As projeções de cotas dos clubes do Nordeste nas competições de 2018

A projeção de cotas dos maiores clubes nordestinos em 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)

Em 2018 o Nordeste terá quatro clubes na Série A, a maior representatividade da região na era dos pontos corridos, já na 16ª edição. Além disso, pela primeira vez, neste formato, a competição tem as maiores metrópoles: Salvador (Bahia e Vitória), Recife (Sport) e Fortaleza (Ceará). Sem surpresa, o quarteto concentra a receita do futebol da região nesta temporada, a partir das cotas de tevê. Dimensionando este quadro, o blog projetou as cotas do ‘G7’, entre verba de transmissão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínios, sócios, Timemania etc.

No levantamento estão todos os campeonatos oficiais, com os respectivos valores já divulgados. No caso do Brasileirão foi considerada a premiação do último ano, idem com a cota da Série B, com o montante ainda em negociação. As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, considerando até o hipotético título da Copa do Brasil, com R$ 50 milhões de premiação apenas na decisão (!), chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local, ainda mais acentuada após o duplo rebaixamento de Náutico e Santa. Na contramão dos rivais alencarinos, que subiram de divisão, alvirrubros e tricolores largam desta vez sem receita de tevê no nacional.

No mínimo, um apurado de R$ 188,5 milhões, com 78% com os três ‘cotistas’.

Cotas e premiações: Estaduais, Nordestão, Copa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 141.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.214.200 (-75,4%)
Calendário: de 31 a 66 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 7.656.666

Após bater na trave na Série B durante dois anos seguidos, ambos em 5º lugar, o Náutico acabou desabando para a Série C, onde viverá o seu pior momento financeiro em quase duas décadas. Na terceirona, a princípio, tem apenas as despesas pagas (viagens, hospedagens e arbitragens), o máximo possível com o atual aporte da tevê. Pelo calendário, o timbu é o primeiro dos maiores clubes a entrar em campo, já em 8 de janeiro, num jogo vital pela fase preliminar da Lampions – caso elimine a Itabaiana, garante R$ 500 mil. Como na maioria dos casos, tem como maior ‘fonte de captação’ a turbinada Copa do Brasil, com R$ 600 mil caso avance à 2ª fase – o que não conseguiu em 2016 e 2017. A escassez fica clara na folha, com o clube projetando uma folha de R$ 200 mil. Pelas cotas garantidas, tem 70% disso.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 204.166
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.094.200 (-67,5%)
Calendário: de 35 a 64 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 9.803.703

O segundo rebaixamento consecutivo tirou o Santa de um faturamento de R$ 36 milhões, aí considerando todas as receitas possíveis, para uma temporada estimada entre 12 e 14 milhões de reais. Para tudo, futebol, administrativo, dívidas e manutenção estrutural. Ainda assim, o tricolor, de volta à Série C após cinco anos, larga numa condição levemente melhor que o rival vermelho e branco devido à presença assegurada na fase de grupos do Nordestão – o que aconteceu após a desistência do Sport, o que também condicionou a própria entrada do Náutico, é verdade. O clube também enxerga na turbinada Copa do Brasil a oportunidade de capitalizar a temporada – e neste contexto há a possibilidade de um Clássico das Emoções na 2ª fase valendo R$ 1,4 milhão ao vencedor.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.662.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 831.375 (-1,8%)
Calendário: de 49 a 66 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 54.030.320

O Sport chega ao 5º ano seguido na elite, recorde na região nos pontos corridos. Com isso, vai sustentando a integralidade da cota de transmissão bancada pela Globo. E além da cota fixa de R$ 35 milhões há um importante acréscimo pelo pay-per-view. Embora haja a previsão de um novo cálculo do PPV para 2018, considerando o cadastro de assinantes no Premiere (algo que já deveria ter sido feito há tempos), o blog manteve a projeção de 2017 (R$ 7 mi) por não existir mais informações a respeito. Sobre o calendário, desta vez será mais enxuto, ainda que por caminhos distintos. Se em 2017 o clube jogou 80 vezes, abaixo apenas do Flamengo, agora pode nem chegar a 60. De cara, o leão tem dois torneios a menos: Nordestão (desistiu) e Sula (não se classificou). Só por participar das duas o clube teria direito a R$ 1,8 mi.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.725.208
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.162.500 (+5,9%)
Calendário: de 57 a 83 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 57.692.335

O tricolor da Boa Terra terá cinco competições na temporada, num cenário vivido pelo rubro-negro pernambucano no último ano, que chegou a jogar todos os torneios simultaneamente. Como estamos em ano de Copa do Mundo, a agenda do Baêa também deve ser apertada, restando poucas datas no meio de semana. Por outro lado, o clube vai colher as benesses (esportiva e financeira) das boas campanhas em 2017, largando nas oitavas da Copa do Brasil devido ao título do Nordestão e retornando à Sul-Americana após a vaga obtida no Brasileirão. Para completar, tem a maior receita da Globo na região, considerando a última divisão do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha. No geral, larga com R$ 8,6 milhões a mais que o Vitória e R$ 12,7 mi a mais que o Sport.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 4.006.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 840.000 (+1,7%)
Calendário: de 54 a 77 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 51.374.030

Já são dois anos com o rubro-negro baiano encerrando o Brasileirão em 16º lugar, escapando por triz. Mantido na elite e com quatro competições a disputar, o Vitória é o segundo da região considerando a projeção mínima de cotas, só abaixo do arquirrival. Há oito anos sem levantar a Copa do Nordeste, o clube mira o pentacampeonato como preferência em relação ao Baiano, onde é o atual campeão, num torneio sem premiação – por sinal, isso acontece na BA, PE e CE. E de fato precisa corresponder competitivamente, não só no regional, pois em 2017 acabou tendo menos receita que o Sport justamente por causa dos mata-matas, com o time do Recife disputando nove mata-matas entre Copa do Brasil e Sula – tirando 5 milhões de reais de diferença entre os clubes.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 2.556.666
Variação sobre ao mínimo absoluto de 2017: + R$ 23.825.800 (+347,6%)
Calendário: de 54 a 82 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 6.311.111

Sem dúvida, é a maior transformação (positiva) da temporada entre os principais clubes do Nordeste. A volta à elite já renderia um aporte milionário ao vozão, ainda que seja o ‘piso’ da competição, mas o clube conseguiu negociar junto à Globo um aumento da cota, passando de R$ 23 milhões, o valor recebido pelo Santa em 2016, para R$ 28 milhões – válido só para 2018 e já incluindo o PPV. E o ano marca também a volta à Copa do Nordeste, já como cotista principal, na condição de cabeça de chave – em 2017, quando não se classificou ao regional e disputou a Primeira Liga, como convidado, não recebeu nada na fase de grupos. Mesmo que o alvinegro não avance em nenhum torneio, o mínimo estabelecido já é suficiente para quebrar o recorde de faturamento – neste caso, contando todas as receitas.

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 414.074
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.318.888 (+201,1%)
Calendário: de 47 a 56 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 1.700.000

Foram oito longos anos jogando na Série C, sem cota de televisão e dependendo basicamente da bilheteria proporcionada por sua torcida, que até fez a sua parte, enchendo o Castelão várias vezes na fase decisiva. Após finalmente passar das quartas de final, o tricolor alencarino voltou a ter uma cota de tevê à parte das despesas pagas. Pelo modelo implantado em 2017, o clube fica com a menor cota da Série B, junto aos outros três times que ascenderam. Ainda assim, triplicou a sua receita mensal – o que deixa claro a situação anterior -, além de aumentar o seu calendário, de 24 para 38 jogos no Brasileiro. Mas as boas notícias param aí, com o clube fora tanto do Nordestão quanto da Copa do Brasil, torneios com cotas fortalecidas – pela simples participação, teria embolsado R$ 1,3 milhão.

Os 5.067 jogos do Sport de 1905 a 2017

Números do Sport. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

O Sport disputou o primeiro jogo de futebol da história de Pernambuco, diante de um combinado de trabalhadores ingleses residentes na capital. Um evento social à época. Ao longo de 113 temporadas, o clube tornou-se o mais vitorioso do estado, com números robustos comprovados a partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento leonina atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e preta e os maiores públicos.

Em 2018: Estadual, Copa do Brasil e Série A.

Do 1º ao 5.067º jogo…
Primeiro:Sport 2 x 2 English Eleven (22/06/1905), no Derby (amistoso)
Último: Sport 1 x 0 Corinthians (03/12/2017), na Ilha do Retiro (Série A)

Ranking Nacional de Clubes da CBF: 15º lugar (8.770 pontos)

Total (competições oficiais e amistosos*) 1905-2017
5.067 jogos (9.418 GP e 5.492 GC, +3.926)
2.625 vitórias (51,8%)
1.192 empates (23,5%)
1.240 derrotas (24,4%)
10 jogos com placar desconhecido
Aproveitamento em pontos: 59,6%

Estadual 1915-2017 (ranking: 1º)
2.211 jogos (4.941 GP e 2.050 GC, +2.891)
1.396 vitórias (63,1%)
435 empates (19,7%)
380 derrotas (17,2%)
101 participações (entre 1916 e 2017)
Melhor campanha: campeão, 41 vezes (entre 1916 e 2017)
Aproveitamento em pontos: 69,6%

Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking: 3º)
124 jogos (215 GP e 117 GC, +98)
62 vitórias (50,0%)
33 empates (26,6%)
29 derrotas (23,4%)
12 participações (entre 1994 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1994, 2000 e 2014
Aproveitamento em pontos: 58,8%

Brasileirão unificado 1959-2017
913 jogos (1.068 GP e 1.119 GC, -51)
313 vitórias (34,2%)
255 empates (27,9%)
345 derrotas (37,8%)
39 participações (entre 1959 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1987
Aproveitamento em pontos: 43,6%

Série A 1971-2017 (ranking: 17º)
896 jogos (1.036 GP e 1.100 GC, -64)
305 vitórias (34,0%)
250 empates (27,9%)
341 derrotas (38,0%)
36 participações (entre 1971 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 1987
Aproveitamento em pontos: 43,3%

Série B 1971-2017
295 jogos (419 GP e 323 GC, +96)
126 vitórias (42,7%)
84 empates (28,4%)
85 derrotas (28,8%)
11 participações (entre 1980 e 2013)
Melhor campanha: campeão em 1990
Aproveitamento em pontos: 52,2%

Copa do Brasil 1989-2017
112 jogos (180 GPC e 117 GC, +63)
53 vitórias (47,3%)
25 empates (22,3%)
34 derrotas (30,3%)
60 confrontos; 38 classificações e 22 eliminações
23 participações (entre 1989 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 2008
Aproveitamento em pontos: 54,7%

Taça Libertadores da América 1960-2017 (ranking oficial: 108º)
14 jogos (18 GP e 14 GC, +4)
7 vitórias (50,0%)
2 empates (14,2%)
5 derrotas (35,7%)
2 participações (1988 e 2009)
Melhor campanha: oitavas de final, em 2009
Aproveitamento em pontos: 54,7%

Copa Sul-Americana 2002-2017
20 jogos (18 GP e 25 GC, -7)
5 vitórias (25,0%)
3 empates (15,0%)
12 derrotas (60,0%)
10 confrontos; 5 classificações e 5 eliminações

5 participações (2013, 2014, 2015, 2016 e 2017)
Melhor campanha: quartas de final, em 2017
Aproveitamento em pontos: 30,0%

Histórico em decisões no Estadual
Sport 12 x 12 Santa Cruz
Sport 11 x 6 Náutico

Sport na Ilha do Retiro* (1937/2017)
2.150 jogos
1.320 vitórias (61,4%)
473 empates (22,0%)
357 derrotas (16,60%)
Aproveitamento em pontos: 68,7%
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
202 gols – Traçaia
161 gols – Djalma Freitas
136 gols – Leonardo
108 gols – Luís Carlos
105 gols – Naninho

Quem mais atuou
Magrão – 673 jogos

Clássico das Multidões (1916-2017)
556 jogos
231 vitórias do Sport (41,5%)
158 empates (28,4%)
167 vitórias do Santa (30,0%)
Último: Santa 0 x 2 Sport (03/05/2017, Nordestão)

Clássico dos Clássicos (1909-2017)*
548 jogos
210 vitórias do Sport (38,3%)
157 empates (28,6%)
180 vitórias do Náutico (32,8%)
Último: Náutico 1 x 1 Sport (23/04/2017, Estadual)
*Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos

Top 5 nos Clássicos
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 21/02/1999)
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 03/05/1998)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport, no Arruda (Estadual, 18/07/1993)
67.421 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, no Arruda (Estadual, 20/05/1990)

Top 5 como mandante contra outros adversários
56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha do Retiro (Estadual, 07/06/1998)
53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians, na Ilha do Retiro (Série A, 12/09/1998)
48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro, na Ilha do Retiro (Série A, 27/09/1998)
48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 20/09/1998)
46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio, na Ilha do Retiro (Série A, 03/12/2000)

Os 5.056 jogos do Santa de 1914 a 2017

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Bastou um mês de fundação para o Santa Cruz Futebol Clube fazer valer o seu nome, goleando em sua estreia, na antiga campina do Derby. Fundador da “liga sportiva pernambucana”, atual FPF, e único clube a disputar todas as edições do Estadual, o tricolor já contabiliza 104 temporadas de bola rolando, num histórico vivo graças à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento coral atuando no Arruda, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa tricolor e os maiores públicos.

Em 2018: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C.

Do 1º ao 5.056º jogo…
Primeiro: Santa Cruz 7 x 0 Rio Negro (08/03/1914), no Derby (amistoso)
Último: Santa Cruz 5 x 2 Juventude (21/11/2017), no Arruda (Série B)

Ranking Nacional de Clubes da CBF: 25º lugar (6.210 pontos)

Total (competições oficiais e amistosos*) 1914-2017
5.056 jogos (9.740 GP e 5.858 GC, +3.882)
2.557 vitórias (50,5%)
1.165 empates (23,0%)
1.322 derrotas (26,1%)
12 jogos com placar desconhecido
Aproveitamento em pontos: 58,2%

Estadual 1915-2017 (ranking: 2º)
2.251 jogos (4.894 GP e 2.267 GC, +2.627)
1.329 vitórias (59,0%)
440 empates (19,5%)
482 derrotas (21,4%)
103 participações (entre 1915 e 2017, 100%)
Melhor campanha: campeão, 29 vezes (entre 1931 e 2016)
Aproveitamento em pontos: 65,5%

Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking: 4º)
112 jogos (163 GP e 129 GC, +34)
56 vitórias (50,0%)
18 empates (16,0%)
38 derrotas (33,9%)
11 participações (entre 1994 e 2017)
Melhor campanha: campeão em 2016
Aproveitamento em pontos: 55,3%

Brasileirão unificado 1959-2017
519 jogos (615 GP e 741 GC, -126)
152 vitórias (29,2%)
166 empates (31,9%)
201 derrotas (38,7%)
24 participações (entre 1960 e 2016)
Melhor campanha: 4º lugar em 1960 e 1975
Aproveitamento em pontos: 39,9%

Série A 1971-2017 (ranking: 26º)
485 jogos (581 GP e 688 GC, -107)
145 vitórias (29,9%)
151 empates (31,1%)
189 derrotas (38,9%)
21 participações (entre 1971 e 2016)
Melhor campanha: 4º lugar em 1975
Aproveitamento em pontos: 40,2%

Série B 1971-2017
445 jogos (600 GP e 512 GC, +88)
177 vitórias (39,7%)
130 empates (29,2%)
138 derrotas (31,0%)
20 participações (entre 1982 e 2017)
Melhor campanha: vice-campeão em 1999, 2005 e 2015
Aproveitamento em pontos: 49,5%

Série C 1981-2017
56 jogos (78 GP e 57 GC, +21)
22 vitórias (39,2%)
18 empates (32,1%)
16 derrotas (28,5%)
3 participações (entre 2008 e 2013)
Melhor campanha: campeão em 2013
Aproveitamento em pontos: 50,0%

Série D (2009-2017)
30 jogos (35 GP e 29 GC, +6)
12 vitórias (40,0%)
10 empates (33,3%)
8 derrotas (26,6%)
3 participações (entre 2009 e 2011)
Melhor campanha: vice-campeão em 2011
Aproveitamento em pontos: 51,1%

Copa do Brasil 1989-2017
85 jogos (111 GP e 107 GC, +4)
34 vitórias (40,0%)
19 empates (22,3%)
32 derrotas (37,6%)
45 confrontos; 22 classificações e 23 eliminações
23 participações (entre 1990 e 2017)
Melhor campanha: oitavas de final, 8 vezes
Aproveitamento em pontos: 47,4%

Copa Sul-Americana 2002-2017
4 jogos (4 GP e 3 GC, +1)
2 vitórias (50,0%)
1 empate (25,0%)
1 derrota (15,0%)
2 confrontos; 1 classificação e 1 eliminação

1 participação (2016)
Melhor campanha: oitavas de final, em 2016
Aproveitamento em pontos: 58,3%

Histórico em decisões no Estadual
Santa Cruz 12 x 12 Sport*
Santa Cruz 7 x 9 Náutico
*O Tricolor leva vantagem em finais na Ilha (9 x 6)

Santa Cruz no Arruda* (1967/2017)
1.495 jogos
891 vitórias (59,5%)
353 empates (23,6%)
251 derrotas (16,7%)
Aproveitamento em pontos: 67,4%
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
207 gols – Tará
174 gols – Luciano Veloso
148 gols – Ramon
143 gols – Betinho
123 gols – Fernando Santana

Quem mais atuou
Givanildo Oliveira – 599 jogos

Clássico das Multidões (1916-2017)
556 jogos
167 vitórias do Santa (30,0%)
158 empates (28,4%)
231 vitórias do Sport (41,5%)
Último: Santa 0 x 2 Sport (03/05/2017, Nordestão)

Clássico das Emoções (1917-2017)*
519 jogos
201 vitórias do Santa (38,7%)
150 empates (28,9%)
167 vitórias do Náutico (32,1%)
Último: Santa Cruz 2 x 3 Náutico (04/11/2017, Série B)

*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos

Top 5 nos Clássicos
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual 21/02/1999)
76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 18/12/1983)
75.135 – Santa Cruz 1 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 03/05/1998)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport, no Arruda (Estadual, 18/07/1993)
71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 28/07/1993)

Top 5 como mandante contra outros adversários
65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa, no Arruda (Série B, 26/11/2005)
62.185 – Santa Cruz 0 x 0 Flamengo, no Arruda (Amistoso, 04/06/1972)
60.040 – Santa Cruz 2 x 1 Betim, no Arruda (Série C, 03/11/2013)
59.966 – Santa Cruz 0 x 0 Treze, no Arruda (Série D, 16/10/2011)
55.028 – Santa Cruz 3 x 2 Volta Redonda, no Arruda (Série B, 06/10/1998)

Os 4.727 jogos do Náutico de 1909 a 2017

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Embora tenha sido fundado para a prática do remo, em 1901, o Náutico adotou o futebol oito anos depois, se tornando a principal modalidade. Na estreia, de cara, o primeiro clássico e a primeira vitória. Desde então, o alvirrubro disputou 109 temporadas, num histórico vivo graças à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O blog deu sequência ao levantamento, atualizando o retrospecto geral nas principais competições oficiais, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento timbu atuando nos Aflitos, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.

Em 2018: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C.

Do 1º ao 4.727º jogo…
Primeiro: Náutico 3 x 1 Sport (25/07/1909), no British Club (amistoso)
Último: Luverdense 3 x 0 Náutico (25/11/2017), no Passo das Emas (Série B)

Ranking Nacional de Clubes da CBF: 32º lugar (4.532 pontos)

Total (competições oficiais e amistosos*) 1909-2017
4.727 jogos (8.641 GP e 5.662 GC, +2.979)
2.304 vitórias (48,7%)
1.052 empates (22,2%)
1.368 derrotas (28,9%)
3 jogos com placar desconhecido
Aproveitamento em pontos: 56,1%

Estadual 1915-2017 (ranking de pontos: 3º)
2.234 jogos (4.810 GP e 2.393 GC, +2.417)
1.285 vitórias (57,5%)
437 empates (19,5%)
512 derrotas (22,9%)
102 participações (entre 1916 e 2017)
Melhor campanha: campeão, 21 vezes (entre 1934 e 2004)
Aproveitamento em pontos: 64,0%

Copa do Nordeste 1994-2017 (ranking de pontos: 10º)
78 jogos (123 GP e 100 GC, +23)
31 vitórias (39,7%)
24 empates (30,7%)
23 derrotas (29,4%)
9 participações (entre 1994 e 2017)
Melhor campanha: semifinal em 2001 e 2002
Aproveitamento em pontos: 50,0%

Brasileirão unificado 1959-2017
666 jogos (777 GP e 930 GC, -153)
213 vitórias (31,9%)
154 empates (23,1%)
299 derrotas (44,8%)
34 participações (entre 1961 e 2013)
Melhor campanha: vice-campeão em 1967
Aproveitamento em pontos: 39,6%

Série A 1971-2017 (ranking de pontos: 23º)
612 jogos (703 GP, 859 GC, -156)
192 vitórias (31,3%)
144 empates (23,5%)
276 derrotas (45,0%)
27 participações (entre 1972 e 2013)
Melhor campanha: 6º lugar em 1984
Aproveitamento em pontos: 39,2%

Série B 1971-2017
536 jogos (738 GP e 669 GC, +69)
225 vitórias (41,9%)
121 empates (22,5%)
190 derrotas (35,4%)
20 participações (entre 1971 e 2017)
Melhor campanha: vice-campeão em 1988 e 2011
Aproveitamento em pontos: 49,5%

Série C 1981-2017
21 jogos (44 GP e 20 GC, +24)
13 vitórias (61,9%)
3 empates (14,2%)
5 derrotas (23,8%)
1 participação (em 1999)
Melhor campanha: 4º lugar em 1999
Aproveitamento em pontos: 66,6%

Copa do Brasil 1989-2017
90 jogos (135 GP e 112 GC, +23)
40 vitórias (44,4%)
20 empates (22,2%)
30 derrotas (33,3%)
48 confrontos; 26 classificações e 22 eliminações
22 participações (entre 1989 e 2017)
Melhor campanha: semifinal em 1990
Aproveitamento em pontos: 51,8%

Taça Libertadores 1960-2017 (ranking oficial: 178º)
6 jogos (7 GP e 8 GC, -1)
1 vitória* (16,6%)
2 empates (33,3%)
3 derrotas (50,0%)
1 participação (1968)
Melhor campanha: fase de grupos em 1968
Aproveitamento em pontos: 27,7% 18
* O timbu venceu 2 jogos, mas perdeu os pontos por substituição irregular

Copa Sul-Americana 2002-2017
2 jogos (2 GP, 2 GC, 0)
1 vitória (50,0%)
0 empate (0,0%)
1 derrota (50,0%)
1 confronto; 1 eliminação

1 participação (2013)
Melhor campanha: 16 avos de final em 2013
Aproveitamento em pontos: 50,0%

Histórico em decisões no Estadual
Náutico 9 x 7 Santa Cruz
Náutico 6 x 11 Sport

Náutico nos Aflitos* (1917/2015)
1.768 jogos
1.138 vitórias (64,3%)
336 empates (19,0%)
294 derrotas (16,6%)
Aproveitamento em pontos: 70,7%
* Competições oficiais e amistosos

Maiores artilheiros
224 gols – Bita
185 gols – Fernando Carvalheira
181 gols – Baiano
179 gols – Kuki 
118 gols – Ivson

Quem mais atuou
Kuki – 387 jogos

Clássico dos Clássicos (1909-2017)*
548 jogos
180 vitórias do Náutico (32,8%)
157 empates (28,6%)
210 vitórias do Sport (38,3%)
Último: Náutico 1 x 1 Sport (23/03/2017, Estadual)
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Clássico das Emoções (1917-2017)*
519 jogos
167 vitórias do Náutico (32,1%)
150 empates (28,9%)
201 vitórias do Santa (38,7%)
Último: Santa Cruz 2 x 3 Náutico (04/11/2017, Série B)

*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos

Top 5 nos Clássicos

80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
76.636 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 18/12/1983)
71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico, no Arruda (Estadual, 28/07/1993)
70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico, no Arruda (Estadual, 11/07/2001)
65.901 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, no Arruda (Estadual, 08/02/1998)

Top 5 como mandante contra outros adversários

44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)
41.020 – Náutico 0 x 1 Vasco, no Arruda (Série A, 13/04/1983)
40.615 – Náutico 2 x 3 Grêmio, no Arruda (Série A, 29/04/1984)
40.426 – Náutico 1 x 1 Vasco, no Arruda (Série A, 20/02/1983)
39.597 – Náutico 0 x 1 Santos, no Arruda (Série A, 30/04/1983)

Os 87 patrocínios privados e estatais dos clubes do Brasileirão de 2017, via Ibope

Os patrocínios dos clubes brasileiros na Série A de 2017. Crédito: Ibope/Repucom

O Ibope-Repucom fez um levantamento sobre todas os patrocinadores expostos pelos clubes da Série A em 2017. Ao todo, 87 marcas foram estampadas nos uniformes oficiais dos 20 clubes, incluindo os nordestinos Sport, Bahia e Vitória. Em média, cada clube teve 4 patrocinadores. O levantamento considera as fornecedoras de material esportivo, que hoje também funcionam como rentáveis patrocinadoras, além das nove (!) propriedades disponíveis nos padrões: frente (master), frente superior, barra frontal, mangas, costas, barra traseira, numeração, calção e meião.

No caso do rubro-negro pernambucano, que teve na dupla Adidas/Caixa Econômica Federal a maior fonte de receita neste quesito, quatro propriedades passaram a temporada em branco: barra frontal, barra traseira, numeração e meião. Além disso, o tempo de execução de cada marca foi considerado, uma vez que alguns patrocinadores foram pontuais, para jogo de maior apelo ou porque não tiveram os contratos renovados..

Curiosidades sobre as marcas, segundo o estudo do instituto
1) Apenas 10 patrocinadores ocuparam o patrocínio-master em todo o ano
2) 12 patrocinadores encerraram contrato durante a temporada
3) Na temporada, houve 23 contratos de patrocínios pontuais
4) Apenas 2 times (Flu e Vitória) trocaram de fornecedor em 2017
5) A propriedade menos utilizada na temporada foi o meião
6) As propriedades mais utilizadas foram o master e o calção. Todos usaram
7) A marca mais presente no uniforme foi a da Caixa, com 39 propriedades
8) A Ponte foi o time que teve mais patrocinadores em 2017. No total, 15
9) A Umbro forneceu o material esportivo de 7 times, a maior quantidade
10) A Caixa e Banrisul são as únicas empresas públicas entre as marcas
11) Uber, Cabify e Pega Carga, os únicos serviços exclusivos de aplicativos
12) As empresas do segmento financeiro dominaram o master: 18 clubes
13) Pela primeira vez, um youtuber (Felipe Neto) patrocinou um clube
14) Apenas um patrocínio de companhia aérea: Royal Air Morroc, no Santos
15) Em todos os sites dos clubes há divulgação de seus patrocinadores

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2017
1º) R$ 40,0 milhões – Corinthians (Nike)
2º) R$ 35,0 milhões – Flamengo (Adidas)
3º) R$ 27,0 milhões – São Paulo (Under Armour)
4º) R$ 20,0 milhões – Palmeiras (Adidas)
5º) R$ 17,0 milhões – Grêmio (Umbro)

Maiores contratos de patrocínio-master em 2017
1º) R$ 72,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)
3º) R$ 19,0 milhões – Corinthians (Caixa), de maio a dezembro

4º) R$ 16,0 milhões – São Paulo (Intermedium  privado)

5º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)

Os patrocínios dos clubes brasileiros na Série A de 2017. Crédito: Ibope/Repucom

Arena PE registra 14% de ocupação em 30 partidas oficiais do Trio de Ferro em 2017

Visão interna da Arena Pernambuco, a partir do anel superior. Foto: Arena Pernambuco/twitter (@arenapernambuco)

A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.

Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,

Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.

Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.

Balanço de público e renda do Trio de Ferro mandando seus jogos na Arena Pernambuco de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.

O balanço de público e renda do Náutico mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.

O balanço de público e renda do Santa Cruz mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.

O balanço de público e renda do Sport mandando seus jogos na Arena PE de 2013 a 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.

Número de jogos oficiais do Trio de Ferro no Recife. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Jogador do ano em 2017: Erick (Náutico), Anderson Salles (Santa) e André (Sport)

Erick (Náutico), Anderson Salles (Santa) e André (Sport) em ação em 2017. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Erick e Salles) e Peu Ricardo/DP (André)

Erick, Salles e André, os eleitos do blog em cada clube em 2017. Concorda?

Há 50 anos o Chelsea elege o seu melhor jogador no ano, independentemente do desempenho do time, com direito ao troféu “Player of the Year”. Uma premiação à parte de federações e confederações, que regulam competições mundo afora. Trata-se de um reconhecimento interno do clube, institucional. Na temporada 2017 o meia Eden Hazard foi o escolhido – o belga já havia sido nomeado em 2014 e 2015. Outros clubes ingleses adotam a ideia, como Manchester United e Liverpool, desde 1998 e 2002, respectivamente.

As escolhas costumam ser feitas com o engajamento da torcida, baseadas na opinião de sócios e da comissão técnica. As festas para os anúncios, com transmissões exclusivas, contam com outros prêmios, como a revelação do ano, o gol mais bonito e os novos integrantes para o “hall da fama” particular. 

No futebol pernambucano não há nada do tipo, mas ao menos vale estudar a ideia, que poderia encorpar as ações de marketing. A partir da premiação em vigor nas potências da Premier League, o blog escolheu os principais nomes alvirrubros, tricolores e rubro-negros na década vigente. Uma artilharia, um acesso, uma atuação inesquecível numa decisão, um ano regular ou mesmo o fato de ter sido a exceção num mau momento do clube. Tem de tudo. Obviamente, as três listas estão abertas a críticas e dicas de novos nomes…

Náutico
2011 – Kieza (atacante), goleador da Série B (21 gols), com acesso à elite 
2012 – Kieza (atacante), 13 gols na Série A, levando o time à Sul-Americana
2013 – Maikon Leite (atacante), único destaque em ano horrível (8 gols na A)
2014 – Vinícius (meia), titular o ano inteiro, decisivo para o vice no PE
2015 – João Ananias (volante), pilar defensivo na boa campanha na Série B
2016 – Rony (atacante), 11 gols na Série B e destaque no 5º lugar na B
2017 – Erick (atacante), estreando como profissional, fez 9 gols em 39 jogos

Santa Cruz
2011 – Tiago Cardoso (goleiro), craque do Estadual e decisivo no acesso à C
2012 – Dênis Marques (atacante), artilheiro do PE (15 gols) e da Série C (11)
2013 – Tiago Cardoso (goleiro), destaque no tri do PE e no acesso à Série B
2014 – Léo Gamalho (atacante), 32 gols marcados na temporada
2015 – João Paulo (meia), destaque no título estadual e no acesso à Série A
2016 – Keno (atacante), com velocidade, ganhou o NE e fez 10 gols na A
2017 – Anderson Salles (zagueiro), artilheiro do time (10 gols) num ano ruim

Sport
2011 – Marcelinho Paraíba (meia), o nome da campanha do acesso à elite
2012 – Hugo (meia), apesar do descenso, até recuperou o time (8 gols na A)
2013 – Marcos Aurélio (meia), 32 gols e destaque no acesso à Série A
2014 – Neto Baiano (atacante), destaque nos títulos do Nordestão e do PE
2015 – Diego Souza (meia), 9 gols e 10 assistências no 6º lugar na Série A
2016 – Diego Souza (meia), marcou 14 gols, sendo o artilheiro da Série A
2017 – André (atacante), 16 gols na Série A, o novo recorde do clube

A projeção das cotas da Série A de 2018 a partir modelo da Globo previsto para 2019

A distribuição de cotas do Brasileirão a partir de 2019, segundo a Rede Globo. Crédito: Globo/reprodução

O formato de distribuição de cotas do Campeonato Brasileiro, a partir das vendas dos direitos de transmissão na televisão, mudará em 2019. A edição de 2018 será a última com todos contratos possíveis através da Rede Globo – tv aberta, tv fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. A partir de 2019, com a entrada do Esporte Interativo na tevê por assinatura, haverá uma divisão, de clubes e receitas. Forçada pela concorrência, a Globo resolveu adotar um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Conforme informado pela empresa em 24 de março de 2017, o modelo valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Hoje, 21* clubes estão acordados com a emissora para o período, incluindo NáuticoSanta Cruz e Sport.

Embora clubes como Santos e Inter tenham firmado com o Esporte Interativo, a tendência é que todos sigam com a Globo no sinal aberto. Logo, a regra deve ser geral. Como curiosidade, o blog simulou as cotas da Série A de 2018 com o futuro modelo. O montante de “cotas fixas” é de R$ 1,346 bilhão, já com a ampliação do ‘piso’, de R$ 23 mi para R$ 28 milhões, a partir do acordo feito pelo Ceará, informado pelo repórter Mário Kempes, de Fortaleza – o blog considerou este valor para os demais ‘não cotistas’ oriundos da segundona. Nesta projeção, a única ressalva é a receita do SporTV, incorporada ao montante, mas que seria repassada apenas aos contratados da Globo, claro. Portanto, em vez do atual sistema de (oito) castas, com um hiato de R$ 142 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (América, Ceará e Paraná), a diferença máxima seria de R$ 79 milhões, numa redução de 44%. E seria justamente o máximo possível, entre o atual campeão/maior cotista (Corinthians) e 4º lugar da Série B/menor cota (Paraná).

* América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Brasil-RS, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Londrina, Náutico, Ponte Preta, São Paulo, Sport, Santa, Vasco, Vila Nova e Vitória.

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

No quadro, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação em 2017: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.922.857, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 30% da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade de cada um neste momento.

Lembrando que essa demonstração é referente apenas às cotas fixas. É importante reforçar isso pois há o rateio de meio bilhão de reais no PPV, através do Premiere, até então calculado pelo número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha. Esta receita é repartida apenas entre os 16 ‘cotistas da TV’, com os demais somando o valor do PPV já no acordo pontual para a temporada, caso do Vozão. Em 2015, o Sport, com 1,4% dos assinantes, teve um ‘bônus’ de R$ 6,75 milhões. O Fla, com 19,2%, recebeu R$ 68 mi. E aí deve estar o grande segredo sobre a mudança no formato, pois o impacto econômico do PPV segue ascendente no bolo – mantendo Fla e Timão bem à frente. Em 2019, a previsão é de que apenas este contrato represente 33,2% do total, ou 650 milhões de reais. Imagine em 2024…

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As projeções não oficiais para uniformes da Under Armour no Sport, já a caminho

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Marcela Santiago/twitter (@timossim)

Em 2018, no Brasileirão, o Sport terá uma nova fornecedora de material esportivo. Possivelmente, com o maior patrocínio da história do clube. De acordo com o globoesporte.com, o leão fechou um contrato de quatro temporadas com a Under Armour, recebendo R$ 12 milhões em cada ano. Ou seja, R$ 48 milhões! Cifra sem precedentes no futebol nordestino.

À parte do caixa do clube, a marca norte-americana, ainda buscando o seu espaço no país, inclusive inaugurando lojas, chega com a responsabilidade de substituir a Adidas, que produziu 15 modelos em quatro temporadas, tendo forte aceitação na torcida. No período, o Sport subiu de patamar nas vendas, figurando no top ten entre os times brasileiros por diversas vezes, segundo listas divulgadas por empresas como Centauro e Netshoes. Esta última apresentou em setembro um ranking de camisas de futebol de e-commerce, com o leão figurando em 5º lugar, atrás de Corinthians, Palmeiras, Flamengo e São Paulo – justamente os quatro clubes mais populares do país.

Mockup de uniforme da Under Armour no Sport. Crédito: Publick Comunicação Visual/reprodução

O acordo deve ser oficializado pelo clube em janeiro, com o contrato passando a valer a partir de junho de 2018. Como de praxe, torcedores e designers, não ligados à UA, criaram vários mockups, termo usado para modelos de demonstração. Utilizando traços das linhas recentes da fabricante às cores e características do Sport, as projeções dão uma ideia do que vem por aí.

No alto, os uniformes imaginados pela rubro-negra Marcela Santiago
No centro, um padrão feito pela agência Publick – Comunicação Visual
Abaixo, os uniformes imaginados pelo rubro-negro Eduardo Silva

Até o momento, sete modelos na web. Curtiu algum?

Fabricantes de uniformes do Sport no século XXI
2001/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)
2018/2021 – Under Armour (EUA)

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Eduardo Silva/twitter (@eduardo__sds)

Os calendários de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2018, variando de 31 a 66 jogos

Calendário

O calendário de jogos oficiais no Recife será mais enxuto na temporada 2018. Reflexo da desistência do Sport na Copa do Nordeste e do rebaixamento de Náutico e Santa à Série C, limitando bastante o número de partidas. Mesmo que o leão alcance a decisão no Estadual e na Copa do Brasil, por exemplo, a sua agenda teria 14 jogos a menos em relação a 2017 (66 x 80). Pela primeira vez desde 2013, quando o regional foi retomado pela CBF, o clube está fora tanto do Nordestão (desistência) quanto da Sul-Americana (não obteve a vaga). Nesta temporada, somando as cotas e bilheterias dos dois torneios, o rubro-negro arrecadou R$ 9,24 milhões em vinte jogos. O desfalque será grande no caixa. Já alvirrubros e tricolores saíram de uma tabela de 38 jogos, pela segundona, para uma competição reduzida e flutuante, largando com vinte apresentações a menos. O ano efetivo dos dois pode acabar já em setembro. Só será estendido caso cheguem longe na copa nacional.

Em 2018, o calendário oficial, descontando amistosos, prevê 338 dias de ação, de 9 de janeiro (estreia alvirrubra na fase preliminar da Lampions League) a 12 de dezembro, no finalíssima da Sula. Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete pernambucanos inscritos em competições nacionais.

Sport (de 49 a 66 partidas em 2018, em 3 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série A (15/04 a 09/12) – 38 jogos (fase única)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 80 jogos (32v, 20e, 28d)

Santa Cruz (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Estadual (18/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 64 jogos (21v, 20e, 23d)

Náutico (de 31 a 66 partidas em 2018, em 4 torneios)
Copa do Nordeste (09/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases)
Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 59 jogos (16v, 14e, 29d)

Salgueiro (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios)
Estadual (21/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases)
Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases)
Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2017: 39 jogos (20v, 7e, 12d)

Central, Belo Jardim e Flamengo (16 a 30 jogos em 2018, em 2 torneios)
Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases)
Série D (22/04 a 05/08) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases)
Total em 2017:
Central – 22 jogos (6v, 4e, 12d)
Belo Jardim – 16 jogos (5v, 2e, 9d)
Flamengo – 16 jogos (7v, 5e, 4d)

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