Seguindo a tendência de marca própria, Santa Cruz passa a produzir uniformes

Marcas próprias de Paysandu (Lobo), Juventude (19Treze), Fortaleza (Leão 2018), Joinville (Octo), Treze (Galo) e Santa Cruz (Cobra Coral)

As marcas dos clubes: Lobo, 19Treze, Leão 1918, Octo, Galo e Cobra Coral.

A Penalty fornecia os uniformes oficiais do Santa desde 2009. Nos últimos anos, a relação tornou-se conturbada por causa da distribuição dos produtos. No início de 2016, o clube chegou a anunciar o rompimento, mas voltou atrás quatro meses depois com a garantia de otimização dos serviços. Porém, com o fim do contrato antecipado em um ano, na ocasião até 2018. E acabou mesmo terminando antes do previsto, com a direção anunciando oficialmente o distrato em 2 de maio de 2017. No comunicado, uma ‘rescisão amigável’.

“A Penalty e o Santa Cruz Futebol Clube decidiram, de forma amigável e consensual, rescindir o contrato de parceria que contemplava o fornecimento do material esportivo para o clube. A Penalty ressalta que o relacionamento de longa data foi muito importante para a marca.”

A decisão foi tomada com a certeza sobre o novo formato no mercado do futebol, com marcas próprias – com o tricolor sendo o primeiro pernambucano. Sem contratos vantajosos com fornecedoras, alguns clubes vêm optando pela plena administração do negócio, no custo, na criação, produção, distribuição e venda de uniformes oficiais. Trabalho maior, mas com a receita líquida absoluta. Ideia a partir do sucesso do Paysandu, em campo desde janeiro de 2016, ganhando 45% a mais em cada camisa, segundo o clube. No clube paraense, cuja marca se chama ‘Lobo’, o faturamento no primeiro ano foi de R$ 214 mil/mês. Outros cinco clubes brasileiros seguiram a ideia.

01/2016 – Paysandu (Lobo)
05/2016 – Juventude (19Treze)
09/2016 – Fortaleza (Leão 1918)
01/2017 – Joinville (Octo)
03/2017 – Treze (Galo)
05/2017 – Santa Cruz (Cobra Coral)

No caso coral, a marca própria havia sido lançada há três meses. Na ocasião, entretanto, foi voltada apenas para produtos licenciados à parte das camisas oficiais, que dominam a procura da torcida. No relançamento, com o logo sendo repaginado (original acima), a marca vai estampar os padrões do time.

A proposta original de cotas da Série B, com 60% fixo e 40% variável. Foi alterada

As propostas de cotas da Série B de 2017

A cota de transmissão da Série B de 2017 foi dividida em um novo formato, através de um critério técnico, como publicou o site da CBF:

“Sobre a divisão de cotas da Série B 2017, foi apresentada uma nova proposta, devidamente aprovada. Com exceção de Internacional e Goiás, os 18 clubes participantes da competição terão: 60% do valor dividido de forma igualitária; 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato.”

O blog já havia divulgado as novas cifras da segundona, mas teve acesso à proposta original, que mostra que a divisão poderia ser bem diferente. Tudo a partir do valor absoluto, de R$ 93,8 milhões. Montante pago em 2016 e 2017.

Acima, a reprodução do quadro. Abaixo, as observações originais.

1) 60% do valor dividido de forma igualitária
2) 40% do valor dividido de acordo com a classificação do último campeonato
3) Garantia de cota mínima para clubes remanescentes da Série B 2016, equivalente ao valor que seria reebido pelo critério igualitário
4) Garantia de cota mínima para os clubes que ascenderam da Série C equivalente a 80% da cota mínima citada no item anterior

Com as observações 3 e 4 (não citadas no site da CBF, mas incluídas na decisão para dar mais equilíbrio às cotas no contrato vigente) e considerando a cota passada (R$ 5,2 milhões), os repasses de todos os clubes foram alterados. O Santa Cruz, por exemplo, receberá R$ 1 milhão a mais no novo formato. Sem as ressalvas, o aumento seria de 1,6 mi. Já o Náutico, que vai ganhar 600 mil reais a mais teria direito ao dobro deste valor. A expectativa é que o formato proporcional passe a valer em 2018, no novo contrato de tevê, mais robusto.

As maiores diferenças na proposta original em relação às cotas de 2017:

Para menos
R$ 673.918 (-9,5%) – Figueirense
R$ 652.022 (-9,5%) – Santa Cruz
R$ 632.124 (-9,5%) – América-MG
R$ 611.228 (-9,5%) – Náutico
R$ 590.331 (-9,5%) – Londrina

Para mais
R$ 987.369 (+23,3%) – Oeste
R$ 822.807 (+24,5%) – Juventude
R$ 767.954 (+17,2%) – Paraná
R$ 603.391 (+16,9%) – ABC
R$ 548.538 (+11,7%) – Paysandu

Meritocracia nas novas cotas da Série B. Só para 18 clubes, Inter e Goiás à parte

As cotas da Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A distribuição das cotas de transmissão da Série B de 2017 foram modificadas, após votação no conselho técnico, no Rio, com a presença dos vinte clubes. Até então, o valor era igual entre todos sem contrato fixo com a Globo (casos de Inter e Goiás neste ano). Agora, passa a ser calculado de acordo com a classificação na campanha anterior no Brasileiro. Lampejo de meritocracia.

Neste novo formato, em vez de R$ 5,2 milhões, que seria o repasse a 18 clubes, a cifra tem oito níveis, de R$ 6,4 mi, ao time de melhor campanha entre os rebaixados na Série A, a R$ 4,1 mi para quem subiu da terceirona. Com isso, os pernambucanos acabaram beneficiados. O Santa terá a 2ª maior verba dos não cotistas, com R$ 1 milhão a mais do que se imaginava, e o Náutico, quinto colocado na última segundona, terá a 4ª verba, ou R$ 600 mil a mais. Os seis primeiros colocados (neste contexto) ficaram num degrau acima, com os demais remanescentes (oito times) recebendo a base anterior, de R$ 5,2 mil.

O pleito foi articulado por Santa, América e Figueirense, que descenderam da A. Justamente pela queda brusca nas suas receitas – em 2016, cada um recebeu R$ 23 milhões da televisão. A partir de agora, a “zona da marola” da Série B passa ter algum sentido de competitividade, pois a colocação final tornou-se determinante para a receita na temporada seguinte (em caso de permanência).

Cotas da Série B de 2017 (entre parênteses, a campanha em 2016)*:
1) R$ 6,4 milhões – Figueirense (18º na A)
2) R$ 6,2 milhões – Santa Cruz (19º na A)
3) R$ 6,0 milhões – América-MG (20º na A)
4) R$ 5,8 milhões – Náutico (5º na B)
5) R$ 5,6 milhões – Londrina (6º na B)
6) R$ 5,4 milhões – CRB (7º na B)
7) R$ 5,2 milhões – Ceará (8º), Vila Nova (9º), Luverdense (10º), Criciúma (11º), Brasil (12º), Paysandu (13º), Paraná (15º) e Oeste (16º)
8) R$ 4,1 milhões – Boa (C), Guarani (C), ABC (C) e Juventude (C)
* Apenas os clubes sem contrato fixo de TV

O contrato atual engloba as cinco plataformas possíveis: tevê aberta, tevê fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. Somando os 18 clubes, 93,4 milhões de reais. Ainda assim, a briga pelo acesso é inglória, pois Inter e Goiás, somados, vão receber mais, com R$ 60 mi e R$ 35 mi, respectivamente.

Os 44 times da primeira fase da Sula 2017

Os participantes da Copa Sul-Americana de 2016

O sorteio da Copa Sul-Americana de 2017 será em 31 de janeiro. Os 44 clubes classificados através dos campeonatos nacionais já foram confirmados pela Conmebol, via site oficial, com outros dez participantes entre os futuros desclassificados até a fase de grupos da Libertadores. No âmbito local, o Sport está presente pela 5ª vez consecutiva. Até hoje, chegou no máximo às oitavas (2x), avançando um mata-mata. A partir deste ano, para alcançar esta fase será preciso passar por duas eliminatórias. O clube representará o Brasil com Corinthians, Ponte, São Paulo, Cruzeiro e Flu, classificados nesta ordem.

Com a divulgação dos seis brasileiros, a oito dias do sorteio, agendado em Luque, no Paraguai, fica a indefinição quanto à participação de Santa Cruz e Paysandu, que, juntos, reivindicam as vagas por direito. O país tinha direito a oito classificados, mas a entidade reduziu para seis, autorizando apenas clubes via Campeonato Brasileiro, à parte das copas regionais. Que a justiça parece o caminho, é fato, desde a canetada da Conmebol, em 30 de novembro…

Sobre a Sula 2017: a entidade não adiantou o formato do sorteio (como também não fez na Liberta, num sinal de desorganização), mas agora deve acabar as disputas nacionais e/ou regionais, com chaveamentos abertos a qualquer rival. 

Entre os estrangeiros mais tradicionais, destaco os argentinos Independiente (7 Libertadores), Arsenal (campeão da Sula 2007), Huracán (vice da Sula 2015) e Racing (1 Libertadores), o Universidad de Chile (campeão da Sula 2011); a LDU (1 Libertadores) e o Cerro Porteño (semifinalista da Sula 2016). 

Confira a agenda da Sua, de 6 de abril a 13 de dezembro, clicando aqui.

Reformulado e abraçado pela torcida, Santa vence o Papão e leva a Asa Branca

Taça Asa Branca 2017, final: Santa Cruz 1x0 Paysandu. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

A partida já tinha começado, com a tarde caindo no Arruda e o público ainda chegando. Numeroso, no passo lento, nas bilheterias e portões. Com meia hora, o jogo com um visual razoável se transformou numa excelente presença, com 14.002 torcedores – dando a impressão até de mais gente. Público ansioso pelo primeiro jogo do Santa em 2017. Antes, um jogo-treino e um amistoso de portões fechados. Agora, além de matar a saudade de casa, ainda teria um adversário bem mais qualificado, o Paysandu. Para completar, uma taça em jogo. A Asa Branca, reunindo os últimos campeões do Nordestão e da Copa Verde.

Aí, sabemos, o copeirismo ajuda, pré-temporada à parte. Até mesmo porque o time de Vinicius Eutrópio foi totalmente reformulado em relação àquele rebaixado. Os principais nomes foram à Libertadores: Léo Moura/Grêmio, João Paulo/Botafogo, Arthur/Chape, Keno/Palmeiras e Grafite/Atlético-PR.

Taça Asa Branca 2017, final: Santa Cruz 1x0 Paysandu. Foto: Diego Borges/Esp. DP

No sábado, apenas um remanescente, o lateral Vítor. Tal simbolismo valeu até a braçadeira de capitão. Sobre as caras novas, um desencontro natural, mesmo com os 17 dias de treino. O time teve mais volume no primeiro tempo, mas numa atuação fraca, tecnicamente – até esperada, na visão do blog. O entrosamento não viria na estreia, com ou sem taça em disputa. Ainda assim, naquela correria, saiu o gol da vitória por 1 x 0, num belo chute de Léo Costa aos 34 minutos. Pegou da meia lua e mandou no cantinho. A torcida ainda vibrou com a primeira defesaça de Júlio César (um jogo, uma taça), espalmando no ângulo.

No intervalo, nada de (inúmeras) trocas. A formação se manteve para dar liga. Em vantagem, os corais atuaram nos contragolpes, de forma cadenciada e sem correr riscos – com o paraense (e futuro adversário na B) inoperante. Com a noite já viva, o povão presente viu mais uma taça na galeria. É sempre bom.

Taça Asa Branca 2017, final: Santa Cruz 1x0 Paysandu. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz (site oficial)

Os 71 maiores campeões estaduais de 1902 a 2016, entre 2.427 campeonatos

Os maiores campeões estaduais do Brasil (1902-2016). Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 115 anos de bola rolando nos campeonatos estaduais, na base das rivalidades, já foram realizadas 2.427 competições locais, considerando as 27 unidades da federação. Entre os grandes campeões, 71 clubes ganharam ao menos dez títulos, com três pernambucanos presentes: Sport 40 (saiu do top ten no último ano), Santa 29 (a uma taça de mudar de patamar) e Náutico 21 (estacionado há doze temporadas). O maior vencedor é, de longe, o ABC de Natal, o único com mais de 50 taças em sua galeria. Voltou a ser campeão potiguar após cinco anos e ampliou o recorde nacional. Entre os campeões estaduais de 2016, só o River mudou de base, alcançando o 30º título piauiense.

Sobre os cenários mais polarizados, Ceará (Ceará 43 x 41 Fortaleza) e Pará (Paysandu 46 x 44 Remo) seguem imbatíveis. Esse levantamento parte de 1902, quando a Liga Paulista de Foot-Ball organizou a primeira edição do campeonato paulista, com apenas 21 partidas. O São Paulo Athletic, de Charles Miller, foi o campeão. O introdutor do esporte no país sagrou-se, também, o primeiro artilheiro, com 10 gols. Desde então, o mapa futebolístico mudou bastante, com a última mudança em 1988, na criação do estado do Tocantins.

Por sinal, nas vária mudanças estaduais (como o desmembramento do Mato Grosso, por exemplo), o blog contou até o extinto campeonato fluminense, disputado até 1978, antes da fusão com o Estado da Guanabara, formado pela cidade do Rio de Janeiro. Em todos os estados foram somados os períodos amador e profissional. Afinal, na década de 1930 foram realizados torneios paralelos oficiais, nos dois modelos, no Rio e em São Paulo. Se em Pernambuco a transição ocorreu de forma pacífica, em 1937, em Roraima o torneio só foi profissionalizado em 1995, com três participantes, sendo o último segundo a CBF. Entretanto, a competição já era organizado pela federação roraimense desde 1960, com os mesmos filiados. Eis a lista completa… O seu time está aí?

Os 71 maiores campeões estaduais* (último título):
* A partir de 10 conquistas

+50 títulos estaduais
1º) ABC-RN – 53 títulos (2016)

De 40 a 49 títulos estaduais
2º) Bahia-BA – 46 títulos (2015) 
2º) Paysandu-PA – 46 títulos (2016) 
4º) Rio Branco-AC – 45 títulos (2015)
4º) Internacional-RS – 45 títulos (2016)
6º) Remo-PA – 44 títulos (2015) 
7º) Ceará-CE – 43 títulos (2014)
7º) Atlético-MG – 43 títulos (2015)
7º) Nacional-AM – 43 títulos (2015)
10º) Fortaleza-CE – 41 títulos (2016)
11º) Sport-PE – 40 títulos (2014)

De 30 a 39 títulos estaduais
12º) CSA-AL – 37 títulos (2008)
12º) Coritiba-PR – 37 títulos (2013)
12º) Cruzeiro-MG – 37 títulos (2014)
12º) Rio Branco-ES – 37 títulos (2015)
16º) Grêmio-RS – 36 títulos (2010)
17º) América-RN – 35 títulos (2015)
18º) Sergipe-SE – 34 títulos (2016)
19º) Flamengo-RJ – 33 títulos (2014)
20º) Sampaio Corrêa-MA – 32 títulos (2014)
21º) Fluminense-RJ – 31 títulos (2012)
22º) River-PI – 30 títulos (2016)

De 20 a 29 títulos estaduais
23º) CRB-AL – 29 títulos (2016)
23º) Santa Cruz-PE – 29 títulos (2016)
25º) Vitória-BA – 28 títulos (2016)
26º) Corinthians-SP – 27 títulos (2013)
26º) Botafogo-PB – 27 títulos (2014)
28º) Goiás-GO – 26 títulos (2016)
29º) Moto Club-MA – 25 títulos (2016)
30º) Mixto-MT – 24 títulos (2008)
30º) Vasco-RJ – 24 títulos (2016)
32º) Atlético-PR – 23 títulos (2016)
33º) Palmeiras-SP – 22 títulos (2008)
33º) Santos-SP – 22 títulos (2016)
35º) Náutico-PE – 21 títulos (2004)
35º) São Paulo-SP – 21 títulos (2005)
35º) Campinense-PB – 21 títulos (2016)
38º) Atlético-RR – 20 títulos (2009)
38º) Botafogo-RJ – 20 títulos (2013)
38º) Confiança-SE – 20 títulos (2015)

De 10 a 19 títulos estaduais
41º) Baré-RR – 18 títulos (2010)
41º) Desportiva-ES – 18 títulos (2016)
43º) Ferroviário-RO – 17 títulos (1989)
43º) Macapá-AP – 17 títulos (1991)
43º) Rio Negro-AM – 17 títulos (2001)
43º) Flamengo-PI – 17 títulos (2009)
43º) Figueirense-SC – 17 títulos (2015)
48º) Avaí-SC – 16 títulos (2012)
48º) América-MG – 16 títulos (2016)
50º) Vila Nova-GO – 15 títulos (2005)
50º) Treze-PB – 15 títulos (2011)
50º) Maranhão-MA – 15 títulos (2013)
53º) Goiânia-GO – 14 títulos (1974)
53º) Operário-MT – 14 títulos (2006)
53º) Juventus-AC – 14 títulos (2009)
56º) Atlético-GO – 13 títulos (2014)
57º) Joinville-SC – 12 títulos (2001)
57º) Parnahyba-PI – 12 títulos (2013)
59º) Paulistano-SP – 11 títulos (1929)
59º) Botafogo-PI – 11 títulos (1957)
59º) Independência-AC – 11 títulos (1998)
59º) Gama-DF – 11 títulos (2015)
63º) Cabo Branco-PB – 10 títulos (1934)
63º) Ypiranga-BA – 10 títulos (1951)
63º) Moto Clube-RO – 10 títulos (1981)
63º) Flamengo-RO – 10 títulos (1985)
63º) Tuna Luso-PA – 10 títulos (1988)
63º) Amapá-AP – 10 títulos (1990)
63º) Operário-MS – 10 títulos (1997)
63º) Itabaiana-SE – 10 títulos (2012)
63º) Criciúma-SC – 10 títulos (2013) 

Confira a lista anterior clicando aqui.

Santa e Paysandu abrem a temporada 2017 com o duelo da Taça Asa Branca

A Taça Asa Branca de 2016. Foto: Ceará Sporting/divulgação

Os atuais campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde, Santa Cruz e Paysandu, se enfrentam na segunda edição da Taça Asa Branca, a disputa amistosa que abre oficialmente a temporada futebolística na região. Organizada pela Liga do Nordeste, em parceria com o canal Esporte Interativo, o jogo ocorre necessariamente com mando de campo do atual campeão da Lampions. Ou seja, o Arruda receberá o confronto em 21 de janeiro de 2017, um sábado. 

Curiosamente, os dois clubes foram prejudicados na decisão da Conmebol (e já comunicada pela CBF) de tirar as vagas da Copa Sul-Americana conquistadas nos regionais. Logo, a partida pode ser válida, também, como protesto.

A presença do Papão soa como um aperfeiçoamento do convite, englobando um critério técnico. Inicialmente, o duelo seria “entre o último campeão da Copa do Nordeste e um grande clube brasileiro”. Uma leitura vaga, cuja polêmica rendeu bastante no blog, após a definição de Ceará x Flamengo. Para não cair no provincianismo, a ideia é chamar campeões vigentes (e tradicionais) a partir de agora – ou adversários estrangeiros, como exceção. Naturalmente, por problemas de agenda na pré-temporada, a presença de campeões nacionais tende a ser mais difícil – com amistosos no exterior e outros convites.

Obs. Com a Asa Branca, a direção cancelou, a princípio, a realização da 3ª edição do Troféu Chico Science, a copa particular dos corais na pré-temporada.

Sugestões de confrontos contra o campeão nordestino
1) Campeão Brasileiro
2) Campeão da Copa do Brasil
3) Campeão da Primeira Liga
4) Campeão da Copa Verde
5) Adversário estrangeiro

Taça Asa Branca 2016
Ceará (4) 3 x 3 (3) Flamengo
Local: Castelão (Fortaleza)
Público: 35.498 pessoas
Renda: R$ 718.495

Na sua opinião, qual deveria ser o critério de convite da Taça Asa Branca?

Canetada da Conmebol tira Santa Cruz e Paysandu da Copa Sul-Americana 2017

Copa Sul-Americana 2017 sem Santa Cruz e Paysandu. Arte: Cassio Zirpoli, com foto da Conmebol

Ao remodelar a Libertadores e a Sul-Americana, visando as edições de 2017, a Conmebol redistribuiu as vagas brasileiras nos torneios. Na Liberta, subiu de 5 para 7. Na Sula, reduziu de 8 para 6, num contexto que interferiu diretamente na Copa do Nordeste, tendo como alvo imediato o Santa Cruz. Com a revisão do calendário, a CBF acabou tirando as vagas para a Sula através do Nordestão e da Copa Verde. No caso, a medida valeria para os próximos torneios regionais. Contudo, os respectivos campeões em vigor, Santa e Paysandu, teriam direito à participação internacional em 2017. Sem aviso prévio, acabaram cortados.

O regulamento da Copa do Nordeste de 2016. Crédito: CBF/reprodução
Regulamento do Nordestão 2016

O departamento de competições da confederação brasileira tentou interceder na decisão, mas a Conmebol foi taxativa: a partir de agora (e já para a edição de 2017), as vagas da Copa Sul-Americana serão oriundas, necessariamente, do Campeonato Brasileiro – no caso, do 7º ao 12º colocado. A canetada (seja da CBF ou da Conmebol) retirou duas vagas legítimas, conquistadas no campo. O prejuízo é técnico e financeiro. Considerando as cotas da Sula desta temporada, a não participação da Cobra Coral e do Papão representa, para cada um, um prejuízo de 300 mil dólares (ou R$ 1.017.240). Verba apenas da primeira fase!

Os novos critérios da Conmebol para as classificações internacionais
Os critérios de classificação da Conmebol para os torneios internacionais. Crédito: Conmebol/site oficial

Vale lembrar que a própria CBF havia dado duas vagas ao Lampions de 2016, em caráter especial, visando um ajuste de calendário (anterior à mudança forçada pela Conmebol), fazendo com o que o campeão regional passasse a jogar a copa internacional somente no ano seguinte. Assim, o tricolor ganhou não uma, mas duas vagas. Levando em conta o bom direito de pernambucanos e paraenses, o caminho na justiça (mesmo que comum) parece válido…

Como “consolação”, os regionais agora levam às oitavas da Copa do Brasil.

O regulamento da Copa do Nordeste de 2017. Crédito: CBF/reprodução
Regulamento do Nordestão 2017. Crédito: CBF/reprodução

Participações na Copa Sul-Americana via regionais:

Nordestão
2014 – Sport
2015 – Bahia (vice)
2016 – Santa Cruz
2017 – Santa Cruz*

Copa Verde
2015 – Brasília
2016 – Cuiabá
2017 – Paysandu*
* Vagas retiradas pela Conmebol

CBF projeta G5 para Libertadores, Copa do Brasil encurtada e vaga direta na Sula

Manoel Flores, diretor de competições da CBF, comentando a reforma no calendário brasileiro de 2017. Imagem: CBF/youtube (reprodução)

Dois dias após o anúncio da Conmebol, esticando a Libertadores até dezembro, agora paralela à Copa Sul-Americana, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, comentou, no Rio de Janeiro, sobre as primeiras mudanças no futebol brasileiro em 2017. Com o calendário oficial divulgado em 6 de julho, a mudança sul-americana tornou a agenda inócua (uma nova de ser anunciada na primeira quinzena de outubro). Confira as novidades, com consequências no Recife.

1) Uma possível sexta vaga na Libertadores. Além dos quatro primeiros da Série A, o 5º lugar também seria contemplado (além do campeão da Copa do Brasil, claro). Ou seja, G5 já em 2016. Definição em 2 de outubro, em Bogotá.

2) Fim do bizarro critério de classificação à Sul-Americana atrelado à eliminação precoce na Copa do Brasil. Os representantes do país serão os times colocados no Brasileirão em seguida aos classificados à Libertadores. Manoel Flores não comentou sobre a possibilidade de redução de vagas (hoje, oito) ou a situação das copas regionais (Nordestão e Copa Verde). Lembrando que Santa e Paysandu têm pré-vagas na Sula de 2017. A partir de 2018, cenário nebuloso.

3) Qualquer clube poderá disputar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os torneios internacionais (Libertadores ou Copa Sul-Americana). Ou seja, até três torneios simultâneos. A última temporada sem restrições foi a de 2000!

4) Redução da Copa do Brasil. Atualmente composta por 86 clubes e disputada de março a novembro, o torneio será encurtado no número de datas. Exemplo: em vez de quatro semanas para definir uma fase, como costuma ocorrer nas primeiras etapas, apenas duas, otimizando a competição e dando fôlego ao calendário. Ou seja, finalizada em menos de nove meses – e possivelmente concentrada no primeiro semestre, pois a Sula começará em junho.

5) As datas dos campeonatos estaduais devem ser mantidas, indicando a eterna força política das federações. Ou seja, até 18 datas.

6) Férias em dezembro e pré-temporada em janeiro mantidas, assim como a pausa nas competições interclubes para as Eliminatórias da Copa. 

Podcast – Análise da vitória do Náutico e das derrotas de Sport e Santa Cruz

Enquanto no sábado o Timbu ganhou a primeira partida sob o comando de Givanildo, se reaproximando do G4 da Série B, no domingo os representantes locais foram derrotados na Série A, complicando ainda mais a situação de permanência. Ainda fora do Z4, o Leão perdeu um confronto direto em casa. Já o Tricolor, fixo em penúltimo, quase buscou o empate no Pacaembu, sofrendo o terceiro gol no finzinho. Os três jogos foram analisados pelo 45 minutos, em gravações exclusivas sobre escalação e mudanças dos treinadores, desempenho em campo, análise da tabela etc. Ao todo, 77 minutos. Ouça!

17/09 – Náutico 3 x 1 Paysandu (29 min)

18/09 – Sport 0 x 1 Coritiba (29 min)

18/09 – Santos 3 x 2 Santa Cruz (19 min)