Arquivo Segundona: 1988

Série B-1988: Náutico 2 x 1 Americano

Após o polêmico Brasileirão de 1987, o Náutico foi um dos oito clubes que sobraram na transição de 32 times para 24 na Primeirona de 1988. Seria a estreia do acesso e descenso. Jogando a Série B (chamada na época de Divisão Especial), o Alvirrubro fez uma excelente campanha, garantindo o acesso ao lado da Inter de Limeira.

No quadrangular de 1988, confusão. A fase decisiva também contou com Ponte Preta e Americano/RJ. Na foto acima (arquivo do Diario), a vitória timbu sobre o time do Rio no Arruda, por 2 x 1. Augusto e Júnior Guimarães marcaram os gols do Alvirrubo.

No fim, Inter em 1º com 12 pontos e Náutico e Ponte com 11… O time de Campinas havia vencido 3 jogos, contra 2 do Timbu. A Ponte entrou na Justiça, mas a CBF definiu como critério o número de vitórias em toda a competição. Náutico 15 x 12 Ponte.

Depois, o time pernambucno disputou o título com a Internacional em apenas uma partida, realizada no interior paulista. Diante de 12.325 torcedores, o Alvirrubo, que tinha como destaque o meia Nivaldo, foi derrotado por 2 x 1. Ficou com o vice.

Náutico: 29 jogos, 15 vitórias, 8 empates e 6 derrotas; 39 GP e 27 GC.

40.000 dias

2001, Uma odisseia no espaço

Contagem regressiva em Campinas.

De acordo com as contas do rival, diga-se.

Fundada em 11 de agosto de 1900, a Ponte Preta é o 2º time de futebol mais velho país em atividade. Só perde para o Rio Grande/RS, fundado 23 dias antes.

A Macaca sempre foi apontada como uma das principais forças do interior de São Paulo. Já montou grandes times, já participou várias vezes da Série A, já cedeu jogadores para a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo etc.

Tudo bem, a Ponte Preta venceu a segunda divisão do Paulista de 1969, e também a “Taça do Interior” de 2009, com os melhores times que não se classificaram para a semifinal do Paulistão.

Porém, o clube centenário segue sem um título de 1ª divisão em âmbito estadual ou nacional. Somente em São Paulo foram 6 vices na elite. O último em 2008.

O fato, é claro, é motivo de chacota para os torcedores do Guarani, rival do clube.

Perto de completar 100 anos (em 2011), o Guarani também nunca venceu o Paulista. Porém, o Alviverde ganhou nada menos que o Campeonato Brasileiro de 1978.

Ok, mas e a tal contagem regressiva em Campinas?

Exato. No próximo dia 15 de fevereiro, a Ponte Preta deverá completar “40 mil dias” sem um título de elite em sua a galeria. Nesta quarta, a conta marca 39.932 dias. Um jejum quase da época das cavernas mesmo…

Considerando que o Estadual e a Copa do Brasil (competições do primeiro semestre) não vão terminar até esta data, a Macaca não tem muito o que fazer. É só aguardar, aguentar a gozação e torcer para um dia chegar a glória. 😯

Antes tarde do que nunca!

A imagem acima é do filme “2001, Uma odisséia no espaço”, clássico do cinema, dirigido por Stanley Kubrick. Veja mais sobre esse filme AQUI. Abaixo, uma cena antológica.

O inimigo mora ao lado

Estádios vizinhos na Escócia: 106 metros de distância

É possível conviver com um rival centenário a apenas 100 metros de distância?

A pergunta parece ser surreal. No entanto, como a imagem acima deixa claro, a resposta é um inacreditável “sim”. 😯

O maior exemplo está na pacata cidade escocesa de Dundee, de 154 mil habitantes e terra do Castelo de Broughty. Lá, os times do Dundee FC e Dundee United estão separados a apenas 106,82m.

O primeiro (azul) joga no Dens Park, com capacidade para 11.858 torcedores, enquanto o segundo (vermelho) atua no Tannadice Park, que pode receber até 14.209 pessoas. São, oficialmente, os estádios mais próximos de todo o Reino Unido. Possivelmente, de todo o mundo também…

Confira uma lista com estádios “vizinhos” no blog Onde a coruja dorme, com versão até brasileira, como os estádios de Guarani (Brinco de Ouro) e Ponte Preta (Moisés Lucarelli), em Campinhas, separados por 700 metros.

Entre os grandes clubes do mundo, o caso mais famoso envolve os rivais de Avellaneda, na Argentina: Independiente e Racing. Ambos campeões da Libertadores e do Mundial Interclubes. O Doble Visera (que está sendo reconstruído) está a apenas 210 metros do Cilindro, do Racing.

Numa conversa na redação do Diario, na tarde desta terça, o assunto era a “vitória fora de casa” no Brasileiro. E com o Clássico dos Clássicos já agendado (01/11), o Sport poderia ganhar “longe da Ilha” a 3,6 quilômetros de seu estádio. Ao Náutico cabe manter o Leão longe… Ainda que o rival more logo ali do lado.

Abaixo, os dados dos estádios do Recife, segundo o Google Maps.

Ilha do Retiro / Aflitos = 3,6 km (link)
Ilha do Retiro / Arruda = 5,5 km (link)
Arruda / Aflitos = 2,6 km (link)

Post com a colaboração do editor-assistente do DP Fred Figueiroa

Centenário – Os clássicos mais antigos

Clássico dos Clássicos centenário

Mais um post sobre o centenário do Clássico dos Clássicos, que será disputado neste domingo, na Ilha. Trata-se do 3º mais antigo do país.

Abaixo, a lista dos clássicos estaduais mais antigos do país, levando em consideração também a tradição dos principais jogos do Brasil. Por exemplo: Fluminense x Bangu um dia foi considerado clássico (entenda “um dia” como décadas atrás). Hoje não é mais.

Saiba mais AQUI e AQUI.

1º) Fluminense 6 x 0 Botafogo (Clássivo Vovô), desde 22/10/1905
2º) Grêmio 10 x 0 Internacional (Gre-Nal), 18/07/1909
3º) Náutico 3 x 1 Sport (Clássico dos Clássicos), 25/07/1909
4º) Ponte Preta 1 x 0 Guarani (Dérbi Campineiro), 1911
5º) Fluminense 3 x 2 Flamengo (Fla-Flu ou Clássico das Multidões), 07/07/1912
6º) Botafogo 1 x 0 Flamengo, 13/03/1913 (*)
7º) Santos 6 x 3 Corinthians, 22/06/1913 (*)
8º) Remo 2 x 1 Paysandu (Re-Pa ou Clássico-Rei da Amazônia), 10/06/1914
9º) Santos 7 x 0 Palmeiras (Clássico da Saudade), 03/10/1915
10º) Sport 2 x 0 Santa Cruz (Clássico das Multidões), 06/05/1916
11º) Palmeiras 3 x 0 Corinthians (Derby Paulista), 25/10/1936
12º) Santa Cruz 3 x 0 Náutico (Clássico das Emoções), 29/06/1917
13º) Ceará 2 x 0 Fortaleza (Clássico Rei), 17/12/1918
14º) Cruzeiro 3 x 0 Atlético-MG (Raposa x Galo), 17/04/1921
15º) Vasco 3 x 2 Fluminense (Clássico dos Gigantes), 11/03/1923
16º) Vasco 3 x 1 Botafogo (Clássico em Preto e Branco), 22/04/1923
17º) Vasco 3 x 1 Flamengo (Clássico dos Milhões), 29/04/1923
18º) Figueirense 4 x 3 Avaí, 13/04/1924
19º) Coritiba 6 x 3 Atlético-PR (Atletiba), 08/06/1924
20º) São Paulo 2 x 2 Palmeiras (Choque-Rei), 30/03/1930
21º) Santos 2 x 2 São Paulo (San-São), 11/05/1930
22º) Corinthians 2 x 1 São Paulo (Clássico Majestoso), 25/05/1930
23º) Bahia 3 x 0 Vitória (Ba-Vi), 18/09/1932

(*) – Apesar da tradição, esses jogos não têm uma denominação específica.

Entre os 4 do país

Copa do Brasil-2009: Coritiba 1 x 0 Ponte PretaO Coritiba venceu a Ponte Preta por 1 x 0 na noite desta terça-feira. Gol do atacante argentino Ariel (foto).

Com o resultado, o time paranaense se tornou 1° clube classificado à semifinal da Copa do Brasil de 2009.

O time de Curitiba está completando 100 anos nesta temporada, e um título deste porte seria fantástico para comemorar o centenário em grande estilo. 😎

Mas, por enquanto, o fato de voltar a ficar entre os 4 times do país já digno de comemoração, como deixa claro a notícia no site oficial do Coxa (veja AQUI).

Em competições com a Libertadores como alvo final, o Coritiba chega à semifinal. Antes, o dono do estádio Couto Pereira esteve em 1979, 1980 e 1985 (todos pela Série A), em 2001 pela Copa dos Campeões, e em 1991 e 2001 pela mesma Copa do Brasil.

O time avançou para a final apenas em 1985, quando venceu o logo Brasileirão. 😯

Considerado como um dos mais clubes tradicionais fora do eixo SP-RJ-RS-MG, o Coxa está num patamar semelhante ao dos times pernambucanos. Portanto, uma leve comparação abaixo, contabailizando todas as semifinais.

Sport7 semifinais (1987, Série A; 1989, 1992, 2003 e 2008, Copa do Brasil; 1962, Taça Brasil; 2000, Copa dos Campeões) – 4 finais e 2 títulos
Náutico6 semifinais (1990, Copa do Brasil; 1961, 1965, 1966, 1967 e 1968, Taça Brasil) – 1 final (67)
Santa Cruz2 semifinais (1975, Série A; 1960, Taça Brasil)

Obs. A torcida coxa-branca assistirá nesta quarta de camarote ao jogão entre Inter e Flamengo para conhecer o adversário na próxima fase.

Foto: site oficial do Coritiba

Copa do Brasil – Tradição em campo

Torféu da Copa do BrasilO Fluminense empatou com o Goiás por 1 x 1, na noite desta quinta, no Maracanã, e completou a composição das quartas-de-final da Copa do Brasil. A edição deste ano conta com alguns dos mais tradicionais times na competição. Confira abaixo os feitos de cada um no maior mata-mata do país.

Vasco x Vitória = O time carioca já foi finalista uma vez, em 2006, e ainda chegou na semifinal em 5 oportunidades. O Rubro-negro baiano nunca foi finalista, e só ficou entre os 4 melhores uma vez, em 2004.

Palpite: Vasco 😡 (equilibrado)

Corinthians x Fluminense = Dois campeões da Copa do Brasil, e com um bom número de finais. O Timão é bi (95 e 2002) em 4 decisões, enquanto o Flu ganhou uma vez (2007) e perdeu outras 2.

Palpite: Corinthians 😎 (Ronaldo…)

Ponte Preta x Coritiba = O duelo com menos tradição entre os times na semifinal. Coxa foi semifinalista duas vezes (perdeu as duas para o Grêmio). Já a Ponte chegou até a penúltima etapa uma vez, em 2001.

Palpite: Coritiba 😯 (bronca…)

Flamengo x Internacional = O Mengão é o recordista de semifinais. Somando todas as participações (inclusive as finais), o Fla ficou 9 vezes entre os quatro melhores – e ainda ganhou 2 títulos, em 1990 e 2006. Já o Inter ganhou uma vez em 1992.

Palpite: Internacional 😀 (grande confronto!)

Veja a tabela das quartas-de-final clicando aqui.

Obs. A CBF já divulgou a taça da edição de 2009 (veja aqui). Trata-se do mesmo modelo erguido pelo capitão Durval, no título do Sport em 2008. É o 8° modelo da taça desde 1989, quando começou a Copa do Brasil. O troféu – de 2 quilos e 62 centímetros – foi esculpido por Holoassy Lins, o mesmo que desenvolveu a taça da Série A.

Veja um vídeo oficial da CBF com a taça clicando aqui.

Vovô do futebol

SheffieldO Clube de Regatas Vasco da Gama completa hoje 110 anos de fundação. O time carioca é o mais antigo do país, entre os 20 participantes da Série A, atrás apenas do rival Flamengo, fundado em 1895. No entanto, os dois clubes foram criados como agremiações de remo, tanto que o time de futebol mais velho do país – reconhecido pela CBF – é o gaúcho Sport Club Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900, e campeão estadual uma vez (1936).

Vale ressaltar que o Rio Grande é o clube mais longevo em atividade, pois o primeiro do país foi mesmo o São Paulo Athletic Club (1888), criado por Charles Miller, que também introduziu o football association no Brasil, em 1894. Tudo isso, porém, é fichinha perto dos clubes mais velhos do mundo, até mesmo porque o esporte foi criado na Inglaterra década antes. Que o diga o Sheffield Football Club (escudo acima), fundado em 1857. O time é conhecido simplesmente como The Club, e foi reconhecido pela Fifa, em 2004, como o mais velho do planeta. O Sheffield recebeu, naquela ocasião, a comenda Ordem do Mérito Centenário, que apenas o Real Madrid possuía.

O lema do Sheffield é nada modesto (mas demonstra toda a sua tradição, é verdade): “Não é por uma equipe que você torce. É pelo futebol”. Hoje em dia, o clube disputa a liga Unibond South, que é nada menos que a 8ª divisão da Inglaterra.

Curiosidade: o campo do Sheffield é o Stadium of Bright, com capacidade para apenas 1.500 pessoas.

Clubes mais velhos do mundo (data de fundação):

10/09/1848 – Bochum (Alemanha) – ginástica
24/10/1857 – Sheffield F.C. (Inglaterra)
28/11/1862 – Notts County (Inglaterra)

Clubes mais velhos do Brasil (data de fundação):

13/05/1888 – São Paulo Athletic (SP) – extinto
19/07/1900 – Rio Grande (RS)
11/08/1900 – Ponte Preta (SP)

E para quem pensa que o nome completo do Bochum – que adotou o futebol em 1938 – poderia ser algo como “Bochum Futebol Clube” ou “Associação Atlética Bochum”, na verdade é essa besteirinha aqui: Verein Für Leibersübungen Bochum Fussballgemeinschaft EV.

Site oficial do Bochum (que fará 160 anos em setembro): http://www.vfl-bochum.de