Tradição construída ainda na categoria júnior

Universitario, campeão da Libetadores Sub-20 de 2011. Foto: Universitario/divulgação

Entre os profissionais, o futebol do Peru jamais conquistou uma Taça Libertadores.

O ponto mais alto foi o vice-campeonato, em duas oportunidades. Em 1972, com o Universitario, e em 1997, com  Sporting Cristal. Ambos de Lima.

Agora, a primeira a conquista oficial, como deixa claro o troféu acima.

Bem parecido com a “Libertadores”, é verdade. Mas a peça é o símbolo maior da nova Libertadores Sub -20, cuja primeira edição foi realizada justamente no Peru.

Com 12 clubes – Flamengo represetando o Brasil -, o torneio durou 16 dias. Enxuto.

E o campeão foi o Universitario. Bateu os argentinos do Boca Juniors nos pênaltis.

A Conmebol acertou duas vezes com a ideia…

1) Criou uma versão Sub-20 do maior torneio interclubes das Américas.
2) Montou uma base de tradição já na abertura, com um troféu que já o identifica.

Universitário Nobel

Escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010. Foto: Conmebol/divulgação

Uma justa homenagem ao peruano Mario Vargas Llosa.

Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura deste ano (veja AQUI).

O escritor de 74 anos é um torcedor (“hincha”) fanático do Universitario de Lima.

O clube é o maior campeão do país, com 25 títulos nacionais.

Em 1972, quando Llosa, então com 36 anos, ainda finalizava o seu 7º livro (Pantaleón y las visitadoras), o Universitario chegou ao seu auge.

O time foi finalista da Taça Libertadores da América.

Após um empate no estádio Nacional de Lima, a equipe foi derrotada pelos argentinos do Independiente, em Avellaneda, por 2 x 1.

Mas a campanha ficou marcada no país, que nunca venceu a Libertadores (veja AQUI). Até hoje, apenas o Sporting Cristal também conseguiu chegar a uma final. Em 1997.

E o tal Universitario foi o time que segurou o empate em 0 x 0 com o Sport na Ilha do Retiro, em 23 de agosto de 1988, eliminando o Leão de sua primeira Libertadores.

Neste ano fatídico para os rubro-negros ele escreveu Elogio de la madrasta.

Saiba mais sobre a vida de Mario Vargas Llosa AQUI.

Estreia dos sonhos

Sport Huancayo, do PeruA torcida estava ansiosa. A noite de quarta-feira foi mesmo histórica para o Sport Huancayo, do Peru.

Era a estreia do clube em uma competição internacional oficial. No caso, a Copa Sul-americana.

Jogo marcado logo no mítico estádio Centenário, em Montevidéu. Duelo contra o Defensor Sporting.

Criado apenas em 7 de fevereiro de 2007, o time tem um título, a Copa Peru. Em tempo: a competição equivale à segunda divisão nacional do país.

Cercado de grande expectativa, o Sport Huancao entrou em campo. Mas era melhor o WO, pois o jogo resultou na maior goleada da história da Copa Sul-americana.

Defensor Sporting 9 x 0 Sport Huancayo.Veja todos os gols abaixo.

A Copa Sul-americana, criada em 2002, ainda não deslanchou no Brasil. Apesar de oficial, valer um bom dinheiro e vagas em outras competições ao campeão (Libertadores e Recopa), o torneio convive justamente com a imagem de celeiro de times medíocres.

O Club Social y Deportivo Sport Huancayo acaba de entrar na lista. No topo.

E olhe que haverá o jogo de volta, na próxima quarta-feira… Boa sorte, Sport.

Três é demais

Colômbia, Peru e Equador

A ideia de realizar grandes competições de futebol com uma candidatura conjunta é relativamente nova. O primeiro campeonato disputado desta forma foi em 2000, com a Eurocopa, quando as vizinhas Holanda e Bélgica organizaram com sucesso a competição. Desde então, outras propostas com este modelo de divisão (de jogos e gastos) foram aprovadas. Até mesmo uma Copa do Mundo, em 2002, na Ásia.

Mas, agora, eis que aparece uma proposta tripla! Para o Mundial de 2026.

Colômbia, Peru e Equador. O primeiro, e maior país, havia sido escolhido como o país-sede da Copa de 1986, mas alegou problemas econômicos em 1982 e perdeu a vaga.

FifaSomadando os três países, essa pseudo-candidatura ficaria assim:

Área: 2.680.504 km²
População: 86.864.355 habitantes
PIB: 654 bilhões de dólares
Renda per capita: US$ 7.534

Desde já, um problema… Em todas as candidaturas, obviamente um país ficou com a abertura do campeonato, enquanto o segundo (geralmente, o mais rico) abriu a decisão.

Supondo que a Fifa aceite essa candidatura (algo que vai demorar, já que a entidade ainda está analisando as propostas para 2018 e 2022, cuja decisão sairá em dezembro), quem vai ficar de fora dos dois principais jogos da Copa do Mundo de 2026?

A póxima Eurocopa, em 2012, vai quebrar a regra do mais rico/final, pois a Polônia tem um PIB bem maior que a Ucrânia (666 x 336, em bilhões de dólares).

2000 – Euro, com a abertura na Bélgica (Bruxelas) e final na Holanda (Roterdã)
2001 – Copa das Confe., com a estreia na Coreia (Taegu) e final no Japão (Yokohoma)
2002 – Mundial, com a abertura na Coreia do Sul (Seul) e final no Japão (Yokohoma)
2008 – Euro, com a abertura na Suíça (Basileia) e final na Áustria (Viena)
2012 – Euro, com a abertura na Polônia (Versóvia) e final na Ucrânia (Kiev)

Veja a lista com o PIB de todos os países AQUI.