Ranking da CBF em 2016 com Sport (17º), Santa Cruz (26º) e Náutico (29º)

Ranking de Clubes da CBF - dezembro/2016

A CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2016, com o Grêmio retomando a liderança. O tricolor gaúcho, que já havia ficado em primeiro em 2013, é o primeiro clube a liderar em duas temporadas o modelo atual do ranking, implantado há cinco anos. Para desbancar o Corinthians, claro, pesou o inédito penta na Copa do Brasil.

Líderes do ranking
2016 – 15.038 pontos (Grêmio)
2015 – 14.664 pontos (Corinthians)
2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro)
2013 – 15.286 pontos (Grêmio)
2012 – 16.208 pontos (Fluminense)

Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).

Com a 14ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport chegou ao 17º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com isso, assumiu pela primeira vez, neste formato, a liderança no Nordeste, ultrapassando o Bahia, líder nos últimos dois anos. Não por coincidência, o rubro-negro pernambucano pontuou duas vezes na elite, com o tricolor baiano disputando a segundona. Ainda no Trio de Ferro, outra reviravolta. Apesar do descenso, a pontuação na elite (pela primeira vez) alavancou o Santa, que subiu nove posições, ficando em 26º lugar. A posição, a melhor do clube, o colocou pela primeira vez à frente do Náutico.

Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (49º,  2.461 pts), Central (85º, 789 pts), Serra Talhada (113º, 459 pts), América (148º, 255 pts), Porto (180º, 171 pts), Ypiranga (182º, 153 pts) e Petrolina (211º,  51 pts). Ao todo, 234 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.

Rankings anteriores: 201520142013 e 2012.

Sport
2016 – 17º (8.019)
2015 – 19º (7.928)
2014 – 20º (6.970)
2013 – 24º (6.740)
2012 – 19º (8.284)

Náutico
2016 – 29º (5.401)
2015 – 25º (6.139)
2014 – 26º (6.470)
2013 – 21º (7.557)
2012 – 22º (8.036)

Santa Cruz
2016 – 26º (5.730)
2015 – 35º (4.310)
2014 – 36º (3.930)
2013 – 45º (3.091)
2012 – 48º (2.704) 

Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.

Podcast – Entrevistas com os candidatos a presidente do Sport no biênio 2017-2018

Chapas do Sport para a eleição 2017/2018

Os sócios do Sport vão escolher o presidente do clube para o biênio 2017-2018 no dia 16 de dezembro. A tendência é de até quatro mil eleitores na Ilha, numa marca recorde. Com o pleito rubro-negro formado por duas candidaturas antagônicas em termos de gestão, mas repletas de dirigentes com serviços prestados, o 45 minutos ouviu os dois presidenciáveis. Entrevistas num tom franco, com detalhes sobre a formação do futuro departamento de futebol, gasto, perfil técnico e financeiro de jogadores, novo treinador, prioridades entre torneios, controle de dívidas, requalificação estrutural e arestas políticas dentro das correntes. Haja assunto, num tira-teima para o sócio ainda indeciso acerca dos próximos anos, nos quais o Leão terá uma receita de R$ 200 milhões. Ouça!

Saiba mais sobre as duas candidaturas clicando aqui.

Chapa 1 (Avança Sport, com Arnaldo Barros)

Chapa 2 (Por um Sport campeão, com Wanderson Lacerda)

A distribuição dos milhões das cotas de televisão nas Séries A e B de 2017

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série A em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A volta de Vasco e Bahia, tendo como contrapartida, entre os cotistas, a queda do Inter, impulsionou a receita com televisão do Brasileiro de 2017 (acima). Ao todo, considerando apenas a cota fixa, pay-per-view à parte, a Série A irá distribuir quase R$ 1,3 bilhão. De maneira bem desigual, como se sabe. Apenas Fla e Timão representam 26,2%. São sete subdivisões, com a última reservada aos aos clubes sem contratos para o triênio 2016-2018 – a Rede Globo, detentora dos direitos assinou com apenas 18, independentemente da divisão.

Entre os cotistas está o Sport, com contratos do tipo desde 1997. Já o Santa Cruz, que em 2016 ganhou R$ 23 milhões pela participação na elite, volta à segunda divisão ganhando o mesmo que outros 18 times não-cotistas. Ou seja, R$ 5 milhões. Uma queda de 78%! Se os corais devem ter dificuldades financeiras, o Colorado, rebaixado pela primeira vez em sua história, mantém o montante recebido na primeira divisão (presente na 5ª subdivisão criada pela emissora responsável). Por sinal, o clube gaúcho, sozinho, representa 32,4% de toda a verba a ser repassada aos vinte times da segundona de 2017 (abaixo).

2017 (contrato 2016-2018)
Série A – R$ 1,297 bilhão (com 16 cotistas e 4 não-cotistas)
Série B – R$ 185 milhões (com 2 cotistas e 18 não-cotistas)
A segunda divisão representa 14,2% da primeirona 

2016 (contrato 2016-2018)
Série A – R$ 1,240 bilhão (com 15 cotistas e 5 não-cotistas)
Série B – R$ 255 milhões (com 3 cotistas e 17 não-cotistas)
A segunda divisão representa 20,5% da primeirona

2015 (contrato 2012-2015)
Série A – R$ 923 milhões (com 15 cotistas e 5 não cotistas)
Série B – R$ 150 milhões (com 3 cotistas e 17 não-cotistas)
A segunda divisão representa 16,2% da primeirona

Essa situação, sem amparo financeiro aos rebaixados, vai continuar até 2018, no último ano do contrato vigente. A partir de 2019, entram em vigor dois acordos distintos, um com a Globo (tevês aberta e fechada, PPV, sinal internacional e internet) e outro com o Esporte Interativo (tevê fechada), com períodos até 2024. Neste caso, alvirrubros e tricolores já têm contratos firmados com a Globo – espera-se verbas maiores em caso de campanhas na Série B.

Lembrando que esse levantamento apresentado pelo blog se refere apenas às cotas fixas. Ainda há o rateio de meio bilhão de reais no PPV, através do Premiere, calculado de acordo com o número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha, ampliando a disparidade. Em 2015, o Sport, com 1,4% dos assinantes, ganhou R$ 6,75 milhões. O Fla, com 19,2%, recebeu R$ 68 mi.

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série B em 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A regionalização das séries A, B, C e D do Brasileiro de 2017, com 128 clubes

Ao todo, 128 clubes vão disputar o Campeonato Brasileiro de 2017, espalhados em quatro divisões, dos quais sete pernambucanos (1 na A, 2 na B, 1 na C e 3 na D). Do total times assegurados no nacional, 60 estão nas três principais divisões, que têm “calendário cheio”, com atividade regular a partir de maio. Com a definição de todos os acessos e descensos, confira abaixo a relação completa nas séries A, B, C e D. Esta última conta com um período de disputa bem mais curto, mas agora passa a definir os seus representantes (64 clubes via estaduais, além dos 4 rebaixados da terceirona) no ano anterior, após o ajuste de calendário feito pela CBF o Pernambucano de 2017 (como os demais estaduais) classificará 3 clubes para a quarta de divisão de 2018.

A nova divisão absoluta no Brasileiro é a seguinte: 38 do Nordeste, 37 do Sudeste, 23 do Sul, 16 do Norte e 14 do Centro-Oeste. Em relação às divisões, a participação do Sul-Sudeste varia de 80% na Série A para 33% na Série D. Já o Norte-Nordeste vai de 15% na Série A para 52% na Série D. Sintomático?

confira a divisão de regiões na última temporada aqui.

Série A
Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Fluminense, Botafogo, Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba, Chapecoense, Ponte Preta, Atlético-GO e Avaí

Nordeste – 3 times (2 baianos e 1 pernambucano)
Sudeste – 11 times (5 paulistas, 4 cariocas e 2 mineiros)
Sul – 5 times (2 paranaenses, 2 catarinenses e 1 gaúcho)
Centro-Oeste – 1 time (1 goiano)
Norte – 0 

Série B
Internacional, Goiás, Santa Cruz, Náutico, Figueirense, América-MG, Boa Esporte, ABC, Brasil-RS, Ceará, CRB, Criciúma, Guarani, Juventude, Londrina, Luverdense, Oeste, Paraná, Paysandu e Vila Nova

Nordeste – 5 times (2 pernambucanos, 1 cearense, 1 alagoano e 1 potiguar)
Sudeste – 4 times (2 mineiros e 2 paulistas)
Sul – 7 times (3 gaúchos, 2 catarinenses e 2 paranaenses)
Centro-Oeste – 3 times (2 goianos e 1 mato-grossense)
Norte – 1 time (1 paraense)

Série C
ASA, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, CSA, Cuiabá, Fortaleza, Joinville, Macaé, Mogi Mirim, Moto Club, Remo, Salgueiro, Sampaio Corrêa, São Bento, Tombense, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga

Nordeste – 8 times (2 alagoanos, 2 maranhenses, 1 pernambucano, 1 cearense, 1 paraibano e 1 sergipano)
Sudeste – 8 times (4 paulistas, 2 cariocas e 2 mineiros)
Sul – 2 times (1 gaúcho e 1 catarinense)
Centro-Oeste – 1 time (1 mato-grossense)
Norte – 1 time (1 paraense)

Série D
Araguaia-MT, Alto-PI, América-RN, América-PE, Anápolis, Aparecidense-go, Atlético-AC, Audax-SP, Bangu-RJ, Baré-RR, Boavista, RJ, Brusque-SC, Caldense-MG, Campinense-PB, Ceilândia-DF, Central-PE, Comercial-MS, Cordino-MA, Coruripe-AL, Desportiva-ES, Espírito Santo-ES, Fast-AM, Fluminense-BA, Genus-RO, Globo-RN, Guarani-CE, Guaratinguetá-SP, Gurupi-TO, Inter de Lajes-RS, Itabaian-SE, J. Malucelli-PR, Jacobina-BA, Juazeirense-BA, Luziânia-DF, Maranhão-MA, Metropolitano-SC, Murici-AL, Novo Hamburgo-RS, Operário-PR, Parnahyba-PI, Portuguesa-SP, Portuguesa-RJ, Potiguar-RN, Princesa do Solimões-AM, PSTC-PR, Red Bull-SP, Rio Branco-SP, River-PI, Rondoniense-RO, Santos-AP, São Bernardo-SP, São Francisco-PA, São José-RS, São Paulo-RS, São Raimundo-PA, São Raimundo-RR, Sergipe-SE, Serra Talhada-PE, Sete de Dourados-MS, Sinop-MT, Sousa-PB, Tocantines-TO, Trem-AP, Uniclinic-CE, URT-MG, Villa Nova-MG e XV de Piracicaba-SP

Nordeste – 22 times (3 pernambucanos, 3 baianos, 3 potiguares, 3 piauienses, 2 cearenses, 2 alagoanos, 2 maranhenses, 2 paraibanos e 2 sergipanos)
Sudeste – 14 times (6 paulistas, 3 cariocas, 3 mineiros e 2 capixabas)
Sul – 9 times (3 gaúchos, 3 paranaenses 3 catarinenses)
Centro-Oeste – 9 times (3 goianos, 2 brasilienses, 2 mato-grossenses e 2 sul-mato-grossenses)
Norte – 14 times (2 paraenses, 2 amazonenses, 2 acreanos, 2 tocantinenses, 2 amapaenses, 2 rondonienses e 2 roraimenses)

Diego Souza, o artilheiro do Brasileirão de 2016, escreve de vez o seu nome no Sport

Série A 2016, 38ª rodada: Sport 2 x 0 Figueirense, com Diego Souza comemorando o seu 14º gol no Brasileiro. Foto: Paulo Paiva/DP

Foi a última finalização efetiva do Sport no Campeonato Brasileiro de 2016. Aos 43 minutos do segundo tempo, com o time já garantido na elite, Neto Moura tocou para Diego Souza, que recebeu dentro da área e estufou as redes. Gol histórico para ele e para o Sport, com a inédita artilharia na Série A. Em 46 anos, foi apenas a terceira vez que um jogador alcançou o feito atuando no Nordeste, quebrando um hiato de 26 anos! O próprio DS87 jamais havia conseguido marcar tantos gols num Brasileirão. Lembrando que ele é meia, o que torna o feito ainda mais raro. Tanto que foi apenas o terceiro apoiador a terminar como artilheiro, após Zico (1980 e 1982) e Rodrigo Fabri (2002).

Eram três jogos sem marcar, incluindo um pênalti desperdiçado contra o Cruzeiro. Quis o destino que a sorte virasse justamente no último fim de semana. Fred, até então isolado na ponta, não jogou por causa do W.O. entre Galo e Chape. Grafite rescindiu com o Santa e Pottker, da Ponte, só fez um. Assim, um triplo empate entre Fred, Pottker e Diego – fato ocorrido pela última vez em 2008. Aos três, o mesmo e legítimo status de artilheiro.

Para completar, o principal jogador rubro-negro chegou a 14 gols, igualando uma marca de 31 anos no clube. Agora é, também, recordista de gols pelo Sport em uma edição da primeira divisão, ao lado de Luís Carlos. Com 27 gols ao todo, está a 6 de Leonardo, ainda o maior goleador leonino na competição. Com contrato até dezembro de 2017, a sua história, já respeitável, pode evoluir…

Artilheiros do Brasileirão atuando em clubes do Nordeste
Taça Brasil
1959 – Léo (Bahia), 8 gols
1960 – Bececê (Fortaleza), 7 gols
1963 – Ruiter (Confiança), 9 gols
1966 – Bita (Náutico), 10 gols
1967 – Chicletes (Treze), 9 gols

Série A
1973 – Ramón (Santa Cruz), 21 gols
1990 – Charles (Bahia), 11 gols
2016 – Diego Souza (Sport), 14 gols

Diego Souza em ação pelo Sport no Brasileirão
2014 – 19 jogos, 4 gols e 2 assistências (6 gols combinados)

2015 – 34 jogos, 9 gols e 10 assistências (19 gols combinados)
2016 – 34 jogos, 14 gols e 7 assistências (21 gols combinados)
Total – 87 jogos, 27 gols e 19 assistências (46 gols combinados)

Maiores artilheiros do Sport em uma edição do Brasileiro (+10 gols)
14 gols – Luís Carlos (1984) e Diego Souza (2016)
13 gols – Leonardo (2000), Taílson (2000), Carlinhos Bala (2007) e André (2015)
12 gols – Dario (1975) e Mauro (1978)
11 gols – Marcelo (1995) e Roger (2008)
10 gols – Luís Müller (1996)

Série A 2016, 38ª rodada: Sport 2 x 0 Figueirense. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A classificação final da Série A 2016, com R$ 60 milhões em prêmios e 14 vagas

A classificação da Série A 2016 após 38 rodadas. Crédito: Superesportes

Terminou a 46ª edição da Série A do Brasileiro. Embora o Palmeiras tenha sido campeão de forma antecipada, a 38ª rodada definiu vários pontos, como o vice (Santos), os dois últimos classificados à Libertadores (Botafogo e Atlético-PR), mais três classificados à Sul-Americana (Corinthians, Cruzeiro e Sport) e o quarto rebaixado à segunda divisão. Além de América, Santa e Figueirense, também caiu o Internacional, pela primeira vez em sua história.

Os pernambucanos encerraram suas campanhas em 2016 de formas distintas. No Recife, o Sport venceu o Figueirense e se manteve, enquanto o Santa Cruz foi goleado pelo São Paulo por 5 x 0, na última imagem de uma campanha melancólica. Abaixo, a distribuição da premiação oficial da competição, contamplando os times que permaneceram na elite. Repassado pela CBF e bancado pela Rede Globo, o montante chega a R$ 60 milhões. Além disso, nada menos 14 (!) clubes se classificaram aos dois principais torneios da Conmebol.

Obs. A classificação tem um jogo a menos porque houve um W.O. duplo no duelo entre Chapecoense e Atlético-MG, na rodada final.

Colocações, premiações e vaga através do Brasileirão 2016
1º) Palmeiras – R$ 17 milhões, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
2º) Santos – R$ 10,7 milhões, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
3º) Flamengo – R$ 7,3 milhões, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
4º) Atlético-MG – R$ 5,3 milhões, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
5º) Botafogo – R$ 3,85 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
6º) Atlético-PR – R$ 2,6 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
7º) Corinthians – R$ 2,25 milhões e Sul-Americana/1ª fase
8º) Ponte Preta – R$ 1,95 milhão e Sul-Americana/1ª fase
9º) Grêmio* – R$ 1,7 milhão, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
10º) São Paulo – R$ 1,5 milhão e Sul-Americana/1ª fase
11º) Chape** – R$ 1,3 milhão, Libertadores/4ª fase e Copa do Brasil/oitavas
12º) Cruzeiro – R$ 1,15 milhão e Sul-Americana/1ª fase
13º) Fluminense – R$ 1 milhão e Sul-Americana/1ª fase
14º) Sport – R$ 900 mil e Sul-Americana/1ª fase
15º) Coritiba – R$ 800 mil
16º) Vitória – R$ 700 mil
* Vaga internacional através do título da Copa do Brasil
** Vaga internacional através do título da Copa Sul-Americana

Santa Cruz é goleado pelo São Paulo na despedida e remontagem é esperada

Série A 2016, 38ª rodada: São Paulo 5 x 0 Santa Cruz. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

O Santa Cruz foi ao Pacaembu já desfigurado. Sem Keno, já negociado com o Palmeiras, e sem Grafite, que rescindiu o contrato, não se interessando nem pela possibilidade (real) de ser o artilheiro do Brasileirão. Na despedida de 2016, diante do São Paulo, um time com uma fragilidade defensiva além da conta – e considerando que este quesito foi fatal para o rebaixamento coral. O 5 x 0 aplicado pelo tricolor paulista é proporcional ao ritmo que os dois times jogaram. Assistindo a um compacto nota-se o time de preto roubando a bola com facilidade e avançando em velocidade e o time de verde (o Santa, de cor inédita) passando longe das jogadas. Talvez o time que tenha ido a campo seja isso mesmo, mas no geral o Santa sofreu 69 gols. Depois, o time mais vazado foi o lanterna, América, com onze gols a menos! A conta não bate.

2016 (19º lugar)
31 pontos (27,2% de aproveitamento)
8 vitórias, 7 empates, 23 derrotas, 45 gols marcados, 69 gols sofridos (-24)

2006 (20º lugar)
28 pontos (24,5% de aproveitamento)
7 vitórias, 7 empates, 24 derrotas, 41 gols marcados, 76 gols sofridos (-35)

Os números são semelhantes à campanha de dez anos atrás, quando também não teve o pior ataque, mas a defesa foi de longe a pior. Consumada a temporada, iniciada com dois títulos (com o inédito Nordestão) e finalizada fora da primeira divisão, o Santa deve marchar com dificuldades financeiras, começando pela cota de tevê, que cai de R$ 23 milhões para apenas R$ 5 milhões. Com as principais peças saindo e três meses de salários atrasados, a remontagem do grupo é uma realidade. Algo que o clube conseguiu fazer em momentos bem piores, como em 2011, quando iniciou a sua reconstrução. Não coincidentemente, com um sistema defensivo mais apurado. Prioridade.

Série A 2016, 38ª rodada: São Paulo 5 x 0 Santa Cruz. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

CBF regulamenta o árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil

Regulamento Geral de Competições da CBF, para 2017, sobre a função do "árbitro de vídeo". Crédito: reprodução

O novo Regulamento Geral de Competições da CBF, visando a temporada 2017, traz a regulamentação do uso do “árbitro de vídeo”, a nova função autorizada, ainda de forma experimental, pela Fifa. Ao todo, três artigos (acima) detalham a possibilidade da tecnologia nos campeonatos nacionais (Séries A, B, C e D e Copa do Brasil). Não há praxo para o início, mas o regulamento autoriza o uso em qualquer fase a partir do início do novo calendário oficial.

O texto frisa que a confederação não está obrigada a usar em todos os jogos, lembrando o que acontece nos principais torneios de tênis. As quadras centrais contam com o hawk-eye, o recurso tecnológico para a ver se a bola tocou na linha, ao contrário das quadras de apoio. Ou seja, em clássicos e/ou arenas, ok. Em jogos de fases preliminares e/ou estádios acanhados, dificilmente. Em relação às imagens, ainda que alguma câmera à parte do monitoramento da CBF mostre outro resultado, isso não afetará na decisão (a conferir).

Para 2017, as dúvidas para o uso do árbitro de vídeo são as seguintes:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Segundo a FPF, o Campeonato Pernambucano também terá árbitro de vídeo, num investimento de R$ 1 milhão em estrutura. Lembrando que o teste está autorizado pela Fifa até 2017 – a aprovação, ou não, sai em 2019. A consulta do replay (um apelo antigo) foi aprovada pela International Football Association Board, que organiza as regras do futebol, em 5 de março de 2016. Por sinal, o RGC de 2016, publicado em dezembro passado, considerava a possibilidade. Contudo, o tema descrito em cinco linhas, no artigo 71, condicionava o uso à aprovação da Fifa, ainda que experimental. Não foi adiante. Agora, vai…

Com R$ 346,5 milhões em 3 anos, Caixa ativa ações promocionais e sinaliza 2017

Ativação de patrocínio da Caixa Econômica Federal com o Sport. Crédito: divulgação

No triênio 2014-2016, a Caixa Econômica Federal injetou R$ 346,5 milhões nos times brasileiros. De longe, a maior patrocinadora do futebol no país. Aos poucos, a instituição bancária vai sinalizando a manutenção do aporte para a temporada 2017, após um período de incertezas acerca do investimento. Clubes como Fluminense, Botafogo e Santos, que firmaram acordos pontuais no fim deste ano, já negociam a renovação – de R$ 12 mi para os cariocas e R$ 18 mi para o time paulista. Paralelamente a isso, faltando apenas um mês para o fim dos contratos (o do Leão da Ilha, por exemplo, vai até 19/01), a empresa pública ativou ações promocionais com seus principais clubes. Através das redes sociais oficiais de cada patrocinado, uma postagem convidando o torcedor a criar modelos de camisas. Nos quatro exemplos citados aqui, ideias à parte de Adidas (Sport e Flamengo), Nike (Corinthians) e Dry World (Atlético Mineiro).

Confira a postagem original do rubro-negro pernambucano clicando aqui.

“A camisa do Leão é o símbolo máximo da paixão pelo clube. Cada detalhe tem um significado especial. Conta pra gente: se você pudesse criar a #CamisaDosSonhos, como ela seria?” 

Após o boom em 2014, a Caixa anunciou o arrocho em 2016, que seria, em tese, o pior momento neste segmento. Tanto que iniciou com apenas dez clubes, a menor quantidade, mas aos poucos foi cedendo aos pedidos (haja política) e assinando contratos mais curtos. A lista passou do dobro, chegando a 21 times, incluindo o Náutico, num acordo de quatro meses. O Nordeste conta com cinco clubes, com outros três fortes postulantes (e negociações antigas): Santa, Ceará e Fortaleza. A resposta oficial, de Brasília, sai em meados de janeiro.

Ranking de patrocínio da Caixa em 2016 (entre parênteses, a média mensal)
1º) Corinthians – R$ 30 milhões (R$ 2,50 milhões)
2º) Flamengo R$ 25 milhões (R$ 2,08 milhões)

3º) Cruzeiro – R$ 12,5 milhões (R$ 1,04 milhão)
3º) Atlético-MG – R$ 12,5 milhões (R$ 1,04 milhão)
5º) Vasco* – R$ 9 milhões (R$ 750 mil)

6º) Sport – R$ 6 milhões (R$ 500 mil)
6º) Vitória – R$ 6 milhões (R$ 500 mil)
6º) Atlético-PR – R$ 6 milhões (R$ 500 mil)
6º) Coritiba – R$ 6 milhões (R$ 500 mil)
10º) Chapecoense – R$ 4 milhões (R$ 333 mil)
10º) Figueirense – R$ 4 milhões (R$ 330 mil)
12º) Santos – R$ 2 milhões, por 3 meses (R$ 666 mil)
12º) Bahia* – R$ 2 milhões, por 6 meses (R$ 333 mil)

12º) Atlético-GO* – R$ 2 milhões (R$ 166 mil)
15º) Goiás* – R$ 1,5 milhão, por 5 meses (R$ 300 mil)
16º) Fluminense – R$ 1,4 milhão, por 2 meses (R$ 700 mil)
17º) Náutico* – R$ 1,2 milhão, por 4 meses (R$ 300 mil)

18º) Botafogo – R$ 1 milhão, por 2 meses (R$ 500 mil)
18º) CRB* – R$ 1 milhão (R$ 83 mil)
20º) Paysandu* – R$ 600 mil, por 4 meses (R$ 150 mil)
21º) Avaí* – R$ 400 mil, por 4 meses (R$ 100 mil)
* Disputaram a segunda divisão, influenciando no valor do patrocínio

Investimento da Caixa nos clubes brasileiros
2014 – R$ 111,9 milhões (15 clubes)
2015 – R$ 100,5 milhões (12 clubes)
2016 – R$ 134,1 milhões (21 clubes)

Ativação de patrocínio da Caixa Econômica Federal com Flamengo, Corinthians e Atlético-MG. Crédito: divulgação

Grafite encerra história no Santa Cruz com 47 gols espalhados em 16 anos

Grafite balançando as redes no Santa Cruz. Foto: Rafael Martins/DP

Acabou a segunda passagem de Grafite no Santa, antecipando o distrato em um ano. O rebaixamento e o atraso de salário (quatro meses) pesaram na decisão do experiente centroavante, que manteve a sua média de gols mesmo num intervalo de 13 anos vestindo a camisa coral. Tanto no período 2001/2002 quanto em 2015/2016, o Grafa estabeleceu um índice de 0,43 gol por partida, tendo justamente em sua última temporada, aos 37 anos, o maior número de jogos: 56! De fato, o desgaste físico acabou atrapalhando, como relatou o próprio jogador.

Melhores momentos
Vice-campeão da Série B, 2015
Campeão nordestino, 2016 (craque da competição)
Campeão pernambucano, 2016 (craque da competição)

Piores momentos
Rebaixamentos na Série A, em 2001 e 2016

Quando chegou ao Arruda, aos 22 anos, foi alvo de críticas pelos gols perdidos. Buscando seu espaço, mostrou qualidade técnica e acabou vendido ao Grêmio por R$ 1 milhão, na 8ª maior transação do futebol local até então. Retornando na reta final de sua carreira, já com a participação em uma Copa do Mundo e com o status de craque da Bundesliga, Grafite acertou o maior contrato já visto no tricolor, de R$ 166 mil mensais. Investimento pesado e com resultado imediato, tendo na sequência o acesso à elite, o inédito título do Nordestão e o bi estadual. No Brasileiro, viveu uma má fase, chegando a 15 jogos de jejum, mas ainda chegou em dezembro como vice-artilheiro. O Grafa já está marcado no Santa.

Estatística de Grafite no Santa Cruz. Arte: Cassio Zirpoli/DP