Foi a pior rodada do Campeonato Brasileiro para os clubes pernambucanos, até o momento. Três derrotas para o Trio de Ferro, com consequências. Na sexta-feira, o tricolor perdeu a primeira como mandante – e acabou demitindo o técnico no dia seguinte. No sábado, o alvirrubro foi derrotado no Beira-Rio, num jogo com quatro pênaltis, e voltou à lanterna. Pouco depois, já à noite, pela Série A, os leoninos zeraram outra vez como visitantes – já são três jogos assim. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Três jogos como visitante no Campeonato Brasileiro, três derrotas. Em todas, o Sport teve como característica marcante o futebol passivo. Desconto dado à estreia contra a Ponte Preta, quase uma formação reserva, nos jogos seguintes a inoperância ofensiva do time estagnou qualquer possibilidade de vitória. E até mesmo o empate, uma vez que defensivamente a equipe vem falhando sistematicamente, sofrendo gols em cinco dos seis jogos disputados.
Se contra o Avaí o time foi cobrado, como ficou claro na fala de Luxemburgo no vídeo de bastidores da vitória contra o Fla, diante do Vasco a equipe voltou a jogar sem inspiração. Com a posse de bola, limitou-se a trocar passes laterais na intermediária, buscando infiltrações, sem sucesso. A verticalização de jogadas é, com o perdão do trocadilho, uma barreira na equipe. Se na Ilha ainda há “coragem” para buscar algo, fora do Recife o time vem muito mal. Nada diferente do histórico do leão, manso longe de casa. Em 2017, porém, chama a atenção a quantidade de oportunidades claras. Em São Januário, teve apenas duas, com Rithely (1T) e Thomás (2T), com uma sensação de cansaço já na metade do segundo tempo.
Desta vez, o próprio Luxemburgo colaborou para a má atuação. Na quarta, melhorou o time no intervalo. Desta vez, piorou. Thallyson estava mal, mas não era o pior (era Thomás). Deu lugar ao estreante Sander, com o lateral/volante Patrick indo para o meio. Lá, nem combateu nem ajudou na criação. Escolha pior ocorreu ao tomar o gol de Luís Fabiano, livre, por mais que fosse o único a ser marcado. Acionou Leandro Pereira, deixando um hiato entre setores, pois Rithely não exerce a função de meia – o péssimo início do camisa 21 contra o Flamengo parecia ter mostrado isso. Assim, a ligação direta tornou-se recorrente. Nesta temporada, quantas vezes isso funcionou no Sport? Duas? Uma? Nenhuma. Num contragolpe, ainda levou o segundo gol. Nos acréscimos, André descontou de pênalti, 2 x 1. Só serviu para quebrar uma estatística. Ao menos o time já fez um golzinho fora de casa…
Vasco x Sport no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro 5 vitórias do Vasco 2 empates 4 vitórias do Leão
Como de praxe, o novo uniforme do Sport vazou antes de qualquer anúncio do clube acerca da produção, chegando logo às lojas da cidade. O segundo padrão oficial surge 43 dias após o lançamento da camisa rubro-negra, o modelo I, numa homenagem aos 30 anos do título brasileiro de 1987.
Desta vez, o modelo II foca na cor cinza, substituindo o preto do último ano. De cara, a peça lembra uma linha casual, mas é mesmo de jogo – semelhante ao padrão reserva do Real Madrid em 2015/2016. Com a cor forte, mantém o indício de uma terceira camisa clara, mais utilizada nas partidas do time na condição de visitante, como acabou ocorrendo com a dourada.
Caso siga a ordem planejada sobre os lançamentos, a linha 2017/2018 do leão, produzida pela Adidas, ficará completa em agosto, com a apresentação do modelo III. Esta é a 4ª linha através da marca alemã, cujo contrato com o clube se encerra em 2018 – ainda sem detalhes de renovação.
Rubro-negro, o que você achou da nova camisa do Sport?
Diante do Grêmio, a primeira vitória leonina veio com a ressalva acerca da escalação reserva do time gaúcho. Tanto que, em cinco rodadas, o Grêmio venceu quatro vezes e perdeu apenas um jogo, na Ilha, quando poupou visando a Copa do Brasil. Desta vez, pela 5ª rodada, a segunda vitória do Sport no Brasileiro foi incontestável. Jogando de forma inteligente, num cenário de pressão, o rubro-negro pernambucano superou o Fla, subindo na classificação, do 15º para o 11º lugar. Abriu três pontos em relação ao Z4. Neste meio de semana, destaque para as goleadas de Corinthians e Grêmio como visitantes (11 gols somados!). Não por acaso, líder e vice-líder.
Resultados da 5ª rodada Fluminense 1 x 1 Atlético-PR Atlético-MG 1 x 0 Avaí Coritiba 1 x 0 Palmeiras Santos 1 x 0 Botafogo Vasco 2 x 5 Corinthians Sport 2 x 0 Flamengo São Paulo 2 x 0 Vitória Atlético-GO 3 x 0 Ponte Preta Chapecoense 3 x 6 Grêmio Bahia 1 x 0 Cruzeiro
Balanço da 5ª rodada 7V dos mandantes (17 GP), 1E e 2V dos visitantes (12 GP)
Agenda da 6ª rodada 10/06 (16h00) – Palmeiras x Fluminense (Allianz Parque) 10/06 (19h00) – Vasco x Sport (São Januário) 11/06 (11h00) – Botafogo x Coritiba (Nilton Santos) 11/06 (16h00) – Vitória x Atlético-MG (Barradão) 11/06 (16h00) – Avaí x Flamengo (Ressacada) 11/06 (16h00) – Corinthians x São Paulo (Arena Corinthians) 11/06 (16h00) – Ponte Preta x Chapecoense (Moisés Lucarelli) 11/06 (18h30) – Cruzeiro x Atlético-GO (Mineirão) 11/06 (19h00) – Atlético-PR x Santos (Arena da Baixada) 12/06 (20h00) – Grêmio x Bahia (Arena do Grêmio)
Histórico de Vasco x Sport no Rio, pela elite: 4 vitórias leoninas, 2 empates e 4 derrotas
No equilibrado jogo na Ilha, os goleiros foram decisivos para o placar favorável ao rubro-negro pernambucano. Enquanto Magrão salvou o Sport com quatro defesas de extrema dificuldade, Muralha falhou bisonhamente no primeiro gol leonino, numa reposição nos pés de Osvaldo, que mandou no ângulo.
Entretanto, chamou a atenção dois lances bem parecidos, de cada time, como alertado pelo blog no texto do jogo. Ambos com os atacantes puxando a bola na ponta esquerda da área e batendo canto oposto do goleiro. No primeiro tempo, o Magrão espalmou o chute de Damião. No segundo, Muralha não evitou o gol de Thomás, embora tenha tido um leve desvio na zaga.
Abaixo, como curiosidade, os lances quadro a quadro…
Quando eu falo que futebol nesse nível é decidido em detalhes, vcs não acreditam… pic.twitter.com/BFq0oY90tB
O Campeonato Brasileiro começa a acelerar, com duas rodadas por semana em junho. Entre os pernambucanos, começou na “terça-feira cheia” na Série B, com o empate alvirrubro, saindo o primeiro gol do time da competição, e o revés coral no Serra Dourada, desperdiçando a chance de alcançar a liderança. Na quarta, pela elite, o tradicional confronto entre os rubro-negros. Pela segunda vez seguida, deu Sport. Em 2016, na Arena. Em 2017, na Ilha. O 45 minutos analisou as três partidas em gravações exclusivas, tanto na questão técnica quanto tática, além de análises individuais. Ouça!
Três dias separaram uma atuação sem rotação e objetividade ofensiva de uma apresentação de muita entrega e reorganização tática durante o jogo, a partir da efetividade do treinador. Se a partida contra Avaí expôs o que há de pior no Sport neste ano, a noite contra o Flamengo trouxe alento ao torcedor para o decorrer do Brasileirão. Diante de um adversário bem mais técnico e perigoso, o rubro-negro pernambucano conseguiu conter a pressão inicial e reverteu o quadro, arrancando uma boa vitória na Ilha do Retiro.
Para começar, Luxemburgo estava obrigado a promover mudanças, sobretudo com a ausência de Diego Souza, servindo à Seleção – talvez tenha sido bom para todos os lados, com o time recompactado e o meia focado na camisa verde e amarela. Além do reforço nas laterais (em vez de nomes da base numa fogueira), o treinador optou por três volantes de saída, com Rithely bem adiantado. O camisa 21 não rendeu nesta função, ficando à parte das trocas de passes e até mesmo da marcação no meio. Coube a Luxa reconhecer o descompasso e reposicioná-lo ao círculo central, onde tomou conta com a ajuda de um aguerrido Anselmo, com quem pode fazer boa dupla. No ataque, Rogério ficou no banco. Nas pontas, Osvaldo e Everton Felipe. Ainda no primeiro tempo, o treinador inverteu os lados, com Osvaldo indo para a direita, onde infernizou o lado de Renê, já pressionado pela antiga torcida.
Jogando também com amplitude, o Fla tentou sair bastante com Diego, bem marcado. Nos primeiros 15 minutos, o domínio foi carioca. Até que o Sport finalmente conseguiu afastar o adversário de seu campo, ao acelerar o jogo – chegando à linha de fundo. E neste jogo pegado, destoou bastante as atuações dos goleiros, com Magrão operando milagres e Muralha inseguro. Além de ter provocado um tiro indireto dentro da área, o goleiro devolveu mal em outro lance, com Osvaldo pegando e mandando no ângulo. Também no segundo tempo, Thomás, que entrara bem de novo, acertou o canto para fazer 2 x 0. No primeiro tempo, em lance parecidíssimo, Magrão espalmou. Foi assim a noite inteira, com três pontos e moral recuperado no Sport…
Sport x Flamengo no Recife, pelo Brasileiro 8 vitórias do Leão 4 empates 4 vitórias do Fla
Jogando (mal) às 11h no domingo, o Sport perdeu do Avaí, em Floripa, e despencou na classificação. O time pernambucano perdeu três colocações, numa situação consolidada na segunda-feira, no encerramento da 4ª rodada, com a goleada do Bahia sobre o lanterninha, o Atlético-GO. Agora, o leão aparece em 15º, flertando com o Z4 (tem um ponto de vantagem). Foi o segundo jogo do rubro-negro como visitante neste Brasileiro, com duas derrotas e nenhum gol a favor. Condiz com o futebol apresentado.
Em relação à liderança, a Chapecoense segue na ponta. Para isso, foi buscar o resultado no Mineirão, sendo o único visitante com vitória no fim de semana. Tem os mesmos dez pontos do Corinthians, mas o saldo é melhor (5 x 4).
Resultados da 4ª rodada Coritiba 1 x 0 Atlético-PR Fluminense 2 x 1 Vitória Corinthians 2 x 0 Santos (40.436 pessoas, o maior público) Avaí 1 x 0 Sport Flamengo 0 x 0 Botafogo Grêmio 2 x 0 Vasco Ponte Preta 1 x 0 São Paulo Palmeiras 0 x 0 Atlético-MG Cruzeiro 0 x 2 Chapecoense Bahia 3 x 0 Atlético-GO
Balanço da 4ª rodada 7V dos mandantes (12 GP), 2E e 1V dos visitantes (3 GP)
Agenda da 5ª rodada 06/06 (20h00) – Fluminense x Atlético-PR (Maracanã) 07/06 (19h30) – Atlético-MG x Avaí (Independência) 07/06 (19h30) – Coritiba x Palmeiras (Couto Pereira) 07/06 (21h00) – Santos x Botafogo (Pacaembu) 07/06 (21h45) – Chapecoense x Grêmio (Arena Condá) 07/06 (21h45) – Sport x Flamengo (Ilha do Retiro) 07/06 (21h45) – Vasco x Corinthians (São Januário) 08/06 (19h30) – Atlético-GO x Ponte Preta (Olímpico) 08/06 (19h30) – São Paulo x Vitória (Morumbi) 08/06 (21h00) – Bahia x Cruzeiro (Fonte Nova)
Histórico de Sport x Flamengo no Recife, pela elite: 7 vitórias leoninas, 4 empates e 4 derrotas
O Sport teve a posse de bola a manhã inteira na Ressacada. De 57% no primeiro tempo, subiu para 63% na etapa complementar. Um controle pautado na falta de objetividade, sem conseguir uma infiltração sequer na zaga do Avaí, que após marcar o seu primeiro gol no Brasileiro, no primeiro tempo, não teve qualquer pudor em se manter atrás da linha da bola até o apito final. Se o jogo em Florianópolis era tido como uma boa opção para pontuar fora de casa, e, francamente, era mesmo, o rubro-negro passou longe disso. Girou a bola o quanto pôde, uma vez que não conseguiu trocar três passes verticais.
Apesar de ter jogadores técnicos, o futebol foi burocrático, com Diego Souza vivendo seu o momento mais apagado no clube (na véspera da apresentação na Seleção), André isolado (não finalizou), Rogério em jejum (15 jogos) e Osvaldo sem diálogo no setor. No segundo tempo, Luxemburgo, sem sua “estreia” na Série A, sacou os dois últimos e colocou Thomás (deu uma maior movimentação) e Thallyson (errando tantos passes quanto os demais). Por sinal, foram três jogadores da base acionados. Aqui, cabe uma observação. Na 4ª rodada da competição, a utilização de Fabrício, Evandro e Thallyson não está relacionada à convicção nos pratas-da-casa, mas na falta de peças, ou por lesão, como na direita, num gerenciamento equivocado da temporada, ou por reposição, na esquerda. A maturação dos jogadores acaba sendo forçada num elenco caro, com condições de fomentar apresentações paulatinas. Ou Fabrício, volante de ofício, não passou numa fogueira sendo lateral-direito? E o que dizer de Evandro, 4ª opção até pouco tempo?
Por fim, a zaga, que em tese não teve trabalho. Contudo, os avanços do leão da ilha de lá, sobretudo no primeiro tempo, levaram perigo, a partir de erros no meio-campo e da falta de cobertura – algo recorrente, tanto que foi a 8ª vez seguida que o time sofreu o primeiro gol do jogo. Resumindo: a derrota por 1 x 0 foi justa. Exceção feita à posse, faltou muito ao rubro-negro…
O Cadastro Nacional de Uniformes de Times (CNUT), produzido pela CBF, apresenta neste ano 151 padrões oficiais dos 60 clubes envolvidos nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro de 2017. Esta é a 6ª versão do relatório, com todos os detalhes das camisas, calções e meiões das agremiações.
Nesta temporada, 31 times cadastraram três modelos no arquivo da entidade – os layouts foram checados pela diretoria de competições da confederação. Entre esses clubes, os quatro pernambucanos: Sport na elite, Santa e Náutico na segundona e Salgueiro na terceirona. Apesar do cadastro, os clubes estão autorizados, claro, a utilizar possíveis novos padrões – como já é o caso do tricolor, com o lançamento da linha produzida pela marca Cobra Coral. Por sinal, a CBF adianta que a lista tende a ser atualizada no decorrer do ano.
Como nos últimos levantamentos, os modelos contam com os patrocinadores estampados (ao menos, o master). Confira o documento completo aqui.