Arena Pernambuco, tomando conta do departamento de marketing. Na entrevista concedida por Sinval ao Diario, em julho, Alexandre esteve presente. Passa a ficar à frente das decisões em setembro.

A missão baiana é integrar de vez a arena aos pernambucanos…

O que o manda-chuva da arena pensa sobre você

Construção da Arena Pernambuco chegou à fundação, com a colocação de concreto, em março de 2011. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Diretor-presidente da Arena Pernambuco Negócios e Participações Ltda, Marcos Lessa concedeu uma breve entrevista ao blog após a viagem do Superesportes a Los Angeles, durante a apresentação do complexo LA Live. No foco, o consumidor local.

Veja também a atualização da série “Diário de uma Arena” clicando AQUI.

O novo “torcedor”
“O mercado brasileiro está pronto para o perfil de consumidor/torcedor visto em Los Angeles. Já vemos uma mudança no perfil de consumo da população em Pernambuco, que nunca viu tantos investimentos chegando. Já começa a faltar equipamentos de entretenimento, mesmo com uma movimentação assustadora. Esse incremento de receita poderá ser utilizado no lazer.”

Marcos Lessa, diretor-presidente da Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgaçãoPiloto no Brasil
“A cidade do Recife será um piloto para a entrada da AEG no Brasil e eles estão focados para desenvolver isso. O estádio traz uma parcela do público para o jogo de futebol, mas outra, ávida pelo produto, não vai por vários motivos, como segurança, estrutura e limpeza. Esse é um mundo de oportunidades e temos uma enorme para mudar isso e crescer ainda mais, com o crescimento do turismo no Nordeste.”

A catedral
“Com essa centralidade (Cidade da Copa), o estádio passa a ser o que eram as catedrais no século 18, com o encontro de famílias nos fins de semana. A arena terá vida própria fora do futebol. Quandos os times forem jogar, entraremos com suporte de receita, com tudo o que possa alavancar a nossa receita e a dos clubes. Para chegar onde queremos, precisamos de muita cautela, com pesquisas e os melhores parceiros. Estamos fazendo tudo isso.”