As contratações mais caras da história do futebol, de Denílson a Paul Pogba

Pogba, contratado pelo Manchester United para a temporada 2016/2017. Crédito: Adidas/twitter

O francês Paul Pogba deixou o Manchester United em 2012 com apenas três partidas no time profissional. Aos 19 anos, foi jogar na Juventus, onde cresceu, tornando-se um dos principais nomes da atualidade. E despertou o interesse do… Manchester United, que abriu o cofre para ter novamente o atleta. Pagou 105 milhões de euros, estabelecendo um novo recorde em transações no futebol. Quebrou a marca de Bale, registrada há três anos. Nas duas últimas décadas, o recorde cresceu 200%. A primeira negociação (recorde) aconteceu em 1893, com o escocês Willie Groves indo do West Bromwich Albion para o Aston Villa, ambos da Inglaterra. Custou 100 libras esterlinas.

Abaixo, as maiores negociações do futebol e a evolução dos recordes. O levantamento foi elaborada tendo o euro como moeda de comparação. Como a moeda foi criada em 2002, as marcas anteriores foram projetadas a partir da conversão de valores. Na lista é possível pinçar algumas curiosidades, como a dupla presença de Di Marían e Hulk. O brasileiro, aliás, foi o único nome negociado com a Ásia, num sinal claro do novo poder econômico na categoria.

Já Neymar aparece em 5º lugar geral, na condição de brasileiro mais caro. Porém, o valor só foi mensurado tempos depois, devido ao imbróglio envolvendo Santos, investidores do jogador e Barça (o caso foi parar na justiça).

As 20 negociações mais caras do futebol (em euros)*
1º) 105,0 milhões (2016) – Pogba (França), Juventus/Manchester United
2º) 100,0 milhões (2013) – Gareth Bale (País de Gales), Tottenham/Real Madrid
3º) 94,0 milhões (2009) – Cristiano Ronaldo (Portugal), Man. United/Real Madrid
4º) 90,0 milhões (2016) – Higuaín (Argentina), Napoli/Juventus
5º) 88,2 milhões (2013) – Neymar (Brasil), Santos/Barcelona
6º) 81,7 milhões (2014) – Luis Suárez (Uruguai), Liverpool/Barcelona
7º) 75,0 milhões (2014) – James Rodríguez (Colômbia), Monaco/Real Madrid
7º) 75,0 milhões (2014) – Di María (Argentina), Real Madrid/Manchester United
9º) 74,0 milhões (2015) – De Bruyne (Bélgica), Wolfsburg/Manchester City
10º) 73,5 milhões (2001) – Zidane (França), Juventus/Real Madrid
11º) 69,0 milhões (2009) – Ibrahimovic (Suécia), Internazionale/Barcelona
12º) 68,0 milhões (2015) – Sterling (Inglaterra), Liverpool/Manchester City
13º) 65,0 milhões (2009) – Kaká (Brasil), Milan/Real Madrid
14º) 64,0 milhões (2013) – Cavani (Uruguai), Napoli/PSG
15º) 64,0 milhões (2016) – Hulk (Brasil), Zenit/Shanghai FC
16º) 63,0 milhões (2015) – Di María (Argentina), Manchester United/PSG
17º) 62,6 milhões (2014) – David Luiz (Brasil), Chelsea/PSG
18º) 62,0 milhões (2000) – Luís Figo (Portugal), Barcelona/Real Madrid
19º) 60,0 milhões (2012) – Hulk (Brasil), Porto/Zenit
20º) 60,0 milhões (2013) – Falcao García (Colômbia), Atlético de Madri/Monaco

A evolução da transferência recorde (em euros)*
105,0 milhões (2016) – Pogba (França), Juventus/Manchester United
100,0 milhões (2013) – Gareth Bale (País de Gales), Tottenham/Real Madrid
94,0 milhões (2009) – Cristiano Ronaldo (Portugal), Man. United/Real Madrid
73,5 milhões (2001) – Zidane (França), Juventus/Real Madrid
62,0 milhões (2000) – Luís Figo (Portugal), Barcelona/Real Madrid
56,6 milhões (2000) – Crespo (Argentina), Parma/Lazio
43,1 milhões (1999) – Christian Vieri (Itália), Lazio/Internazionale
35,0 milhões (1997) – Denilson (Brasil), São Paulo/Bétis

* Valores absolutos na época da transação, sem correção

A audiência das finais da Champions League no Brasil, segundo o Ibope

A audiência das finais da Liga dos Campeões na tevê aberta, em São Paulo, de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

A decisão da Liga dos Campeões da Uefa voltou à transmissão aberta no Brasil, via Globo e Band, em 2010. Considerando o mercado da Grande São Paulo, o principal polo de audiência, o acompanhamento da finalíssima de 2016, entre Real Madrid e Atlético, chegou a 5,1 milhões de telespectadores, no terceiro aumento consecutivo na praça, que também conta com exibição na tevê por assinatura. Paga-se caro pelos direitos, mas o retorno parece consolidado.

O site Máquina do Esporte divulgou os dados do Ibope das últimas sete finais, somando os pontos dos dois canais. A partir disso, o blog calculou o peso de cada ponto, uma vez que o número é atualizado anualmente após as projeções lançadas pelo IBGE, cujo último censo data de 2010. Num breve resumo, um ponto do Ibope corresponde em cada região estudada a 1% das casas e 1% da população – que não necessariamente crescem na mesma ordem.

Várias regiões metropolitanas contam com o serviço, inclusive o Recife. Contudo, para o viés de patrocínios e alcance real de público, usa-se bastante o resultado da metrópole paulista, onde existem 750 casas com o aparelho Peoplemeter, que capta o canal sintonizado 24 horas por dia.

2010 – Internazionale 2 x 0 Bayern de Munique (20 pontos, 3.559.800)
2011 – Barcelona 3 x 1 Manchester United (21 pontos, 3.852.920)
2012 – Chelsea (4) 1 x 1 (2) Bayern de Munique (19 pontos, 3.515.026)
2013 – Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund (18 pontos, 3.344.652)
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (23 pontos, 4.445.463)
2015 – Barcelona 3 x 1 Juventus (25 pontos, 4.954.050)
2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (26 pontos, 5.143.164)

Após a decisão alemã de 2013, com 18 pontos, onde a Globo, com apenas 12, teve seu pior resultado, os números voltaram a subir. Em 2016, o crescimento da emissora, aliás, sufocou a concorrente Band. Em relação às maiores audiências, Real ou Barcelona aparecem sem surpresa entre os (quatro) maiores jogos. A influência de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar é real perante o público brasileiro. Até que ponto trata-se de entretenimento ou “paixão clubística”, aí já é outra questão. Que também vale ser mensurada…

A audiência das finais da Liga dos Campeões na tevê aberta, em São Paulo, de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

O Ibope mensura audiência televisiva desde a década de 1950. Inicialmente, com visitas pessoas. No fim da década de 1960 surgiu o primeiro medidor, o Setmeters. Após várias versões, ampliando o relatório para todas as faixas horárias, veio o Peoplemeter, implementado em 1996. Considerando a volta da final da Champions League à televisão aberta, a medição do Ibope registrou na Grande São Paulo, de 2010 a 2016, um aumento de 9.553 casas (15,9%) e 19.824 telespectadores (11,1%) a cada ponto.

Evolução da medição da audiência televisiva, via Ibope na Grande São Paulo. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

Documentário sobre o amistoso entre Real e Sport, maior a cada Champions

Cartaz do amistoso entre Real Madrid e Sport, em 1957, no Santiago Bernabéu

No embalo da final da Champions League de 2016, no clássico madrilenho entre Real e Atlético, o Sport divulgou uma vídeo-reportagem sobre o histórico amistoso do clube contra os merengues, em 18 de maio de 1957, marcando a inauguração da iluminação do Santiago Bernabéu, diante de 60 mil pessoas.

Atuando como “médio-volante” daquele Sport, que excursionava na Europa pela primeira vez, Zé Maria, hoje aos 85 anos, relembra detalhes do jogo, com uma memória impressionante. A produção do vídeo foi de Lucas Fitipaldi, ilustrando o acervo jornalístico sobre o duelo vencido pelo Real por 5 x 3.

Aquele jogo foi um preparatório do estádio para receber a final da Copa dos Campeões (hoje “Liga dos Campeões”) da temporada, que terminaria com o bi. Por sinal, a cada título europeu do Real Madrid a partida torna-se ainda mais lendária para os leoninos. E o clube espanhol já chegou à 11ª conquista…

Real Madrid, hendecacampeão da Europa

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

O Real Madrid é o clube mais vencedor da história do futebol. Sem discussão.

Alcançou o hendecacampeonato da Liga dos Campeões da Uefa.

1956 – Real Madrid 4 x 3 Stade Reims (campeão)
1957 – Real Madrid 2 x 0 Fiorentina (bi)
1958 – Real Madrid 3 x 2 Milan (tri)
1959 – Real Madrid 2 x 0 Stade Reims (tetra)
1960 – Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt (penta)
1966 – Real Madrid 2 x 1 Partizan (hexa)
1998 – Real Madrid 1 x 0 Juventus (hepta)
2000 – Real Madrid 3 x 0 Valencia (octo)
2002 – Real Madrid 2 x 1 Bayer Leverkusen (enea)
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (deca)
2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (hendeca)

Há dois anos, em Lisboa, o zagueiro Sérgio Ramos foi no terceiro andar para cabecear e empatar a final da Champions contra o Atlético, no último lance. Dois anos depois, num clássico agora em Milão, o capitão do Real foi novamente um dos nomes da conquista continental. Marcou aos quinze minutos, concluindo o desvio de Bale. Impedido, é verdade. Indicava um jogo sem drama, engano.

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

Armado por Simeone para compactar o jogo e tentar ser letal, o Atlético acabou retraído, mas nunca duvide desse time. Os colchoneros tiveram uma chance de ouro no primeiro minuto da etapa complementar, num pênalti mandrake, com Pepe sofrendo falta de Fernando Torres, o inverso da marcação. Griezmann acertou o travessão. O lance abateu o time. Mas na reta final, com o jogo já pendendo para o Real, com CR7 e Bale desperdiçando boas chances, Yannick Carrasco, acionado no decorrer da decisão, completou um cruzamento e empatou. Beijou a namorada, Miss Bélgica, na comemoração (isso mesmo).

Na prorrogação, um jogo com os times esgotados. Zidane já havia feito as três mudanças, com os atletas se arrastando, com câimbras. Com uma troca, Simeone deu fôlego ao time, mas não adiantou. A decisão sairia nos pênaltis, pela 11ª vez na história, inédita a ambos. Com cinco cobranças perfeitas, numa série finalizada por Cristiano Ronaldo, o Real fez 5 x 3, manteve a supremacia histórica no clássico (145 x 69) e levou a orelhuda mais uma vez ao Bernabéu.

Depois de La Décima, numa busca de doze anos, já chegou a Undecima.

Agora começa a saga incessante pelo 12º título. Ou “duodecacampeonato”…

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

As maiores invencibilidades do futebol pernambucano, brasileiro e mundial

Time do ASEC Abidjan em 1990, durante a histórica sequência invicta de 108 jogos na Costa do Marfim. Foto: Asec/site oficial (www.asec.ci)

Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%). 

Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.

Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional. 

Listas atualizadas até 28/05/2016

As maiores invencibilidades, considerando apenas campeonatos nacionais
1º) ASEC Abidjan (Costa do Marfim) – 108 partidas (1989/1994)
2º) Steaua Bucareste (Romênia) – 106 partidas (1986/1989)
3º) Lincoln (Gibraltar) – 88 partidas (2009/2014)
4º) Espérance (Tunísia) – 85 partidas (1997/2001)
5º) Al-Ahly (Egito) – 71 partidas (2004/2007)
6º) Sheriff Tiraspol (Moldávia) – 63 partidas (2006/2008)
6º) Mazembe (Congo) – 63 partidas (2008/2012
8º) Celtic (Escócia) – 62 partidas (1915/1917)
9º) Levadia Tallin (Estônia) – 61 partidas (2008/2009)
10º) Union Saint-Gillose (Bélgica) – 60 partidas (1933/1935)
11º) Boca Juniors (Argentina) – 59 partidas (1924/1927)
11º) Shirak (Armênia) – 59 partidas (1993/1995)
11º) Pyunik (Armênia) – 59 partidas (2002/2004)
11º) Sunrise Flacq (Ilhas Maurício) – 59 partidas (1993/1997)
15º) Olympiacos (Grécia) – 58 partidas (1972/1974)
15º) Milan (Itália) – 58 partidas (1991/1993)
15º) Skonto (Letônia) – 58 partidas (1993/1996)
18º) Al-Hilal (Sudão) – 57 partidas (2011/2013)
19º) Benfica (Portugal) – 56 partidas (1976/1978)
20º) Shakhtar Bonetesk (Ucrânica) – 55 partidas (2000/2002)
20º) Porto (Portugal) – 55 partidas (2010/2012)

Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.

As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)

O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.

As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)

Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.

As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)

Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.

As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)

Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.

Uma década de comparação entre ligas nacionais da Europa e o Brasileirão

Campeões das principais ligas nacionais da Europa de 2007 a 2016. Crédito: twitter.com/onefootball

As seis ligas nacionais mais tradicionais (e ricas) no futebol europeu têm características bem distintas quanto à (verdadeira) briga pelo título. Na Espanha, como se sabe, a disputa é polarizada entre Barça, dominante nos últimos dez anos, e o Real. O Atlético conseguiu se intrometer uma vez no período, e só. Idem na Itália, com o outrora imbatível Milan assumindo um papel de coadjuvante, ganhando apenas um scudetto, entre as enormes sequências de Inter e Juve. Por outro lado, na Ligue 1, da França, foram seis campeões no período. E a lista até poderia ser maior, mas o Paris Saint-Germain ensaiou uma hegeomonia, ganhando as últimas quatro competições. Na temporada mais recente, apenas o Leicester não ganhou o título de forma consecutiva. Nas demais, Juventus pentacampeã, Bayern tetra, PSG tetra, Benfica tri e Barça bi

O OneFootball fez um levantamento com os últimos dez campeões nacionais nas ligas, da temporada 2006/2007 a 2015/2016, e o blog ampliou o debate, traçando um paralelo com o Campeonato Brasileiro, num período disputado sempre com o mesmo formato, pontos corridos e vinte participantes.

Em caso de igualdade no número de clubes, fica à frente a liga com o maior campeão que tenha menos títulos (ou seja, “menor concentração” de taças):

1º) França (6 campeões)
PSG (4), Lyon (2), Bordeaux (1), Marseille (1), Lille (1) e Montpellier (1)

2º) Brasil (5 campeões)
São Paulo (3), Fluminense (2), Cruzeiro (2), Corinthians (2) e Flamengo (1).

3º) Inglaterra (4 campeões)
Manchester United (5), Manchester City (2), Chelsea (2) e Leicester (1)

4º) Alemanha (4 campeões)
Bayern de Munique (6), Borussia Dortmund (2), Stuttgart (1) e Wolfsburg (1)

5º) Itália (3 campeões)
Juventus (5), Internazionale (4) e Milan (1)

6º) Espanha (3 campeões)
Barcelona (6), Real Madrid (3) e Atlético de Madri (1)

7º) Portugal (2 campeões)
Porto (6) e Benfica (4) 

De 2006 a 2015, cinco clubes ganharam a Série A. Justifica a alcunha de “campeonato mais competitivo do mundo”? Nem tanto. Ao menos em relação aos vencedores. Expandindo a análise, até o G4, a Série A se mostra a mais rotativa. Neste caso, apenas como os melhores colocados – o que não significa classificados à Champions, pois o número de vagas varia de duas a quatro por país -, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Portugal têm times com 100% de aproveitamento. No Brasil, quem mais chegou foi o São Paulo, sete vezes.

1º) Brasil (13 clubes no G4)
São Paulo (7), Grêmio (6), Cruzeiro (5), Corinthians (4), Fluminense (4), Flamengo (3), Inter (3), Atlético-MG (2), Santos (2), Atlético-PR (1), Botafogo (1), Vasco (1) e Palmeiras (1)

2º) França (13 clubes no G4)
Lyon (9), Marseille (7), PSG (6), Lille (4), Monaco (3), Nice (2), Bordeaux (2), Toulouse (2), Saint-Étienne (1), Montpellier (1), Auxerre (1), Nancy (1) e Rennes (1) 

3º) Alemanha (11 clubes no G4)
Bayern de Munique (10), Bayer Leverkusen (6), Schalke (6), Borussia Dortmund (5), Monchengladbach (3), Werder Bremen (3), Stuttgart (2), Wolfsburg (2), Hannover (1), Hertha (1) e Hamburgo (1) 

4º) Itália (9 clubes no G4)
Juventus (7), Internazionale (6), Milan (6), Roma (6), Fiorentina (5), Napoli (4), Lazio (3), Udinese (2) e Sampdoria (1) 

5º) Espanha (9 clubes no G4)
Barcelona (10), Real Madrid (10), Atlético de Madri (6), Valencia (5), Villarreal (3), Sevilla (3), Athletic Bilbao (1), Real Sociedad (1) e Málaga (1) 

6º) Portugal (8 clubes no G4)
Porto (10), Benfica (10), Sporting (9), Braga (7), Estoril (1), Paços Ferreira (1), Nacional (1) e Vitória de Guimarães (1) 

7º) Inglaterra (7 clubes no G4)
Arsenal (10), Manchester United (8), Chelsea (8), Manchester City (6), Liverpool (4), Tottenham (3) e Leicester (1) 

Exposição dos 111 anos do Sport dá pistas sobre o futuro memorial na Ilha

Exposição dos 111 anos do Sport, na Ilha do Retiro. Foto: Inês Campelo/Sport Club do Recife

Os museus do Barcelona e do Real Madrid são experiências indispensáveis nas visitas às cidades, inseridas em qualquer roteiro turístico. Vai muito além da exibição de taças – e são muitas, sabemos -, com exposição audiovisual, com gols, narrações, passo a passo fotográfico da história. O Camp Nou Experience, num espaço de 3.500 metros quadrados, recebe mais de 1,6 milhão de visitantes por ano. Trazendo a discussão para o Recife, o Sport tem o projeto de um “memorial” desde 2008. Inicialmente, ampliaria o espaço da já apertada sala de troféus, com a visita terminando na loja oficial, como ocorre nos clubes espanhóis. Apesar das 1.700 peças catalogadas, a ideia ficou no papel.

Oito anos depois, celebrando o 111º aniversário, o clube montou uma exposição no salão nobre. Juntou os maiores títulos (Série A, Copa do Brasil, Série B, tri do Nordestão e Torneio N-NE) a uniformes dos anos 70, 80 e 90, emprestadas por um torcedor – o clube já vem tentando comprar padrões antigos -, um sistema de áudio com narrações históricas (“É cacete!”) e vídeo com os melhores momentos das finais nacionais de 1987 e 2008. Por fim, um mural com ídolos. Nos campos (Magrão, Dadá, Manga) e na vida social, como o fundador Guilherme de Aquino e o torcedor Zé do Rádio. Com um mês de duração, a exposição dá uma ideia do que poderia (poderá?) ser feito num memorial na Ilha.

Áudios disponíveis:
Durval (Sport 3 x 1 Inter, nas quartas da Copa do Brasil 2008)
Bala e Luciano Henrique (Sport 2 x 0 Corinthians, final da Copa do Brasil 2008)
Marco Antônio (Sport 1 x 0 Guarani, final do Brasileirão de 1987)
Bruno Mineiro (Vila Nova 0 x 1 Sport, acesso à Série A, em 2011)

Exposição dos 111 anos do Sport, na Ilha do Retiro. Foto: Inês Campelo/Sport Club do Recife

Exposição dos 111 anos do Sport, na Ilha do Retiro. Foto: Inês Campelo/Sport Club do Recife

Exposição dos 111 anos do Sport, na Ilha do Retiro. Foto: Inês Campelo/Sport Club do Recife

O maior clássico da história de Madri valendo a Champions League, de novo

Final da Liga dos Campeões da Uefa 2015/1016: Real Madrid x Atlético de Madrid

O maior clássico da capital espanhola… em Milão.

Em 28 de maio, Real Madrid e Atlético voltam a disputar um derby com o status de maior da história. Dois anos após a decisão da Champions League em Lisboa, quando o merengue empatou aos 48 do segundo tempo, atropelando na prorrogação, os rivais voltam a duelar pela glória europeia, agora no San Siro.

Em seu torneio predileto, o Real de Cristiano Ronaldo busca o 11º título. Venceu em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002 e 2014. Não perde o gosto. Terá pela frente o valente escrete treinado por Simeone, o argentino que transpõe para o time a mesma obediência tática e garra com que jogava. Com dois vices dramáticos, sofrendo gols nos acréscimos em 1974 e 2014, o Atleti vai sedento por revanche para entrar, enfim, na galeria dos campeões.

Atlético e Real eliminaram Bayern e Manchester City, garantindo à Espanha o terceiro título seguido, o que não ocorria desde 1982, com a Inglaterra, hexa na ocasião. Em 275 clássicos, desde 1906, são 145 vitórias do Real, 69 do Atlético e 61 empates. O 276º retoma uma aura que parecia única naquela peleja em Portugal. Eis um novo épico, outra vez longe, a 1.576 quilômetros…

O futuro dos estádios Camp Nou e Santiago Bernabéu, cada vez maiores

Projetos de ampliação do Camp Nou (Barcelona) e Santiago Bernabéu (Real Madrid). Crédito: Barça e Real/site oficial

O Camp Nou e o Santiago Bernabéu estão no topo entre os maiores estádios particulares do futebol, com recomendação de cinco estrelas por parte da Uefa. Não por acaso, já receberam finais da Champions League, sendo duas na casa catalã e quatro palco madridista. Os donos são, também, os clubes mais ricos do mundo. E a sede de domínio no esporte não para. Tanto que ambos apresentaram projetos de reforma, transformando estádios decanos em arenas moderníssimas, nos mesmos gramados onde muitos craques desfilaram.

Em janeiro de 2014, o Real Madrid apresentou o Nuevo Santiago Bernabéu, com previsão de mais nove mil lugares. Orçado em 400 milhões de euros, o projeto esbarrou na justiça, por não atender às questões de urbanismo. Deve começar somente em 2017. Agora, em abril de 2016, foi a vez do Barcelona divulgar a sua nova casa, o New Camp Nou, algo como “novo campo novo”.

O clube blaugrana deve ter um gasto ainda maior que o rival merengue, 200 milhões a mais, mas com uma estrutura muito além do estádio, remodelando todo o complexo do clube. Dentro, um novo anel inferior de arquibancada, já que o atual tem pontos cegos, e o complemento do terceiro anel, aumentando ainda mais o status de maior estádio da Europa. Confira os dois vídeos, ambos bem produzidos, com projeções em 3D mostrando o passo a passo das obras.

Em 2022, um novo tempo para os gigantes espanhóis. Cada vez maiores?

New Camp Nou
Capacidade atual: 99.254 
Ampliação: 105.000
Conclusão: 2022
Gasto: 600 milhões de euros

Nuevo Santiago Bernabéu
Capacidade atual: 81.044
Ampliação: 90.000
Conclusão: 2021
Gasto: 400 milhões de euros

Os finalistas da Lampions League 2016 na versão Champions League

Lampions League 2016? Atilla Rodrigues (@AtillaSCR)

O apelido Lampions League pegou. E não há qualquer diminuição da Copa do Nordeste com a alcunha, devidamente adotada pelos torcedores e pela imprensa da região, cujo carisma é indiscutível. Daí, a curiosidade sobre os oito times classificados ao mata-mata do regional de 2016 em “versões europeias”, numa montagem que vem circulando na web, feita por Átila Rodrigues. Seja pelo nome do clube, com alguma aproximação na pronúncia, pelas cores ou pela mais pura aleatoriedade. Concorda com a escolha para o seu time?

Bayern de Munique = Bahia
Real Madrid = Ceará
Milan = Sport
CSKA = Campinense
Arsenal = Fortaleza

PSG = Santa Cruz
PSV = CRB
Galatasaray = Salgueiro 

Dos oito clubes citados, seguem na edição 2015/2016 da Champions League o Bayern, Real e PSG, também nas quartas de final. A taça, chamada de orelhuda, é a meta nos dois torneios.

Caso a brincadeira fosse invertida, quais seriam os nomes dos clubes europeus com os times nordestinos?

Quartas de final da Champions League 2016. Crédito: Uefa/twitter