Uniformes alvirrubros, rubro-negros e tricolores cadastrados pela CBF

O cadastro nacional de uniformes de times, produzido pela CBF, apresenta nesta temporada 160 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Brasileiro – em 2012 haviam sido apenas as duas primeiras divisões.

Alguns times cadastraram três modelos no arquivo da entidade. Entre essas agremiações, os três representantes pernambucanos. No caso rubro-negro, porém, o terceiro modelo é uma composição mista dos dois primeiros padrões.

No arquivo, os modelos aparecem sem os patrocinadores, dando uma ideia de como seriam as camisas “limpas”. Confira o documento completo aqui.

Série A – Náutico/Penalty

Padrões do Náutico no cadastro nacional de uniformes de times (CNUT), da CBF, para a temporada 2013

Série B – Sport/Lotto

Padrões do Sport no cadastro nacional de uniformes de times (CNUT), da CBF, para a temporada 2013

Série C – Santa Cruz/Penalty

Padrões do Santa Cruz no cadastro nacional de uniformes de times (CNUT), da CBF, para a temporada 2013

Adidas pode sacudir o mercado de material esportivo no Recife

Camisa do Sport produzida pela Adidas, em 1981. Crédito: mercadolivre.com.br

Os primeiros contratos efetivos entre clubes pernambucanos e fabricantes de material esportivo datam do início da década de 1980. Até ali, apenas acordos esporádicos, com contrapartida baixa e quase sempre sem a marca na camisa. Com o tempo, as empresas se tornaram patrocinadoras, parceiras. Essenciais.

Numa disputa quase polarizada com a Nike, a gigante Adidas pode retornar ao futebol local, em 2014, após um hiato de mais de duas décadas. Curiosamente, a empresa alemã, que sob contratos milionários atualmente produz os uniformes de Real Madrid, Bayern de Munique e Milan, estampou a sua marca nas camisas leoninas e corais logo no boom local.

Camisa do Santa Cruz da década de 1980, produzida pela Adidas. Crédito: mercadolivre.com.brDurou mais tempo no Santa Cruz, até 1990, numa época em que a Adidas usava o seu velho logotipo, hoje chamado Originals. A entrada da fabricante mudaria bastante o já movimentado mercado de uniformes no Recife.

Se seguir a linha de outros centros econômicos, a entrada da Adidas deve atrair outras empresas de peso internacional para uma “disputa de visibilidade”.

Enquanto o Rubro-negro ainda depende de um anúncio (acerto) oficial, o Alvirrubro e o Tricolor têm contratos assinados com a Penalty até o fim de 2014, mas já abertos a futuros acordos.

Abaixo, a lista de fornecedores de material dos três grandes clubes pernambucanos. Alguns anos ainda carecem de fonte.

Fabricantes atualizadas até 21/09/2015:

Náutico
1983/1984 – Topper
1985/1991 – Finta
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2015 – Umbro (Inglaterra)

Santa Cruz
1983/1990 – Adidas (Alemanha)
1991/1994 – CCS
1994/1995 – Amddma
1995/1996 – Rhumell
1997 – Diadora (Itália)
1998/2008 – Finta
2008 – Champs
2009/2015 – Penalty

Sport
1977/1980 – Malharia Terres
1981/1982 – Adidas (Alemanha)
1983/1987 –  Le Coq Sportif (França)
1988 – Everest
1988 – MR Artigos Esportivos
1988/1990 – Topper
1991/1994 – Finta
1995/1997 – Rhumell
1998/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)

Confira algumas camisas históricas dos clubes locais aqui.

Inspiração da bandeira inglesa no padrão timbu, com cara dinamarquesa

Terceiro padrão do Náutico em 2013. Crédito: Penalty

Apesar de ter sido fundado em 1901, o Náutico só aderiu ao futebol em 1909, quando venceu o Sport no primeiro clássico do estado. Os primeiros praticantes do esporte no clube eram ingleses, do país de origem da modalidade.

Em homenagem aos primeiros futebolistas alvirrubros, a Penalty, fornecedora de material esportivo do Timbu, estampou a bandeira da Inglaterra, vermelha e branca, no terceiro padrão do time nesta temporada.

Vale uma observação sobre a camisa especial da série “Raízes”: a bandeira da Inglaterra é o oposto, com fundo branco e cruz vermelha. A configuração da camisa ficou parecida, na verdade, com a bandeira da Dinamarca.

Terceiro padrão do Náutico em 2013. Crédito: twitter.com/nauticope

Primeiro escudo do Santa Cruz resgatado no uniforme após quase um século

Uniforme 3 do Santa Cruz em 2013. Crédito: Penalty/divulgação

O novo uniforme do Santa Cruz tem um forte apelo histórico.

O terceiro padrão lançado neste ano resgata o primeiro escudo da história da Cobra Coral, de 1914. O emblema era alvinegro, com as primeiras cores do clube, que logo depois incorporou também a cor vermelha, virando tricolor.

A camisa, apesar do tom retrô, não se refere a nenhum ano especial do Santa. Em relação ao design do novo uniforme, a inspiração veio da Seleção Brasileira de 1958, numa homenagem da Penalty ao primeiro título mundial do país, via série “Raízes”, adotada em todos os times patrocinados pela empresa.

Para divulgar a camisa, a fabricante relembrou na web a fundação do clube, no Largo de Santa Cruz, cuja placa sobre a fundação foi instalada em 1983.

“Eterno é o lugar que sediou a origem do mais amado.”

Uniforme 3 do Santa Cruz em 2013. Crédito: twitter.com/SCFC_OFICIAL

Os piores uniformes do futebol pernambucano

Camisas do Santa Cruz (1993), Náutico (anos 90) e Sport (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

O lançamento da nova coleção de uniformes de um clube de futebol já se tornou um evento tradicional na agenda da agremiação a cada temporada.

Expectativa sobre o design, preço, modelos contratadas para o desfile etc.

Naturalmente, nem sempre as camisas agradam. Algumas pecam pelo exagero, pela concepção nada atrelada à tradição do time, pelo non sense. Encalhadas no mercado e pelo avesso da história diante da torcida.

Aqui, alguns exemplos nas últimas duas décadas de uniformes pouco ortodoxos nos grandes clubes do estado e também nos times pequenos.

Íntegra: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Na Cobral Coral, a inesquecível “camisa eletrocardiograma” produzida pela CCS em 1993. No Alvirrubro, a Kyalami abusou das listras, além do estatuto. Em uma camisa do Sport no fim da década de 1990 a Topper tentou desenhar um leão…

Camisas de Santa Cruz (2001), Náutico (2013) e Sport (1999). Crédito: Manula Galo/Picasa e camisasdosport.blogspot.com.br

O Tricolor teve ainda a enorme cruz no uniforme de 2000, numa mistura de camisa de treino e padrão titular. No Náutico, este ano, a Penalty tentou esbanjar modernidade com faixas assimétricas e um vazio no ombro esquerdo.

Quanto ao Sport, de novo via Topper, o que dizer deste padrão praticamente inspirado no rival? Durou pouco tempo nas lojas, pois a camisa foi recolhida. Nesse cenário de camisas bizarras, espaço para as peças das fabricantes Rota do Mar (Sete de Setembro), Sport (Íbis) e CCS (Vitória). Haja criatividade.

Aqui foram apresentadas modelos entre os dois primeiros padrões oficiais dos clubes, pois nas camisas extras é comum o uso de cores alternativas.

Qual é a camisa mais feia que você já viu no seu clube? Comente.

Camisas de Sete de Setembro (2010), Íbis (anos 90) e Vitória (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

Habemus patrocinador master no Náutico

Camisa do Náutic com o patrocinador Philco. Foto: Simone Vilar/Náutico

Após quinze meses, o Náutico voltou a ter um patrocinador master estampado no seu uniforme. O clube firmou um contrato de um ano com a Philco, empresa de produtos eletrônicos, encerrando uma lacuna antiga no clube, que vinha protelando o acordo para manter o ganho mensal em um patamar mais elevado.

Seguindo essa ideia à risca,  Alvirrubro passou bastante tempo com a camisa “limpa” na parte frontal, o que no futebol significa menos dinheiro em caixa.

De janeiro de 2010 a março de 2013 foram 28 meses intermitentes sem patrocinador master. Numa conta simples, se o Náutico tivesse assinado com uma empresa disposta a pagar R$ 250 mil por mês – valor recebido na Série A de 2009 –, o ganho no perído em branco teria sido de R$ 7 milhões.

A nova camisa foi apresentada nesta quinta-feira. Torcedor alvirrubro, o que você achou do novo padrão, produzido pela Penalty?

Camisa do Náutico para a temporada 2013. Fot: Daniel Leal/DP/D.A Press

A bola especial da final pernambucana

Bola oficial da final do Campeonato Pernambucano 2013, produzida pela Penalty. Foto: FPF/divulgação

A decisão do Campeonato Pernambucano deste ano terá uma bola exclusiva.

Ao contrário da bola 8 S11 Pró utilizada nos turnos do Estadual, nas cores laranja e azul sobre o branco, essa nova ganhou outros tons, marrom e preto, além do selo “Duelo Final – Campeonato Pernambucano 2013″, diferenciando a peça dos outros dez campeonatos estaduais patrocinados pela Penalty.

A ideia de confeccionar uma bola especial para a final surgiu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin.

Ponto para o marketing no Campeonato Pernambucano.

Bolas do Campeonato Pernambucano de 2013, através da Penalty. Crédito: FPF/divulgação

Uniforme oficial do 112º aniversário timbu com o presente já aberto

Lançamento do uniforme oficial do Náutico em 2013. Foto: Mariza Lima/Náutico

Único time pernambucano presente na Série A desta temporada, enfim o Alvirrubro tem o seu novo padrão definido para a disputa nacional. O Clube Náutico Capibaribe chega aos 112 anos, neste domingo, de roupa nova, mais uma vez produzida pela Penalty.

O material esportivo oficial do Timbu foi lançado em um desfile com a presença da modelo Carol Nakamura. De fato, vestiu bem. Confira aqui.

A camisa principal segue de certa forma a linha adotada pela marca para os demais clubes sob contrato em 2013, como o Ceará.

No padrão número um, uma grande mudança na parte frontal é o amplo espaço branco. Já no uniforme branco há uma moderna faixa vermelha no peito diferencia a camisa do modelo apresentado há um ano.

A surpresa das novas camisas, no entanto, foi dissipada um dia antes, quando surgiram na web imagens do uniforme já à venda na cidade. Certamente, foi um equívoco na linha de distribuição, se antecipando ao desfile. Chegou a ser especulado que os uniformes seriam diferentes das imagens vazadas. Não foram.

Como ocorre há quase três anos, a camisa vermelha e branca chega sem o patrocinador master. A diretoria do Náutico ainda negocia com uma empresa para estampar a marca principal na camisa alvirrubra.

Sobre a camisa, o torcedor alvirrubro aprovou o modelo do 112º ano?

Uniformes do Náutico em 2013, antes do lançamento oficial. Crédito: reprodução/internet

Corrida espacial no lançamento de uniformes

Lançamento dos uniformes de São Paulo (2013, Penalty) e Manchester City (Umbro, 2012). Crédito: montagem sobre reprodução do Youtube

Um lançamento inusitado, sem dúvida.

O novo uniforme do São Paulo para esta temporada foi lançado à estratosfera, no limite da camada de ozônio. A um passo da mesosfera…

A camisa tricolor alcançou 30 mil metros de altitude, num esacalada registrado por uma câmera digital, numa boa jogada de marketing da Penalty, a fornecedora.

Apesar do status de “inédito”, há uma campanha bem parecida feita há apenas um ano.

A Umbro aplicou a ideia de um torcedor, curiosamente, e mesma. Na ocasião, também enviou um balão com a camisa à estratosfera.

Lembrou até a carrida especial de soviéticos e americanos entre os anos 60 e 70…

São Paulo, Penalty – 2013

Manchester City, Umbro – 2012

Trocando as bolas, Maxim e S11

Bolas oficiais de 2013, na Copa do Nordeste (Nike) e Pernambucano (Penalty). Crédito: Nike e Penalty/divulgação

Início de ano com torneios distintos para os times pernambucanos. Três deles na Copa do Nordeste e nove no campeonato estadual. No gramado, bolas diferentes em 2013.

Parceira da CBF, a Nike fornece a pelota oficial da Série A há vários anos. Como a Copa do Nordeste retorna com a chancela da confederação, a empresa lança no país o seu novo modelo justamente no regional. A bola Maxim Hi-Vis substitui a T90 Strike.

A nova bola já vinha sendo utilizada nas principais ligas nacionais do mundo, como a inglesa, a espanhola e a italiana. Neste ano também estreia na Taça Libertadores.

“O desenho geométrico intenso da bola Maxim gera potência visual extremamente forte, além das extremidades destacadas que deixam tudo igualmente visível tanto para quem está no gramado quanto para as arquibancadas. Conta com a tecnologia Geo II para oferecer mais equilíbrio nos chutes.”

Enquanto isso, no Estadual, a Penalty chega a seis anos seguidos produzindo a bola do torneio. O modelo é o mesmo da temporada passada, a S11 Pro. Outros nove Estaduais terão a mesma bola. A exceção será o campeonato baiano, com a nova Brasil 70 Pro.

“A S11 é construída em oito gomos, pesa entre 420 e 445 gramas e mede de 68,5 a 69,5 centímetros. A bola possui o sistema Termotec, que a torna impermeável, mais rápida, macia e com maior durabilidade e precisão, além de ter menor deformação”. 

Em Pernambuco, Náutico, Salgueiro, Santa e Sport jogarão com as duas bolas este ano.