Santa fica no empate com Juazeirense, no Arruda, e se complica no Nordestão

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Em termos de classificação no Nordestão, vencer o Juazeirense no Arruda era uma obrigação semelhante a uma conta de luz, sem possibilidade de atraso. Tudo para não correr riscos caso fique em segundo lugar no grupo C. Apesar da importância técnica da partida, o contexto coral conspirou ao contrário. Fora de campo, apenas 3.115 torcedores, num público que não condiz com o torneio, muito menos com o histórico de presença tricolor. Em campo, um time com três zagueiros, num fato inédito no ano e sem necessidade, e pregado no meio.

O jogo começou amarrado, e olhe que o time baiano, que já não é um primor, estava bem desfalcado. Ainda assim, as oportunidades surgiram ao favor do Santa. Num lance de bola parada, aos 23, o time perdeu a confiança. Após cobrança de falta na ponta de direita, Alemão pulou a altura de uma gilete e Ricardo Braz marcou de cabeça para o Juazeirense. Desestabilizado – segundo os próprios jogadores no intervalo -, alguns lances foram incompreensíveis, como Wallyson buscando Renatinho em cruzamentos na área. Nos descontos, o Juazeirense ainda teve tudo para ampliar.

Não marcou e sofreu o empate aos 18 minutos, num pênalti em Keno. Grafite chamou a responsabilidade, 1 x 1. Poderia ter virado, mas o árbitro assinalou impedimento num lance legal. Com o visitante travando o jogo – o empate já era ótimo -, a torcida foi perdendo a paciência, focando em Martelotte. Um reflexo do desempenho em jogos oficiais em 2016: 2 vitórias em 7 jogos. A irritação é justa.

Nordestão 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x Juazeirense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Podcast 45 (217º) – Análise e efeitos da vitória do Sport sobre o Santa na Ilha

Um podcast inteiramente dedicado ao primeiro Clássico das Multidões da temporada, realizado na Ilha. No 45 minutos, analisamos a vitória do Sport sobre o Santa por 2 x 1, esmiuçando os setores dos times e os acertos e erros de Falcão e Martelotte. Além disso, projetamos as consequências do resultado para os dois clubes, finalizando com dados sobre histórico do confronto.

Confira um infográfico com a pauta completa aqui.

Neste podcast, com 1h35, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Santa Cruz se recupera em Aracaju. Na bagagem, 3 pontos e 1 taça de surpresa

Nordestão 2016, 2ª rodada: Confiança x Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/assessoria

Se contra o Bahia a bola teimou em não entrar, em Aracaju o Santa conseguiu definir uma partida em que novamente teve mais volume. Ainda é preciso balancear as investidas no ataque com uma solidez defensiva – que enfim passou em branco -, mas diante do Confiança o time pernambucano precisou ter apenas um pouco de paciência para conquistar a primeira vitória na Copa do Nordeste, trazendo os primeiros pontos para o Arruda. No Batistão, Martelotte repetiu a formação que iniciou a peleja contra o Baêa, com dois volantes pegadores (Wellington Cézar e Dedé) e três atacantes, centralizando Grafite.

O camisa 23, aliás, era o pilar no domingo até sofrer um corte na cabeça. Recuperado, chamou bastante a marcação adversária. Abrindo espaço aos companheiros, o próprio atacante acabou beneficiado. Aos 8 da segunda etapa, Lelê driblou bem pela esquerda, a jogada seguiu com o improvável Dedé e o goleiro Rafael Sandes deu rebote numa bobeira. Na frente de quem não devia, Grafite. A vantagem foi ampliada logo depois, numa cabeçada de Alemão. Após duas bolas na trave na rodada passada, o zagueiro lavou a alma. Com o 2 x 0 consolidado, o restante da noite foi na base dos contragolpes, sem aperreio.

De lambuja, a vitória acabou rendendo mais uma taça neste início de temporada. Após o Troféu Chico Science, foi a vez da Taça Henágio, em homenagem ao meia sergipano que brilhou no próprio Santa nos anos 1980. O ex-jogador, revelado pelo rival do Confiança, o Sergipe, faleceu em outubro passado, aos 53 anos. Oferecido pela federação local, o troféu completou a bagagem coral.

Nordestão 2016, 2ª rodada: Confiança x Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/assessoria

Santa pressiona até o último lance, mas perde do Bahia no Arruda pela Lampions

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Santa Cruz 0x1 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Aos 47 minutos do segundo tempo, na última investida coral, Alemão acertou a trave. Minutos antes o zagueiro já havia mandado no travessão. Era o Santa todo lançado ao ataque tentando reverter o placar a favor dos baianos, firmes em campo. A derrota por 1 x 0, no Arruda, terminou com aplausos de boa parte dos torcedores presentes – não muitos, pois o borderô foi abaixo do esperado, com 10.492 pessoas. Um reconhecimento justo, pois o time lutou. O jogo inteiro.

Já era de se esperar uma equipe mais instigada, até porque a Copa do Nordeste é apontada como prioridade no primeiro semestre coral. Se nos últimos cinco anos faturou quatro estaduais, no regional ainda não conseguiu ir longe. Logo cedo, a Taça do Nordeste esteve no Mundão para um tour junto aos torcedores. Para o troféu voltar ao estádio será preciso superar a fase de grupos com o tradicionalíssimo rival na disputa. Atual vice-campeão, o Bahia veio ao Recife reforçado por Hernane Brocador (ex-Sport) e Luisinho (ex-Santa). E pegou um time pernambucano mais coeso, com dois volantes. Martelotte se mostrou mais precavido que no Estadual, numa prudência esperada também para a Série A

O Santa dominou as ações, exigindo bastante do goleiro Lomba, sobretudo nos chutes de João Paulo e Wallyson. Mas bastou dar um tiquinho de espaço para o pior. O camisa 10 do Tricolor de Aço recebeu aos 21, deu três passos e mandou de fora área. A vantagem seria definitiva. É verdade que o Brocador teve duas chances claras para ampliar, mas no geral o visitante limitou-se a ocupar os espaços. E ainda houve um pênalti não marcado, com o árbitro assinalando falta em Allan Vieira fora da área. Foi em cima da linha. Num domingo para esquecer, Alemão até desviou para as redes. Centímetros à frente, impedido.

Copa do Nordeste 2016, 1ª rodada: Santa Cruz 0x1 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Sem espaço para zebra, Santa Cruz vence o América no Arruda e entra no G4

Pernambucano 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O árbitro Gilberto Castro Júnior tentou estragar a partida entre Santa e América, deixando de aplicar um cartão vermelho para o alviverde e assinalando uma penalidade inexistente para os tricolores. Isso num momento em que o placar estava apertado, por mais que o futebol do visitante fosse insuficiente para buscar uma nova zebra. No último lance do jogo, aos 49 minutos, Allan Vieira invadiu a área pela esquerda e tocou no contrapé do goleiro, marcando 4 x 2.

A vitória, a primeira do atual campeão, pavimenta o caminho para a estreia no Nordestão, no clássico contra o Bahia. Essa partida já vinha sendo tratada com cuidado, tanto que foi lançada uma formação mista na quinta, poupando Grafite. Com João Paulo tendo mais de liberdade, esperava-se uma maior variedade de jogadas. Em vez disso, sucessivos erros defensivos. Quando o resultado apontava 2 x 0, com Wallyson (numa arrancada) e Bruno Moraes (empurrando a bola em cima da linha), a zaga coral vacilou e a torcida perdeu a paciência, vaiando. O tento de Tiago Laranjeira foi emblemático. Com 1,68m, cabeceou entre zagueiros de 1,88m e 1,90m. Ao todo, cinco gols sofridos em três jogos.

A dez minutos do fim, já com a diferença mínima, o árbitro deixou de expulsar Danilo, que agrediu Keno. Apenas o tricolor (que revidou) foi expulso. No lance seguinte, Bruno Moraes foi desarmado na área e Gilberto marcou pênalti – desperdiçado por Daniel Costa. Para não haver dúvida, o derradeiro gol de Allan Vieira consolidou a freguesia do América, há 22 jogos sem vitória no confronto, desde 1990. Porém, passou a errônea imagem de uma partida ruim.

Pernambucano 2016, 3ª rodada: Santa Cruz x América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Ainda sem empolgar, Santa Cruz fica no empate com o Salgueiro no Arruda

Pernambucano 2016, 2ª rodada: Santa Cruz 1x1 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Nos últimos anos, só não foi pior que o início em 2015, ainda que o final tenha sido com a taça. No entanto, o Santa segue sem vencer no Estadual. Após o revés no clássico contra os alvirrubros, o time de Martelotte não passou de um empate com o Salgueiro, que já soma quatro pontos contra os grandes.

O 1 x 1 no Arruda, reeditando a decisão do ano passado, terminou com vaias entre os quase sete mil torcedores, no último jogo antes do carnaval. Ainda falta bastante para uma análise mais detalhada sobre o Tricolor, mas, a princípio, decepciona. Dos seis concorrentes, parecia o de maior entrosamento, com o time que ascendeu à elite nacional quase completo. Sobre o jogo, os corais ficaram em desvantagem muito cedo, com Cássio Ortega, algoz do Sport na estreia, marcando após pegar um desvio numa cobrança de escanteio.

O mandante criou oportunidades, mas parou em Mondragon, o experiente goleiro que substituiu o não menos rodado Luciano, lesionado. E ele teve uma boa atuação. Caminhava para segurar a vitória sertaneja, até os 24 do segundo tempo, quando Grafite foi acionado, em condição legal. Livre, deu um toquinho para empatar. A pressão natural para virar o placar foi na base do abafa, sem uma grande chance. Daí, a justiça no placar e na reação da torcida.

Pernambucano 2016, 2ª rodada: Santa Cruz 1x1 Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Ao vivo para Tóquio, o Náutico se impõe pela terceira vez seguida sobre o Santa

Pernambucano 2016, 1ª rodada: Náutico x Santa  Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Quando o Clássico das Emoções começou na Arena Pernambuco, em Tóquio o relógio já marcava 8h30 da terça-feira. Para qualquer japonês com tevê a cabo, pela primeira vez passava ao vivo um jogo do Campeonato Pernambucano. O horário incomum no Recife, na noite de uma segunda, havia sido escolhido justamente para esse novo mercado, com outros países ao alcance do canal Globo Internacional, como os Estados Unidos. A primeira experiência dos nipônicos, à parte do visual moderno do estádio, sem dever nada aos palcos da J League, foi de um jogo muito disputado, de imposição física, mesmo sendo o primeiro à vera de Náutico e Santa Cruz no ano.

Pior para o árbitro Emerson Sobral, com bastante trabalho para contemporizar os trancos. Tentou evitar uma proliferação de cartões, sem sucesso. Foram seis amarelos somente no primeiro tempo, com uma boa chance de gol para cada lado. E só. No segundo tempo, os nove mil espectadores (boa presença considerando o horário ruim na arena, numa semana pré-carnavalesca) viram um jogo inteligente do Náutico, na base dos contragolpes.

Pernambucano 2016, 1ª rodada: Náutico x Santa  Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

No primeiro gol, logo no comecinho, Rony arrancou e foi derrubado na área por João Paulo. Pênalti. Na pré-temporada, o zagueiro Ronaldo Alves havia cobrado duas penalidades no canto esquerdo do goleiro. Contra Tiago Cardoso, talvez para não ficar marcado, inverteu o lado. Deu certo, com a bala mansinha nas redes. Em vantagem, obrigou o rival a rodar mais a bola, em busca de espaço.

O Santa até teve mais posse, mas com poucas oportunidades contra meta de Rodolpho, substituindo Júlio César, punido ainda em 2015. Na bola aérea, Grafite, bem marcado, foi inoperante. Mas para matar qualquer reação, aos 41 minutos, o Timbu ampliou em outro lance de velocidade, com Bergson. Desta vez a pesada zaga coral sequer chegou, com o atacante batendo no cantinho, belo gol. O 2 x 0 marcou a terceira vitória seguida do Náutico sobre o Santa de Martelotte. Um jogo para japonês ver e alvirrubro comemorar.

Pernambucano 2016, 1ª rodada: Náutico x Santa  Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Podcast (208º) – Especial Treinadores com Marcelo Martelotte, do Santa Cruz

Marcelo Martelotte, técnico do Santa Cruz em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Finalizando o ‘Especial Treinadores”, do podcast 45 minutos, uma entrevista com Marcelo Martelotte. Em Gravatá, onde o Santa Cruz está hospedado durante a sua pré-temporada em 2016, o comandante coral falou sobre a montagem do elenco, justificando a manutenção de quase toda a equipe que subiu. Na pauta, questionamentos sobre sistema de jogo, perfil reforços (de peso), ausência do centro de treinamento, passagens nos três grandes em 2013, metas, arrependimentos etc. Um bate-papo de mais de uma hora. 

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Confira também os especiais de Falcão e Gilmar Dal Pozzo.

Santa Cruz x Flamengo, o confronto do renovado Troféu Chico Science em 2016

Santa Cruz x Flamengo no Arruda. Arte: Cassio Zirpoli

O Santa Cruz confirmou o Flamengo como adversário na segunda edição do Troféu Chico Science. A disputa amistosa criada pelo próprio clube irá encerrar a pré-temporada coral em 2016, no ainda incomum horário das 11h, em 24 de janeiro, e desde já conta com uma organização melhor em relação à estreia. Com expectativa de bom público, dos locais e visitantes, marca também o retorno da cerveja ao Arruda. No ano passado, num jogo marcado às pressas, no meio da semana, apenas 5 mil torcedores assistiram ao duelo contra o Zalgiris Vilnius, da Lituânia, numa noite com 25 pênaltis.

Sem o status internacional, mas diante do time mais popular do Brasil, o campeão estadual busca o primeiro título em uma partida com perspectiva de patrocínios pontuais, tendo já fechada a venda dos direitos de transmissão ao Esporte Interativo, parceiro no marketing. Neste ponto, aliás, o presidente tricolor, Alírio Moraes, já havia adiantado a confecção de um troféu mais decente (e justo) para os 50 anos do homenageado – veja a taça de 2015 aqui.

Em relação ao convidado, vale um questionamento ao blog. Por que a polêmica sobre o convite ao Flamengo na Taça Asa Branca não se aplica ao Troféu Chico Science? Neste caso, trata-se de uma organização do Santa, sem a institucionalização da Liga do Nordeste, que legitimou uma disputa sem critérios, ferindo o seu próprio conceito. Sobre o confronto, que não ocorre há dez anos, o histórico aponta uma taça amistosa justamente no primeiro dos 32 jogos. Em 22 de janeiro de 1925, no Campo da Avenida Malaquias, o Fla goleou por 3 x 0, recebendo o Troféu Jornal do Commercio. A partida encerrou de forma invicta o primeiro giro do Mengo na cidade, onde também enfrentou Torre e Sport.

Santa Cruz x Flamengo (jogos oficiais e amistosos):
8 vitórias tricolores (37 gols)
11 empates
13 vitórias flamenguistas (54 gols)

Considerando apenas o Campeonato Brasileiro, com mais dois jogos agendados nesta temporada, há um equilibrado retrospecto em 21 encontros.
7 vitórias tricolores (28 gols)
7 empates
7 vitórias flamenguistas (36 gols)

Podcast 45 – Tira-teima dos melhores e piores do futebol pernambucano em 2015

Tira-teima do Podcast 45 minutos em 2015

Fim de temporada no futebol pernambucano, Hora do balanço do 45 minutos. Como em outras oportunidades, uma edição especial com o “tira-teima”, neste caso voltado para os resultados de Náutico, Santa e Sport em 2015. Perguntas diretas, sem direito a ficar “em cima do muro”. Qual foi a melhor atuação de cada um (Bahia 1 x 2 Santa, Sport 3 x 0 Inter, Vitória 2 x 3 Náutico)? E a pior? E o time que mais se destacou (Santa campeão estadual e vice da Série B ou Sport, o 6º da Série A)? Na sequência, a escolha da melhor contratação, da maior decepção, do pior jogador… E ainda uma debate sobre as mudanças entre os maiores times da região e o cada vez mais insustentável G12.

Bom humor e muita opinião num bate-papo de 2h37!

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!