Inicialmente, o levantamento considerava apenas as vendas milionárias do futebol pernambucano, mas o blog resolveu expandir o ranking, com as maiores negociações em todo o Nordeste. Três clubes já conseguiram negócios acima de R$ 10 milhões, não coincidentemente os três clubes mais presentes na elite do futebol nacional – Bahia, Sport e Vitória, que somam 63 vendas, ou 66% de todas as vendas milionárias na região. Apesar do número de transações do leão pernambucano, a dupla de Salvador aparenta um trânsito melhor no mercado externo, refletido na regularidade de de vendas elevadas. Ao todo, seis estados já firmaram ao menos uma transferência milionária no período a partir do Plano Real, com a circulação iniciada oficialmente em 1º de julho de 1994. Até hoje, treze times conseguiram.
Número de jogadores vendidos (95 nomes até 13/03/2018): 25 – Vitória 19 – Bahia e Sport 10 – Náutico 6 – Santa Cruz 5 – Ceará 3 – Corinthians Alagoano 2 – Fortaleza 1 – ABC, ASA, Campinense, CRB, Porto e Sampaio Corrêa
Número de jogadores vendidos por estado: 44 – Bahia 36 – Pernambuco 7 – Ceará 5 – Alagoas 1 – Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte
O ranking é apresentado tanto em reais quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional já flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para 1/4 da moeda americana. Embora o euro seja a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam os valores oficiais – ou mesmo suas receitas gerais. Na maioria dos casos, cada venda foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia.
Ah, existe a possibilidade de algum ter sido esquecido. Caso lembre, pode deixar o seu comentário no post, que a lista será atualizada.
Observação: a cifra estabelecida por Jean Filho, em 22 de dezembro de 2017, pode ser ainda maior, uma vez que o Bahia tem direito aos direitos econômicos de mais um jogador, ainda em discussão junto ao São Paulo.
Em 2017, o investimento da televisão no Brasileiro será de R$ 1,297 bilhão. Montante referente às cotas fixas, à parte do crescente pay-per-view. Paralelamente à já tradicional discussão sobre a distorção e distribuição das cotas, a Premier League sempre aparece como modelo ideal. Na elite do futebol inglês, a receita oriunda da tevê é dividida da seguinte forma a cada temporada: 50% em cotas iguais entre os vinte times, 25% pela classificação final no campeonato anterior e 25% pela representatividade de audiência de cada um.
Assim, em vez do atual sistema de (sete) castas no Brasil, com um hiato de R$ 147 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (Chape, Ponte, entre outros), a diferença máxima, caso fosse adotado o modelo britânico, seria de R$ 60 milhões, no caso entre Flamengo e Bahia, recém-promovido. Mais equilíbrio, sem dúvida. Vamos a uma projeção de valores considerando o atual contrato da Série A, válido para o triênio 2016-2018.
No quadro inspirado no campeonato inglês, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.544.047, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 1/4 da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade atual de cada um.
Sport no contrato oficial 2017 – R$ 35,0 milhões
2016 – R$ 35,0 milhões 2015 – R$ 27,0 milhões
Total – R$ 97,0 milhões
Sport via Premier League 2017 – R$ 51,9 milhões
2016 – R$ 61,7 milhões 2015 – R$ 40,5 milhões
Total – R$ 154,1 milhões
Após articulação entre clubes brasileiros, concorrência de canais de tevê e até projetos de lei (dois já engavetados, ambos de deputados pernambucanos, em 2011 e 2014), a Rede Globo resolveu incorporar a divisão proporcional, mas com um percentual particular. No caso, a partir do próximo contrato, em 2019, a divisão será 40% de forma igualitária, 30% por colocação e 30% de audiência. No Recife, Náutico, Santa Cruz e Sport já assinaram com a emissora até 2024.
Pelo segundo ano seguido, Pernambuco se mantém em 7º lugar no Ranking da CBF, somando os pontos de todos os dez representantes locais nos torneios nacionais das últimas cinco temporadas. O estado é líder absoluto na região, no período de 2012 a 2016, com Bahia e Ceará, nesta ordem, na sequência. Já no cenário geral, para evoluir será preciso um esforço coletivo enorme. Hoje, são quase sete mil pontos em relação ao Paraná, que em 2017 terá dois clubes no Campeonato Brasileiro, o que já torna-se quase irreal a possibilidade de ultrapassagem – dependeria de uma grande campanha local na Copa do Brasil.
Percentual dos clubes na pontuação do estado em 2016: Sport – 8.019 (34,13%) Santa Cruz – 5.730 (24,39%) Náutico – 5.401 (22,99%) Salgueiro – 2.461 (10,47%) Central – 789 (3,35%) Serra Talhada – 459 (1,95%) América – 255 (1,08%) Porto – 171 (0,72%) Ypiranga – 153 (0,65%) Petrolina – 51 (0,21%)
Vale lembrar que a colocação da federação estadual, na lista organizada pela confederação brasileira de futebol, influencia diretamente no número de vagas de cada uma tanto na Copa do Brasil quanto na Copa do Nordeste (abaixo). Hoje, Pernambuco tem direito a três participantes nas duas competições.
Copa do Brasil (via estadual) 5 vagas – 1º e 2º (SP e RJ) 4 vagas – do 3º ao 5º (MG, RS e SC) 3 vagas – do 6º ao 14º (PR, PE, GO, BA, CE, RN, PA, AL e MT) 2 vagas – do 15º ao 22º (PB, MA, SE, DF, PI, AM, AC e MS) 1 vaga – do 23º ao 27º (ES, RO, TO, AP e RR)
Copa do Nordeste (via estadual) 3 vagas – 1º e 2º (PE e BA) 2 vagas – do 3º o 9º (CE, RN, AL, PB, MA, SE e PI)
O calendário de jogos oficiais será farto no Recife na temporada 2017. Com o Trio de Ferro presente no Nordestão, após um breve hiato, o número mínimo de apresentações é o do Náutico, com 55, dado já elevado, com média de um jogo de futebol a cada 5,7 dias, descontando o período de férias e pré-temporada.
No outro extremo, o Sport pode chegar a inacreditáveis 90 jogos. A marca soa irreal, pois teria que disputar o título nos quatro torneios com mata-mata previsto. De toda forma, isso representaria uma média de 3,4 dias entre cada partida. No caso tricolor, a pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil reduziu a lista em 6 jogos. Entretanto, o clube também foi prejudicado pela decisão da Conmebol, que o tirou da Sula (com o torneio, a sua agenda poderia chegar a 84 partidas).
O calendário de competições oficiais no país, descontando amistosos, prevê 312 dias de ação, de 29 de janeiro (estreia no Campeonato Pernambucano) a 6 de dezembro (decisão da Sul-Americana). Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete clubes pernambucanos inscritos em competições nacionais.
Sport (de 57 a 90 partidas em 2017, em 5 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (28/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série A (14/05 a 03/12) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Copa Sul-Americana (05/04 a 13/12) – de 2 a 12 jogos (até 6 fases)
Total em 2016: 66
Santa Cruz (de 56 a 72 partidas em 2017, em 4 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (29/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série B (13/05 a 25/11) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (26/04 a 12/10) – de 2 a 8 jogos (até 4 fases)
Total em 2016: 73
Náutico (de 55 a 78 partidas em 2017, em 4 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (29/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série B (13/05 a 25/11) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2016: 54
Salgueiro (de 35 a 58 partidas em 2017, em 3 torneios) Estadual (04/01 a 07/05) – de 16 a 20 jogos (até 4 fases) Série C (07/05 a 15/10) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2016: 42
Central, América e Serra Talhada (de 22 a 36 partidas em 2017, em 2 torneios) Estadual (04/01 a 07/05) – de 16 a 20 jogos (até 4 fases) Série D (04/06 a 17/09) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases)
Total em 2016: 24 (América), 22 (Central), 22 (Serra)
Saiba mais sobre o novo calendário do futebol brasileiro clicando aqui.
Considerando a moeda nacional, foi a maior transação da história tricolor, a 6ª no geral. Porém, na conversão com o dólar, o jogador fica atrás dos atacantes Pantera (1996) e Gilberto (2011), entre os corais, e 16º entre todos os nomes. A ressalva é importante por causa da cotação do real, tendo peso maior ou menor no mercado ao longo dos anos – apesar de o euro ser a moeda mais utilizada hoje em dia no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
Os números de João Paulo ainda podem aumentar consideravelmente, uma vez que o clube coral detinha 100% dos direitos econômicos e negociou apenas 60%. Ao todo, o meia valeria na prática R$ 5 milhões. Em caso de venda total, JP subiria para 3º (real) e 7º (dólar). O dado final será mensurado pelo desempenho no alvinegro carioca. Longe do Arruda, mas ainda rendendo…
Sobre as negociações milionárias no estado (R$): Nº de jogadores vendidos (30): Sport 15, Náutico 9, Santa Cruz 5, Porto 1 Nº de jogadores comprados (7): Sport 6, Náutico 1
Abaixo, a lista de atletas negociados. O levantamento considera as receitas obtidas pelos clubes locais, à parte de percentuais de investidores.
De 1959 a 2016 foram realizadas 60 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF. Na conta, a Série A (1971-2016), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.
Abaixo, o blog fez uma compilação dos 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking histórico, a vitória valeu três pontos em todos os jogos (oficialmente, no país, começou em 1995).
A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), subindo para o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa acabou figurando em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, incluindo Sport e Santa. Foram 32 regulamentos diferentes até 2003, quando foi implantado o sistema de pontos corridos. No fim dos anos 1980, Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).
As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A): 1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96) 2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08) 3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01) 4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77) 5º) Náutico (1) – 6º (84) 5º) Ceará (1) – 7º (85)
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD (precursora da CBF) para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho (pontos e campanhas) foi do Bahia, o pioneiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.
A melhor colocação nordestina (Robertão): Bahia (2) – 11º (69/70)
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 14 edições, até 2016, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.
As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos): 1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08) 2º) Sport (1) – 6º (15)
Como ocorreu na temporada anterior, o blog traz a avaliação do Transfermarkt após a conclusão das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro. Os 40 elencos finalização a edição de 2016 valendo 1,058 bilhão de euros, segundo a moeda utilizada nos levantamentos do site alemão, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A grande mudança em relação ao início do campeonato foi, sem dúvida alguma, na Chapecoense, vítima de uma tragédia.
Com o acidente aéreo na Colômbia, com 71 mortos, incluindo 19 jogadores, o time catarinense acabou listando apenas 15 atletas (entre reservas e juniores), com €7,65 mi. Há sete meses a projeção era de 21,2 milhões. Campeão da Série A, o Palmeiras viu o seu plantel valorizar de 72 mi para 80 milhões de euros, com o São Paulo, líder em maio, antes de o campeonato começar, despencando de 78 mi para 68 mi. O cálculo sobre os direitos econômicos de cada atleta é feito a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente.
Entre os pernambucanos, algumas projeções polêmicas. O Santa Cruz, apesar do descenso, acabou tendo uma esperada valorização do elenco justamente por causa da presença (lastro) na elite – o acesso já havia evoluindo o dado em 92%! Ainda assim, é questionável o aumento estimado a Keno, bem abaixo do mercado (de fato). Passou de 500 mil para 750 mil euros, ficando abaixo de Mazinho (!). No caso do Sport, o valor foi quase o mesmo, mas o clube viu a desvalorização, segundo o Transfermarkt, de seus jogadores mais valorizados: Diego Souza (-500 mil, mesmo sendo artilheiro), Rithely (-500 mil) e Renê (-500 mil). Enquanto isso, na Série B, o Náutico começou e encerrou com o 6º elenco. Porém, chama a atenção o dado de Roni. Apontado como principal nome alvirrubro na campanha, o atacante é apenas o 10º mais caro do clube.
Variação dos pernambucanos, antes da 1ª rodada e após a 38ª rodada: Sport – de 33,8 mi para 33,7 milhões (-100 mil) Santa – de 12,05 mi para 18,4 milhões (+6,35 milhões) Náutico – de 10,95 mi para 11,48 milhões (+530 mil)
Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 13 de dezembro de 2016 (em euros):
Sport (elenco com 33 jogadores: € 33,7 milhões) 1º) 5 milhões – Diego Souza (meia) 2º) 3,5 milhões – Rithely (volante) 3º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo) 4º) 2,0 milhões – Apodi (lateral-direito) 5º) 1,6 milhão – Agenor (goleiro) 6º) 1,5 milhão – Rogério (atacante) 6º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito) 8º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia) 8º) 1,25 milhão – Everton Felipe (atacante) 10º) 1,15 milhão – Paulo Roberto (volante)
Santa Cruz (elenco com 36 jogadores: € 18,4 milhões) 1º) 3 milhões – Pisano (meia) 2º) 800 mil – Mazinho (meia) 3º) 750 mil – Tiago Cardoso (goleiro) 3º) 750 mil – Grafite (atacante) 3º) 750 mil – Keno 3º) 750 mil – Danny Morais (zagueiro) 3º) 750 mil – João Paulo (meia) 3º) 750 mil – Jádson (volante) 3º) 750 mil – Arthur (atacante) 3º) 750 mil – Uillian Correia (volante) 3º) 750 mil – Marion (meia) 3º) 750 mil – Mario Sérgio (lateral-direito) 3º) 750 mil – Wellington (volante)
Náutico (elenco com 30 jogadores: € 11,48 milhões) 1º) 1,5 milhão – Vinícius (meia) 2º) 1,4 milhão – Léo Pereira (zagueiro) 3º) 1,35 milhão – Renan Oliveira (meia) 4º) 750 mil – João Ananias (volante) 4º) 750 mil – Rodrigo Souza (volante) 6º) 600 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo) 6º) 600 mil – Rafael Pereira (zagueiro) 8º) 550 mil – Júlio César (goleiro) 9º) 450 mil – Bérgson (atacante) 10º) 400 mil – Daniel Morais (atacante) 10º) 400 mil – Roni (atacante)
Os 20 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A:
A milionária diferença entre as receitas de televisão no Campeonato Brasileiro, com sete subdivisões de cotas fixas, vem afunilando a disputa pelas primeiras colocações. Quase sempre, o maior investimento obtém resultados satisfatórios. Quase, pois o Inter foi rebaixado pela primeira vez em sua história, mesmo com a 6ª maior cota de TV. E a relação dinheiro/ponto expõe o clube, com R$ 1,4 milhão (sem contar o PPV!) a cada pontinho somado na tabela. A interessante análise (e gráficos) sobre a eficiência de gasto foi feita por Tiago Nunes, calculando todas as cotas (fixas) de acordo com a classificação final da Série A. Não se trata de um quadro conclusivo, mas de um dado a mais para o debate.
Este ano, o Palmeiras ganhou o campeonato de forma incontestável, com nove pontos à frente do vice-campeão, o Santos. Ficou a um ponto do recorde nos pontos corridos, estabelecido pelo rival Corinthians, há um ano. Apesar disso, em termos de “administração”, o alviverde foi apenas o 16º. A Ponte, que terminou em 8º lugar, está no topo da lista, com 433 mil reais a cada ponto. Por sinal, a Macaca já havia liderado o levantamento em 2015, na ocasião com média ainda menor, de R$ 352 mil. A diferença foi o aumento da verba aos não-cotistas da tevê, passando de R$ 18 mi para R$ 23 milhões.
No fim da lista, o Corinthians, que gastou sete vezes mais que a Macaca para cada ponto, ficando apenas uma colocação à frente, com ambos indo à Sula.
1º) Ponte Preta – R$ 433 mil/ponto (R$ 23 milhões de cota e 53 pontos) 2º) Chapecoense – R$ 442 mil/ponto (R$ 23 mi e 52 pts) 3º) Figueirense – R$ 621 mil/ponto (R$ 23 mi e 37 pts) 4º) Atlético-PR – R$ 614 mil/ponto (R$ 35 mi e 57 pts) 5º) Santa Cruz – R$ 741 mil (R$ 23 mi e 31 pts) 6º) Sport – R$ 744 mil/ponto (R$ 35 mi e 47 pts) 7º) Coritiba – R$ 760 mil/ponto (R$ 35 mi e 46 pts) 8º) Vitória – R$ 777 mil/ponto (R$ 35 mi e 45 pts) 9º) América – R$ 821 mil/pontos (R$ 23 mi e 28 pts) 10º) Atlético-MG – R$ 967 mil/ponto (R$ 60 mi e 62 pts) 11º) Botafogo – R$ 1,02 milhão/ponto (R$ 40 mi e 59 pts) 12º) Santos – R$ 1,13 milhão ponto (R$ 80 mi e 71 pts) 12º) Grêmio – R$ 1,13 milhão/ponto (R$ 60 mi e 53 pts) 14º) Cruzeiro – R$ 1,18 milhão/ponto (R$ 60 mi e 51 pts) 15º) Fluminense – R$ 1,20 milhão/ponto (R$ 60 mi e 50 pts) 16º) Palmeiras – R$ 1,25 milhão/ponto (R$ 100 mi e 80 pts) 17º) Internacional – R$ 1,40 milhão/ponto (R$ 60 mi e 43 pts) 18º) São Paulo – R$ 2,12 milhões/ponto (R$ 110 mi e 52 pts) 19º) Flamengo – R$ 2,39 milhões/ponto (R$ 170 mi e 71 pts) 20º) Corinthians – R$ 3,09 milhões/ponto (R$ 170 mi e 55 pts)
Obs. Grêmio e Chape se classificaram à Liberta via Copa do Brasil e Sula.
Confira os dois gráficos em uma resolução maior clicando aqui e aqui.
A vitória do Sport sobre o Figueirense, diante de 25 mil pessoas na Ilha do Retiro, manteve o clube na Série A pela quarta temporada seguida, o que não acontecia desde a série encerrada em 2001 – quando passou onze anos a elite.
Como em suas principais vitórias neste complicado ano para o clube, o Leão produziu um vídeo de 10 minutos, via Lucas Fitipaldi, com imagens exclusivas dos bastidores do último jogo em 2016. Uma partida nervosa, na qual um tropeço poderia ter sido fatal. Terminou com festa e alívio para 2017. Assista.
A quarta temporada da Arena Pernambuco marcou a transição da operação, com o fim da parceria público-privada junto à Odebrecht, em rescisão tomada pelo governo. Agora, o empreendimento vem sendo administrado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (que organizou 20 dos 32 jogos em 2016), até que uma nova licitação seja realizada. Além disso, o ano também fica marcado pelos piores números do estádio, considerando os jogos oficiais do Trio de Ferro – como o blog apura desde a sua abertura, em 2013.
Baixa tanto em público quanto em bilheteria bruta. Neste caso, parece ter sido determinante a suspensão do programa Todos com a Nota, que subsidiava milhares de ingressos nos jogos com mando de campo de Náutico, Santa Cruz e Sport. Não por acaso, o número de jogos na arena caiu, com 11 partidas a menos – com forte ausência leonina, reduzindo de 10 para 3 apresentações. No total, foram 192 mil torcedores a menos nas cadeiras vermelhas do estádio, resultando numa taxa de ocupação foi de 17,7%, com média de 8 mil pessoas. Até então, nunca havia ficado abaixo de 20% e de 10 mil, respectivamente. Já em termos de arrecadação, o baque foi R$ 6,2 milhões em relação a 2015.
Como contraponto ao quadro desidratado, a primeira partida da Seleção Brasileira em São Lourenço estabeleceu um recorde duplo. O empate em 2 x 2 com o Uruguai foi assistido in loco por 45.010 torcedores (a capacidade máxima é de 46.214), com uma renda de R$ 4.961.890. Trata-e da maior bilheteria da história do futebol local, levando em conta os dados conhecidos – a Fifa não divulgou as bilheterias da Copa do Mundo e da Copa das Confederações.
Mesmo com o jogo das Eliminatórias da Copa 2018, o saldo do ano não deve ser bom no próximo relatório a financeiro, a ser divulgado em 2017. Lembrando que já são três anos seguidos com saldo negativo no balanço oficial: R$ 29,7 milhões em 2013, R$ 24,4 milhões em 2014 e R$ 19,0 milhões em 2015. Ao todo, R$ 73 milhões de déficit operacional do estádio, que ainda segue buscando o seu espaço entre tricolores e rubro-negros, essenciais para o negócio.
Confira abaixo os quadros separados por cada clube e período.
Neste ano, a Arena Pernambuco registrou a pior média de público, pior taxa de ocupação, pior arrecadação, pior média de renda e pior tíquete médio. Apenas dois dados escaparam: número de jogos e público absoluto.
Após a baixa em 2015, o Náutico melhorou um pouco os seus dados. Para isso, contou a flexibilização no preço dos ingressos – após a saída da Odebrecht. Com setores promocionais, chegou a registrar três jogos com 25 mil torcedores, no embalo da campanha de recuperação, que quase culminou com acesso.
Após mandar dez jogos em 2015, com rendas milionárias, o Sport atuou apenas três vezes em 2016. A primeira delas, contra o Flamengo teve uma renda de R$ 802 mil, a maior do ano entre clubes na arena. Por outro lado, disputou lá o seu primeiro Clássico das Multidões como mandante com apenas 6.570 pessoas.
O Santa Cruz segue como o grande clube pernambucano mais distante da arena. Foram apenas duas partidas, o mesmo dado de 2015. Mas o público presente foi menor, com 11.490 de diferença. Em seu primeiro Clássico das Multidões como mandante lá, pela Copa Sul-Americana, apenas 5.517 pessoas.
A quantidade jogos abaixo considera apenas os mandos do Trio de Ferro. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Já em 2015 houve um jogo de portões fechados na Ilha, não computado. Em 2016, o América jogou na Ilha (2x) e no Arruda (1x), partidas também não consideradas no levantamento.
Relembre os balanços anteriores: 2013, 2014 e 2015.