Sistema defensivo coral segue perdido e time acumula terceiro revés seguido

Série B 2014, 13ª rodada: Santa Cruz x Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Nos jogos contra Vasco, Vila Nova e Ceará, o ataque do Santa Cruz marcou 5 gols.

Número de razoável para bom. O time balançou as redes nas três partidas, todas pela Série B a realizadas somente após a parada da Copa do Mundo.

Teoricamente, o Tricolor deveria ter galgado algumas colocações na tabela. Porém, o sistema defensivo vem pecando demais, comprometendo o rendimento.

Na Arena Pantanal, entre outros problemas táticos, Sandro Manoel esteve muito mal na cabeça de área. No Serra Dourada, a falta de atenção da zaga nos contragolpes foi fatal. Neste sábado, no Arruda, os espaços dados para o adversário produzir jogadas na linha de fundo matou a disputa.

Assim, os corais somaram três derrotas na segunda divisão, com 10 gols sofridos.

Dez! Algo preciso ser feito, pois a deficiência do setor – de Renan Fonseca, Everton Sena, Memo etc – vinha sendo alertada antes mesmo do Mundial.

Num jogo com duas viradas no placar ainda no 1º tempo, o Ceará fez 3 x 2 e manteve a liderança.

A volta do povão ao Arruda, após a pena aplicada pelo STJD, terminou com uma sonora vaia. Uma vaia que friamente seria dada para um setor específico…

Série B 2014, 13ª rodada: Santa Cruz x Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Léo Gamalho garante a primeira das duas supercotas da Copa do Brasil ao Santa

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Santa Cruz x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A seca de gols já estava incomodando faz tempo. Desde maio! A pressão sobre Léo Gamalho só aumentava no Santa Cruz…

Apesar da boa técnica, o jogador não vem bem na Série B, mas soube aproveitar a oportunidade na Copa do Brasil, num confronto milionário.

Mesmo num Arruda de portões fechados, havia muita grana em jogo. Uma eventual classificação coral renderia R$ 430 mil de cota pela participação na terceira fase. Já tinha recebido duas de R$ 160 mil.

Em João Pessoa, na ida, empate em 1 x 1 com o Botafogo, antes do Mundial. Nesta quarta, a disputa paralela foi vital para as finanças do Tricolor.

Sem o apoio da torcida, cumprindo o último jogo da punição aplicada pelo STJD, o Tricolor venceu por 2 x 1, com dois gols do centroavante de camisa 9.

O time pernambucano jogou bem melhor que o adversário, o que não quer dizer necessariamente que atuou bem. Abriu o placar aos 21, com destaque para Tony (na vaga do apagado Nininho) e só foi para o intervalo com a igualdade por causa de um lance ridículo da defesa, comprovando a má fase do setor.

O segundo tempo foi mais amarrado, com direito ao retorno de Natan, e já parecia caminhar para os pênaltis. Aí, Gamalho foi lançado e definiu bem.

Manteve o Santa na Copa do Brasil, agora contra o modesto Santa Rita de Alagoas, que eliminou Guarani-SP e Potiguar-RN. Ainda assim, é impossível não apontar o favoritismo aos corais…

E aí é preciso deixar claro o quanto valerá a próxima classificação.

Fora a arredacação, quando o Mundão enfim terá os seus portões abertos, vale uma cota de R$ 530 mil. Portanto, só com premiações o Tricolor chegaria às oitavas com R$ 1,28 milhão. Nada mal. Os gols de Gamalho valeram demais.

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Santa Cruz x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Goleada no retorno e revés para o lanterna. Em uma semana, a velha pressão nos corais

Série B 2014, 12ª rodada: Vila Nova 3x2 Santa Cruz. Foto: ANDRÉ COSTA/COSTAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A campanha do Vila Nova era incrivelmente ruim. Nenhuma vitória em onze jogos e apenas dois dos 33 pontos disputados. A Série B não havia chegando a 1/3 e já era (é) factível apontar o alvirrubro como um dos futuros rebaixados.

Crise técnica, financeira, de confiança etc. Nesta volta à segundona após a paralisação do Mundial, qualquer treinador exigiria, como mandante ou visitante, uma vitória diante de um adversário assim. Uma pressão a mais…

Dito e feito com o Santa Cruz, derrotado por 3 x 2 no Serra Dourada, neste sábado. A goleada sofrida para o Vasco havia sido analisada como acidental, uma vez que os corais tiveram um bom volume de jogo. Cobrou-se mais atenção da defesa. Infelizmente, o cenário se repetiu.

Nesta tarde, o Tricolor só fez correr atrás do placar. Tomou três gols de um time que só havia balançado as redes duas vezes! O único bom momento foi após o empate de quatro gols – ainda no primeiro tempo -, com chances desperdiçadas por Pingo, Léo Gamalho e Betinho, no lugar de Gamalho, ainda em branco.

Sérgio Guedes teve bastante tempo para treinar. Foi para o intervalo da Copa com três vitórias seguidas e dez jogos invicto. Em uma semana, a pressão está de volta. E é justa. Foram sete gols sofridos em apenas duas partidas.

Série B 2014, 12ª rodada: Vila Nova 3x2 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Do golaço ao frustrante rendimento defensivo, a primeira derrota do Santa

Série B 2014, 11ª rodada: Vasco 4x1 Santa Crz. Foto: Chico Ferreira/Futura Press/Estadão conteúdo

O golaço de Danilo Pires aos 18 minutos de jogo empolgou o povão, numa saudade danada do time coral, e que ficara maior após o fiasco da Seleção.

Marcando bem e jogando de igual para igual com o Vasco, em Cuiabá, o Santa Cruz até teve um início promissor. A partir de outro golaço, assinado por Fabrício, o Vasco iniciou uma virada sucedida por uma goleada, 4 x 1.

O bom aproveitamento carioca e as chances perdidas pelos pernambucanos – com destaque para a bola de Léo Gamalho no travessão – inviabilizaram uma reação. Mas não foi só isso que terminou na primeira derrota na Série B.

Na defesa, os corais tentaram tirar muitas bolas de forma afobada. O discurso de Sérgio Guedes foi apaziguador, mas considerando que o grupo passou mais de um mês treinando, é óbvio que o técnico não ficou satisfeito.

De toda forma, um revés para o Vasco como visitante, mesmo na Arena Pantanal, entra na “conta”. Não o contexto de tantas bolas nos pés alheios…

Série B 2014, 11ª rodada: Vasco 4x1 Santa Crz. Foto: Chico Ferreira/Futura Press/Estadão conteúdo

A nova série de resultados iguais do Santa, desta vez com vitórias

Série B 2014, 10ª rodada: Santa Cruz 2x0 Ponte Preta. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D. A Press

Após sete empates consecutivos, três vitórias seguidas. O Santa Cruz parece mesmo ter tomado gosto pela “regularidade” neste retorno à Segundona, mas agora em um nível melhor.

Após frequentar a zona de rebaixamento, repleto de críticas pela falta de padrão de jogo, o Tricolor vai se recuperando, em campo e na arquibancada. Aos poucos, mas vai. Consequentemente, vai subindo na classificação. Em vez de Z4, agora o horizonte aponta para o G4.

Um mês após a morte do torcedor Paulo Ricardo, o povão voltou à sua casa. O departamento jurídico coral conseguiu derrubar no dia anterior o ato administrativo da CBF, liberando o Arruda.

A cicatriz permanece, mas a imensa maioria, aquela que realmente ama o Santa Cruz, sabe que a lição foi grande, para a vida toda. Futebol é esporte, sempre foi, sempre será. A sua premissa é a diversão, e isso não faltou na noite desta terça, na última apresentação do clube antes do Mundial de 2014.

Gol de letra de Renatinho e Pingo driblando o goleiro e mandando para as redes, no 2 x 1 sobre a Ponte Preta, historicamente uma pedra no sapato dos tricolores. Aplausos no intervalo e no apito final, mesmo com algumas queixas (justas) sobre o excesso de passes errados.

Série B 2014, 10ª rodada: Santa Cruz 2x0 Ponte Preta. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D. A Press

Da Seleção, a reaproximação entre a torcida coral e sua pátria particular

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O processo de evolução do Santa Cruz na segunda divisão nacional passa (passará) pela reaproximação entre time e torcida. A distância surgiu a partir das eliminações no estadual e no regional e da tragédia no Arruda, com esta forçando uma separação literal.

Ao recorrer na justiça desportiva e conseguir um efeito suspensivo, o Tricolor pôde receber novamente o abraço de seu povo, inclusive com camisa nova. Ainda não foi em sua casa, mas nos Aflitos. Mesmo em reduto rival, a festa foi em três cores, com 9.884 presentes.

Teve gente que comprou mais de um ingresso só para ajudar o clube, consciente do mau momento, sem bilheteria – que no Santa representa a principal receita.

Tudo isso se perpetua (perpetuará) por algo básico no futebol: resultado. Após a largada com incríveis sete empates, os corais chegaram à segunda vitória seguida, novamente por 2 x 0. O adversário, o Joinville, buscava a liderança. Está em melhor momento, mas foi dominado. Modificada, a equipe de Sérgio Guedes marcou um gol de cada tempo, Memo e Betinho.

Em uma noite na qual o time entrou em campo com o uniforme a la Seleção, a torcida voltou a vibrar com a sua pátria particular…

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Empate, empate, empate, empate, empate, empate e empate. A rotina coral

Série B 2014, 7ª rodada: Santa Cruz x América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sete empates em sete partidas.

Nesta série pra lá de incomum, seis jogos terminaram em 1 x 1. Em cinco, o Santa Cruz até o abriu o placar, mas cedeu o empate.

Nesta sexta, nos Aflitos, o Tricolor – invicto e sem vitórias – ficou na igualdade com o América Mineiro, líder isolado da segundona.

Um jogo fraco e sem público, no segundo dos cinco jogos de portões fechados.

Após um primeiro tempo irregular do time coral, Danilo Pires, contratado junto ao Central, marcou aos sete minutos da etapa final. A torcida comemorou – longe dali -, mas certamente torceu para que a equipe tivesse mais atenção.

Com a curiosíssima rotina, o sistema defensivo deu espaço. E falhou.

Willians, ex-Sport, escorou um cruzamento da esquerda e empatou aos 23. A partir daí, o jogo voltou a ficar amarrado. A dez minutos do fim, Gamalho caiu na área, tendo o calção puxado no lance. O árbitro não marcou pênalti. E ficou nisso.

Com o sétimo empate, vale destacar uma suposição, apesar de irreal.

Com 38 pontos, o clube deve cair. Na era dos pontos corridos na Série B, desde 2006, nenhum clube jamais escapou com esse número.

Série B 2014, 7ª rodada: Santa Cruz x América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A quase inexplicável série de empates do Santa

Série B 2014, 6ª rodada. Oeste 1x1 Santa Cruz. Foto: BÊ CAVIQUIOLI/FUTURA PRESS

Sexto jogo, sexto empate…

Santa Cruz 1×1 ABC
Portuguesa 1 x 1 Santa Cruz
Santa Cruz 1 x 1 Paraná
Santa Cruz 0 x 0 Luverdense
Icasa 1 x 1 Santa Cruz
Oeste 1 x 1 Santa Cruz

A sina tricolor na Segundona atingiu uma marca impressionante. Jamais um clube havia empatado tanto na largada do Brasileiro. Numa noite vazia em Itápolis, nesta terça, um resultado de praxe para a equipe de Sérgio Guedes.

O Santa até saiu na frente com Everton Sena, aos 18 minutos de jogo. Mas o povão não festejou nem dois minutos, ao sofrer um gol de falta.

Depois, as situações que vêm irritando torcedores, jogadores, treinadores e até o pacífico técnico. Lampejos de futebol alternados com muitos erros nas trocas de passes e finalizações constrangedoras.

Caça-Rato, Pingo, Gamalho, Betinho… O provável anúncio do veterano Araújo, já “apalavrado”, serve como alento para a torcida coral, mas observar mais uma vez o time empacar (sim, empacar) horas depois…

E difícil imaginar alguém que defenda a campanha até aqui, mesmo invicta.

O clube somou pontos como visitante? Três. Porém, o rendimento como mandante deixa a classificação cada vez mais perigosa, num flerte com o Z4.

A competitividade mostrada no início do ano vem cedendo lugar a um time cada vez mais cabisbaixo. Por mais que siga pontuando.

Série B 2014, 6ª rodada. Oeste 1x1 Santa Cruz. Foto: BÊ CAVIQUIOLI/FUTURA PRESS

Tricolor traz empate de João Pessoa e decidirá seu destino só após o Mundial

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Botafogo-PB x Santa Cruz. Foto: STANLEY TALIÃO/FUTURA PRESS

Serão 70 dias até o jogo de volta, num intervalo incomum na Copa do Brasil.

Hiato grande no confronto entre Santa Cruz e Botafogo, do empate em 1 x 1 no Almeidão até a volta nos Aflitos ou na Arena Pernambuco. O tempo é suficiente para o Tricolor se preparar para o duelo decisivo, tática e fisicamente. A passagem à terceira fase valerá uma cota de R$ 430 mil.

Na noite desta quarta, numa partida que teve apenas a torcida local, por causa de uma solicitação do Ministério Público, os corais bem buscaram a vitória.

Abriram o placar com Pingo, e tiveram outras chances, com o próprio atacante, substituindo o machucado Caça-Rato, e o meia Carlos Alberto. Apagado, só Léo Gamalho. O veterano Lenilson empatou sete minutos depois, mas os tricolores continuaram articulando jogadas na linha de fundo.

A disputa seguida equilibrada. No início do segundo tempo, o Santa teve duas ótimas chances, com Pingo chutando cima do goleiro e Carlos Alberto mandando na trave. Após o bom volume de jogo, o visitante cansou, sofrendo uma certa pressão do Belo, que ainda mandou uma bola no travessão e teve um gol corretamente anulado. Agora, é preciso esperar até 23 de julho…

E olhe que já se sabe o futuro adversário. É o Santa Rita de Alagoas, valendo uma cota ainda maior, de $ 530 mil. Só mesmo após a Copa do Mundo.

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Botafogo-PB x Santa Cruz. Foto: Maurício Júnior (twitter.com/@mauriliojuniorr)/cortesia

Só na base do empate, o Santa não sobe na Série B

Série B 2014, 4ª rodada: Santa Cruz x Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Quatro jogos, quatro empates. De fato, o Santa Cruz segue invicto na segunda divisão. Porém, o excessivo número de igualdades no placas vem mantendo o Tricolor numa zona perigosa da competição.

Sem decolar na classificação, só cresce a pressão por resultados (e reforços) nas repúblicas independentes. Mesmo com o clima de paz instaurado entre os 13 mil torcedores na Arena Pernambuco, no primeiro jogo com público após a morte no Arruda, a vaia surgiu após o apito final.

Santa 0 x 0 Luverdense. O contexto vai além desse resultado, pois o clube pernambucano disputou três partidas como mandante até aqui. Não por acaso, irá para um giro de duas partidas como visitante, contra Icasa e Oeste.

Atualmente, se encontra em 16º lugar, uma posição acima do Z4.

Neste sábado, a equipe de Sérgio Guedes não esteve bem, tentando bastante a ligação direta com Léo Gamalho. As melhores chances foram com Renan Fonseca e Carlos Alberto, acertando a trave. No fim, os corais ainda reclamaram de um pênalti não marcado em Léo Gamalho – o atacante recebeu amarelo por “simulação”.

É importante sempre pontuar, mas é possível buscar um pouquinho mais…

Série B 2014, 4ª rodada: Santa Cruz x Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press