Em transição, opção pela vaga na Sula ou na Copa do Brasil será feita por escrito

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

A classificação à Copa Sul-Americana atrelando a participação à eliminação precoce na Copa do Brasil, num formato esdrúxulo e antidesportivo, foi implantada pela CBF em 2013, quando os dois mata-matas passaram a ser simultâneos no segundo semestre. Foi assim em 2013, 2014, 2015 e 2016. E o cenário também caminha para ser aplicado em 2017, com as oito vagas (seis via Brasileiro, uma pelo Nordestão e outra pela Copa Verde) já regulamentadas. Contudo, deve haver uma novidade (já era hora).

Durante a apresentação das decisões do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, formado por 18 membros, entre eles ex-jogadores como o pernambucano Ricardo Rocha, o diretor de competições da confederação, Manoel Flores, explicou que a classificação internacional deve passar por uma transição. A primeira, a curto prazo, é a opção por escrito.

“Essa é uma questão que continua. A gente, em conselho técnico, decidiu em conjunto com os clubes de que os clubes ao término do Brasileiro desse ano (2016) vão informar a opção deles. Eles querem isso, poder informar a opção. Foi decidido e aprovado por todos. Então, sabedores que estão classificados à Sul-Americana, vão fazer essa opção por escrito. É uma questão que está sendo trabalhada junto à Conmebol. A gente entende que no futuro, não muito distante, a readequação de Libertadores e Sul-Americana é algo que tem que ser revisto. A gente vai lutar por isso na entidade continental.”

Para 2017, pela declaração de Flores, é possível concluir que Santa Cruz e Paysandu, campeões regionais, terão que escolher entre Sula e Copa do Brasil antes da disputa, além dos seis melhores colocados da Série A, à parte dos classificados à Libertadores. Vale lembrar que o Sport tentou abrir mão da Copa do Brasil em 2016, para se dedicar à Sula, solicitando formalmente à CBF. Na ocasião, a entidade negou. O rubro-negro confirmou a atitude em nota oficial. Ao que parece, a ideal acabou entrando na pauta do comitê de reformas…

Reunião do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro em 09/06/2016. Foto:  Felipe Varanda/CBF

Hernanes, o 10º pernambucano na Copa do Mundo

Hernanes em ação pela Seleção Brasileira em 2013, contra México (2x0), Itália (2x2), Zâmbia (2x0) e Suíça (0x1). Fotos: Jefferson Bernardes/Vipcom (México), Wander Roberto/Vipcom (Itália), Rafael Ribeiro/CBF (Zâmbia e Suíça)

Hernanes mantém a tradição de Pernambuco na Copa do Mundo.

Pela 7ª vez consecutiva, um jogador nascido no estado defenderá a Seleção Brasileira no Mundial. É assim de forma ininterrupta desde 1990.

O meia recifense de 28 anos é um dos 23 nomes confirmados por Luiz Felipe Scolari para o torneio no país. Fez jus à série de partidas disputadas com a camisa verde e amarela em 2013, nada menos que quinze, sempre com o número 8.

Essas atuações foram paralelas ao desempenho na Internazionale de Milão, contratado junto à Lazio. Sempre de forma versátil, com marcação forte, bom passe e apoio na criação de jogadas.

Ao todo, o “Profeta” já vestiu a camisa do Brasil em 23 oportunidades desde 2008.

Abaixo, em ordem cronológica, a lista completa dos pernambucanos, com a edição disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi ao Mundial atuando no estado.

1 – Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2 – Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3 – Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4 – Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5 – Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6 – Ricardo Rocha, 1990/1994 (zagueiro, Santa Cruz)
7 – Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8 – Juninho Pernambucano, 2006 (meia, Sport)
9 – Josué, 2010 (volante, Porto)
10 – Hernanes, 2014 (meia, Unibol)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Hernanes!

Relembre os primeiros contratos de todos os mundialistas do estado aqui.

A eterna superação coral no tri-supercampeonato

Santa Cruz tri-supercampeão pernambucano em 1983. Crédito: Rede Globo NE/Youtube/reprodução

Confiante, Gomes partiu para a cobrança.

Apinhado, o Arruda aguardava o lance quase em silêncio.

O zagueiro encheu o pé. Chute seco, estufando as redes… Um gol para sempre.

O Santa Cruz era tri-supercampeão pernambucano. Um feito há exatamente três décadas, em 18 de dezembro de 1983.

Naquela tarde noite os corais conquistaram a maior taça de sua quase centenária história. Um título diante dos rivais alvirrubros, no jogo extra, mas também passando pelos rubro-negros, no triangular.

A campanha foi longa, com técnica e, sobretudo, raça da trupe de Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Henágio, todos eles comandados por Carlos Alberto Silva.

Em três turnos – cada um vencido por um dos grandes clubes, provocando o supercampeonato final -, o Tricolor entrou em campo em 47 oportunidades, com 29 vitórias, 13 empates e apenas 5 derrotas.

Dono de uma defesa sólida, com apenas 22 gols sofridos, e um ataque arrasador, com 100 tentos marcados.

A presença coral no triangular veio somente no terceiro turno, em uma decisão contra o Sport. Campo neutro, em Caruaru. Vitória por 1 x 0.

A partir daí, mais três clássicos até a faixa de campeão.

Na finalíssima, o Clássico das Emoções atraiu nada menos que 76.636 pagantes, em um dos maiores públicos da história do Mundão.

Empate em 1 x 1 e triunfo nas penalidades por 6 x 5.

Completava-se o ciclo com 1957, 1976 e 1983.

Ainda hoje o tri-super é uma exclusividade nas bandas da Avenida Beberibe…

Os primeiros contratos de todos os pernambucanos presentes no Mundial

Painel da FPF com os jogadores pernambucanos que já participaram da Copa do Mundo. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Nove pernambucanos já defenderam a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Todos eles iniciaram as respectivas carreiras no futebol local.

Na sede da FPF, um enorme painel faz uma homenagem a esses craques que representaram o estado no Mundial. Além de fotografias de todos eles, há a documentação histórica, com o primeiro contrato de cada um, alguns ainda no infantil. Por sinal, o acervo da entidade é enorme, com todos os contratos desde o primeiro acerto profissional, com o centralino Zago, em 1937.

Entre os registros já amarelados com o tempo, duas lacunas. Ainda não foi encontrado o contrato pioneiro do atacante Vavá, revelado na Ilha do Retiro e bicampeão nas Copas de 1958 e 1962. Já no lugar de Ademir, vice em 1950 e também revelado no Leão – cujo registro original está abaixo -, foi colocado erroneamente o contrato de seu irmão mais novo, Ademis (veja aqui).

Curiosidade: o meia Hernanes, cria do Unibol em 1999, já se faz presente no painel ao lado dos nove mundialistas. De fato, o jogador é a maior aposta pernambucana para 2014. Confira o seu contrato aqui.

Ademir Menezes, atacante – 1950 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Ademir Menezes (Sport). Crédito: documentário Um artilheiro no meu coração/reprodução

Zequinha, volante – 1962 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Zequinha (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rildo, lateral-esquerdo – 1966 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Rildo (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Manga, goleiro – 1966 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Manga (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Ricardo Rocha, zagueiro – 1990 e 1994 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Ricardo Rocha (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Rivaldo, meia-atacante – 1998 e 2002 (Santa Cruz)

Primeiro registro como atleta na FPF: Rivaldo (Santa Cruz). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Juninho Pernambucano, meia – 2006 (Sport)

Primeiro registro como atleta na FPF: Juninho Pernambucano (Sport). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Josué, volante – 2010 (Porto)

Primeiro registro como atleta na FPF: Josué (Porto). Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Arena Pernambuco em 3D

Orçada em R$ 532 milhões, a Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, começa a sair do papel. Ainda em marcha lenta, aguardando o parecer arqueológico.

O estádio pernambucano para a Copa do Mundo de 2014 está sendo desenvolvido pelo consórcio liderado pela construtora Odebrecht.

Abaixo, o vídeo institucional do projeto, com imagens em 3D da futura Cidade da Copa, assim como as obras viárias e depoimentos de Juninho Pernambucano e Ricardo Rocha.

Confira o hotsite Diario de uma Arena, sobre a evolução da obra, clicando AQUI.

No vídeo, o prazo de conclusão do estádio de 46 mil lugares: dezembro de 2012.

Ricardo chama o povão

O tetracampeão mundial Ricardo Rocha gravou um vídeo chamando o povão coral para o jogo de domingo, contra o Guarany de Sobral.

É mais um na campanha para encher o Arruda nesta fase decisiva da Série D.

No Santa Cruz, o zagueiro foi supercampeão pernambucano em 1983. Tinha 21 anos na época. Na verdade, Ricardo Rocha atuou como lateral-direito naquela campanha, que resultou no 3º supercampeonato do tricolor, sob o comando Carlos Alberto Silva.

Confira a mensagem do craque!

8 toneladas

Gol pela vida 2010: Ciro e Kuki comemoram mais um gol dos amigos de Juninho Pernambucano, que venceu o time dos amigos de Ricardo Rocha por 6 x 0. Foto: Inês Campelo/DP

Céu nublado durante todo o domingo e pancadas de chuva no Recife.

Logo num dia marcado para uma partida beneficente nos Aflitos para as vítimas das enchentes que castigaram a mata sul de Pernambuco. E foram muitas. Milhares. Mais de 82 mil desabrigados e desalojados em 68 municípios.

A população do Grande Recife atendeu ao pedido de solidariedade.

Foram 8 toneladas de alimentos arrecadados no jogo, que contou com craques de um passado recente, conscientes do dever de ajudar.

No fim, uma goleada daquelas.

Amigos de Juninho Pernambucano 6 x 0 Amigos de Ricardo Rocha.

O placar não importa. Valeu o show de Pig, que marcou 2 gols. Pig?! Sim. Fez parte da geração do Sport de Juninho, Chiquinho e Leonardo de 1994, mas não deslanchou.

Como curiosidade, vale dizer que o time da imprensa pernambucana venceu a equipe dos artistas locais por 6 x 3, na preliminar.

Colaboradores do blog como Fred Figueiroa (goleiro mandake), Lucas Fitipaldi, Celso Ishigami e Alexandre Barbosa participaram dessa legítima pelada!

Gol pela vida

Enchente em Barreiros/PE (21/06/2010). Foto: Alcione Ferreira/DP

A causa é nobre.

Um jogo para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes que castigaram Pernambuco, atingindo 68 municípios. Mais de 82 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas durante a tragédia, já considerada como um tsunami de água doce.

O domingo, reservado para o futebol, não terá nenhum jogo profissional no Recife. Com a data vaga, um jogo beneficente foi marcado para os Aflitos, às 17h. O amistoso “Campeões de mãos dadas por Pernambuco” foi anunciado nesta quarta.

A entrada? Um quilo de alimento ou material de higiene pessoal.

Em campo, muitos craques. Inclusive cinco campeões mundiais de 1994.

Amigos de Juninho Pernambucano
Magrão, Albérico, Givaldo, Lúcio Surubim, Adriano, Sandro, Dário, Zé Carlos, Toninho Cerezo, Alexandre Gallo, Zé do Carmo, Ataíde, Juninho Pernambucano, Nildo, Ciro, Kuki, Leonardo, entre outros.

Amigos de Ricardo Rocha
Do time do tetracampeonato: Ricardo Rocha, Jorginho, Márcio Santos, Viola e Paulo Sérgio. Demais ex-craques: Ricardo Pinto, Mauro Galvão, Gonçalves, Amaral, Robert, Ailton, João Paulo etc.

Vale a pena ir aos Aflitos… Além solidariedade, o nível técnico realmente será dos melhores. Alguma ideia para escalar as equipes?!

9º pernambucano na Copa do Mundo

Lista revelada. Entre os 23 jogadores convocados para a Seleção Brasileira está o volante Josué, do Wolfsburg, da Alemanha (veja a lista completa AQUI).

Assim, o jogador de 30 anos, nascido em Vitória de Santo Antão e revelado pelo Porto de Caruaru, tornou-se o 9º pernambucano convocado para uma Copa do Mundo. José, que já ganhou a Copa das Confederações, em 2009, vai representar o estado em 2010.

Josué já jogou 26 vezes pela Canarinha. Marcou 1 gol. 😎

Abaixo, a lista completa dos pernambucanos, por ordem cronológica, com a copa disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi para o Mundial atuando no estado.

Josué, na Seleção1-Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2-Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3-Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4-Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5-Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6-Ricardo Rocha, 90/94 (zagueiro, Santa)
7-Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8-Juninho PE, 2006 (meia, Sport)
9-Josué, 2010 (volante, Porto)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Josué!

Em tempo: parabéns ao atacante Grafite, que despontou mesmo no futebol em 2001, no Santa Cruz. A ligação do jogador com o estado é grande, tanto que ele casou com uma recifense, tem filhos pernambucanos e passa as férias na capital.

Do campo para o comando do Arruda

Sérgio China, mas um ex-jogador coral a assumir o comando técnico do time

Sérgio China é mais um ex-jogador de grande destaque no Santa Cruz a virar treinador do clube coral. Listei abaixo alguns casos – e todos ocorreram nesta década. Você lembra de mais algum? Comente! 😎

Zé do Carmo – O cabeça-de-área ganhou os Estaduais de 1983, 1986 e 1987. Além da técnica, Zé também era famoso pelas provocações, sempre com bom humor. Após deixar o Santa e ganhar o Brasileirão pelo Vasco, em 89, ele chegou a jogar na Seleção. Foi anunciado como treinador do Tricolor no início de 2008, na gestão de Edson Nogueira. Mas Zé do Carmo não resistiu nem 2 meses, e foi substituído por Fito Neves em 16 de fevereiro. 😯

Ricardo Rocha – Campeão mundial com o Brasil em 1994, o ex-zagueiro jogou em 1983 e 1984 pelo Santinha, sendo tri-supercampeão logo no primeiro ano. Naquele título, ele tinha 21 anos e ainda atuava como lateral direito. No Santa, trabalhou como técnico em 2001, no início do Estadual. Acabou saindo, dando lugar a Ferdinando Teixeira, que perdeu o título para o Náutico.

Sérgio China, ex-meia coral nos anos 80Sérgio China – Campeão pernambucano em 1986, 1987 e 1990. O meia foi o maestro do time nas três conquistas, e ainda ficou no clube até 1993, quando foi atuar no futebol português (veja mais AQUI). Como treinador, essa será apenas a 3ª chance, após breves passagens por Vera Cruz (2007) e Náutico, onde fez um bom trabalho no 2° turno do último Pernambucano.

Givanildo Oliveira – De todos eles, o mais bem sucedido no Santa foi Givanildo Oliveira. Com a camisa tricolor, anos anos 70, ele chegou a jogar na Seleção Brasileira (veja AQUI). Participou do pentacampeonato e das grandes campanhas na Série A (4° em 75). Comandando o time coral, levou o time para a Série A em 2005, na melhor temporada do Santa nesta década.

Post sugerido pelo repórter Márcio Cruz, do DP