Em sua concepção, a Arena Pernambuco é um projeto de traços singulares.
Qualquer outro estádio também seria, obviamente…
Cada vez mais, contudo, nota-se que o palco local para o Mundial de 2014 foi desenvolvido através de novas tendências arquitetônicas somadas ao que há de mais avançado nas arenas mundo afora.
Da estrutura da arquibancada à cobertura metálica e a sua iluminação externa.
No alto do post, por exemplo, a cobertura do estádio Anoeta, na cidade espanhola de San Sebastian. A Odebrecht acaba de fechar um contrato com a mesma empresa que instalou a “estrutura espacial” na cancha do clube Real Sociedad.
É mais uma pista para o design final da Arena Pernambuco, com prazo de conclusão até de dezembro de 2012. As pistas estão espalhadas em outros campos da Europa…
Confira a declaração do arquiteto do futuro estádio pernambucano, Daniel Fernandes, em outubro de 2010, ao ser questionado sobre a semelhança interna em relação ao Estádio Nacional de Varsóvia, que vai abrigar a Eurocopa 2012.
“Todos os estádios atuais projetados e construídos dentro dos conceitos modernos se assemelham de alguma forma nos itens associados a questões mais técnicas, como é o caso do desenho das arquibancadas. Mesmo parecidos nenhum estádio é igual a outro. A arquitetura é sempre uma continuidade, é um processo que se renova a partir das experiências anteriores ao longo da história. Todo projeto sempre vai possuir parte desse conhecimento acumulado juntamente com as inovações que acontecem de forma natural. Todos os estádios modernos acabam tendo algo em comum.”
Fato percebido, sem dúvida alguma, nas três imagens deste post.
Apesar de parecido, o estádio polonês (acima) é bem maior, com capacidade para 58.145 pessoas, contra 46.214 lugares da construção em São Lourenço da Mata.
E o que dizer da futura iluminação high-tech, temática?
Exatamente como ocorre no Allianz Arena (abaixo), na Alemanha, casa de dois rivais, o Bayern de Munique e o 1860 Munich. Para cada um, uma iluminação diferente…
É uma espécie de vida própria do campo a cada jogo. A cada time.
Mesmo com a cor opaca do concreto, a Arena Pernambuco deverá ter um tom vermelho nos jogos noturnos do Náutico. Se mais alguém jogar por lá também terá uma modelagem, assim como shows musicais. O objetivo é mudar, sempre.
Anoeta, Varsóvia e Allianz Arena, em pontos pra lá de distintos no Velho Mundo, mostram o quanto é extenso o foco de ideias para edificações deste porte.
Nas outras onze subsedes brasileiras da Copa o ritmo de inspiração é o mesmo.
Num futuro não muito distante, quem sabe, outro estádio poderá ter a própria arena à beira do Rio Capibaribe como padrão de qualidade…
Náutico e Sport estão travando uma guerra silenciosa em busca da marca “Fifa”.
Os centros de treinamento dos rivais foram pré-selecionados pela entidade na categoria Centro de Treinamento de Seleções (CTS), visando a Copa do Mundo de 2014.
Estão dentro da cartilha que inclui distância do aeroporto, dos hotéis oficiais, campos sob medida e estrutura de luxo para a acomodação dos atletas (veja aqui).
Este último ponto, por sinal, é a prioridade nas obras dos clubes para 2012, tanto na Guabiraba (acima) quanto em Paratibe (abaixo). A Série A vai acelerar o processo.
O Leão projeta a primeira fase dos alojamentos, para o elenco júnior, até março, enquanto o Timbu estipula até agosto o prazo para a conclusão de todo o hotel.
Curiosamente, o orçamento dos dois complexos é o mesmo, de R$ 6 milhões. Ambos estão sendo executados através de parcerias de peso.
Pelo Alvirrubro, a construtora Odebrecht. Pelo Rubro-negro, o banco BMG.
Confira os projetos dos CTs alvirrubro e rubro-negro, respectivamente, aqui e aqui.
A expectativa do comitê pernambucano é a de emplacar pelo menos um CTS.
Caso o estado alcance a meta mínima, rivalidade à vista… Deixe a sua opinião!
A definição só vai acontecer em dezembro de 2013, através das seleções sorteadas para disputar o Mundial do Brasil na região Nordeste.
Oficialmente, a festa da Fifa com a Copa do Mundo de futebol poderá chegar às chamadas 12 regiões desenvolvimento do estado de Pernambuco.
Uma delas, a Região Metropolitana do Recife, como se sabe, já está contemplada com a Arena Pernambuco e a Fan Fest, em local a ser definido, Marco Zero ou praia do Pina.
Outras 11 regiões, contudo, vão entrar na organização visando o Mundial de 2014…
Caso a ideia seja aprovada pela Fifa, já com o dossiê, serão montados telões temáticos com uma infraestrutura diferenciada, mas de menor porte em relação à Fan Fest.
Na lista: Mata Norte, Mata Sul, Agreste Central, Agreste Setentrional, Agreste Meridional, Moxotó, Pajeú, Itaparica, Sertão Central, Araripe e São Francisco.
Todas elas com municípios importantes para a economia do estado, como Caruaru, Garanhuns, Vitória de Santo Antão, Araripina e Petrolina.
As cidades, porém, ainda não foram escolhidas pelo governo do estado.
A informação sobre o projeto foi repassada nesta quarta-feira pelo secretário executivo da Secopa em Pernambuco, Gilberto Pimentel.
O fato é que a valiosa marca da Fifa deverá circular os 98 mil quilômetros quadrados do estado bem mais do que se imagina…
Uma verdadeira Sim City pernambucana, ainda em uma maquete, com cara de “2014”.
Maior evento do mundo em negócios de futebol, a Soccerex Convenção Global está acontecendo em Copacabana, no Rio, com novidades sobre o próximo Mundial.
Clubes, entidades e empresas estão com estandes para a exposição, visando negócios. Do Recife, nada de Sport, Náutico e Santa, ao contrário do Bahia, fincado no local.
O representante da terrinha foi o Consórcio Arena Pernambuco, com a Cidade da Copa, o novo bairro de 240 hectares, com previsão de crescimento até 2025.
A maquete, criada em 60 dias pela SDK Maquetes, tem 20 metros quadrados. No espaço, a mensagem: “O maior legado da Copa do Mundo para o Brasil”.
O estande teria custado quase R$ 100 mil. Nada que se compare ao custo da Cidade da Copa de tamanho natural, de R$ 2 bilhões. Haja negócios.
Barueri 2 x 1 Salgueiro, na noite desta sexta-feira, em São Paulo. Fim da participação do estreante pernambucano na Série B, rebaixado à terceira divisão de 2012.
De fato, o Sertão local esteve representado na Segundona pela 1ª vez desde 1971.
Porém, dos 19 jogos do Carcará na competição, nenhum deles ocorreu na cidade a 510 quilômetros de distância do Recife. A população de Salgueiro ficou relegada ao PPV.
Em um dos planejamentos mais equivocados que já se viu no futebol pernambucano, o estádio Cornélio de Barros, que deveria ter capacidade para 10 mil torcedores, o mínimo exigido pela CBF para este Brasileiro, só começou a ser ampliado após o Estadual…
Assim, o Salgueiro jogou as suas 11 partidas do Pernambucano em casa.
Na Série B, muito mais importante e rentável, a equipe teve que jogar no Grande Recife, principalmente no Ademir Cunha, mas com passagens no Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.
Em 19 jogos, apenas 63.565 pagantes registrados no Litoral, com uma média de 3.346 pessoas e uma campanha de quatro vitórias, três empates e 12 derrotas.
O índice no certame estadual foi de 4.335 pessoas. Precisa dizer mais?
Enquanto isso, a obra do novo estádio do município, com 10.360 lugares, segue em andamento. A previsão inicial de conclusão para agosto logo foi dissolvida. Atividade, só em 2012. Na Terceirona, contudo, a CBF exige estádios de pelo menos 5 mil lugares.
Orçada em R$ 6 milhões, a construção é uma realização tripla, com R$ 3 milhões do governo do estado, serviço e mão de obra doados pela Odebrecht e o restante pela própria prefeitura, com todo o material e equipamento (veja as fotos aqui).
Definitivamente, um vexame clubístico-público-privado nesta temporada.
Eis o incrível texto publicado no Diário Oficial de Pernambuco, mudando as regras do jogo para a campanha promocional Todos com a Nota, a partir de 2013 (veja aqui).
Sendo direto: o ingresso promocional só será disponibilizado no Recife para os jogos realizados na Arena Pernambuco, numa tentativa de forçar Sport e Santa Cruz a mandarem seus jogos no futuro estádio em São Lourenço.
A notícia chega na mesma semana em que foi confirmado mais uma vez que a arena multiuso só poderá receber até 60 jogos de futebol por ano, sendo que 35 deles já estão garantidos com o Náutico, de contrato assinado.
Considerando que rubro-negros e tricolores jogaram em seus domínios, juntos, nada menos que 55 partidas nesta temporada, a defasagem na arena, com vaga para mais 25 partidas, teria sido de 30 jogos! Saiba mais aqui.
Algum deputado se preocupou com essa possibilidade absurdamente real ao mexer no texto da lei do TCN, criada em 10 maio de 2007?
Mesmo se forem apenas alguns jogos, o texto não diz a quantidade mínima, dando a entender que o único objetivo era apenas o de viabilizar o contrato com o consórcio.
Na prática, os dirigentes leoninos e corais foram colocados contra a parede.
De antemão, fica claro que esse foi apenas o primeiro passo, não só em Pernambuco como no restante do país, para levar clubes tradicionais para as arenas milionárias.
Nos bastidores, inclusive do próprio governo do estado, comenta-se que o regulamento da elite do Campeonato Brasileiro só vai liberar as arenas de 2014 em diante.
Quem não tiver uma teria que atender às demandas gradativas de modernização.
Todos com a nota. Nem todos com estádio…
Torcedor, Santa Cruz e Sport irão para a arena ou ficarão sem o TCN?
Segundo o cronograma oficial, a execução da Arena Pernambuco chegou a 20%.
A Odebrecht, através do seu portal para a Copa do 2014, uma vez que a construtora está erguendo quatro arenas para a competição, divulgou um vídeo de cinco minutos sobre o andamento das obras (veja aqui).
Atualmente, o número de trabalhadores na área em São Lourenço da Mata é de 1.420. Dentro de um mês, o número vai saltar para 2.150, no pico do planejamento.
No vídeo abaixo, destaque também para as declarações de Bruno Dourado, diretor de contrato da Arena Pernambuco, e Marcos Lessa, diretor-presidente do consórcio que irá operar o estádio e construir, posteriormente, a Cidade da Copa.
O formigueiro humano, após o período turbulento de ameaça de greve, deverá acelerar de uma vez por todas a construção da futura arena multiuso.
Entre o consórcio que irá operar o estádio em São Lourenço da Mata e a diretoria do Timbu a negociação já estava quase concretizada, com acerto nos valores do contrato de 30 anos, a partir de junho de 2013.
Restava o caminho burocrático, da assinatura do contrato, o preto no branco.
Assim, era preciso a aprovação do Conselho Deliberativo do clube para mudar de casa em junho de 2013. O número da votação nesta segunda-feira?