Mesmo após rescisão, Umbro lança a linha do Náutico para 2016/2017

Uniformes do Náutico, via Umbro, para 2016. Fotos: João de Andrade Neto/DP

Acima, a linha da Umbro para a temporada 2016/2017

Em maio, o Náutico acertou a rescisão com a Umbro para poder assinar com a Topper, em busca de um contrato mais vantajoso. O acordo anterior tinha validade até junho de 2017. Até o rompimento, a marca inglesa seguia o processo de criação e produção da linha, que seria a terceira da parceria. Tanto que quando houve o distrato o primeiro lote de uniformes 2016/2017 já estava pronto. Daí a confusão com duas linhas alvirrubras presentes no mercado.

Em 1º de junho, a Topper apresentou os dois primeiros padrões, em um evento nos Aflitos. Na Timbushop, cada camisa foi estipulada em R$ 209,9. Uma semana depois, chegaram às lojas recifenses os dois modelos produzidos pela Umbro, pela metade do preço, R$ 99,9, no ritmo de “queima de estoque”. Ou seja, duas linhas “oficiais” no mercado para o mesmo período. Concorrência interna? Sem dúvida alguma, um cenário pra lá de incomum…

Abaixo, a linha da Topper para a temporada 2016/2017

Linha da Topper para a temporada 2016/2017 do Náutico. Crédito: reprodução

Linha de uniformes do Náutico para a temporada 2016/2017, via Topper

Os uniformes do Náutico para a temporada 2016. Crédito: Topper/facebook

O Náutico oficializou a Topper como fornecedora de material esportivo em 4 de maio. Quase um mês depois, em 1º de junho, finalmente a linha principal de uniformes foi apresentada, em um evento na sede nos Aflitos. A estreia da marca, que volta ao clube após 32 anos, será na sexta rodada da Série B, contra o Joinville, na Arena Pernambuco, substituindo o material da Umbro, cujo contrato foi rescindido. A mudança foi motivada mesmo pelo lado financeiro, pois a linha anterior tinha a aprovação da torcida. A nova camisa alvirrubra vem com o número azul, uma tradição do clube nas décadas de 70 e 80. O contrato com a Topper vai até o fim de 2019.

Confira os detalhes dos dois padrões clicando aqui e aqui.

Torcedor alvirrubro, o que você achou do novo padrão?

Fornecedores de material esportivo do Timbu
1981/1982 – Rainha

1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2019 – Topper

Lançamento do uniforme do Náutico, pela Topper, para a temporada 2016. Foto: Náutico/instagram (nauticope)

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2016

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Somando as duas principais divisões, a Umbro é a marca mais presente no Campeonato Brasileiro de 2016, com seis clubes. O número poderia ser maior caso o Náutico não tivesse rescindido o contrato na véspera da competição, fechando com a Topper, de volta ao mercado. Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 18 fornecedoras, cinco a mais que 2015. Uma delas pertence ao próprio “patrocinado”. No caso, a Lobo, do Paysandu – na Itália, a Roma já fez o mesmo.

De volta ao Brasileirão, o Santa Cruz já irá mexer com tabuleiro, na ferrenha disputa de mercados. O clube estreia o padrão produzido pela Dry World, substituindo a Penalty. Com isso, a marca canadense sobe para a 3ª colocação no ranking de fornecedoras. A Adidas, que veste o Sport, se mantém à frente na elite, agora de forma isolada. Na última edição, com os mesmos cinco clubes (mas com o Flu no lugar do Coxa), a empresa alemã dividia o posto com a Umbro, que sofreu com as quedas de Vasco e Joinville.

Em relação aos contratos (ao menos aqueles divulgados), o Flamengo segue firme com acordo mais rentável. São R$ 35 milhões anuais, com mais sete temporadas pela frente, expondo o status atual dessas parcerias. Quanto à exposição, as 760 partidas das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Sport
Umbro – Atlético-PR, Chapecoense, Grêmio e Cruzeiro
Dry World – Atlético-MG, Fluminense e Santa Cruz
Nike – Corinthians e Internacional
Lupo – América-MG e Figueirense
Kappa – Santos
Puma – Vitória
Topper – Botafogo
Under Armour – São Paulo

As fornecedoras na Série B
Kanxa – Bragantino, Luverdense e Oeste
Kappa – Brasil-RS e Criciúma
Numer – Atlético-GO e Sampaio Corrêa
Penalty – Bahia* e Ceará*
Umbro – Joinville e Vasco
Rinat – CRB e Vila Nova
Fila – Avaí
Dry World – Goiás
Karilu – Londrina
Topper – Náutico
Lobo – Paysandu
Errea – Paraná*
Gsport – Tupi

* Bahia (Umbro), Ceará (Topper) e Paraná (Topper) podem mudar no Brasileiro.

Marcas das Séries A e B
6 Umbro, 5 Adidas, 4 Dry World, 3 Kappa, 3 Kanxa, 2 Nike, 2 Lupo, 2 Numer, 2 Penalty, 2 Rinat, 2 Topper, 1 Puma, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Karilu, 1 Lobo, 1 Errea e 1 Gsport

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2025)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG (5 anos, até 2021)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016) 

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Topper oficializada no Náutico até 2019. Aposta no novo ou na tradição?

Uniformes do Náutico produzidos pela Topper em 1984. Crédito: Arquivo Alvirrubro/facebook

O Náutico volta a vestir a Topper em 14 de maio, já primeira rodada da Série B de 2016, no interior catarinense, diante do Criciúma. Em jogo ao vivo na tevê, o novo padrão alvirrubro retoma a parceria após 32 anos. A última vez havia sido no biênio 1983/1984, com o time saindo campeão pernambucano no segundo ano. Com o contrato oficializado pelo clube, até o fim de 2019, fica a expectativa sobre o modelo que substituirá a Umbro.

Aposta no novo ou relembrando a tradição? Torcedores alvirrubros, ansiosos, publicaram imagens das camisas usadas na primeira passagem da Topper, titular e reserva. Por uma releitura de design – e já sob nova gestão -, a marca não será preta, uma vez que hoje adota outro desenho, tendo como cor base o verde. Assim como os distintivos, ambos bem antigos – sobretudo o da camisa branca – , fora as listras mais finais e as golas distintas. Driblando a espera, vamos aos “mockups”, os modelos de demonstração não oficiais. Confira oito camisas criadas pelo torcedor Arthur Nogueira clicando aqui.

Alvirrubro, você prefere uma linha nova ou relembrando o passado?

Fornecedores de material esportivo do Timbu
1981/1982 – Rainha

1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2019 – Topper

Topper volta a vestir o Náutico após 32 anos. Vamos aos primeiros mockups

Projeções não oficiais do uniforme do Náutico via Topper. Arte: Arhur Nogueira (@ArthurNog_)

A parceria entre Náutico e Umbro tinha validade até junho de 2017. Embora tenha tido uma resposta positiva nas vendas, com linhas completas em duas temporadas (uniformes oficiais, camisa alternativa e camisa retrô), a marca inglesa deve sair de cena. Costurando um acordo mais vantajoso, o Alvirrubro está acertando com a Topper, voltando a investir no futebol brasileiro. Serão três anos, já a partir da Série B. Para isso, será preciso acertar uma rescisão de contrato com a atual fornecedora, semelhante ao que aconteceu com a Champs em 2009 – a diferença é que agora o clube não tinha queixa sobre a produção e distribuição dos produtos, expondo apenas o lado financeiro na troca.

1981/1982 – Rainha
1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2018 – Topper

Com a Topper, o Timbu retoma a parceria após 32 anos. A última vez havia sido no biênio 1983/1984, com o time saindo campeão estadual no segundo ano. Em relação à expectativa dos futuros padrões, vamos aos “mockups”, os modelos de demonstração não oficiais. Assim como o mockups Santa/Dry World, o torcedor Arhtur Nogueira também projetou oito camisas para o Náutico, tomando por base os padrões do Racing da Argentina. Gostou de alguma camisa? 

Confira as projeções em uma resolução maior clicando aqui.

Projeções não oficiais do uniforme do Náutico via Topper. Arte: Arhur Nogueira (@ArthurNog_)

As camisas centenárias do Recife

As camisas do centenário de Náutico (2001), Sport (2005), Santa Cruz (2014) e América (2014)

Em 2001, 2005 e 2014, alvirrubros, rubro-negros, tricolores e alviverdes lançaram uniformes à parte dos padrões tradicionais, renovados ano a ano.

Nos quatro casos específicos, cada rival recifense comemorou o seu centenário com uma edição limitada. Além das marcas pelos 100 anos, foram criadas camisas pouco utilizadas – ou nem isso -, numa ação de marketing.

No interior, o primeiro centenário foi o Centro Limoeirense, em 2013. Veja aqui.

Na capital, eis os casos nos Aflitos, Ilha do Retiro, Arruda e Estrada do Arraial.

Marcas especiais do centenário de Náutico, Sport, Santa Cruz e América

O primeiro foi o Náutico, em 2001, com um modelo criado pela finta, que recuperou o primeiro distintivo da história timbu. Uma marca especial dos 100 anos também foi criada, centralizada na camisa (confira os detalhes).

A camisa do centenário do Náutico, em 2001

Em 2005, com a Topper, o Sport teve uma camisa discreta, sem muitos detalhes em relação ao primeiro padrão, a não ser a gola com cadarço e as etiquetas especiais. Atrás, o número 100 (confira os detalhes).

A camisa do centenário do Sport, em 2005

Em 2014, o Santa resgatou o seu primeiro uniforme, alvinegro. A camisa conta com uma marca alusiva aos 100 anos e também com o primeiro escudo do time, apenas com as letras iniciais do seu nome completo (confira os detalhes).

Camisa do centenário do Santa Cruz, em 2014

Também centenário em 2014, a Garra lançou para o América uma camisa toda verde, em vez da da listrada, mais comum. Distintivo e marcas especiais dos 100 anos foram inseridos. Nas costas, o número 100 (confira os detalhes).

Camisa do centenário do América, em 2014

A imitação é o maior elogio que existe, até nos uniformes

Camisas de Sport (1999), Santa Cruz (2010), Boca Juniors (2005) e Independiente (2014)

Uma estratégia comum no mercado futebolístico para alavancar a venda de produtos oficiais é a criação de modelos alternativos.

Terceiro padrão, camisa para apenas um jogo, quarto padrão…

Seja pelo resgate histórico, pelo abuso do desing por um cor realmente diferente, de vez em quando o marketing passa da conta…

O caso mais recente é o do Independiente, conhecido como Rojo, vermelho. Pois bem, a Puma, fornecedora do clube, lançou um padrão azul.

Porém, azul é a cor do Racing, o outro time de Avellaneda. Ainda que tenha ficado parecida com o padrão reserva do rival, a ideia foi incompreensível ( elaboração e aprovação). Acredite, existem outros capítulos. Até no Recife…

Antes, ainda vale lembrar outro caso na Argentina, com o maior clássico do país.

Comemorando o centenário do Boca Juniors em 2005, a Nike lançou uma série de uniformes antigos. O de 1907, com a faixa diagonal, deixou a torcida nervosa na Bombonera. Como não ligar la banda àquela tradicional do River?

Na ocasião, a torcida do River disse: “A imitação é o maior elogio que existe”.

No clássico pernambucano das multidões, um “vacilo” de cada lado.

Em 1999, a Topper resgatou um padrão utilizado pelo Sport na década de 1970, quando a camisa branca tinha duas faixas horizontais, uma vermelha e outra preta. Com uma rivalidade bem mais acirrada, a nova versão boiou no mercado.

Mais recente, em 2010, a Penalty exagerou no tamanho da listra branca, quase invisível. Não por acaso, da arquibancada parecia outro time jogando…

Erros em 1999, 2005, 2010 e 2014. Não se engane. Vem mais por aí…

Camisas de Santa Cruz (2014), Sport (2014), River Plate (2014) e Racing (2014)

Antes de Adidas e Umbro, Sport e Náutico vão de Braziline e Garra na transição

Uniformes provisórios de Sport e Náutico em 2014. Fotos : Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Tradicionalmente, o novo padrão de um clube de futebol é substituído instantaneamente pela nova fabricante, também com status de patrocinadora.

Em 2014, Sport e Náutico viveram situações incomuns. Ambos trilharam um processo distinto até o lançamento da nova camisa oficial, com uma transição.

O contrato leonino de cinco com a Lotto acabou e não foi renovado.

Nos Aflitos, a direção fez um distrato com a Penalty, fornecedora desde 2011.

O Rubro-negro acertou com a Adidas, num acordo que começará a vigorar de fato em maio. Até lá, optou por um uniforme improvisado, adquirido junto à paulista Braziline. A marca não aparece na camisa – como foi anteriormente com a Malharia Terres (1977/1980) e MR Artigos Esportivos (1988).

Já o Alvirrubro, virtualmente acertado por duas temporadas com a Umbro, também com o novo padrão programado para maio, optou por um contrato provisório com a Garra, empresa pernambucana de menor porte, mas com vários clubes do interior em seu portfólio. A marca está estampada.

Além disso, ainda há uma outra curiosidades sobre rubro-negros e alvirrubros. Ambos seguem sem patrocinador master. Camisas lisas.

Abaixo, a lista de fornecedores de material dos três grandes clubes do estado.

Náutico
1981/1982 – Rainha
1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta
1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2015 – Umbro (Inglaterra)

Santa Cruz
1981/1990 – Adidas (Alemanha)
1991/1994 – CCS
1994/1995 – Amddma
1995/1997 – Rhumell
1997/1998 – Diadora (Itália)
1998/2007 – Finta
2008 – Champs
2009/2014 – Penalty

Sport
1981/1982 – Adidas (Alemanha)
1983/1987 –  Le Coq Sportif (França)
1988 – Everest
1988/1990 – Topper
1991/1994 – Finta
1995/1998 – Rhumell
1999/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)

Confira algumas camisas históricas dos clubes locais aqui.

Os piores uniformes do futebol pernambucano

Camisas do Santa Cruz (1993), Náutico (anos 90) e Sport (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

O lançamento da nova coleção de uniformes de um clube de futebol já se tornou um evento tradicional na agenda da agremiação a cada temporada.

Expectativa sobre o design, preço, modelos contratadas para o desfile etc.

Naturalmente, nem sempre as camisas agradam. Algumas pecam pelo exagero, pela concepção nada atrelada à tradição do time, pelo non sense. Encalhadas no mercado e pelo avesso da história diante da torcida.

Aqui, alguns exemplos nas últimas duas décadas de uniformes pouco ortodoxos nos grandes clubes do estado e também nos times pequenos.

Íntegra: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Na Cobral Coral, a inesquecível “camisa eletrocardiograma” produzida pela CCS em 1993. No Alvirrubro, a Kyalami abusou das listras, além do estatuto. Em uma camisa do Sport no fim da década de 1990 a Topper tentou desenhar um leão…

Camisas de Santa Cruz (2001), Náutico (2013) e Sport (1999). Crédito: Manula Galo/Picasa e camisasdosport.blogspot.com.br

O Tricolor teve ainda a enorme cruz no uniforme de 2000, numa mistura de camisa de treino e padrão titular. No Náutico, este ano, a Penalty tentou esbanjar modernidade com faixas assimétricas e um vazio no ombro esquerdo.

Quanto ao Sport, de novo via Topper, o que dizer deste padrão praticamente inspirado no rival? Durou pouco tempo nas lojas, pois a camisa foi recolhida. Nesse cenário de camisas bizarras, espaço para as peças das fabricantes Rota do Mar (Sete de Setembro), Sport (Íbis) e CCS (Vitória). Haja criatividade.

Aqui foram apresentadas modelos entre os dois primeiros padrões oficiais dos clubes, pois nas camisas extras é comum o uso de cores alternativas.

Qual é a camisa mais feia que você já viu no seu clube? Comente.

Camisas de Sete de Setembro (2010), Íbis (anos 90) e Vitória (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

Ligações externas nos clubes de futebol

Linha "Alma Castelhana" dos uniformes do Grêmio. Crédito: Grêmio/divulgação

De forma inegável, o estado do Rio Grande do Sul sofre uma certa influência cultural dos países vizinhos, Uruguai e Argentina.

No futebol isso é ainda mais visível, no estilo de jogo e no comportamento da torcida.

A torcida gremista foi uma das primeiras do Brasil a adotar o apoio inspirado nas ações das “barra bravas”, que dominam o cenário do hermanos.

A proximidade das capitais federais e a tradição dos clubes ajuda.

Montevidéu, terra de Peñarol e Nacional, está a 714 quilômetros de Porto Alegre.

Buenos Aires, sede de várias camisas de peso, como Boca Juniors, River Plate, Independiente e Vélez Sarsfield, fica a 852 quilômetros da capital gaúcha.

Talvez, após essa introdução, não seja tão incomum assim a linha especial de uniformes lançada pela Grêmio, chamada de “Alma Castelhana”, produzida pela Topper (veja aqui).

Inspirada nas camisa das seleções da Argentina (albiceleste) e do Uruguai (celeste).

Opine sobre a linha “estrangeira” do Grêmio…

Considerando a influência estrangeira nos clubes locais, pelo fundador, por um jogador ou mesmo pela história da cidade, até que ponto poderia ser criado algo parecido?

Ingleses na criação do Sport, atletas argentinos e uruguaios no Santa e no Náutico, Holanda na história recifense etc. Apelo desnecessário ou jogada de marketing?