O retrospecto histórico do Santa Cruz, com 4.990 jogos de 1914 a 2016

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do pátio da Igreja de Santa Cruz, a diversão de alguns meninos tornou-se o amor de muita gente. Nesses mais de cem anos de futebol, já defenderam a camisa de três cores vários dos melhores jogadores do estado, como Tará, Givanildo, Nunes, Fumanchu, Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Tiago Cardoso. Boa parte deles brilhando no Mundão, criado para abrigar o povo.

Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 104 temporadas que dão consistência à história da Cobra Coral, vamos ao retrospecto geral nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento do Santa atuando no Arruda, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa tricolor e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Santa Cruz 7 x 0 Rio Negro, em 08/03/1914, no Derby.

Confira também as estatísticas de Náutico e Sport.

Total (competições oficiais e amistosos*) 1914-2016
4.990 jogos (9.657 GP e 5.783 GC, +3.874)
2.534 vitórias (50,78%)
1.145 empates (22,94%)
1.299 derrotas (26,03%)
58,4% de aproveitamento
* 12 jogos com placar desconhecido

Estadual 1915-2016 (ranking: 2º)
2.237 jogos (4.871 GP e 2.253 GC, +2.618)
1.323 vitórias (59,14%)
435 empates (19,44%)
479 derrotas (21,41%)
102 participações (entre 1915 e 2016, 100%)
29 títulos (entre 1931 e 2016)
65,6% de aproveitamento

Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 6º)
102 jogos (150 GP e 124 GC, +26)
49 vitórias (48,03%)
17 empates (16,66%)
36 derrotas (35,29%)
10 participações (entre 1994 e 2016)
Campeão em 2016
53,5% de aproveitamento

Série A 1971-2016 (ranking: 26º)
485 jogos (581 GP e 688 GC, -83)
145 vitórias (29,89%)
151 empates (31,13%)
189 derrotas (38,96%)
21 participações (entre 1971 e 2016)
4º lugar em 1975
40,2% de aproveitamento

Brasileiro unificado 1959-2016
519 jogos (615 GP e 741 GC, -102)
152 vitórias (29,28%)
166 empates (31,98%)
201 derrotas (38,72%)
24 participações (entre 1960 e 2016)
4º lugar em 1960 e 1975
39,9% de aproveitamento

Copa do Brasil 1989-2016
83 jogos (111 GP e 105 GC, +6)
34 vitórias (40,96%)
18 empates (21,68%)
31 derrotas (37,34%)
22 participações (entre 1990 e 2016)
Oitavas em 7 oportunidades
48,1% de aproveitamento

Copa Sul-Americana 2002-2016
4 jogos (4 GP e 3 GC, +1)
2 vitórias (50,00%)
1 empate (25,00%)
1 derrota (25,00%)
1 participação (2016)
Oitavas em 2016
58,3% de aproveitamento

Histórico em decisões no Estadual
Santa Cruz 12 x 12 Sport*
Santa Cruz 7 x 9 Náutico
*O Tricolor leva vantagem em finais na Ilha (9 x 6)

Santa Cruz no Arruda* (1967/2016)
1.467 jogos
880 vitórias (59,98%)
344 empates (23,44%)
243 derrotas (16,56%)
67,8% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
207 gols – Tará
174 gols – Luciano Veloso
148 gols – Ramon
143 gols – Betinho
123 gols – Fernando Santana

Quem mais atuou
Givanildo Oliveira – 599 jogos

Clássico das Multidões (1916-2016)
552 jogos
166 vitórias do Santa (30,07%)
156 empates (28,26%)
230 vitórias do Sport (41,66%)

Clássico das Emoções (1917-2016)*
511 jogos
199 vitórias do Santa (38,94%)
147 empates (28,76%)
164 vitórias do Náutico (32,09%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual 21/02/1999) 

Outros adversários (torcida única)
65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa, no Arruda (Série B, 26/11/2005)

O retrospecto histórico do Náutico, com 4.668 jogos de 1909 a 2016

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do remo aos gramados, oito anos depois de sua fundação e já ganhando um clássico na primeira apresentação, o Náutico se faz presente no futebol há mais de cem anos, com nomes de muita técnica e garra, como os irmãos Carvalheira, Bita, Nado, Ivan Brondi (hoje presidente), Jorge Mendonça, Bizu e Kuki. No bairro dos Aflitos, fincou raízes em 1918, adquirindo o terreno de sua sede, já tombada. Lá, obteve seus maiores resultados, tendo hoje a Arena Pernambuco como segunda casa.

Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 109 temporadas que dão consistência à história do Timbu, vamos ao retrospecto geral do nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento timbu atuando nos Aflitos (palco hoje desativado), os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Náutico 3 x 1 Sport, em 25/07/1909, no British Club.

Confira também as estatísticas de Santa Cruz e Sport.

Total (competições oficiais e amistosos*) 1909-2016
4.668 jogos (8.578 GP e 5.591 GC, +2.987)
2.288 vitórias (49,01%)
1.038 empates (22,23%)
1.339 derrotas (28,68%)
56,4% de aproveitamento
* 3 jogos com placar desconhecido

Estadual 1915-2016 (ranking: 3º)
2.220 jogos (4.790 GP e 2.377 GC, +2.413)
1.280 vitórias (57,65%)
432 empates (19,45%)
508 derrotas (22,88%)
101 participações (entre 1916 e 2016)
21 títulos (entre 1934 e 2004)
64,1% de aproveitamento

Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 11º)
72 jogos (109 GP e 97 GC, +12)
28 vitórias (38,88%)
23 empates (31,94%)
21 derrotas (29,16%)
8 participações (entre 1994 e 2015)
Semifinal em 2001 e 2002
49,5% de aproveitamento

Série A 1971-2016 (ranking: 23º)
612 jogos (703 GP, 859 GC, -156)
192 vitórias (31,37%)
144 empates (23,52%)
276 derrotas (45,09%)
27 participações (entre 1972 e 2013)
6º lugar em 1984
39,2% de aproveitamento

Brasileiro unificado 1959-2016
666 jogos (777 GP e 930 GC, -153)
213 vitórias (31,9%)
154 empates (23,1%)
299 derrotas (44,8%)
34 participações (entre 1961 e 2013)
Vice em 1967
39,6% de aproveitamento

Copa do Brasil 1989-2016
89 jogos (135 GP e 111 GC, +24)
40 vitórias (44,94%)
20 empates (22,47%)
29 derrotas (32,58%)
21 participações (entre 1989 e 2016)
Semifinal em 1990
52,4% de aproveitamento

Taça Libertadores 1960-2016
6 jogos (7 GP e 8 GC, -1)
1 vitória* (16,66%)
2 empates (33,33%)
3 derrotas (50,00%)
1 participação (1968)
Fase de grupos em 1968
27,7% de aproveitamento
* O clube venceu 2 jogos, mas perdeu os pontos de um por substituição irregular

Copa Sul-Americana 2002-2016
2 jogos (2 GP, 2 GC, 0)
1 vitória (50,00%)
0 empate (0%)
1 derrota (50,00%)
1 participação (2013)
16 avos de final em 2013
50,0% de aproveitamento

Histórico em decisões no Estadual
Náutico 9 x 7 Santa Cruz
Náutico 6 x 11 Sport

Náutico nos Aflitos* (1917/2015)
1.768 jogos
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
224 gols – Bita
185 gols – Fernando Carvalheira
181 gols – Baiano
179 gols – Kuki 
118 gols – Ivson

Quem mais atuou
Kuki – 387 jogos

Clássico dos Clássicos (1909-2016)*
544 jogos
179 vitórias do Náutico (32,90%)
155 empates (28,49%)
209 vitórias do Sport (38,41%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Clássico das Emoções (1917-2016)*
511 jogos
164 vitórias do Náutico (32,09%)
147 empates (28,76%)
199 vitórias do Santa (38,94%)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)

Podcast – Especial Treinadores com Daniel Paulista, do Sport

Daniel Paulista, técnico do Sport, em entrevista ao 45 minutos, em 18/01/2017. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Daniel Paulista encerrou o giro pernambucano de entrevistas do 45 minutos com os técnicos nesta pré-temporada de 2017. O comandante do Sport, efetivado após a eleição em dezembro, rechaçou a ideia de dois times paralelos (Estadual e Nordestão), como imaginava o agora presidente Arnaldo Barros. Pelo elenco montado e o planejamento traçado, ele tende a fazer um rodízio pontual de atletas, tanto pelo desgaste físico de peças quanto pela má condição dos gramados locais. Em uma hora de bate-papo, Daniel também falou sobre formações, com preferência para o 4-4-2 (usada na 38ª rodada da Série A), e variações para o 3-5-2 e 4-3-3. Claro, foi questionado sobre carências no time e, por fim, sobre a entrevista de Rogério Micale, campeão olímpico com a Seleção, que disse que gostaria treinar o Leão. Daniel não gostou e se posicionou.

Ouças as outras entrevistas: Dado Cavalcanti e Vinícius Eutrópio.

As cotas de TV no Brasileiro de 2006 a 2017, com Fla, Sport, Náutico e Santa

Cotas de televisão no Campeonato Brasileiro de 2006 a 2017 (em R$). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O contrato atual de transmissão do Campeonato Brasileiro vai de 2016 a 2016, com diversas castas de divisão, tanto na primeira quanto na segunda divisão. Como se sabe, 18 clubes tem aporte de elite mesmo em caso de rebaixamento. No Nordeste, apenas Sport, Bahia e Vitória. Para mostrar essa diferença nas cotas (tanto no cenário nacional quanto local), o blog compilou os últimos quatro contratos de televisão, todos assinados com a Rede Globo.

O Flamengo sempre fez parte do grupo 1. Até 2011, junto a Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco. Hoje, apenas na companhia do Timão. Enquanto o Sport faz parte do último degrau dos cotistas, os rivais Náutico e Santa recebem um montante ainda menor, e somente em caso de participação no Brasileirão. No quadro produzido pelo blog, os valores recebidos pelo Trio de Ferro e pelo principal expoente neste processo, já com 12 anos. Somados, alvirrubros e tricolores representam cerca de R$ 110 milhões, ou 48,9% do repasse ao Sport. No período, os leoninos jogaram a Série B quatro vezes, recebendo 50% nos três primeiros anos e 75% na última campanha, em 2013. Por outro lado, o Santa acabou passando seis anos entre as Séries C e D, que não contam (até hoje), com verba de televisionamento. Ah, os grandes clubes recifenses ganharam 334 milhões de reais, considerando as cotas fixas, ou 35,1% da cota do Mengo.

Espera-se uma reformulação na distribuição da receita de tevê no Brasileirão a partir de 2019. No caso, no contrato de seis temporadas, até 2024, com a Globo emulando o sistema da Premier League, com 40% (igualitário), 30% (audiência) e 30% (classificação anterior), em vez de 50%/25%/25%. Para isso, precisou ocorrer a concorrência do Esporte Interativo, que já firmou contrato com clubes como Santos, Inter, Bahia e Atlético-PR.

2006-2008
G1 – R$ 21 milhões (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco
G2 – R$ 18 milhões/ano (Santos)
G3 – R$ 15 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 11 milhões/ano Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 3,4 milhões/2006) e R$ 5,5 milhões/2007-2008 (demais clubes)
Série B – R$ 1,25 milhão (demais clubes)
Série C – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 17,6 milhões (6,1 x mais)

No período, o clube cotista rebaixado recebia 50% no primeiro ano na Série B. A partir do segundo ano seguido na segunda divisão, passava a ganhar 25% (norma posteriormente retirada, a pedido dos clubes). O valor dos não cotistas foi ampliado em 2007, se mantendo congelado por 5 anos.

2009-2011
G1 – R$ 36 milhões/ano (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco)
G2 – R$ 20,6 milhões (Santos)
G3 – R$ 20 milhões (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo)
G4 – R$ 13 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás, Guarani e Portuguesa)
G5 – R$ 5,5 milhões (demais clubes)
Série B – R$ 1,8 milhão (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G5): R$ 30,5 milhões (6,5 x mais)

O novo contrato, outra vez, num triênio, manteve o mesmo formato anterior, com ajustes nas cotas. O grupo 1 subiu 71%, enquanto o grupo 4 subiu 18%.

2012-2015
G1 – R$ 110 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 80 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 70 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 60 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 45 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 27 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 18 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 3 milhões (demais clubes)
Séries C e D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 92 milhões (6,1 x mais)

O novo acordo, de quatro anos, foi apelidado de supercota, com Fla e Timão no primeiro escalão. Foi o primeiro negócio após a implosão do Clube dos 13. Em relação aos cotistas rebaixados (Guarani e Lusa deixaram de ser, diga-se), o valor 75% da cota no primeiro ano, 50% e 25% no terceiro.

2016-2018
G1 – R$ 170 milhões/ano (Flamengo e Corinthians)
G1 – R$ 110 milhões/ano (São Paulo)
G3 – R$ 100 milhões/ano (Palmeiras e Vasco)
G4 – R$ 80 milhões/ano (Santos)
G5 – R$ 60 milhões/ano (Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo) 
G7 – R$ 35 milhões/ano (Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás)
G8 – R$ 23 milhões/ano (demais clubes)
Série B – R$ 5 milhões (demais clubes)
Séries C e  D – sem cota (demais clubes)

Maior diferença entre cotas da elite (G1 x G8): R$ 147 milhões (7,3 x mais)

No novo modelo, retomando o triênio, os rebaixados passam a ter cota integral mesmo em caso de participação na Série B

Os 14 jogadores da Copinha integrados aos elencos profissionais de Sport, Náutico e Santa para a temporada 2017

A participação pernambucana na Copa São Paulo de Juniores de 2017 acabou na terceira fase (de um total de sete), com Náutico e Sport eliminados por Mirassol e Batatais. A campanha, entretanto, não ficou nisso, com parte dos elencos sendo aproveitada nos times principais. Ao todo, o Trio de Ferro integrou 14 nomes, que após anos na base (infantil, juvenil e júnior) passam a trabalhar com nomes mais tarimbados, com outra carga de cobrança, buscando uns minutinhos nos jogos. Ou seja, o rumo natural para promessas de até 19 anos.

Torcedor, dos nomes abaixo, qual seria a sua maior aposta para revelação?

Sport
Sete jogadores que atuam no time campeão estadual na categoria Sub 20 passam a trabalhar com o grupo principal no CT de Paratibe, sob comando técnico de Daniel Paulista. Cinco deles (Lucas, Adryelson, Caio, Pardal e Juninho) foram convocados para a Seleção Brasileira Sub 18/20 em 2016. Já o centroavante Wallace chegou a entrar em campo no Mineirão, pelo Brasileirão 2015, chamado às pressas na ocasião. Lembrando que a direção leonina prometeu, durante a campanha eleitoral, a utilização de boa parte do time júnior durante o Campeonato Pernambucano de 2017, ao menos no hexagonal.

Rubro-negro na Copinha: 3 vitórias e 2 derrotas, 7 GP, 6 GC
Integrados: Lucas (goleiro), Adryelson (zagueiro), Caio (lateral-esquerdo), Fabrício (volante), Pardal (meia), Juninho (atacante) e Wallace (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Copas do NE e do Brasil, Série A e Sula

Time do Sport na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Sport/divulgação

Náutico
O técnico Dado Cavalcanti autorizou a transição de quatro nomes para o time principal. Nos Aflitos, o destaque vai para os atacantes Erick e Gerônimo, com 4 e 3 gols marcados na Copinha, respectivamente. Atuando no interior paulista, o time fez a melhor campanha do clube em 11 participações. Com o reforço nos trabalhos no CT Wilson Campos, a base alvirrubra representa agora quase 50% do elenco profissional no início de 2017, segundo levantamento do próprio timbu.

Alvirrubro na Copinha: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 11 GP, 6 GC
Integrados: Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Náutico na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Santa Cruz
No Arruda, os tricolores voltaram a passar da fase de grupos da Copa SP após quatro anos, mesmo sem ter uma infraestrutura equiparada a dos rivais – segue sem CT. Os três nomes convocados por Vinícius Eutrópio já tiveram uma primeira experiência no grupo principal, sobretudo o goleiro Lucas, que chegou a compor o banco no último ano. Em 2017, com quatro competições na agenda e um plantel em profunda reformulação, oportunidades podem aparecer para o trio.

Tricolor na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, 4 GP, 4 GC
Integrados: Lucas (goleiro, 19), Thawan (zagueiro, 19) e Otávio (volante, 18)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Santa Cruz na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Santa Cruz/instagram (@santacruzfc)

As cotas dos grandes clubes nordestinos nas competições oficiais em 2017

Receitas de Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O futebol pernambucano terá quatro clubes com calendário cheio em 2017. Com a definição das divisões, com o Sport na Série A, Santa Cruz e Náutico na B e o Salgueiro na C, é possível projetar as cotas de cada time, entre verba de transmissão na televisão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínio, Timemania, sócios etc.

O blog elencou todas as competições oficiais com os valores já divulgados. No caso do Brasileirão e da Copa Sul-Americana, foram considerados os dados último ano. Ampliando a lista, também foram apresentados as cifras de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, os principais adversários regionais.

As projeções de cotas de Bahia, Ceará, Fortaleza, Náutico, Santa Cruz, Sport e Vitória. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local (e regional) nas cotas a partir do modelo de gestão da televisão sobre o campeonato nacional.

Cotas e premiações: PernambucanoNordestãoCopa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.731.781
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 1.956.725 (+4,56%)
Calendário: de 57 jogos a 90 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

Com o contrato junto à Rede Globo até 2018 (e já tem um novo, de 2019 a 2024), o Sport tem a garantia de receita independentemente da série – ainda que esteja indo para o 4º ano seguido na elite. Além da cota fixa de R$ 35 milhões, há uma variação considerável (e ascendente) no pay-per-view. Com isso, nesta plataforma, o blog projetou o aumento de R$ 5 mi para R$ 7 mi em 2017. Sobre o aporte mínimo, o clube só não teria verba na Série A, pois a premiação esportiva começa a partir do 16º colocado (ou seja, em caso de permanência). Por outro lado, fazendo o básico, passando uma fase em cada torneio/copa e evitando o rebaixamento, o Leão já teria um aumento de R$ 2,6 milhões – lembrando que o Brasileiro e a Sula estão com valores de 2016, que tendem a ser reajustados.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 628.683
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 17.330.800 (-69,67%)
Calendário: de 56 jogos a 72 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Sem dúvida alguma, o maior baque financeiro no futebol pernambucano em 2017. Por não ser cotista no Brasileiro (até 2018, a Globo só firmou 18 contratos do tipo), o tricolor perdeu a cota de R$ 23 milhões (somando tevês aberta e fechada, ppv, sinal internacional e internet). Além disso, a canetada da Conmebol, que o tirou da Copa Sul-Americana (onde tinha vaga como campeão nordestino) custou mais R$ 791 mil, considerando a cotação atual sobre a cota da primeira fase do torneio, de US$ 250 mil. Para completar, a CBF tentou consolar o clube com uma pré-classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Porém, ainda que já largue ganhando R$ 880 mil (e possa ganhar R$ 1 mi caso avance no primeiro mata-mata), o Santa não tem direito às premiações das quatro fases anteriores, que somariam R$ 1,995 milhão.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 576.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 610.000 (+9,67%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 692.355

A derrota para o Oeste custou caro ao Náutico. Sem o acesso, perdeu a cota de R$ 23 milhões e ainda foi relegado ao grupo 3 da Copa do Brasil, com premiações inferiores nas primeiras fases. Na elite, receberia 420 mil reais na estreia. Como está na Série B, ganhará 250 mil (queda de 40,4%). Comparando com o valor mínimo estipulado no ano passado, a vantagem é a participação na Copa do Nordeste. Por sinal, passar da fase preliminar nas duas copas (regional e nacional) significaria mais R$ 765 mil, receita importante, dado já superior à média mensal que o alvirrubro deverá ter ao longo de 2017. Assim como o Santa, a premiação da Segundona será integral, independentemente da colocação (rebaixado ou campeão), pois os clube optaram por dividir o montante previsto para o G4. Assim, sobrou R$ 88,2 mil para cada um.

Projeção de cotas do Salgueiro nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Salgueiro por mês: R$ 30 mil
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 495.000 (-57,89%)
Calendário: de 35 jogos a 58 jogos oficiais

Fora do Nordestão, onde chegou às quartas de final na última edição, o Carcará aposta as suas fichas na Copa do Brasil, onde estreia com a vantagem do empate (assim como Sport e Náutico, nos jogos únicos da remodelada primeira fase). Passando de fase, o clube já ganharia mais uma cota, de R$ 315 mil. Caso não consiga, a pindaíba tende a ser grande no Cornélio de Barros. Isso porque a Série C segue sem cotas aos 20 participantes, tanto de transmissão quanto de premiação. Hoje, o dinheiro pago pelas emissoras detentoras dos direitos cobre apenas as despesas da competição (viagens e hospedagens dos clubes e arbitragens), segundo a CBF.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.461.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + 295.000 (+0,55%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

Apesar do retorno à Série A, o Bahia manteve o patamar financeiro da Série B, pois, como cotista da tevê (um dos 18 clubes até 2018), teve o valor integral na última temporada. A receita bruta, via Globo, é a maior do Nordeste por causa do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha, a base da distribuição até então. O tricolor da Boa Terra teria 3,7% dos assinantes, contra 2,3% do Vitória e 1,5% do Sport, em dados de 2015 – hoje, na prática, a verba pode até ser maior. Uma diferença efetiva em 2017 (ainda que de pouco impacto geral) está na Copa do Brasil, com o clube no “grupo 2” dos repasses nas duas primeiras fases. Mudança ocasionada pela presença na elite.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 3.936.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: – R$ 834.650 (-1,73%)
Calendário: de 55 jogos a 78 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

O Vitória se manteve na primeira divisão nacional, mas a projeção mínima prevê uma leve queda, devido à ausência na Copa Sul-Americana. O leão de Salvador ficou a dois pontos da zona de classificação à copa internacional, que em 2016, mesmo caindo logo no primeiro mata-mata, rendeu R$ 949 mil. O clube tem, rigorosamente, o mesmo calendário do arquirrival, com a variação de jogos a partir do rendimento de cada um, claro. Com quase 4 milhões de reais por mês, o clube terá a segunda receita da região, a partir dos critérios deste publicação.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 571.183
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 195.000 (+2,92%)
Calendário: de 51 jogos a 73 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125 

A projeção do Ceará é baseada nas poucas informações acerca da premiação da Primeira Liga, que terá o alvinegro como primeiro representante nordestino. Segundo a Rádio Verdes Mares, da capital cearense, o clube receberia R$ 230 mil por jogo. Porém, o torneio é mais curto que o Nordestão (sem o Ceará), com apenas três jogos na fase de grupos e quartas de final e semifinal em jogos únicos. Em relação ao título, a premiação de 2016 foi de R$ 500 mil. Com o aumento da receita do torneio, que pagará 4,6 vezes mais, o blog tomou a liberdade de estimar o valor da taça (R$ 2,3 mi).

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O terceiro Castelazo consecutivo tirou R$ 5 milhões do cofre do tricolor alencarino (que seria a cota da Série B). Indo para o 8º ano na terceira divisão, o clube segue bem à margem dos grandes clubes da região em termos de cotas de televisionamento. Receberá apenas passagens aéreas e hospedagens no Brasileiro. Tem na Copa do Brasil o melhor caminho para obter dinheiro a curto prazo – além, claro, de uma nova tentativa de acesso em outubro.

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 137.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2016: + R$ 105.000 (+6,79%)
Calendário: de 34 jogos a 65 jogos oficiais
Receita extra da Timemania, para abatimento de dívidas fiscais: R$ 1.800.125

Os patrocínios privados e estatais do futebol brasileiro em 2016, via Ibope

Os patrocínios dos clubes brasileiros em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

Entre patrocínios de camisa e fornecedoras de material esportivo, há uma verdadeira disputa pelo “mapeamento” do futebol brasileiro. O Ibope-Repucom fez um levantamento com todas as empresas que investiram com regularidade no Brasileiro de 2016, abordando 21 clubes – com 20 deles assegurados na elite de 2017, exceção feita ao rebaixado Inter. Considerando as marcas vinculadas em 2016 (quadros acima e abaixo), três clubes tiveram apenas um patrocínio no uniforme, Vasco, Atlético-PR e Sport. Com o contrato de um ano com a Caixa Econômica Federal, o time pernambucano recebeu R$ 6 milhões. Também teve aporte neste tipo de receita através da Adidas, cujo acordo segue desconhecido. Ainda no cenário local, vale destacar que Náutico e Santa tiveram Topper/Caixa e Penalty/MRV como contratos mais duradouros, respectivamente.

Sobre as fabricantes, Nike (2 clubes) e Adidas (5) trouxeram a rivalidade global para os dois times mais populares do país. Nos dois casos, contratos maiores que os do patrocínio-máster, num formato já recorrente. Dos quatro maiores acordos, apenas o Palmeiras irá assinar um novo trato a partir de 2017.

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2016:
1º) R$ 40 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)

3º) R$ 27 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 22 milhões/ano – Fluminense/Dry World (2016-2020 – rescindido)
5º) R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG/Dry World (2016-2020 – rescindido)
6º) R$ 19 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2015-2016)

Em relação aos patrocínios tradicionais, com as marcas estampadas, a lista tem o Palmeiras como líder absoluto, levando em cona apenas uma empresa. Isso porque a Crefisa pagou ao alviverde (que terminou o ano como campeão brasileiro) por espaços na parte frontal, costas e ombros.

A título de comparação, o rival São Paulo firmou um contrato de 25 milhões por 19 meses com uma marca (na lista abaixo, a média anual), mas teve outros nove anunciantes, com a arrecadação passando de R$ 30 milhões. Enquanto isso, Timão e Fla seguem como os principais expoentes da Caixa. A instituição bancária está presente em 16 dos 21 clubes abordados no estudo do Ibope.

Maiores contratos de patrocínio no uniforme em 2016:
1º) R$ 66,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa)
3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)
4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)
5º) R$ 12,9 milhões – Internacional (Banrisul) 

Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.

Os patrocínios dos clubes brasileiros em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

Podcast – A escolha dos melhores e piores do futebol pernambucano em 2016

Encerrada a temporada, o podcast 45 minutos se reuniu para analisar e escolher os melhores e piores do futebol pernambucano em 2016. Melhor jogador, melhor contratação, melhor partida, gol mais emocionante, seleção do time etc. De Náutico, Santa Cruz e Sport, além do “vencedor geral” das categoria. Claro, o pior rendimento individual, o pior “reforço”, o gol mais amargo, o jogo mais triste. Ao todo, mais de cinco horas de bate-papo sobre futebol, com muita resenha e bom humor (mais do que necessário para a pauta). Tempo para suficiente para o recesso deste fim de ano. Por sinal, o blog só volta agora em janeiro. Até lá!

Estou nesta gravação com Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser…

Melhores do ano (parte 1), 1h21m – clube do ano e melhores jogos

Melhores do ano (parte 2), 1h28m – gol, jogador, contratação, surpresa e técnico

Piores do ano (parte 1), 1h19m – pior clube, derrota, jogador e contratação

Piores do ano (parte 2), 1h05m – pior técnico, gol, amargo e seleção

Trio de Ferro com 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 16 milhões de bilheteria em 2016. Números decrescentes…

As médias de público por temporada (2013-2016) de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A impressão de estádios vazios em jogos do Trio de Ferro, em 2016, se confirma com números (dos borderôs oficiais) em escala anual, com pouco mais de 1/4 de ocupação nas arquibancadas. Esta temporada foi a pior em público e renda, em dados absolutos e média, desde que o blog começou a fazer esse levantamento, em 2013. Nenhuma assistência acima de 40 mil foi registrada, chegando no máximo “39.999”, na semifinal estadual entre Santa e Náutico.

Considerando todos os mandos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, chega-se a 96 jogos, incluindo um em Cuiabá, no primeiro mando negociado por um grande clube pernambucano. Em 12 de outubro, os corais “receberam” o Corinthians na Arena Pantanal, com torcedores (do clube paulista) pagando ingressos de até R$ 200. A média geral foi 11.180, turbinada pelas promoções na reta final do Brasileiro, como a do Sport, que liberou o acesso aos sócios adimplentes nas últimas quatro partidas na Ilha – reunindo 100 mil pessoas.

O público total, por temporada, de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com o check-in dos associados, o Leão voltou a ter o melhor índice anual de público na capital, mas nem por isso também deixou de ter a melhor arrecadação, com R$ 1 milhão a mais que o rival do Arruda. Falando no Santa, a média na elite nacional não chegou a 10 mil, mesmo após uma década ausente. Pesou a campanha, claro. Já o Náutico teve dois de seus maiores públicos dos últimos tempos. Após um início às moscas na Série B, jogando três vezes com menos de dois mil espectadores, conseguiu atrair 25 mil alvirrubros em duas oportunidades, incluindo a rodada final, quando deixou o acesso escapar.

Vale destacar ainda a ausência de bilheterias milionárias, o que não ocorria desde 2012. A maior renda foi de Sport 1 x 0 Flamengo, na arena, com R$ 802 mil. Número bem decepcionante, acarretando num baque nas receitas locais.

A renda bruta obtida por Náutico, Santa e Sport de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Abaixo, o total em cada competição em 2016 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.

Sport
33 jogos (30 na Ilha e 3 na Arena)
460.898 torcedores (média de 13.966)
47,97% de ocupação
R$ 7.112.818 de renda bruta (média de R$ 215.539)
Estadual – 7 jogos – 83.690 pessoas (11.955) – R$ 1.572.833 (R$ 224.690)
Nordestão – 5 jogos – 64.955 pessoas (12.991) – R$ 1.148.265 (R$ 229.653)
Série A – 19 jogos – 304.084 pessoas (16.004) – R$ 4.272.715 (R$ 224.879)
Copa do Brasil – 1 jogo – 1.599 pessoas – R$ 16.165
Sul-Americana – 1 jogo – 6.570 pessoas – R$ 102.840

Números de público e renda do Sport de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Santa Cruz
36 jogos (33 no Arruda, 2 na Arena e 1 na Arena Pantanal)
413.626 torcedores (média de 11.489)
22,95% de ocupação
R$ 6.058.465 de renda bruta (média de R$ 168.290)
Estadual – 7 jogos – 119.290 pessoas (17.041) – R$ 1.564.455 (R$ 223.493)
Nordestão – 6 jogos – 79.146 pessoas (13.191) – R$ 1.204.575 (R$ 200.762)
Série A – 19 jogos – 187.245 pessoas (9.855) – R$ 2.992.570 (R$ 157.503)
Copa do Brasil – 2 jogos – 16.954 pessoas (8.477) – R$ 158.445 (R$ 79.222)
Sul-Americana – 2 jogos – 10.991 pessoas (5.495) – R$ 138.420 (R$ 69.210)

Números de público e renda do Santa Cruz de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico
27 jogos (25 na Arena e 2 na Arruda)
198.761 torcedores (média de 7.361)
15,93% de ocupação
R$ 3.574.304 de renda bruta (média de R$ 132.381)
Estadual – 7 jogos – 43.497 pessoas (6.213) – R$ 907.395 (R$ 129.627)
Série B – 19 jogos – 152.758 pessoas (8.039) – R$ 2.621.179 (R$ 137.956)
Copa do Brasil – 1 jogo – 2.506 pessoas – R$ 45.730

Números de público e renda do Náutico de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Trio de Ferro
96 jogos (35 no Arruda, 30 na Arena, 30 na Ilha e 1 na Arena Pantanal)
1.073.285 torcedores (média de 11.180)
26,76% de ocupação
R$ 16.745.587 de renda bruta (média de R$ 174.433)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B

Números de público e renda do Trio de Ferro de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Relembre os levantamentos anteriores: 20132014 e 2015.

As cotas de participação e premiações dos clubes pernambucanos em 2016

Receitas de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Encerrada a temporada 2016, vamos a um balanço econômico dos principais clubes pernambucanos, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, considerando as quatro principais forças, um apurado de R$ 84.336.410. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada campeonato, à parte da bilheteria (em outro post, em breve).

Em campo, o Leão da Ilha pouco fez. Parou na semifinal regional, perdeu o título estadual para o Santa, caiu no primeiro mata-mata da Sula, também para o rival tricolor, e ainda foi eliminado da Copa do Brasil na 1ª fase – justamente para poder jogar o torneio internacional. Com tantos insucessos, só ganhou R$ 3,6 milhões, o que corresponde a 8% do montante geral, uma vez que recebeu R$ 42 milhões da televisão pelo Brasileirão, uma receita já assegurada em 2017.

Com a maior receita de sua história, mesmo somando apenas as cotas e premiações, o Santa chegou a R$ 30 milhões – até hoje, já adicionando bilheteria e sócios, chegara no máximo a R$ 17 mi, em 2011. Além da cota de tevê, a maior do clube mesmo sendo a menor da Série A, os corais fizeram por onde nos mata-matas. Títulos no Pernambucano (sem premiação à parte) e no Nordestão, 3ª fase na Copa do Brasil e oitavas na Sula. Só não “pontuou” no Brasileiro (até o 16º lugar) – o rebaixamento, aliás, já comprometeu 2017. Para neste ano, especificamente, a previsão mínima de receita foi superada em 38%.

Quanto ao Náutico, um ano pífio. Fora do Nordestão, o clube tinha na Copa do Brasil o caminho meio para receitas extras, mas acabou eliminado pelo modesto Vitória da Conquista. O acesso perdido na última rodada, também em casa, tirou mais R$ 200 mil do clube – além do maior impacto, de R$ 23 milhões em 2017.

Sport
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão –  R$ 1,385 milhão (semifinal)
Copa do Brasil – R$ 420 mil (1ª fase)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv) – R$ 6,75 milhões
Série A (premiação) – R$ 900 mil (14º lugar)
Sul-Americana – R$ 988 mil (fase nacional)
Total : R$ 46.505.142 (R$ 3,875 milhões/mês)
Calendário: 66 jogos (R$ 704 mil/jogo)

A previsão mínima era R$ 42,381 mi (aumentou em R$ 4,12 milhões, ou 9,7%)

Santa Cruz
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão – R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – R$ 1,56 milhão (3ª fase)
Série A (TV*) – R$ 23 milhões
Sul-Americana – R$ 2,224 milhões (oitavas)
Total: R$ 30.231.142 (R$ 2,519 milhões/mês)
Calendário: 73 jogos (R$ 414 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 21,805 mi (aumentou em R$ 8,42 milhões, ou 38,6%)

Náutico
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Série B (TV*) – R$ 5 milhões
Total: R$ 6.302.142 (R$ 525 mil/mês)
Calendário: 54 jogos (R$ 116 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 6,15 mi (aumentou em R$ 150 mil, ou 2,4%)

Salgueiro*
Estadual – R$ 122.984 (fixo)
Nordestão – R$ 935 mil (quartas)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Total: R$ 1.297.984 (R$ 108 mil/mês)
Calendário: 42 jogos (R$ 30 mil/jogo)
* Na Série C, os clubes recebem apenas passagens aéreas e hospedagem

A previsão mínima era R$ 815.000 (aumentou em R$ 482 mil, ou 59,2%)