Com 6 rodadas, Estadual 2018 soma 47 mil torcedores e R$ 864 mil de bilheteria

A 6ª rodada do Pernambucano de 2018 registrou o pior público até o momento – pela agenda das rodadas restantes, será difícil bater esta marca. Foram apenas 3.947 torcedores, com a média não chegando sequer a 1.000 espectadores. Sendo bem preciso: 789 testemunhas por jogo. Na cidade de Pesqueira, onde o Belo Jardim vem mandando os seus jogos, devido ao veto ao estádio Sesc-Mendonção, a última apresentação reuniu a atenção de apenas 88 torcedores, com apenas 49 pagantes  – renda bruta de R$ 700, com prejuízo de R$ 3,8 mil. Foi, disparado, o pior público do campeonato.

A situação só não foi pior porque a última partida, realizada na Quarta-feira de Cinzas, encheu. Em Afogados da Ingazeira, o Vianão recebeu o seu maior público (2 mil pessoas), ocupando as arquibancadas tubulares e justificando o status de Jogo do Ano, lançado pelo próprio mandante. A bilheteria pagou 61% da folha do clube (de R$ 70 mil). Esta foi a primeira vez em que a coruja recebeu um grande da capital. No caso, o Santa. Ainda sobre arrecadação, vale lembrar que a FPF tem direito a 8% da renda bruta de qualquer jogo. Logo, já abocanhou R$ 69.149, dado superior à renda de 6 dos 11 clubes.

Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias

Os rankings de público e renda do Pernambucano 2018 após 6 rodadas. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 10 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada)
3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada)
3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada)
3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
2.066 – Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Vianão, 15/02 – 6ª rodada)
1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)

Balanço geral – 30 partidas
Público total: 47.391
Média: 1.579 pessoas
Arrecadação total: R$ 864.366
Média: R$ 28.812

Eis os borderôs da sexta rodada do campeonato estadual de 2018…

Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Vianão); 2.066 torcedores e R$ 43.065

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados x Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial)

Náutico 4 x 0 Salgueiro (Arena PE); 1.009 torcedores e R$ 7.265

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico x Salgueiro. Foto: João de Andrade Neto/DP

Flamengo 0 x 1 Pesqueira (Áureo Bradley); 520 torcedores R$ 6.090

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Flamengo 0 x 1 Pesqueira. Crédito: Pesqueira/instagram (@pesqueirafc)

América 0 x 1 Central (Ademir Cunha); 264 torcedores e R$ 1.580

Pernambucano 2018, 6ª rodada: América 0 x 1 Central. Foto: Central/instagram (@centraldecaruaru)

Belo Jardim 2 x 2 Vitória (Joaquim de Brito); 88 torcedores e R$ 700

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Belo Jardim 2 x 2 Vitória. Foto: Belo Jardim/instagram (@belojardim.fc)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (6)

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico 4 x 0 Salgueiro. Crédito: Premiere/reprodução

O primeiro gol da 6ª rodada do Pernambucano 2018 saiu numa cobrança de pênalti, com o meia alvirrubro Júnior Timbó (acima) convertendo na Arena Pernambuco, abrindo a goleada sobre o Salgueiro. Em Pesqueira, o atacante Thomás Anderson (abaixo) empatou o jogo para a Acadêmica Vitória, diante do Belo Jardim, ampliando a sua artilharia na competição, agora com 6 gols marcados – na média, um por rodada. Além duas duas penalidades, a rodada também ficou marcada, em termos de arbitragem, pelas quatro expulsões, movimentando bastante as listas atualizadas pelo blog.

Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 30 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (8)
2 pênaltis – Náutico e Vitória (perdeu 1)
1 pênalti – Afogados, América, Central e Salgueiro (perdeu 1)
Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport

Pênaltis cometidos (8)
2 pênaltis – América (defendeu 1), Belo Jardim (defendeu 1) e Vitória
1 pênalti – Afogados e Salgueiro
Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Santa Cruz e Sport

Cartões vermelhos (11)
1º) América – 4 adversários expulsos; 1 vermelho recebido
2º) Belo Jardim – 2 adversários expulsos, nenhum vermelho
3º) Central – 2 adversário expulsos; 1 vermelho recebido
4º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 1 vermelho recebido
5º) Pesqueira – nenhuma expulsão
6º) Vitória – 1 adversário expulso; 2 vermelhos recebidos
6º) Náutico – 1 adversário expulso; 2 vermelhos recebidos
8º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
8º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho recebido
8º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
8º) Sport – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Belo Jardim 2 x 2 Vitória. Crédito: Rede Globo/reprodução

Resumo da 6ª rodada do Pernambucano

Jogos da 6ª rodada do Estadual 2018: Náutico 4 x 0 Salgueiro (Ricardo Fernandes/DP), Belo Jardim 2 x 2 Vitória (Acadêmica Vitória/site oficial) e Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Afogados/instagram, via @estudioiso)

A 6ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 começou no dia 6 e só acabou no dia 14 de fevereiro. Desmembrada, com um enorme carnaval no meio, a rodada marcou o pior público até o momento. Com o Sport de folga, os cinco jogos levaram apenas 3.947 torcedores aos estádios, com média 789 pessoas, disparada a pior da competição (semelhante ao nível da Série A2). Em reação aos resultados, além do retorno do timbu à ponta, destaque para a vitória tricolor, com o time, o maior campeão estadual da década, saindo do Z2 direto para o G8. Por sinal, um hipotético confronto nas quartas de final, hoje, marca o Clássico das Multidões. Quanto à artilharia, Thomas Anderson (Vitória) a ampliou a liderança isolada, agora com 6 gols.

Náutico 4 x 0 Salgueiro – Os dois times escalaram vários reservas, priorizando o Nordestão na semana. Na Arena, a formação timbu foi bem superior, com a base encaminhando a maior goleada do competição

Belo Jardim 2 x 2 Vitória – O calango chegou a virar a partida, mas cedeu o empate ao time de Vitória de Santão, que segue invicto, embora tenha perdido a liderança. O jogo registrou o pior público do Estadual: 88 pessoas

Flamengo 0 x 1 Pesqueira – O time Arcoverde perdeu a segunda seguida em casa, pelo mesmo placar. Em ambos os casos, para clubes que ainda não haviam vencido na competição. A consequência? Caiu para a lanterna isolada

América 0 x 1 Central – Após três empates consecutivos, a patativa voltou a vencer. Com o primeiro resultado positivo fora de casa, se manteve no G4 e ampliou a invencibilidade no ano para 8 jogos – 6 no Estadual e 2 amistosos

Afogados 0 x 1 Santa Cruz – Os corais jogaram desfalcados – de Tiago Machowski, destaque até aqui -, mas finalmente venceram. O sufoco no sertão foi enorme, mas o tricolor contou, também, com a má pontaria da coruja

Destaque – Rafael Assis. Após um bom tempo, o atacante fez a sua estreia pelo Náutico, entrando no 2T e dando duas assistências para gols

Carcaça – O borderô do Belo Jardim. Jogando pela 3ª vez como mandante, outra vez a 37 km de sua cidade, o time levou apenas 88 torcedores ao jogo

Próxima rodada (Vitória folga) – atualizada em 16/02
17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Premiere
17/02 (20h00) – Afogados x Pesqueira (Vianão)
18/02 (16h00) – Central x Belo Jardim (Lacerdão) – FPF/internet
18/02 (17h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Globo
18/02 (20h00) – Salgueiro x Flamengo (Cornélio de Barros)

A classificação após 6 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).

A classificação do Pernambucano 2018 após a 6ª rodada. Crédito: Superesporte

Com sufoco além da conta, o Santa vence a primeira no Estadual, lá em Afogados

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados 0 x 1 Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial, via @estudioiso)

O ataque não correspondeu e defensivamente o time deu muito espaço ao adversário. Deixando mais claro: inoperante no primeiro tempo, o Santa Cruz chegou a ser encurralado no segundo. Ainda assim, saiu com os três pontos de Afogados da Ingazeira. Na volta após o carnaval, encerrando a 6ª rodada, os corais arrancaram a primeira vitória no Campeonato Pernambucano, 1 x 0.

O time foi a campo com três mudanças, todas forçadas pela situação clínica. Saíram o goleiro Tiago Machowski, o lateral Vítor e o meia Jeremias, e entraram Ricardo Ernesto (boa partida), João Ananias (como lateral) e Augusto (que não foi bem no meio). No 1T, num gramado acima da média no interior, o jogo foi mais amarrado, embora o Afogados estivesse chegando com mais velocidade. Até sofrer o bote da cobra, com Augusto Silva marcando de cabeça após um escanteio aos 35 – o zagueiro já havia marcado na partida anterior, em Salgueiro. Logo depois, o tricolor ainda acertou o travessão.

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados 0 x 1 Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial, via @estudioiso)

À parte desses lances, uma equipe sem criatividade e, sobretudo, sem objetividade. No 2T, o time de Pedro Manta jogou no campo ofensivo até os 50 minutos, com a equipe de Júnior Rocha atrás do circulo central, sem saída de bola e muito frágil na marcação. O jogo estava mesmo fora de controle – ao todo, 8 x 3 em finalizações, mas o mandante abusou da falta de pontaria. O apito final, através do árbitro Péricles Bassols, foi um verdadeiro alívio para o Santa Cruz, tanto na peleja quanto na classificação, saindo da zona de rebaixamento direto para o seu lugar óbvio, a zona de classificação.

Os 8 jogos do Santa com Júnior Rocha (PE + NE + Copa do Brasil)
2 vitórias
4 empates
2 derrotas
41% de aproveitamento

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados 0 x 1 Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial, via @estudioiso)

“Jogo do Ano”, a tabela com o Trio de Ferro no interior pelo Estadual de 2018

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados x Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial)

A grande novidade no Pernambucano de 2018 foi, na verdade, uma velha novidade, com a presença dos grandes clubes da capital no interior. Embora este campeonato registre um índice fraco em termos de público (média de 1.562 em 29 partidas), os jogos com Náutico, Santa e Sport como visitantes vêm dando uma resposta levemente melhor. Considerando apenas as disputas entre times intermediários (e são 8), a média é de 623. Dos 15 jogos neste contexto, apenas três passaram de mil espectadores. Ao receber o trio de ferro, porém, o índice salta em 241%, chegando a 2.130. Sobre a renda, o aumento é ainda maior, de 662% – além da presença maior, há uma majoração nos ingressos, com Fla x Sport tendo a maior bilheteria.

Por isso, é compreensível a divulgação de Afogados x Santa Cruz, por parte do mandante. Simplesmente, tradado como o Jogo do Ano em Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife. Fundado em 2013 e disputando a elite local pela segunda vez, o clube sertanejo recebe pela primeira vez uma das principais forças do estado. Nos jogos anteriores pelo Estadual, contra Central e Belo Jardim, a diretoria da coruja cobrou o preço único de R$ 20. Agora, valores entre R$ 25 (à vista) ou R$ 30 (cartão de crédito), com o Vianão ampliado com arquibancadas tubulares, saindo de 1.735 para 3.000.

Intermediários x Trio de Ferro (7 jogos)
Público total: 14.914 (média de 2.130 pessoas)
Renda total: R$ 435.049 (média de 62.149 reais)

Intermediários x Intermediários (15 jogos)
Público total: 9.348 (média de 623)
Renda total: R$ 122.207 (média de 8.147 reais)

Jogos intermediários x grandes (realizados)
17/01 – Flamengo 0 x 0 Sport (Arcoverde, 3.000 pessoas e R$ 173.500)
21/01 – América 2 x 0 Santa Cruz (Paulista, 1.824 pessoas e R$ 19.560)
21/02 – Central 3 x 0 Náutico (Caruaru, 2.147 pessoas e R$ 47.435)
28/01 – Vitória 1 x 1 Náutico (São Lourenço, 1.592 pessoas e R$ 32.850)
03/02 – Central 1 x 1 Sport (Caruaru, 3.601 pessoas e R$ 116.680)
03/02 – Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz (Salgueiro, 1.393 pessoas e R$ 9.054)
03/02 – Pesqueira 1 x 1 Náutico (Pesqueira, 1.357 pessoas e R$ 35.970) 

Jogos intermediários x grandes (a disputar)
14/02 – Afogados x Santa Cruz (Afogados da Ingazeira)
21/02 – Flamengo x Santa Cruz (Arcoverde)
21/02 – Belo Jardim x Sport (Belo Jardim)
04/03 – Salgueiro x Sport (Salgueiro)
07/03 – Belo Jardim x Náutico (Belo Jardim)

As cotas de TV do Pernambucano 2018 atualizadas via IGP-M: R$ 4,42 milhões

Jogos do Estadual 2018: Náutico 3 x 0 Sport, América 2 x 0 Santa Cruz, Sport 2 x 0 Pesqueira e Náutico 4 x 0 Salgueiro

Acima, algumas das partidas transmitidas no Estadual de 2018: Náutico 3 x 0 Sport (Globo NE e Premiere), América 2 x 0 Santa Cruz (Globo NE), Sport 2 x 0 Pesqueira (Premiere), Náutico 4 x 0 Salgueiro (SporTV e Premiere) 

O atual contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano se encerra em 2018. Nesta temporada, a última das quatro negociadas, o valor total para os onze clubes chega a R$ 4,42 milhões. Trata-se da projeção a partir da correção anual, feita sob contrato, através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Quando o acordo começou vigorar, em janeiro de 2015, cada grande clube da capital recebeu R$ 950 mil, somando luvas e cota fixa, enquanto os demais intermediários receberam R$ 110 mil, nos mesmos moldes. Portanto, a cada ano o valor-base do futebol é atualizado.

Através do site do Banco Central do Brasil é possível calcular a correção das últimas cotas (abaixo). De 2015 para 2016, por exemplo, o aumento acumulado foi de “11,8045%”. Neste ano, porém, houve um leve decréscimo (em relação ao valor de 2017). Somadas, as parcelas atualizadas de Náutico, Santa e Sport chegam a R$ 3.384.597 – o Madureira, citando um exemplo de contraste, recebeu R$ 4 milhões pelo campeonato carioca. Em 2019 começa a um novo contrato, já assinado e também com quatro anos de duração. Novamente com a Globo Nordeste, que manteve os direitos nas cinco plataformas (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet). Em sinal aberto, a audiência da última edição variou de 20,9 a 41,9 pontos – acima da média nacional. Para o futuro contrato, com cotas ainda não reveladas, Náutico, Santa e Sport receberam R$ 1 milhão de luvas, cada.

Receita original da televisão/ano
Clubes grandes – R$ 700 mil (cota) + R$ 250 mil (luva)
Clubes pequenos – R$ 60 mil (cota) + R$ 50 mil (luva)

Cotas do Campeonato Pernambucano (contrato 2015-2018):

2015 (janeiro)
Grandes(3)  – R$ 950.000
Pequenos (9) – R$ 110.000
Total (12 clubes) – R$ 3.840.000

2016 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.062.142 (+11,80% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 122.984
Total (12 clubes) – R$ 4.293.292

2017 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.132.889 (+6,6% sobre 2016 ou +19,2% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 131.176
Total (12 clubes) – R$ 4.579.260

2018 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.128.199 (-0,4% sobre 2017 ou +18,7% sobre 2015)
Pequenos (8) – R$ 130.633
Total (11 clubes) – R$ 4.429.661

Total de cotas, somando os repasses corrigidos (nº de participações):
R$ 4.273.230 – Náutico (4), Santa Cruz (4) e Sport (4)
R$ 494.793 – América (4), Central (4) e Salgueiro (4)
R$ 384.793 – Belo Jardim (3) e Vitória (3)
R$ 364.160 – Atlético (3) e Serra Talhada (3)
R$ 363.617 – Pesqueira (3)
R$ 261.809 – Afogados (2) e Flamengo (2)
R$ 232.984 – Porto (2)
R$ 110.000 – Vera Cruz (1) e Ypiranga (1)
Acumulado de 2015 a 2018: R$ 17.142.194

Confira as cotas de 119 times no dez principais Estaduais 2018 clicando aqui.

Usando a base, o Náutico aplica goleada no Salgueiro na Arena Pernambuco

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico x Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Náutico e Salgueiro se enfrentaram na arena com equipes mistas, pois na quinta ambos já voltam a campo, desta vez pelo Nordestão, encerrando a 2ª rodada do regional. Pelo Estadual, o jogo parecia meramente protocolar. Mas, no alvirrubro, quem entrou aproveitou a oportunidade. E olhe que Roberto Fernandes lançou sete jogadores formados na base do clube. Do time escalado, apenas três haviam participado do último jogo, em Pesqueira. Sem sustos, esse alvirrubro voltou a golear como mandante, 4 x 0 no carcará.

No primeiro tempo tempo, o jogo ficou ‘aberto’ com meia hora de jogo, quando o árbitro Tiago Nascimento distribuiu o segundo vermelho direto, para o alvirrubro Cristiano – questionável. Dez minutos antes havia expulsado Peu, do time do interior. Com mais espaço, surgiram jogadas mais longas, forçando quem tinha mais gás. Apesar disso, o jogo seguia insosso. Pouco antes do intervalo, porém, o timbu teve um pênalti (bem marcado) a favor. Lance convertido pelo meia Júnior Timbó, marcando o seu 1º gol no clube.

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico x Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Na retomada da partida, sem ação do visitante, imerso numa dura rotina de viagens, o Náutico encaixou boas tramas, sobretudo a partir do atacante Rafael Assis, com duas assistências  – este não é prata da casa, embora tenha estreado no time. A goleada foi engatada com gols de Rafael Ribeiro (cabeça, 15 minutos), Robinho (22, um dos poucos presentes no jogo anterior) e Odilávio (33 – já havia tentado de bicicleta). Um placar elástico e com outra característica distinta em relação ao time visto até agora: mais posse de bola.

Histórico de Náutico x Salgueiro (todos os mandos)
30 jogos
14 vitórias alvirrubras (46,6%)
5 empates (16,6%)
11 vitórias salgueirenses (36,6%)

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico x Salgueiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Aprovação na Série A reabre o caminho para campos sintéticos em Pernambuco. Devido ao custo, só um alvo: o Lacerdão

Modelo de grama sintética em estudo na FPF. Foto: Fred Figueiroa/DP

A decisão unânime sobre a utilização do gramado sintético no Brasileirão é em caráter definitivo, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, presente no arbitral da competição. Com isso, reabre a possibilidade de campos artificiais em centros periféricos, à parte da Série A. Em Pernambuco, devido à histórica crise hídrica, agravada por uma das maiores secas do século, o problema no interior, somado à falta de receita, é recorrente – em 2017 resultou em vetos no hexagonal, com Belo Jardim e Central jogando fora. Ao blog, o mandatário afirmou que a decisão traz uma situação nova ao futebol local, baseada no custo. Originalmente, a ideia era promover a instalação em três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Assim, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso de campos de grama natural sem condições. Porém, pelo regulamento aprovado, um campo sintético só pode receber um jogo de futebol profissional caso seja do “nível 5” – o grau máximo escalonado pela Fifa.

Embora seja sintético, esse gramado contém uma mistura com material orgânico, para tirar a percepção ‘emborrachada’ das primeiras versões – acima, a amostra exposta na federação. Também demanda irrigação, devido à temperatura e à resistência, embora numa escala muito menor. Trata-se do piso instalado na Arena da Baixada, do Atlético-PR, o único palco da Série A 2018 neste contexto – Fonte Nova e Allianz Parque podem ser os próximos.

O custo deste modelo? Aí está o motivo do ‘refinamento’ da ideia…

R$ 2.783.000, somando a aquisição do campo e a instalação.

Para Evandro, num primeiro momento, só é possível projetar um campo no interior – com investimentos externos. No caso, o Lacerdão, em Caruaru. Pelo tamanho do estádio (19.478 lugares), pelo porte econômico da cidade (356 mil habitantes) e pela localização estratégica, com clubes num raio de 85 km (Belo Jardim, Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Ypiranga).

Existem dois caminhos:

1) Via Ministério do Esporte
Através de projetos de fomento, mesmo num campo privado, poderia haver o repasse do governo federal. Em Pernambuco, a FPF vem firmando parcerias com prefeituras. Já foram aprovados dois projetos de modernização de estádios municipais: o Valdemar Viana, em Afogados (R$ 590 mil), e o Laura Bandeira, em Paudalho (R$ 585 mil). Os dois empreendimentos estão listados no Portal da Transparência. No caso do campo do Central, o local poderia ser utilizado – além de jogos profissionais – em ações de inclusão, numa lógica semelhante aos centros de treinamento financiados pelo ministério

2) Via Fifa
Pelo contrato de organização da Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria direito, após o evento, a um aporte de US$ 100 milhões para obras de infraestrutura e capacitação. O tal ‘Legado da Copa’. Com a bronca da entidade na justiça, quase todo o dinheiro segue na Suíça. Apenas 8,7 mi foram liberados – segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação pode ocorrer, finalmente, em 2018. Portanto, haveria, em disputa por projetos, cerca de 91,3 milhões de dólares (ou R$ 289 milhões). Em tese, bastaria a Pernambuco conseguir 1% disso para viabilizar o campo em Caruaru.

Explicação de Evandro Carvalho sobre a escolha prévia do Lacerdão
“Nunca deixamos de discutir ou ventilar a possibilidade. Mas agora, com a decisão definitiva, que ficará no Regulamento Geral de Competições da CBF, podemos seguir. Temos dois caminhos e hoje, na nossa visão, precisamos de um estádio no interior com regularidade. E seria muito bom para nós, e até para estados vizinhos, se um estádio como o do Central pudesse receber um gramado artificial. Porque haveria a garantia de 10 anos e a possibilidade de jogos seguidos, sem danificar o campo.”

Obviamente, o Trio de Ferro também poderia optar pela mudança no piso (no Arruda, na Ilha e nos Aflitos), mas, a princípio, através de outras parcerias.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Tetto Drone, via Caruaru no Face (cortesia)

Com 5 rodadas, Estadual 2018 soma 43 mil torcedores e R$ 805 mil de bilheteria

A 5ª rodada do Pernambucano de 2018 foi a primeira (e única) sem jogos do trio de ferro na capital. Foi, também, a de pior desempenho em termos de público presente até o momento. Com apenas 7.544 espectadores (47% concentrado num só jogo, Central x Sport), o índice foi de 1.508. Logicamente, ajudou a baixar a média da competição, já ruim. Por sinal, em Caruaru tíquete médio foi de R$ 32,40. Um valor elevado para os padrões locais, como já havia sido em Arcoverde, com um dado totalmente fora da curva (R$ 57,83). Justamente as partidas com a presença do atual campeão no interior, e também as únicas com bilheteria acima de R$ 100 mil – na capital do agreste o ingresso do tobogã, setor reservado ao visitante, saiu por R$ 50, mesmo preço aplicado aos rubro-negros em Arcoverde. Não por acaso, Flamengo e Central lideram a arrecadação, num cenário completamente incomum no futebol do estado – e que não bate com o ranking de público.

Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias

Os rankings de público e renda do Pernambucano 2018 após 5 rodadas. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 10 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada)
3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada)
3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada)
3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)
1.824 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha, 21/01 – 2ª rodada)

Balanço geral – 25 partidas
Público total: 43.444 
Média: 1.737 pessoas
Arrecadação total: R$ 805.676 
Média: R$ 32.227 

Eis os borderôs da quinta rodada do campeonato estadual de 2018…

Central 1 x 1 Sport (Lacerdão); 3.601 torcedores e R$ 116.680

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Central/instagram (@centraloficial)

Sagueiro 1 x 1 Santa Cruz (Cornélio de Barros); 1.393 torcedores e R$ 9.054

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Darlando Barros, via Carcará Net (@CarcaraNet)

Pesqueira 1 x 1 Náutico (Joaquim de Brito); 1.357 torcedores e R$ 35.970

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Pesqueira 1 x 1 Náutico. Crédito: globoesporte.com/reprodução

Flamengo 0 x 1 Afogados (Áureo Bradley): 624 torcedores e R$ 9.920

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Flamengo 0 x 1 Afogados. Foto: Torcida Portal do Sertão/instagram (@torcidaportaldosertao)

Vitória 5 x 2 América (Arena PE); 569 torcedores e R$ 4.370

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: mycujoo.tv/fpf (reprodução)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (5)

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução

A 5ª rodada do Estadual de 2018 registrou três expulsões e duas penalidades, distribuídas em apenas dois jogos. À parte do vermelho ao zagueiro Henríque, no Lacerdão, o que pesou mesmo foi o duelo entre Vitória e América, na Arena Pernambuco. O árbitro Péricles Bassols assinalou um pênalti para cada lado e uma expulsão pra cada lado. No tricolor das tabocas, a cobrança só foi efetivada no rebote – Thomas Anderson bateu, o goleiro defendeu e o próprio atacante marcou na sobra. E olhe que o jogo ainda teve 7 gols (Vitória 5 x 2).

Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 25 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (6)
1 pênalti – Afogados, América, Central, Náutico , Salgueiro (perdeu 1) e Vitória (perdeu 1)
Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport

Pênaltis cometidos (6)
2 pênaltis – América (defendeu 1) e Vitória
1 pênalti – Afogados e Belo Jardim (defendeu 1)
Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz e Sport

Cartões vermelhos (7)
1º) América – 3 adversários expulsos; 1 vermelho recebido
2º) Central – 2 adversário expulsos; nenhum vermelho
3º) Belo Jardim – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
4º) Vitória – 1 adversário expulso; 1 vermelho recebido
5º) Pesqueira – nenhuma expulsão
5º) Salgueiro – nenhuma expulsão
7º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Sport – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução