Na Ilha do Retiro, em 12 de maio, só o Santa Cruz terá a chance da volta olímpica

Pernambucano 2013, final: Santa Cruz 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Domingo, tempo bom, Arruda. Combinação perfeita para o Clássico das Multidões, com casa cheia. O quase isso, pois foram 38.211 torcedores, segundo o borderô, abaixo do previsto. Era a primeira a partida da final do campeonato estadual, novamente com um regulamento distinto das últimas temporadas. Para a taça, o foco é “somar pontos”, seja lá qual for o saldo. Igual mesmo, só os protagonistas tricolores e rubro-negros.

No primeiro capítulo o Santa Cruz somou três e se aproximou do tricampeonato. Uma vitória cirúrgica, nada fáci de ser alcançada. Os tricolores até começaram com a esperada pressão nos primeiros minutos, no embalo do povão, mas o Leão, marcando à distância, conteve as investidas.

Em seguida, o visitante se organizou, tocando bem a bola e com Rithely produtivo no ataque e na defesa. E as chances apareceram para o Sport. Foram três lances cara a cara com o gol. Em duas, Tiago Cardoso fez ótimas defesas. Na terceira, aos 35 minutos, Marcos Aurélio, na pequena área, errou o chute. Incrível. Faltava um matador. O que obviamente não era o caso do outro lado.

Pernambucano 2013, final: Santa Cruz 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A resposta tricolor, três minutos depois, veio de forma letal. Dênis Marques tabelou com Caça-Rato, devolvendo de calcanhar, e mandou para as redes. Na primeira chance de DM9, mais um gol no clássico, chegando a sete.

Um jogo bom no primeiro tempo, com um melhor futebol dos comandados de Sérgio Guedes e a vantagem do Santa. Na etapa complementar a partida ficou mais truncada. Foi a vez de o Tricolor reforçar a marcação.

As chances em campo foram mais escassas. No Leão, Marcos Aurélio acertou o travessão numa cobrança de falta aos 14. Aos 32, Dênis Marques teve tudo para ampliar, numa cobrança de pênalti, após lance infantil de Reinaldo em Raul. Na cobrança, Magrão espalmou e deu energia ao time nos instantes finais.

Contudo, a defesa não foi suficiente para evitar a derrota. Santa 1 x 0. No próximo domingo, na Ilha do Retiro, o Santa Cruz terá a vitória e o empate como resultados possíveis para dar volta olímpica pela terceira vez seguida no estado. Ao Sport, só um triunfo, por qualquer placar, irá forçar um terceiro jogo. O campeonato acabará em 12 de maio ou vai se estender por mais uma semana?

Pernambucano 2013, final: Santa Cruz 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

De igual para igual contra o Inter, o Santa Cruz se prepara para a decisão

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: Santa Cruz x Internacional. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O Santa Cruz fez um bom primeiro tempo contra o poderoso Internacional. Sufocou, finalizou e levantou a sua torcida na noite desta quarta. Com Forlán e Damião em campo, os gaúchos chegaram com perigo de forma esporádica. Porém, o bicampeão pernambucano retomou as rédeas, com ótima participação do meia Raul, um achado nas contratações desta temporada.

O empate sem gols nos primeiros 45 minutos, com muito combate, foi bastante aplaudido pela torcida presente no Mundão, aos gritos de “time de guerreiros”. Jogar de igual para igual contra um adversário deste porte numa semana na qual o cérebro raciociona sobre a final estadual o tempo todo foi satisfatório.

Na etapa complementar, o panorama mudou. Os tricolores cansaram e o Colorado se achou no jogo, dando trabalho ao goleiro Tiago Cardoso, sobretudo Fabrício, que chegou a acertar o poste. Talvez para poupar a equipe para a decisão de domingo, Martelotte substituiu Raul na metade do segundo tempo.

A saída do meia ofuscou a força ofensiva do mandante, apoiado por 15.072 pessoas. Àquela altura, a chuva já castigava o campo tricolor. Sobrou, então, valentia para os corais, pois a superioridade passou a ser colorada. Mas o placar não mudou, com o 0 x 0. Não foi um resultado ruim…

A torcida reconheceu e aplaudiu o time. Agora é foco total no Pernambucano, rumo ao tri. Copa do Brasil? Apenas em 15 de maio, em Caxias do Sul.

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: Santa Cruz 0x0 Internacional. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Na bola, na raça e sem precisar da sorte, o Santa Cruz arranca para o tricampeonato

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Na bola, nos cartões, no sorteio. Sairia de todo jeito um finalista neste domingo.

Em uma tarde histórica, em três cores, o Clássico das Emoções caminhava de forma agônica para os bizarros critérios de desempate. O gol de Elton logo aos quinze minutos fez com que a definição do finalista do Estadual fosse revezada o tempo inteiro com cartões e o sorteio, através de um bingo.

Amarelo para o Santa? Logo em seguida um alvirrubro recebia. Advertência para o Náutico? Não demorava cinco minutos para um tricolor também levar um cartão. Se a ideia era disciplinar a disputa, atrapalhou, pois o árbitro Giberto Castro economizou o quanto pôde nos cartões nos Aflitos, repleto de gente.

Os times marcavam a distância, com temor de botar a tudo a perder. Mas as faltas duras aconteceram, algumas na correção verbal. A chuva foi o tempero final da tarde, com mais uma apresentação raçuda do Santa em um clássico.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Após o gol sofrido no primeiro tempo, o time de Marcelo Martelotte, até então invicto como visitante, até perigou levar o segundo. Pouco atacava, tentando conter o ímpeto do Timbu. O seu meio-campo estava travado. Parecia esperar por um venenoso contragolpe, digno de uma cobra coral. Veio, letal.

O clima já era tenso quando, aos 32 minutos, Renatinho foi derrubado por Alison. Na área, num pênalti claríssimo. Envolvido numa polêmica sobre uma possível transferência para o próprio Alvirrubro, Dênis Marques quis nem saber e converteu muito bem. A vaga coral estava quase garantinda na decisão.

Seis minutos depois, outro pênalti sem contestação, do outro lado. Elton até definiu a vitória timbu por 2 x 1. Insuficiente para brecar a caminhada tricolor em busca do tri. A Cobra Coral mostrou força, camisa. E nem precisou de sorte.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

De perna direita, o canhoto Renatinho deixa o Santa com um pé na final

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

A história de mais um triunfo do Santa Cruz sobre o Náutico nesta temporada começou da forma mais tensa possível.

O meia Natan vinha numa boa sequência na temporada. Até ficou ausente em alguns jogos, lesionado, mas foi efetivo na maior parte da campanha coral. Com o seu talento, tornou-se destaque no Santa. Mas veio a hora H e a surpresa.

Voltou a sentir a velha dor na coxa, em uma hora crucial, na semifinal deste domingo, em um clássico. O jovem apoiador deixou o campo com apenas oito minutos de bola rolando no Arruda, parcialmente ocupado por 28 mil torcedores.

O técnico Marcelo Martelotte mandou para o campo o xodó Renatinho, outrora titular na lateral esquerda tricolor e agora acionado no meio campo, bastante povoado pelo bicampeão estadual nessa formação atual, 4-5-1.

Ao lado de Luciano Sorriso e Natan, tentaria municiar Dênis Marques.

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas o baixinho coral foi bem além. Marcou um golaço no segundo tempo, as seis minutos. O gol da vitória que abriu caminho para mais uma decisão.

Na jogada, zagueiros e atacantes brigaram com a bola. Quicou aqui, bateu num ombro ali, espirrou para a fora da área e Renatinho apareceu.

Como um missil, o elemento surpresa emendou de perna direita. O canhoto acertou o ângulo esquerdo do goleiro alvirrubro Felipe.

Com o formato do gol qualificado, o magro 1 x 0 se torna num grande placar a favor dos corais em busca da terceira decisão seguida. No critério dos cartões, apesar da disputa pegada, só um amarelo para cada lado, mostrando que a intenção da FPF de coibir a violência passou longe de funcionar.

No próximo domingo, no último Clássico das Emoções nos Aflitos, o Náutico terá que voltar a jogar um futebol há tempos esquecido neste Estadual…

Pernambucano 2013, semifinal: Santa Cruz 1x0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Análise da semifinal 2013 – Santa Cruz

Santa Cruz em 2013. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz busca neste ano uma conquista histórica para o clube. O último tricampeonato estadual nas Repúblicas Independentes foi em 1971, na sequência que terminaria com o penta, em 1973. Eram os anos dourados. Agora, mesmo duas divisões nacionais abaixo dos tradicionais rivais, o Tricolor venceu as últimas duas competições crescendo justamente no mata-mata.

“O time vai crescer na hora certa” foi o mantra de Zé Teodoro, comandante do bi. Agora com Marcelo Martelotte, ex-goleiro campeão em 1993, o Santa passou a jogar de forma bem diferente. Nada de time fechadinho aguardando os contragolpes. Até porque neste Estadual foram inúmeras formações táticas, até que o técnico encontrasse a composição ideal. Ela veio no Clássico das Emoções, com três meias de ligação e marcação dura.

Após a dolorosa eliminação no Nordestão, sofrendo um gol no último minuto, o Santa precisa retomar o Mundão como um ponto a favor. No Pernambucano o time tropeçou no Arruda com derrotas para Salgueiro e Chã Grande. O tri, a um ano do centenário, passa pela integração do Arruda e a consistência em campo.

Esquema tático do Santa Cruz no Pernambucano 2013. Arte: this11.com

Destaque
O meia Natan conviveu durante muito tempo com as lesões. Até se machucou neste ano, mas teve uma série maior de atuações e aí deslanchou. Criativo, está cotado para a seleção do campeonato. Quando o Martelotte definiu a escalação com três meias, Natan passou a ter mais liberdade para municiar o ataque.

Aposta
Outro meia de ligação como arma. Raul, contratado junto ao ABC de Natal no decorrer no Estadual, chegou e ganhou rapidamente a titularidade no Tricolor. Deu consistência ao meio-campo, paralelamente à velocidade de Natan e Renatinho. Também ajuda na marcação, evitando contragolpes.

Ponto fraco
Desde o Nordestão o Santa sente o desnível nas laterais. Tiago Costa começou muito mal na esquerda. Melhorou, mas ainda segue sem a confiança da torcida. Na direita, Everton Sena segue improvisado, limitado à marcação.

Campanha no 2º turno (11 jogos)
21 pontos (3º lugar)
6 vitórias (o 2º que mais venceu)
3 empates (o 5º que mais empatou)
2 derrotas (o 2º que menos perdeu)
15 gols marcados (o 6º melhor ataque)
8 gols sofridos (a melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 0 x 2 Santa Cruz, em 31 de março.

Confira também as análises de Sport, Náutico e Ypiranga.

Qual é a sua opinião sobre o desempenho da Cobra Coral na fase final?

Sem sustos, o Santa Cruz encaminha o rentável confronto contra o Internacional

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Santa Cruz x Guarani-CE. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Superior na ida e na volta, o Santa Cruz ganhou lá e cá. Nos 180 minutos de futebol em Juazeiro do Norte e no Arruda, o time coral despachou o Guarani e se credenciou ao duelo contra o Internacional pela Copa do Brasil.

O time de Diego Forlán, Leandro Damião e Andrés D’Alessandro será o primeiro clube de ponta do país a pisar no Arruda em dois dois anos.

O último que o Santa Cruz enfrentou na competição foi o São Paulo, em 2011. Na ocasião, endureceu o confronto, ganhando no Recife e perdendo em Barueri.

Ou seja, a expectativa agora é de público e renda positivos no Mundão. Ao bicampeão pernambucano, sem as cotas privilegiadas dos tradicionais rivais, jogos de grande apelo aparecem como essenciais.

No duelo contra os são-paulinos, o público pagante foi de 39.860 pessoas, proporcionando uma renda bruta de R$ 943 mil. Não deve chegar a tanto contra o Colorado, mas não espere um Arruda às moscas…

Ainda mais se o time mantiver a ascensão na temporada. Na noite desta quarta-feira, na vitória por 2 x 0 sobre o rubro-negro cearense, com R$ 92 mil no borderô, o time atuou desfalcado de Natan e Renatinho, o que obrigou Martelotte a reposicionar o time no 4-4-2, abrindo mão dos três meias de ligação.

Com a dupla do barulho na frente, Dênis Marques e Flávio Caça-Rato, o Tricolor definiu o confronto logo no primeiro tempo. Gols de DM9, de pênalti, e Everton Sena, de cabeça, que acabaram com qualquer fantasma da primeira fase.

Abriram as portas para um jogo que gere receita, prioridade máxima no Mundão.

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Santa Cruz x Guarani-CE. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Estreia coral na copa com vitória fora de casa e lembrete para o jogo de volta

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Guarani-CE  1x2 Santa Cruz. Crédito: MISÉRIA.COM/FUTURA PRESS

Estreia coral com vitória na revigorada Copa do Brasil.

Por muito pouco o bicampeão pernambucano não avançou de forma antecipada à segunda fase do mata-tama na noite desta quarta.

O Santa Cruz vencia o Guarani em Juazeiro do Norte por dois gols de vantagem, em cobranças de falta de Luciano Sorriso e Raul, quando o adversário, conhecido como “Leão do Mercado”, diminuiu o placar.

O duelo ficou aberto, franco, com boas oportunidades dos dois lados e uma bola na trave do mandante, mas o placar não se mexeu. Triunfo tricolor por 2 x 1.

Portanto, teremos jogo de volta no Arruda, dentro de uma semana.

Apesar do resultado positivo do líder do Estadual no Romeirão, com apenas 2.183 torcedores, ficou na torcida coral a lembrança da última participação.

Em 2012, também com status de campeão pernambucano e favorito absoluto, o Santa viajou até Manaus para enfrentar outro desconhecido, o Penarol.

Também vencia por 2 x 0. Sofreu um gol e segurou o mesmo score, 2 x 1.

No Arruda, no segundo jogo, o Santa acabou eliminado de forma inacreditável. Na conta geral, aliás, são seis eliminações na primeira fase da Copa do Brasil.

Ao Santa, em notória evolução, mantendo o sistema com três meias de ligação e Dênis Marques à frente, vale aprender com o passado antes de imaginar o rentável jogo contra o Internacional, na próxima fase.

A vaga está encaminhada, mas sem atropelo. De uma vez por todas…

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Guarani-CE  1x2 Santa Cruz. Crédito: MISÉRIA.COM/FUTURA PRESS

Semana Santa nos Aflitos com fim do jejum e liderança com autoridade

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Sufocou o rival, jogo melhor, teve mais posse de bola, criou boas chances, marcou. Tudo isso se aplica no Clássico das Emoções ao Santa Cruz. Destruidor de favoritismo, agora na liderança do Campeonato Pernambucano.

Nos Aflitos, com a sua torcida registrando ótima presença, o bicampeão estadual mostrou que nos grandes jogos do Estadual a sua aura é diferente.

Ganhou neste domingo por 2 x 0 com autoridade e de lambuja acabou com um jejum de oito clássicos sem vitória em Rosa e Silva. Uma tarde daquelas para o povão. Aos alvirrubros, o segundo revés num duelo deste porte. Sinal amarelo?

De fato, esperava-se a blitz alvirrubra no início, partindo pra cima com a velocidade de Rogério, a qualidade no passe de Martinez e os chutes de Elton.

Bem marcadas, as principais peças do Náutico pouco produziram. César e William Alves estiveram muto bem. O domínio era coral, bem postado em campo, cadenciando a partida. No primeiro tempo teve 53% de posse de bola.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Com a pelota nos pés, o Santa criou as melhores oportunidades. Aí, o time de Martelotte quase teve o seu grande pecado, pois perdeu três ótimas chances, sendo duas com Renatinho e uma com Dênis Marques.

O surpreendente panorama exigiu que Vágner Mancini modificasse a estrutura tática. Com a dupla de ataque sem marcar, ele exigiu mais combate lá na frente, evitando os espaços. Contudo, o jogo voltou igual. Então, Mancini arriscou, com Pacheco no lugar de Auremir. Enfim, o Timbu se apresentou no jogo.

Impôs um ritmo melhor e inverteu o contexto, passando a pressionar, exigindo bastante do goleiro Tiago Cardoso, em atuação segura. Ao Santa, já cansando, era hora de acertar um contragolpe. Conseguiu.

Aos 33 minutos, Natan recebeu na entrada da área, em posição irregular, e abriu o placar. Em seguida, aos 36, mais um passe deixando um tricolor livre. Dênis Marques tocou com tranquilidade para incendiar de vez.

Um vitória para a torcida não deixar de acreditar no tri. Muito pelo contrário…

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Náutico e Santa Cruz em possível despedida dos Aflitos. Com ou sem tabu

Clássico das Emoções nos Aflitos de 2006 a 2012. Crédito: Ricardo Fernandes (4 fotos), Inês Campelo, Jaqueline Maia, Helder Tavares e Paulo Paiva, todos do DP/D.A Press

Náutico e Santa Cruz voltam a medir forças nos Aflitos.

Caso os rivais das emoções não se cruzem mais neste Estadual, o clássico deste domingo poderá ser o último na história do estádio de Rosa e Silva.

A partir da iminente Série A o Timbu mandará os seus jogos na Arena Pernambuco. Portanto, um novo clássico entre alvirrubros e tricolores com mando de campo vermelho e branco seria em São Lourenço da Mata, em 2014

Exercício de futurologia à parte, o Náutico está duas divisões acima do rival e tecnicamente também vive um momento bem melhor na competição.

Mas complexo de inferioridade não é com o Santa, bicampeão pernambucano mesmo divisões abaixo. Com a liderança em jogo, a partida tende a ser bem disputada. Em jogo há ainda um tabu bem favorável ao Náutico, de oito partidas.

Desde o confronto pelo quadrangular final do Brasileiro da Série B de 2005, quando Carlinhos Bala e Andrade marcaram os gols da vitória coral, que alcançaria o acesso, o Timbu segura a marca diante do tradicional rival.

São quatro vitórias e quatro empates, com sete jogos pelo Estadual e um pela esvaziada Copa do Nordeste de 2010. No post, imagens dos oito duelos.

05/11/2005 – Náutico 0 x 2 Santa Cruz (Série B)

02/04/2006 – Náutico 3 x 3 Santa Cruz (Estadual)
25/03/2007 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
01/02/2009 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)
27/01/2010 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
28/04/2010 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Estadual)
10/07/2010 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Nordestão)
30/01/2011 – Náutico 3 x 1 Santa Cruz (Estadual)
04/02/2012 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)

Caça-Rato salva emprego de Martelotte, o menor dos problemas do Santa Cruz

Pernambucano 2013, 2º turno: Serra Talhada x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Flávio Caça-Rato voltou a marcar em um jogo no interior. Se no Arruda o atacante ainda não convenceu, fora CR7 vai sendo uma peça importante.

Num solzão daqueles neste domingo, no Sertão, o Santa Cruz ficou no empate com o Serra Talhada. O 1 x 1 manteve o técnico Marcelo Martelotte ainda mais pressionado nas repúblicas independentes do Arruda.

Desde a eliminação na Copa Nordeste, em casa, o treinador passou a conviver com a diária pressão do povão, já influenciando na diretoria.

Derrotado na quinta-feira, no Recife, o bicampeão necessitava da vitória para não arriscar uma classificação tida como certa às semifinais do Estadual.

Estatisticamente o empate foi importante na tabela, deixando o time na terceira colocação, apesar de próximo dos clubes do interior. Mas no G4, vale frisar.

Contudo, a equipe, salvo apresentações esporádicas, ainda não deslanchou nesta temporada. Por mais que a torcida enxergue no técnico a gama de deficiências do time, há uma meia verdade nisso.

O grupo do atual do Santa Cruz tem sérias lacunas técnicas, na zaga, nas alas e na criação, com Natan com a solitária inteligência para as jogadas. O prazo de contratações acabou. Restam mais dois jogadores para estrear.

Na campanha pelo sonhado tri, a pegada precisa superar essa deficiência. Com ou sem Martelotte. Mas com Caça-Rato, Tiago Costa, Sorriso e compahia.

Pernambucano 2013, 2º turno: Serra Talhada x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press