Na estreia de Milton Cruz, Náutico empata com Campinense e fica longe das quartas

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico 0 x 0 Campinense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Náutico fez uma apresentação medíocre na Arena. Jogou de forma desordenada, afobada e errou demais nas finalizações, numa noite em que só a vitória o manteria em condições normais de classificação no Nordestão. Empacou. O empate em 0 x 0 com o Campinense deixou o timbu com quatro pontos, restando apenas dois jogos. Além de vencer os dois, incluindo um clássico, precisa secar adversários do seu grupo e dos outros para terminar a fase como um dos três melhores vice-líderes. Ou seja, saiu do controle.

Estreando o técnico Milton Cruz, o time mostrou vontade, só. Insuficiente para superar um adversário arrumado – embora tecnicamente esteja na Série D. Por sinal, a Raposa impressiona pela competitividade no regional. Desde a volta, em 2013, foram três participações, avançando em todas. E foi longe, com um título e um vice. Em 2017, já encaminha mais um mata-mata. Bem postado na defesa, o visitante tentou se impor nos contragolpes, mas sem se expor, consciente do resultado já interessante – e a numerosa torcida paraibana comemorou o empate em São Lourenço. Com a intermediária ofensiva preenchida, o Alvirrubro encontrou dificuldades para criar (com volantes!), mas até conseguiu finalizar, com chutes de primeira, de longe. Sempre com pressa. Quase sempre pra fora.

O resumo está no último lance de perigo, aos 45 minutos. Com dois jogadores brigando pela bola na área, Páscoa acabou pegando o rebote. Estava em ótima condição, mas mandou pra fora. E reduziu ainda mais a esperança de um time que vem na contramão. Encaminhando a 3ª eliminação precoce seguida.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Náutico 0 x 0 Campinense. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Após 429 minutos sem marcar, Náutico vence o andarilho Belo Jardim no Arruda

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Belo Jardim 0 x 2 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Após o gol de Maylson, a dez minutos do fim no Antônio Inácio, diante do Central, o Náutico entrou num jejum de gols proporcional à crise técnica do time. Perdeu do Santa Cruz, do Salgueiro, do Campinense e do Guarani. Sem marcar um gol sequer, saiu derrotado em jogos no Pernambucano, no Nordestão e na Copa do Brasil, já eliminado. Perdeu até o técnico, Dado. Juntando os cacos para buscar uma recuperação no hexagonal, sob comando interino, o time seguiu o mau futebol durante todo o primeiro tempo contra o Belo Jardim.

Jogo no Arruda, com mando do calango. Pertinho dos Aflitos, mas insuficiente para atrair a atenção do torcedor alvirrubro, já cismado neste início de ano. Foram apenas 758 espectadores, numa corneta esperada, sobretudo para o goleiro Tiago Cardoso (“Estás em casa, joga direito!”, disse um).

Após o aperreio na primeira etapa, com o mandante (ou “visitante”, você decide) criando as melhores chances, o Timbu abriu o placar logo no comecinho da etapa final. Erick levantou na área, Alison ajeitou de cabeça e Marco Antônio completou, livre na pequena área. Gol! Grito engasgado há 429 minutos. Aquele mesmo time que estreou em 2017 fazendo 4 x 0. No finzinho, completou a vitória por 2 x 0 com Erick. O atacante de 19 anos sofreu e cobrou o pênalti, marcando o seu primeiro gol como profissional. Um alento numa noite de recriação.

Pernambucano 2017, 4ª rodada: Belo Jardim 0 x 2 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Náutico perde em Juazeiro e é eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela 5ª vez

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

O Náutico entrou numa curva descendente que vem custando caro neste início de temporada. São apenas sete jogos oficiais, ok, mas o time sofreu a 4ª derrota seguida. No revés diante do Guarani de Juazeiro, por 1 x 0, após rebote de Tiago Cardoso, somou também a 4ª partida sem marcar gols. A consequência do futebol inoperante é a primeira eliminação em 2017, ainda em fevereiro. 

O resultado no interior cearense encerrou um dos principais caminhos para a captação de receitas – além do moral junto à torcida. Pela participação na primeira fase da Copa do Brasil, o alvirrubro recebeu R$ 250 mil. A cota da etapa seguinte renderia, como se esperava, mais R$ 315 mil ao clube. Nada feito, como já havia sido em 2016, diante de outro interiorano da região.

Ao todo, em 22 participações na copa, esta foi a 5ª eliminação do Náutico na primeira fase. Somente em 2013 o clube tinha um argumento concreto, pois jogou com os reservas para poder ir à Copa Sul-Americana – que condicionava a vaga à eliminação precoce no torneio nacional. Nas demais, todas contra nordestinos, o time entrou como favorito. Agora, com Dado Cavalcanti por um triz (de fato, a equipe não rende), o clube de Rosa e Silva conseguiu a proeza de ser eliminado nos “128 avos de final”, devido à ampliação do torneio.

Eliminações do Náutico na 1ª fase da Copa do Brasil
1992 – Sergipe (2 x 1 e 0 x 2)
2001 – ABC (2 x 2 e 0 x 2)
2013 – Crac-GO (1 x 3 e 1 x 1)
2016 – Vitória da Conquista (0 x 0 e 1 x 1)
2017 – Guarani de Juazeiro (0 x 1) 

Atualização: Dado Cavalcanti entrou o cargo e não treina mais o timbu…

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: Guarani de Juazeiro 1 x 0 Náutico. Imagem: Rede Globo/reprodução

Já ameaçado no Nordestão, Náutico sofre dois gols no fim e perde do Campinense

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Campinense 2 x 0 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Em 2014 e 2015, o Náutico foi eliminado de forma precoce no Nordestão. Em ambos os casos na fase de grupos, com 6 e 8 pontos, respectivamente. Em 2017, na terceira participação nesta volta do regional, o alvirrubro largou muito bem, goleando o Uniclinic. Um adversário frágil, com a ressalva feita já naquele momento. Mas, ainda assim, esperava-se um desempenho melhor nos jogos seguintes, contra Santa Cruz e Campinense, finalistas da última edição. Longe disso, com duas derrotas como visitante, quase sem acossar os adversários.

Em 180 minutos, um futebol burocrático, distante da intensidade necessária para a vitória. Após as derrotas no clássico e pelo Estadual, esta contra o Salgueiro, o timbu perdeu a 3ª consecutiva na temporada, com gols aos 43 e 49 do segundo tempo. Em Campina Grande, até teve posse de bola, como queria Dado Cavalcanti, mas não verticalizou o jogo. Marco Antônio e Maylson pouco produziram na criação. Lá atrás, Tiago Cardoso, após uma série de falhas, fazia boa atuação, com a raposa paraibana insistindo nos arremates de fora da área.

Se vencer estava difícil, o empate serviria (considerando a volta na arena), mas a expulsão de Rodrigo Souza, aos 35 da etapa final, expôs o time. E o Campinense abriu o placar bem ali, na meia lua. Renatinho (ex-Santa) mandou de longe e acertou o ângulo. O alvirrubro ainda ficou a um triz do empate, numa cabeçada de Alison, mas o atual vice-campeão definiu num contragolpe, com Léo Ceará, 2 x 0. O resultado deixou um problemão com Dado, já pressionado pelos resultados e pela queda de produção da equipe. Se no Pernambucano a classificação não sofre ameaça, na Lampions será preciso se reinventar para somar ao menos sete pontos, uma margem sem segurança, diga-se.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Campinense 2 x 0 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Invicto, Salgueiro vence o Náutico na Arena e assume liderança do Estadual

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

O Salgueiro já disputou nove jogos no Campeonato Pernambucano de 2017, somando a fase preliminar e o hexagonal do título, e se mantém invicto, com sete vitórias e dois empates. Liderou a primeira fase e agora também assumiu a ponta da etapa principal, ainda que de forma provisória. Na partida que abriu a desmembrada 3ª rodada, o Carcará superou o Náutico em plena Arena Pernambuco, 0 x 2. E olhe que marcou os dois gols no segundo tempo, com Valdeir e Álvaro, atuando com um a menos. O zagueiro Rogério havia recebido (merecidamente) o segundo amarelo pouco antes do intervalo.

Se aproveitando da queda de produção alvirrubra, que já vinha de uma derrota no clássico, o Salgueiro marcou bem e aproveitou as oportunidades criadas nos contragolpes. Difícil não enxergar justiça no placar. Tanto que os poucos torcedores alvirrubros presentes, apenas 1.369, vaiaram bastante o time. Ainda com a bola rolando, o alvo foi Tiago Cardoso, com começo difícil no novo clube. Já havia vacilado nos dois gols sofridos diante do Santa, no Estadual e no Nordestão, e agora foi mal novamente. No segundo gol, fechou o ângulo, mas a bola, sem força, passou entre suas mãos, decretando o revés do mandante.

Quanto ao Carcará, volta ao Sertão somando sete pontos, já tendo enfrentado dois dos grandes clubes. O caminho para a 4ª semifinal estadual consecutiva parece aberto para a maior força do interior nos últimos anos.

Salgueiro no Pernambucano 2017
1ª fase – 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate
Hexagonal – 3 jogos, 2 vitórias e 1 empate

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Santa vence o Náutico no clássico pelo Nordestão com falha de Tiago Cardoso

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

No segundo Clássico das Emoções em uma semana, o Santa Cruz arrancou a vitória (a 200ª na história) num duelo de poucas oportunidades. Agora pela Copa do Nordeste, o atual campeão regional fez o placar mínimo, 1 x 0, contando com uma baita colaboração do outrora ídolo e agora goleiro alvirrubro Tiago Cardoso – que já havia ido mal no gol de falta que resultou no empate pelo Estadual.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, no Arruda, com muitos passes errados, excesso de força na marcação e quase nenhum arremate, o jogo recomeçou mais aceso. Com mais cara de Santa, buscando jogadas pelos lados, tentando impor mais velocidade, à medida em que o sol ia sumindo. Com oito minutos, Thomás fez boa jogada pela esquerda, já na área, e se aproveitou da péssima saída de TC1, que deixou o gol vazio para tentar travar. A bola foi tocada com tranquilidade para Éverton Santos, que só empurrou. Foi o primeiro do atacante, variando o poder ofensivo, inicialmente centrado em Léo Costa.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Em desvantagem, Dado Cavalcanti mexeu em dose dupla. Acionou os atacantes Erick e Alison, nos lugares de Rodrigo Souza e Dudu. O time ficaria mais leve, mas com menos pegada. Depois, ainda colocaria Marco Antônio (finalmente) no lugar de João Ananias. De fato, era preciso se expor para buscar algo, o que não ocorreu, com o timbu encontrando dificuldades para a entrar na área rival. Limitou-se a cruzar bolas, cortadas pela zaga, com Júlio César sem trabalho.

No fim, ainda escapou de levar o segundo gol em contragolpes, com os corais falhando bastante na articulação – foi mal tanto com André Luís, no primeiro tempo, quanto com Barbio, com nova chance no segundo. Não fez falta, terminando com uma justa e importantíssima vitória tricolor neste parelho grupo na Lampions. Ainda sobre o jogo, vale o registro, lamentável, sobre a presença de público, com 5.086 torcedores. Somando com o confronto anterior, apenas 9.708 pessoas num duelo que completa um século nesta temporada.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Entre idas e vindas, a partida aconteceu em Caruaru. E o Náutico venceu o Central

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Central 0x1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Inicialmente, Central x Náutico seria no Lacerdão. Com o gramado vetado e sem autorização da PM para abrigar duas torcidas no Antônio Inácio, o jogo foi transferido para a Ilha. Com a chiadeira da Patativa, diante da clara inversão (de cidade), voltou ao Antônio Inácio, com torcida única. Indo atrás dos seus direitos, via Estatuto do Torcedor, o Timbu conseguiu uma autorização judicial para ter duas torcidas. Para isso, carga reduzida, com 4.000 ingressos ou 54% da capacidade oficial, de 7.307 lugares. Ufa! No fim, apenas 2.060 espectadores (28%), embora a arquibancada tenha registrado boa presença. Sem incidentes.

E quanto ao futebol? Tecnicamente, o primeiro tempo foi lamentável. Só disposição, com baixa qualidade nas finalizações. Foram três chances incríveis desperdiçadas. Duas com o Central, aos 6 e 16, ambas cara a cara com Tiago Cardoso. Na primeira, o goleiro defendeu o chute de Vágner Rosa; na segunda, Gildo furou! No lado alvirrubro, Giva errou o chute dentro da pequena área.

Acredite, o (irregular) gramado não foi o maior culpado, sendo inocentado pelos próprios jogadores nas entrevistas no intervalo. Na segunda etapa, a partida seguiu truncada, com muitas bolas esticadas. Aos 19, Dado Cavalcanti acionou Anselmo, mas o autor do gol no clássico teve atuação bem discreta. O lance decisivo da noite acabou tendo outros personagens. A dez minutos do fim, o prata da casa Erick fez uma grande jogada na ponta direita, cruzando na pequena área, com Maylson marcando de peixinho e decretando a primeira vitória alvirrubra no Estadual, 0 x 1 em Caruaru. Sem mais polêmicas.

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Central x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico (divulgação)

Resumo da 1ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Náutico x Santa Cruz, Sport x Central e Belo Jardim x Salgueiro. Fotos: Peu Ricardo/DP (Arena), Ricardo Fernandes/DP (Ilha) e FPF/facebook (Antônio Inácio)

Começou, de fato, o Campeonato Pernambucano de 2017. Ou seja, o hexagonal do título. No sábado, o Leão passeou diante do Central. Usou o time principal, ignorando o discurso de “Sub 20”. No domingo, um clássico esvaziado. Abrindo o centenário do duelo, alvirrubros e tricolores ficaram num empate. Foi o terceiro ano seguido que o atual campeão estreando num clássico e como visitante. Também no domingo, no Antônio Inácio, já que o gramado em Belo Jardim está vetado, o Calango foi derrotado pelo Salgueiro – que já larga bem outra vez. Nas arquibancadas, apenas 8.671 pessoas, com média de 2.890. Pois é. Lembrando que o torneio será intercalado com o Nordestão. No caso, haverá uma rodada no meio de semana antes da pausa para o regional e para a Copa do Brasil.

Nos três jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 7 gols, com média de 2,3. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Rogério, Diego Souza e Lenis (Sport), Anselmo (Náutico), Léo Costa (Santa), Daniel e Dadá (Salgueiro) começaram liderando econômica lista, com 1 gol cada.

Sport 3 x 0 Central – Em ritmo de treino o Leão fez uma apresentação melhor, técnica e fisicamente, do que na estreia no Nordestão – sem DS na ocasião.

Náutico 1 x 1 Santa Cruz – Os rivais decepcionaram no primeiro confronto, com poucas chances. Ao menos, houve emoção a partir dos 44 do 2º tempo.

Belo Jardim 0 x 2 Salgueiro – Favorito entre os interioranos, o Carcará largou bem já como visitante. Deve ser o único a receber os grandes em seu campo.

Destaque: Diego Souza. O camisa 87 comandou o Sport no sábado, tanto na armação quanto na finalização. E não foi poupado, atuando os 90 minutos.

Carcaça: Péricles Bassols. O árbitro do clássico falhou tanto na questão disciplinar (um vermelho a menos) quanto na técnica (pênalti não marcado)

Próxima rodada
01/02 (20h30) – Central x Náutico, Antônio Inácio (Premiere)
01/02 (21h30) – Santa Cruz x Belo Jardim, Arruda (Globo NE)
02/02 (20h30) – Salgueiro x Sport, Cornélio de Barros (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 1ª rodada.

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 1 rodada. Crédito: Superesportes

Náutico e Santa empatam na Arena com arbitragem ruim e emoção só no finzinho

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

O primeiro dos vários clássicos entre alvirrubros e tricolores em 2017 guardou as emoções para os minutos finais, após uma tarde de muitos erros, dos dois times e do árbitro Péricles Bassols, que escapou de ser o principal personagem do jogo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o empate seguia em branco, com pouquíssimas oportunidades efetivas – até então, uma para cada lado, ainda na primeira etapa, com o agora alvirrubro Tiago Cardoso espalmando um belo chute de Léo Costa e o agora tricolor Júlio César evitando um gol contra. Então, surgiu um lançamento preciso para Anselmo, com o centroavante dominando rápido, ganhando do marcador e batendo rasteiro para abrir o placar para o Náutico.

Seria o gol da vitória, com o ritmo do confronto àquele altura. Nos descontos, com o cronômetro já passando de 48, numa falta na entrada da área, Léo Costa mandou para as redes – o camisa 10 marcou os três gols corais na temporada, somando Asa Branca, Nordestão e Estadual. Empate em 1 x 1 e apito final. Quase um “alívio” para Bassols, o árbitro importado pela FPF nesta edição.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Durante o jogo, o carioca falhou bastante na questão disciplinar, sobretudo aos 39 minutos, quando expulsou Dudu e Jaime. Dudu, correto. Para Jaime, cabia um amarelo. Na confusão, Rodrigo Souza também poderia ter sido advertido. E o causador de tudo, André Luís, com uma cotovelada em Dudu, passou ileso. Aos 20 da etapa complementar, outra polêmica, com um pênalti não assinalado em André Luís, claramente puxado (e desequilibrado) por Páscoa. Sim, o mesmo atacante tricolor que sequer deveria estar em campo.

Sem objetividade ofensiva, a partida foi ganhando contornos violentos, com faltas duras e pouca repreensão. Muita conversa e um amarelo aqui, outro ali. De certa forma, justificou o baixíssimo público presente, com apenas 4.622 torcedores, o menor em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco – quatro pessoas a menos que o “recorde” anterior, um Clássico das Emoções em 2015. Neste ponta-pé inicial do Pernambucano do Santa, em busca do tri, e do Náutico, querendo encerrar o jejum desde 2004, ficou o desejo por um pouco mais emoção nos próximos duelos, não só no apagar das luzes.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Sem amistoso na pré-temporada, Náutico testa 29 jogadores em jogo-treino no CT

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Náutico 3 x 0 Ipojuca. Foto: Léo Lemos/Náutico

A pré-temporada foi esticada no calendário oficial da CBF em 2015. Desde então, o Náutico conseguiu organizar amistosos no Recife contra Decisão (2015) e Botafogo de João Pessoa (2016). Neste ano, com a remontagem do grupo e problemas de agenda, o alvirrubro acabou sem testes oficiais, ficando restrito a jogos-treinos. No primeiro, contra o Ipojuca, o técnico Dado Cavalcanti conseguiu colocar em campo os 29 atletas do elenco à disposição – ficando de fora apenas Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante), oriundos da Copinha e que ainda não se apresentaram.

No 3 x 0, construído sem dificuldades e acompanhado por alguns torcedores no Centro de Treinamento Wilson Campos, na manhã de domingo, o Náutico atuou com três formações distintas, com mudanças a cada 30 minutos. Foram dois times totalmente diferentes nas duas primeiras partes e mais sete trocas no último terço, sempre com a formação 4-1-4-1. Da lista abaixo, qual seria a formação ideal para a estreia oficial, em 24 de janeiro, contra o Uniclinic?

Do 1º ao 30º minuto (0 x 0)
Tiago Cardoso; Joazi, Tiago Alves, Éwerton Páscoa e João Paulo; João Ananias, Rodrigo Souza, Marco Antônio, Dudu e Jefferson Nem; Anselmo

Do 31º ao 60º minuto (1 x 0, Alison)
Jeferson; David, Nirley, Adalberto e Igor Neves; João Ananias (Negretti), Cal Rodrigues, Maylson e Juninho e Giva; Alison

Do 61º ao 90º minuto (3 x 0, Cal e Negretti)
Bruno; Raphael, Rafael Ribeiro, Adalberto e Manoel; Negretti (David voltou), Cal Rodrigues, Maylson, Jefferson Renan e Willian Silva; Odilávio

Abaixo, um vídeo com os gols do jogo-treino, produzido por Rafael Brasileiro.