Audiência do Clássico das Multidões teve 753 mil telespectadores no Grande Recife

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Santa Cruz 1 x 1 Sport. Crédito: Rede Globo/reprodução

O primeiro duelo entre tricolores e rubro-negros na temporada, válido pelo campeonato estadual, não representava tanto em termos de classificação. Com os times ainda sob ajustes e a uma semana do carnaval, o público foi de 12.408 pessoas. Embora o visual do Mundão tenha ficado esvaziado, o jogo de futebol (acima) dominou a audiência televisiva durante duas horas no Grande Recife.

Segundo o KIM MW Telereport, que fornece dados à Globo Nordeste, que transmite o Pernambucano, o jogo registrou 31 pontos de audiência, ou cinco vezes mais que a emissora vice-líder no período. Em termos absolutos, a audiência média foi de 753 mil telespectadores (60x o público no estádio), com 2/3 de todas as televisões ligadas sintonizadas no clássico.

Vale lembrar que a medição na região metropolitana é estimada pelo instituto em 3.668.200 indivíduos. Portanto, mesmo num jogo sem caráter decisivo, 20,5% do público assistiu ao empate. Ainda que seja um número considerável, foram 100 mil telespectadores a menos que o primeiro Clássico das Multidões no hexagonal anterior – na ocasião, num domingo, dia de maior apelo.

O 1º Clássico das Multidões em…

…2017
Santa Cruz 1 x 1 Sport, Arruda (18/02)

753 mil telespectadores
63% de participação

…2016
Sport 2 x 1 Santa Cruz, Ilha (21/02)

853 mil telespectadores
62% de participação

As 10 maiores audiências no Estadual desde 2010*

1.153.620 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010) – final (volta, abaixo)**
1.050.763 – Sport 1 (5) x (3) 0 Santa Cruz (13/04/2014) – semifinal (volta)
1.040.976 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/05/2011) – final (volta)
988.773 – Náutico 0 x 1 Sport (23/04/2014) – final (volta)**
969.817 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (26/03/2014) – hexagonal
961.620 – Sport 2 x 0 Náutico (16/04/2014) – final (ida)**
942.762 – Sport 0 x 2 Santa Cruz (08/05/2011) – final (ida)
887.984 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (28/04/2010) – semifinal (volta)
863.818 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (06/05/2012) – final (ida)
853.000 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (21/02/2016) – hexagonal

* Número de telespectadores considerando os jogos já divulgados pela emissora. Entre os não revelados, destaque para as decisões de 2013 e 2016

** Jogos realizados na noite de quarta-feira, pico de audiência no futebol

Pernambucano 2010, final: Sport 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

Meritocracia nas novas cotas da Série B. Só para 18 clubes, Inter e Goiás à parte

As cotas da Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A distribuição das cotas de transmissão da Série B de 2017 foram modificadas, após votação no conselho técnico, no Rio, com a presença dos vinte clubes. Até então, o valor era igual entre todos sem contrato fixo com a Globo (casos de Inter e Goiás neste ano). Agora, passa a ser calculado de acordo com a classificação na campanha anterior no Brasileiro. Lampejo de meritocracia.

Neste novo formato, em vez de R$ 5,2 milhões, que seria o repasse a 18 clubes, a cifra tem oito níveis, de R$ 6,4 mi, ao time de melhor campanha entre os rebaixados na Série A, a R$ 4,1 mi para quem subiu da terceirona. Com isso, os pernambucanos acabaram beneficiados. O Santa terá a 2ª maior verba dos não cotistas, com R$ 1 milhão a mais do que se imaginava, e o Náutico, quinto colocado na última segundona, terá a 4ª verba, ou R$ 600 mil a mais. Os seis primeiros colocados (neste contexto) ficaram num degrau acima, com os demais remanescentes (oito times) recebendo a base anterior, de R$ 5,2 mil.

O pleito foi articulado por Santa, América e Figueirense, que descenderam da A. Justamente pela queda brusca nas suas receitas – em 2016, cada um recebeu R$ 23 milhões da televisão. A partir de agora, a “zona da marola” da Série B passa ter algum sentido de competitividade, pois a colocação final tornou-se determinante para a receita na temporada seguinte (em caso de permanência).

Cotas da Série B de 2017 (entre parênteses, a campanha em 2016)*:
1) R$ 6,4 milhões – Figueirense (18º na A)
2) R$ 6,2 milhões – Santa Cruz (19º na A)
3) R$ 6,0 milhões – América-MG (20º na A)
4) R$ 5,8 milhões – Náutico (5º na B)
5) R$ 5,6 milhões – Londrina (6º na B)
6) R$ 5,4 milhões – CRB (7º na B)
7) R$ 5,2 milhões – Ceará (8º), Vila Nova (9º), Luverdense (10º), Criciúma (11º), Brasil (12º), Paysandu (13º), Paraná (15º) e Oeste (16º)
8) R$ 4,1 milhões – Boa (C), Guarani (C), ABC (C) e Juventude (C)
* Apenas os clubes sem contrato fixo de TV

O contrato atual engloba as cinco plataformas possíveis: tevê aberta, tevê fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. Somando os 18 clubes, 93,4 milhões de reais. Ainda assim, a briga pelo acesso é inglória, pois Inter e Goiás, somados, vão receber mais, com R$ 60 mi e R$ 35 mi, respectivamente.

A tabela básica da Série B de 2017, com Santa Cruz e Náutico em busca do acesso

Santa Cruz e Náutico no Campeonato Brasileiro da Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP (sobre imagem da CBF)

A CBF divulgou a tabela básica da Série B de 2017 (íntegra abaixo), que neste ano terá Santa Cruz e Náutico como representantes do futebol pernambucano. Enquanto o tricolor espera voltar à elite após um ano fora, o timbu tenta acabar a sequência de quatro temporadas na segundona (sendo 5º nas últimas duas). Juntos, os rivais já conquistaram sete acessos ao Brasileirão.

A primeira rodada será nos dias 12 e 13 de maio – a confederação ainda irá detalhar a tabela. O alvirrubro enfrenta o América -MG, na Arena Pernambuco, enquanto o tricolor vai até o interior de Santa Catarina, para pegar o Criciúma.

Na competição, os dois rivais terão uma cota de transmissão de R$ 5 milhões, assim como outros 16 clubes. Enquanto isso, Internacional (R$ 60 milhões) e Goiás (R$ 35 mi) receberão valores à parte, devido ao contrato fixo com a Rede Globo, válido até 2018. Como ocorre desde 2006, o formato é de pontos corridos, com 38 rodadas e os quatro primeiros colocados ascendendo à elite.

Acessos do Santa à Série A: 1992 (4º), 1999 (2º), 2005 (2º) e 2015 (2º)
Acessos do Náutico à Série A: 1988 (2º), 2006 (3º) e 2011 (2º)

A seguir, as rodadas de tricolores e alvirrubros:

Turno
1ª) Criciúma x Santa e Náutico x América-MG (12 ou 13/05)
2ª) Santa x Guarani e Figueirense x Náutico
3ª) CRB x Santa e Náutico x Ceará
4ª) Santa x ABC e Brasil x Náutico
5ª) Goiás x Santa x Náutico x Oeste
6ª) Santa x Londrina e Internacional x Náutico
7ª) Ceará x Santa e Náutico x Paraná
8ª) Santa x Internacional e Boa x Náutico
9ª) América x Santa e Náutico x Goiás
10ª) Santa x Figueirense e Guarani x Náutico
11ª) Oeste x Santa e Náutico x CRB
12ª) Santa x Brasil e ABC x Náutico
13ª) Luverdense x Santa e Náutico x Juventude
14ª) Náutico x Santa (Clássico das Emoções)
15ª) Santa x Vila Nova e Paysandu x Náutico
16ª) Santa x Boa e Londrina x Náutico
17ª) Paraná x Santa e Náutico x Criciúma
18ª) Santa x Paysandu e Vila Nova x Náutico
19ª) Juventude x Santa e Náutico x Luverdense 

Returno
20ª) Santa x Criciúma e América x Náutico
21ª) Guarani x Santa e Náutico x Figueirense
22ª) Santa x CRB e Ceará x Náutico
23ª) ABC x Santa e Náutico x Brasil
24ª) Santa x Goiás e Oeste x Náutico
25ª) Londrina x Santa e Náutico x Internacional
26ª) Santa x Ceará e Paraná x Náutico
27ª) Internacional x Santa e Náutico x Boa
28ª) Santa x América e Goiás x Náutico
29ª) Figueirense x Santa e Náutico x Guarani
30ª) Santa x Oeste e CRB x Náutico
31ª) Brasil x Santa e Náutico x ABC
32ª) Santa x Luverdense e Juventude x Náutico
33ª) Santa x Náutico (Clássico das Emoções)
34ª) Vila Nova x Santa e Náutico x Paysandu
35ª) Boa x Santa e Náutico x Londrina
36ª) Santa x Paraná e Criciúma x Náutico
37ª) Paysandu x Santa e Náutico x Vila Nova
38ª) Santa x Juventude e Luverdense x Náutico (25/11)

A tabela básica do Brasileiro, sujeita à mudanças a pedido da TV

O Atletiba que não aconteceu, mas que já virou um marco na transmissão online

Paranaense 2017, transmissão do Atletiba. Crédito: reprodução

Sem contrato de transmissão no Estadual, Atlético-PR e Coritiba entraram em acordo para a exibição do clássico de forma exclusiva pela internet, em seus perfis oficiais no youtube e no facebook. Fato devidamente noticiado e repercutido, já tratado como uma revolução (necessária), até pelo “não” à proposta de R$ 1 milhão da RPC, afiliada da Globo, num momento em que outros estaduais receberam aumentos substanciais.

O jogo estava agendado para as 17h, com a transmissão começando às 16h40, com narrador e comentarista, contratados de forma pontual, e duas repórteres de campo, uma de cada clube. Eis que o jogo atrasou, sem sentido. Naquele momento, com todos em campo, os quatro perfis já somavam 69 mil online.

Veio a explicação: o árbitro Paulo Roberto Alves foi orientado pelo presidente da federação paranaense de futebol, Hélio Cury, a não iniciar até que a transmissão fosse suspensa. Sabe-se lá a partir de qual cláusula, ele ordenou e ponto.

Repetindo: os clubes não têm contrato sobre o torneio, podendo negociar outros formatos, como inclusive fizeram no Campeonato Brasileiro, fechando com o Esporte Interativo, em vez do Sportv, braço da Globo, como era há anos. Não por acaso, os dirigentes dos clubes, reunidos no campo, não cederam.

Durante a transmissão foi até possível acompanhar a discussão no corredor.
“A gente não vai passar por causa da Globo?!”
“Se a gente aceitar isso, é baixar as calças”

Assim seguiu o imbróglio, durante 47 minutos, com a audiência crescendo sem parar. Chegou a 145 mil acessos de todo o país, de forma simultânea, até o cancelamento do jogo, com os jogadores agradecendo o público presente na Arena da Baixada. E a audiência digital mostrou que a transmissão online tem, sim, apelo. E quem lutou arduamente para vetar o jogo sabe muito bem disso…

Pico de audiência do Atletiba (simultâneo)
Youtube: tvatleticopr 50 mil e coritibaoficial 36 mil
Facebook: atleticopr 37 mil coritibaoficial 22 mil

“Fica um alerta para os demais presidentes de clubes: sigam o exemplo de Atlético e Coritiba. Vamos romper com o status quo”
A declaração de Luiz Sallim, presidente do Furacão, encerrando a transmissão.

Hoje, os contratos de transmissão audiovisual no país contam com cinco plataformas: tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet.

Paranaense 2017, transmissão do Atletiba. Crédito: reprodução

Atlético-PR x Coritiba, o clássico inovador com transmissão no Youtube e Facebook

Atlético-PR x Coritiba com transmissão liberada no Youtube e no Facebook. Crédito: CAP/divulgação

O maior clássico do futebol do Paraná pode ser um marco na exibição de jogos envolvendo grandes clubes do país. Sem acordo para o Estadual com a RPC, a afiliada da Globo no estado, os clubes decidiram transmitir o primeiro clássico em 2017, na Arena da Baixada, em seus perfis oficiais nas redes sociais.

Youtube: tvatleticopr e coritibaoficial, com 58 mil inscritos
Facebook: atleticopr e coritibaoficial, com 1,17 milhão de inscritos

Após o aumento milionário dos contratos do Paulistão, Carioca, Mineiro e Gaúcho, com cotas de R$ 11 mi a R$ 17 milhões, a dupla atletiba esperava uma valorização no seu torneio, o que não ocorreu. Em 2016, os clubes receberam R$ 2 milhões pelo Estadual – metade do valor pago neste ano ao Madureira do Rio, por exemplo. Assim, se acertaram com o youtube, que não cobrou pela transmissão ao vivo. Tendo cuidado com o produto, os clubes formaram uma equipe com narrador, comentarista e repórteres de campo (uma de cada clube). 

Abaixo, o blog disponibiliza o streaming, às 16h40 deste 19/02, numa ousada movimentação dos clubes na negociação. No Recife, o contrato vigente se encerra em 2018. Será que Náutico, Santa Cruz e Sport chegariam a tanto?

Transmissão do Pernambucano alcança 1,1 milhão de telespectadores na RMR

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de volta da final do Pernambucano 2016 (Sport 0 x 0 Santa Cruz)

Embora venha registrando uma queda no público presente (a média da fase principal caiu de 11 mil para 7 mil nas últimas três edições), o Campeonato Pernambucano mostra fôlego em termos de audiência televisiva, o que acaba justificando, inclusive, o atual formato da competição (com 6 clássicos no hexagonal). Segundo dados da própria Globo Nordeste, a edição de 2016 teve uma média de 700 mil telespectadores no Grande Recife, o principal mercado do estado. Foram 14 partidas de futebol exibidas em sinal aberto, incluindo a decisão, no Arruda e na Ilha – somando com o Premiere, foram 30 partidas na TV. As finais entre tricolores e rubro-negros tiveram 75% de todas as televisões ligadas sintonizadas nas partidas, um índice bem elevado, mas ainda abaixo do recorde considerando os dados divulgados pela emissora (80%).

Outro dado interessante no balanço do Kantar Ibope Media é o alcance total dos jogos, com 1,1 milhão de telespectadores assistindo ao menos um minuto. Logo, quase 1/3 da medição na região metropolitana – hoje, o Ibope estima 3.668.200 indivíduos. Sobre esse público, o atlas de cobertura da emissora traçou o perfil do telespectador, alimentando o debate sobre a falta de conexão (será?) entre o espectadores e a audiência. No Recife, o perfil das transmissões traz pessoas acima de 25 anos (72%) e das classes C, D e E (79%). Ou seja, um menor pode aquisitivo na compra de ingressos e na associação ao clube, restando a tevê.

Vale lembrar que o contrato de transmissão vigente (que contempla tvs aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet) vai de 2015 a 2018, com R$ 3,84 milhões distribuídos para os clubes a cada temporada.

Abaixo, dados de audiência do Estadual já divulgados pela Globo e compilados pelo blog. Como o plano comercial da emissora para a temporada 2015 considerou o Pernambucano e o Nordestão como um só produto (até por contar com times locais de forma simultânea), o dado acabou distorcido (para cima).

Audiência média do Pernambucano na TV aberta
2010 – 541 mil telespectadores
2011 – 526 mil telespectadores
2012 – 524 mil telespectadores
2013 – 555 mil telespectadores
2014 – 696 mil telespectadores
2015 – 974 mil telespectadores*
2016 – 700 mil telespectadores

* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão

Finais com mais participação do público na TV**
80,0% – Sport 2 x 3 Santa Cruz (2012)
79,0% – Sport 1 x 0 Náutico (2010)
77,3% – Santa Cruz 0 x 1 Sport (2011)
75,0% – Sport 0 x 0 Santa Cruz (2016)
71,5% – Náutico 0 x 1 Sport (2014)

** Percentual de televisões sintonizadas no jogo a cada 100 aparelhos ligados

Transmissões do Estadual pela Globo Nordeste
2012 – 25 jogos (ou 18% de 138, o total de partidas)
2013 – 18 jogos (ou 13% de 138)
2014 – 14 jogos (ou 10% de 140)
2015 – 14 jogos (ou 11% de 124)
2016 – 14 jogos (ou 15% de 92)

Reprodução da transmissão da Globo Nordeste no jogo de ida da final do Pernambucano 2016 (Santa Cruz 1 x 0 Sport)

Para FPF, o contrato de televisão do Estadual valeria R$ 13 milhões em 2019

FPF negociando o Campeonato Pernambucano...

O valor atual do contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano está defasado, segundo o próprio presidente da FPF. O acordo de 2015 a 2018 foi negociado por Náutico, Santa e Sport, autorizados por Evandro Carvalho. Já o próximo contrato de televisão, de 2019 a 2022, será formatado pela federação, através de licitação, com abertura já neste ano. De acordo com o dirigente, considerando audiência (a “maior do Norte-Nordeste”, embora Evandro não tenha apresentado o quadro do Ibope), o acréscimo de mercado nos últimos quatro anos e a concorrência, o número poderia ser “três vezes e meia maior”. 

Assim, num aumento de 250%, o Campeonato Pernambucano chegaria a R$ 13,4 milhões, ficando na 5ª colocação entre os estaduais, no mesmo patamar da projeção do Paranaense – também numa roda de negociações. Com isso, cada grande clube local receberia R$ 3,3 milhões. Ainda abaixo do Madureira (que recebe R$ 4 milhões pelo Carioca), mas um valor que já estimula investimento e foco na competição. Abaixo, o blog simulou as cotas de 2019 a partir da fala do mandatário, também levando em conta alcances menores da meta, cenários normais em licitações. Hoje, o Estadual tem a 7ª maior cota absoluta, mas num nível bem abaixo de Paraná (-129%) e Santa Catarina (-24%).

Cotas dos Estaduais de 2017:
São Paulo – R$ 160 milhões
Rio de Janeiro – R$ 120 milhões
Minas Gerais – R$ 36 milhões
Rio Grande do Sul – R$ 33,8 milhões
Pernambuco – R$ 3,8 milhões
Baiano – R$ 2,7 milhões
Cearense – R$ 2,5 milhões

Evandro Carvalho já notificou a Globo Nordeste, detentora exclusiva dos direitos de transmissão (em seguidos contratos) desde 2000, sobre o processo licitatório, que deverá ser enviado a outras emissoras, como Esporte Interativo e Record, citadas nominalmente na entrevista. Vale lembrar que o formato de exibição do campeonato contém cinco plataformas (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet), que não necessariamente precisam ser negociadas com a mesma empresa. A conferir.

Cotas absolutas de transmissão na TV do Campeonato Pernambucano:

1999 – R$ 601.000 (TV Pernambuco, a 1ª edição negociada)
Grandes (3 clubes) – R$ 100.000
Pequenos (7 clubes) – R$ 43.000

2015 – R$ 3.840.000 (Rede Globo, em vigor)
Grandes (3 clubes) – R$ 950.000
Pequenos (9 clubes) – R$ 110.000

2019 – R$ 13.440.000 (100% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 3.325.000
Pequenos (9 clubes) – R$ 385.000

2019 – R$ 9.408.000 (70% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 2.327.500
Pequenos (9 clubes) – R$ 269.500

2019 – R$ 6.720.000 (50% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 1.662.500
Pequenos (9 clubes) – R$ 192.500

* Como em 2015-2018, o contrato 2019-2022 teria reajustes anuais nas cotas através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

As cotas de televisão do Campeonato Pernambucano, atualizadas via IGP-M

Jogos transmitidos no Campeonato Pernambucano de 2017: Náutico 1x1 Santa (Globo), Sport 3x0 Central (Premiere), Vitória 3x0 América (globoesporte.com) e Central 0x0 Atlético (globoesporte.com). Fotos: DP (Arena e Ilha), Vitória/site oficial (Carneirão) e Central/site oficial (Lacerdão)

Acima, alguns dos jogos transmitidos no campeonato estadual de 2017: Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Globo NE), Sport 3 x 0 Central (Premiere), Vitória 3 x 0 América (globoesporte.com) e Central 0 x 0 Atlético (globoesporte.com)

O contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano firmado junto à Rede Globo, de 2015 a 2018, prevê um investimento anual de R$ 3,84 milhões, somando todas as plataformas de exibição. Pelo acordo, cada grande clube recebe R$ 950 mil, enquanto os nove intermediários ganham R$ 110 mil, cada. Entretanto, há uma correção anual, sob contrato. Através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), cada cota é reajustada a partir do valor-base, estipulada em janeiro de 2015. Através do site do Banco Central do Brasil é possível calcular a correção das últimas cotas (abaixo). De 2015 para 2016, por exemplo, o aumento acumulado foi de “11,8045%”. Neste ano, as parcelas atualizadas de Náutico, Santa e Sport, somadas, chegam a R$ 3.398.667. A Ponte Preta, para citar um exemplo, recebeu R$ 5 milhões pelo Paulistão…

Para o quadriênio 2019-2022, a direção da FPF pretende abrir uma licitação para a transmissão nas cinco plataformas audiovisuais (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet) com valores públicos. A conferir.

Receita original da televisão/ano
Grandes – R$ 700 mil (cota) + R$ 250 mil (luva)
Pequenos – R$ 60 mil (cota) + R$ 50 mil (luva)

Cotas do Campeonato Pernambucano (contrato 2015-2018):

2015 (janeiro)
Grandes(3)  – R$ 950.000
Pequenos (9) – R$ 110.000
Total (12 clubes) – R$ 3.840.000

2016 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.062.142 (+11,80% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 122.984
Total (12 clubes) – R$ 4.293.292

2017 (janeiro)
Grandes (3) – R$ 1.132.889 (+6,6% sobre 2016 ou 19,2% sobre 2015)
Pequenos (9) – R$ 131.176
Total (12 clubes) – R$ 4.579.260

Confira o balanço das cotas dos onze principais campeonatos estaduais aqui.

As cotas de TV no Brasileiro de 2006 a 2017, com Fla, Sport, Náutico e Santa

Cotas de televisão no Campeonato Brasileiro de 2006 a 2017 (em R$). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O contrato atual de transmissão do Campeonato Brasileiro vai de 2016 a 2016, com diversas castas de divisão, tanto na primeira quanto na segunda divisão. Como se sabe, 18 clubes tem aporte de elite mesmo em caso de rebaixamento. No Nordeste, apenas Sport, Bahia e Vitória. Para mostrar essa diferença nas cotas (tanto no cenário nacional quanto local), o blog compilou os últimos quatro contratos de televisão, todos assinados com a Rede Globo.

O Flamengo sempre fez parte do grupo 1. Até 2011, junto a Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco. Hoje, apenas na companhia do Timão. Enquanto o Sport faz parte do último degrau dos cotistas, os rivais Náutico e Santa recebem um montante ainda menor, e somente em caso de participação no Brasileirão. No quadro produzido pelo blog, os valores recebidos pelo Trio de Ferro e pelo principal expoente neste processo, já com 12 anos. Somados, alvirrubros e tricolores representam cerca de R$ 110 milhões, ou 48,9% do repasse ao Sport. No período, os leoninos jogaram a Série B quatro vezes, recebendo 50% nos três primeiros anos e 75% na última campanha, em 2013. Por outro lado, o Santa acabou passando seis anos entre as Séries C e D, que não contam (até hoje), com verba de televisionamento. Ah, os grandes clubes recifenses ganharam 334 milhões de reais, considerando as cotas fixas, ou 35,1% da cota do Mengo.

Espera-se uma reformulação na distribuição da receita de tevê no Brasileirão a partir de 2019. No caso, no contrato de seis temporadas, até 2024, com a Globo emulando o sistema da Premier League, com 40% (igualitário), 30% (audiência) e 30% (classificação anterior), em vez de 50%/25%/25%. Para isso, precisou ocorrer a concorrência do Esporte Interativo, que já firmou contrato com clubes como Santos, Inter, Bahia e Atlético-PR.

2006-2008
G1 – R$ 21 milhões (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco
G2 – R$ 18 milhões/ano (Santos)
G3 – R$ 15 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 11 milhões/ano Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 3,4 milhões/2006) e R$ 5,5 milhões/2007-2008 (demais clubes)
Série B – R$ 1,25 milhão (demais clubes)
Série C – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 17,6 milhões (6,1 x mais)

No período, o clube cotista rebaixado recebia 50% no primeiro ano na Série B. A partir do segundo ano seguido na segunda divisão, passava a ganhar 25% (norma posteriormente retirada, a pedido dos clubes). O valor dos não cotistas foi ampliado em 2007, se mantendo congelado por 5 anos.

2009-2011
G1 – R$ 36 milhões/ano (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco)
G2 – R$ 20,6 milhões (Santos)
G3 – R$ 20 milhões (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 13 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 5,5 milhões (demais clubes)
Série B – R$ 1,8 milhão (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 30,5 milhões (6,5 x mais)

O novo contrato, outra vez, num triênio, manteve o mesmo formato anterior, com ajustes nas cotas. O grupo 1 subiu 71%, enquanto o grupo 4 subiu 18%.

2012-2015
G1 – R$ 110 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 80 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 70 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 60 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 45 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 27 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 18 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 3 milhões (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 92 milhões (6,1 x mais)

O novo acordo, de quatro anos, foi apelidado de supercota, com Fla e Timão no primeiro escalão. Foi o primeiro negócio após a implosão do Clube dos 13. Em relação aos cotistas rebaixados (Guarani e Lusa deixaram de ser, diga-se), o valor 75% da cota no primeiro ano, 50% e 25% no terceiro.

2016-2018
G1 – R$ 170 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 110 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 100 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 80 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 60 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 35 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 23 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 5 milhões (demais clubes)
Séries C e  D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 147 milhões (7,3 x mais)

No novo modelo, retomando o triênio, os rebaixados passam a ter cota integral mesmo em caso de participação na Série B

As cotas de televisão dos Estaduais 2017, com até R$ 157 milhões de diferença

Campeonatos estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Bahia e Ceará

Se já é complicado apurar as cifras absolutas pagas aos clubes pela transmissão do Campeonato Brasileiro, no cenário estadual o tema é uma verdadeira caixa-preta. Informações desencontradas (dos clubes, das federações e também da própria imprensa), prazos distintos nos contratos, renovações arrastadas e divisões de cotas não menos questionáveis. Mas, ainda assim, é possível traçar um cenário aproximado da realidade.

Sobre 2017, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre os onze maiores campeonatos estaduais, incluindo o Pernambucano, o Baiano e o Cearense. Esses três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 18,5 milhões.

Dos números conhecidos (ainda que arredondados), a diferença máxima entre as competições é de R$ 157,4 milhões (SP x CE). Em dez casos, os acordos envolvem a Rede Globo e suas afiliadas. De acordo com o atlas de cobertura da emissora, existem 200.618.195 telespectadores potenciais. Logo, somando o alcance do Paulista e do Carioca (com 16 estados, considerando a transmissão do ano anterior), chega-se a 100.703.663, ou 50,2% do país.

As cotas dos principais clubes nos campeonatos estaduais de 2017

Paulistão
Sem surpresa, o torneio de São Paulo é o mais valorizado. Não por acaso, os clubes do estado ainda não aderiram à Primeira Liga (que paga 7 vezes menos). Para um calendário de pelo menos doze partidas (lembrando que o torneio de 2017 terá quatro times a menos em relação a 2016), os quatro grandes recebem, cada um, cerca de R$ 17 milhões. Valores informados em duas fontes, Máquina do Esporte e Veja. Num bloco intermediário, a Ponte receberá 5 milhões, montante superior a todo o Pernambucano (!). Mercados antagônicos, fato, mas não deixa de ser um comparativo poderoso para o restante da temporada.

R$ 160 milhões/ano (16 clubes; de 12 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: Globo SP (2016-2019), inclui Sportv e ppv
R$ 17 milhões – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos
R$ 5 milhões – Ponte Preta
R$ 3,3 milhões – demais clubes (11)
R$ 5 milhões – campeão
R$ 1,65 milhão – vice
R$ 1,1 milhão – 3º lugar
Alcance da TV aberta: SP (43,8 milhões de telespectadores)

Carioca (atualizado em 05/02)
O Carioca foi reformulado, voltando a ter as Taças Guanabara e Rio, com semifinais e finais, num modelo com histórico de audiência. O Estadual do Rio também passa de uma centena de milhões de reais, pois é exibido para o Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Contudo, o contrato ficou a mercê da assinatura do Fla, que inicialmente não aceitou o percentual da Ferj, segundo a repórter Gabriela Moreira, da ESPN. De fato, repassar 10% do contrato geral (R$ 12 milhões) para a federação é inexplicável (apesar da justificativa de custos operacionais). Os dados dos clubes pequenos foram divulgados por Rodrigo Mattos, do Uol. Somando São Paulo e Rio, R$ 280 milhões anuais, incluindo as premiações aos melhores colocados (campeão, vice, semifinalistas etc).

R$ 120 milhões/ano (16 clubes; de 11 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Rio (2017-2024), inclui ppv
R$ 15 milhões – Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo
R$ 4 milhões* – Bangu, Madureira, Volta Redonda e Boavista

R$ 2,2 milhões – Macaé e Resende
R$ 1,826 milhão – Nova Iguaçu e Portuguesa
R$ 4 milhões – campeão

R$ 1,8 milhão – vice
R$ 250 mil – semifinalistas
Alcance da TV aberta: RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (56,8 milhões de telespectadores).

Mineiro
Em 3º lugar, mas num patamar bem abaixo, vem Minas Gerais, o segundo estado mais populoso. Com o fim do contrato 2012-2016, a competição foi oxigenada financeiramente. No novo acordo, novamente por cinco edições, o Mineiro registrou um aumento de 56%, passando de R$ 23 mi para R$ 36 milhões, segundo Vinícius Dias, do blog Toque Di Letra, do portal Uai. O pacote mantém as tevês aberta e fechada, além do pay-per-view. As cotas anuais de Galo e Raposa passaram de R$ 7 mi para R$ 12 milhões (acréscimo de 71%). Já o América, a terceira força, ganha 3x mais que os grandes do Recife…

R$ 36 milhões/ano (12 clubes; de 11 a 15 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Minas (2017-2021), inclui ppv
R$ 12 milhões – Atlético-MG e Cruzeiro
R$ 2,8 milhões – América
R$ 850 mil – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: MG (20,6 milhões de telespectadores)

Gaúcho
No extremo sul, um cenário curioso. Ao menos até aqui, informa-se um acordo de apenas um ano, segundo Gustavo Manhago, da Rádio Gaúcha. O Gauchão – cujo acerto ocorreu só no fim de dezembro – pagará um pouco menos que o Mineiro (diferença de R$ 2,2 mi). Se por um lado a dupla Grenal receberá 1 milhão a menos, os times do interior vão receber R$ 250 mil a mais. No interior, dois subgrupos, com Brasil e Juventude destacados dos demais por integrarem a Série B nacional.

R$ 33,8 milhões/ano (12 clubes; de 11 a 17 jogos para os grandes)
Contrato: RBS TV (2017), inclui ppv
R$ 11 milhões – Grêmio e Inter
R$ 1,5 milhão – Brasil de Pelotas e Juventude
R$ 1,1 milhão – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: RS (11,1 milhões de telespectadores)

Paranaense
No Paraná, os clubes (sobretudo o Atletiba) exigem um piso para a cota geral. Ou seja, que o contrato não seja inferior a estaduais à parte do eixo SP-RJ-MG-RS, via blog De Prima, do Lance!. A negociação segue com a afiliada da Globo, que em 2016 bancou 8,8 milhões de reais, quase a soma do valor previsto no Pernambucano, Baiano e Cearense somados.

R$ 8,8 milhões/ ano* (12 clubes; de 11 a 17 jogos para os grandes)
Contrato: RPC (em negociação)
R$ 2 milhões* – Atlético-PR e Coritiba
R$ 1 milhão* – Paraná Clube
R$ 600 mil* – Londrina
R$ 400 mil* – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: PR (10,7 milhões de telespectadores)
*Valores pagos na edição de 2016, expostos a título de comparação.

Catarinense
Em 2015, Santa Catarina emplacou quatro clubes no Brasileirão, à frente do Rio. Naquele mesmo ano foi firmado um contrato de três anos, incluindo sinal aberto e pay-per-view. Ao contrário do Pernambucano e do Baiano, com um jogo por rodada e oferecidos como “degustação” a assinantes do Paulista e do Carioca, o Catarinense tem um pacote de jogos maior. Daí, mais receita. Somando Globo e Premiere, R$ 7,3 milhões, segundo Tony Marcos, da Rádio Difusora. Com os descontos da federação, arbitragem e outros custos operacionais, sobra 65% para os clubes. Na divisão, três subgrupos, com o último reservado aos times oriundos da segundona.

R$ 4,777 milhões/ano (10 clubes; de 18 a 20 jogos para os grandes)
Contrato: RBS TV (2015-2017), inclui ppv
R$ 673 mil – Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville
R$ 332 mil – Brusque, Inter de Lages e Metropolitano
R$ 208 mil – Atlético Tubarão e Almirante Barroso
Alcance da TV aberta: SC (6,7 milhões de telespectadores)

Pernambucano
No cenário local, o contrato de quatro anos (com a Globo, detentora dos direitos desde 2000!) prevê um reajuste anual através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Assim, por mais que o valor-base (de janeiro de 2015) seja de R$ 950 mil para o Trio de Ferro, na prática cada um ganhará R$ 1.125.685 em 2017. Logo, a 103ª edição do Estadual terá um aporte de 4,5 milhões. Vale lembrar que o campeonato estadual oferecia uma premiação ao campeão até 2014 (R$ 400 mil na ocasião), mas, em comum acordo, os grandes preferiram abrir mão do valor, com a verba extra sendo repartida.

R$ 3,84 milhões/ano (12 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: Globo Nordeste (2015-2018), inclui ppv
R$ 950 mil – Náutico, Santa Cruz e Sport
R$ 110 mil – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: PE (9,6 milhões de telespectadores)

Baiano
No Campeonato Baiano, que terá como particularidade o número ímpar de competidores (lembrando a desorganizada década de 1990), os valores foram revelados pelo balancete do Bahia. No dado do clube foram R$ 893.401 em 2016, numa correção monetária sobre o valor-base de R$ 850 mil (nos mesmos moldes do Pernambucano). A cota é a mesma paga ao rival Vitória. No contrato anterior (2011-2015), a dupla Ba-Vi recebeu R$ 750 mil. Portanto, um mísero aumento de 13%.

R$ 2,71 milhões/ano (11 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: Rede Bahia (2016-2020), inclui ppv
R$ 850 mil – Bahia e Vitória
R$ 113 mil* – demais clubes (9)
Alcance da TV aberta: BA (14,4 milhões de telespectadores)

* Projeção, considerando o mesmo percentual de aumento sobre a cota anterior para os clubes intermediários, de R$ 100 mil

Paraense
Com Remo e Paysandu, os clubes mais populares da região, o principal campeonato estadual do Norte é o único, desta lista, que não é exibido pela Globo. Desde 2009 é transmitido pela TV Cultura, emissora estatal. O sinal é transmitido para 110 dos 144 municípios do estado, alcançando 71% da população (hoje estimada em 8,2 milhões). Ao todo, o aporte é (desde 2014) de R$ 2,956 milhões, com quase 300 mil repassados a custos operacionais, segundo dados da própria Secretaria de Esporte e Lazer do Pará. Ah, também conta com premiação ao campeão.

R$ 2,70 milhões/ano* (10 clubes; de 10 a 14 jogos para os grandes)
Contrato: TV Cultura (2017)
R$ 827.904* – Remo e Paysandu
R$ 118.272* – demais clubes (8)
R$ 100 mil – campeão
Alcance da TV aberta: PA (5,9 milhões de telespectadores)
*Valores pagos nos triênio 2014-2016

Cearense
O certame alencarino é único, entre os onze, com uma divisão de transmissão – e não compartilhamento, como a Globo costuma fazer com a Band. Isso porque o Esporte Interativo também adquiriu os direitos de uma plataforma (fechada). Após 2015-2016, renovou por outro biênio. Além disso, a Verdes Mares (a Globo cearense) também cede o sinal à TV Diário. As cotas foram aproximadas a partir de informações do jornalista Mário Kempes e do jornal O Povo.

R$ 2,56 milhões/ano (10 clubes; de 9 a 15 jogos para os grandes)
Contrato: Verdes Mares (2016-2019) e Esporte Interativo (2017-2018)
R$ 800 mil – Ceará e Fortaleza
R$ 120 mil – demais clubes (8)
Alcance da TV aberta: CE (8,7 milhões de telespectadores)

Goiano
Entre os estados listados, o campeonato de Goiás foi o mais complicado na apuração de informações, com valores escassos entre 2013 e 2015. Após o acerto exclusivo em 2016, os clubes seguem negociando a receita de 2017. Exibido pela mesma emissora desde 2009 (tendo o compartilhamento da Band em 2016), o torneio no Centro-Oeste conta com três cotas principais, reunindo os clubes da capital.

R$ 2,2 milhões/ano* (10 clubes; de 14 a 18 jogos para os grandes)
Contrato: TV Anhanguera, inclui ppv (em negociação)
R$ 500 mil – Atlético-GO, Goiás e Vila Nova
Alcance da TV aberta: GO (6,2 milhões de telespectadores)
* Estimativa de 2015, com os times intermediários ganhando R$ 100 mil

As cotas dos principais clubes nos campeonatos estaduais de 2017