Sport jogou para ganhar durante 45 minutos. Empatou

Série A 2012: Sport 1x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Três vitórias em quatro jogos. Recuperação. Era o que se esperava na Ilha do Retiro.

O confronto desta quarta-feira poderia marcar de vez a curva ascendente do Sport no returno. Por sinal, o tradicional adversário era o melhor time desta segunda metade da Série A, invicto há cinco rodadas. Um “confronto direto”.

Com William Rocha vetado pelo departamento médico, Waldemar Lemos deu uma nova chance para o jovem Renê no lado esquerdo. Era a maior surpresa na noite.

Pois com apenas cinco minutos de jogo o lateral-esquerdo aliviou o peso da responsabilidade. Recebeu de Felipe Azevedo e cruzou rápido, certeiro. Hugo se antecipou à zaga e cabeceou para as redes. Logo depois, novamente com bola área, mas pela direita, Rithely por pouco não ampliou. Uma blitz que assustou o Bahia.

Surpreendentemente, o ritmo continuou a favor do Leão, com várias chances criadas na primeira etapa. Foram dez, algumas claríssimas, contra apenas uma dos baianos.

Vez por outra a zaga leonina se apresentava de forma desatenta. Mas o jogo era mesmo do outro lado, com a bola sempre se aproximando da meta de Marcelo Lomba.

Obviamente, futebol são 90 minutos, mas os primeiros 45 do Sport nesta quarta foram os melhores do time nesta Série A. Dito e feito.  O Tricolor de Aço voltou melhor na etapa complementar. Adiantou a marcação e foi superior em boa parte do jogo.

Tanto que o técnico rubro-negro acionou o esquecido meia Felipe Menezes aos 25 minutos. No lugar de Hugo, muito bem, mas cansado, ele teria o papel de prender mais a bola no meio-campo. Não foi bem. O time todo aparentava desgaste.

Sem Rithely, substituído após sentir dores na coxa, havia acabado os contra-golpes. Ao Bahia, oportunidades. Uma delas num chutaço de Elias, acertando o travessão. O jogo fácil e envolvente do primeiro tempo cedia lugar à valentia, sem padrão tático.

Aos 38, enfim, o Bahia chegou ao empate, num chute cruzado de Hélder.

Durante quase toda a partida o Sport ficou a dois pontos de deixar a zona de degola. O frustrante empate em 1 x 1 deixou o Leão a quatro. Antes da rodada, eram três.

As chances apareceram para os pernambucanos, que não aproveitaram. Futebol…

Série A 2012: Sport 1x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Recuperando a força da Ilha do Retiro para seguir na briga

Série A 2012: Sport 2x1 Cruzeiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Com um desempenho pífio na Ilha do Retiro no primeiro turno da Série A, com duas vitórias em dez jogos, o Sport só poderia almejar uma recuperação na competição com uma melhora significativa no rendimento em casa.

No primeiro jogo desta etapa, contra o Santos, uma suada vitória por 2 x 1. Na segunda apresentação no Recife no returno, novo 2 x 1, ainda mais batalhado. De virada.

Na noite deste domingo, pressionado pelas goleadas de Coritiba e Bahia, aumentando a distância sobre o Z4, o Leão precisou insistir bastante para vencer a meta mineira.

Com apenas oito minutos, o zagueiro Diego Ivo praticamente “entregou” o gol do Cruzeiro, numa saída de bola completamente sem noção.

Esperto, o atacante mineiro roubou a bola e Wallyson tocou rasteiro, entre as pernas do goleiro Saulo, substituto de última hora de Magrão,com uma contratura na coxa.

Se em outras jornadas o time acusou o golpe, dessa vez recebeu o apoio – ainda que o público tenha sido de apenas 13.562 torcedores – e criou oportunidades. Hugo e Diego Ivo perderam ótimas chances em bolas alçadas na área.

Aos 28, Edcarlos chegou a testar para as redes, mas o gol foi anulado por impedimento. Não estava, ainda que a distância fosse mínima. Dois minutos depois, enfim o empate.

William Rocha fez um longo lançamento e o volante Rithely, na entrada da área, cabeceou no ângulo. Sim, Rithely, em seu 48º jogo pelo clube. De contestado a elemento-surpresa. De perdedor de gols a salvador da noite.

O lance entusiasmou de vez a torcida e a equipe, que seguiu martelando. A virada no placar, contudo, saiu apenas no segundo tempo. Após a blitz, o gol aos 19.

Gilberto, que acabara de entrar no lugar do esforçado Gilsinho, foi acionado no meio-campo e tabelou com Rithely, que deu uma bela assistência, deixando G9 livre para finalizar. Depois da vantagem estabelecida, haja sufoco, o que seria natural.

A situação na tabela ainda é bem complicada. Com os pontos começando a aparecer na Ilha, porém, pelo menos a expectativa para deixar a zona de risco e torna mais otimista.

Série A 2012: Sport 2x1 Cruzeiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Com sofrimento e raça, uma vitória rubro-negra

Série A 2012: Sport x Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Incomodava bastante a torcida o longo período sem vitórias.

Eram onze jogos na Série A sem somar três pontos numa mesma partida. Mais um jogo sem triunfo e o Sport igualaria o seu recorde negativo na elite, de 1999.

Encarar o Santos não parecia a garantia de que o tabu acabaria. Aos poucos, as notícias foram aliviando a pressão nos rubro-negros. Em tese.

Primeiro, Paulo Henrique Ganso foi vetado por uma contusão. Depois, faltando 24 horas para a peleja, Neymar sofreu uma indisposição intestinal e também ficou de fora.

No entanto, mesmo sem os seus astros o Santos teve um bom domínio territorial na Ilha do Retiro, na tarde deste domingo.

Contra Náutico e Flamengo o Leão apresentou um bom desempenho, tanto no ataque quanto na defesa. Diante do Peixe, o time de Waldemar Lemos oscilou demais.

Como estamos falando de futebol, isso não quer dizer nada. Mesmo atacando pouco e de forma pouco organizada, o Sport marcou duas vezes na primeira etapa.

O primeiro foi logo aos três minutos, para alegria dos 22.167 torcedores presentes.

Após cobrança de escanteio, Cicinho achou bem o espaço e cruzou. A bola passou na frente de todo mundo, menos de Hugo, o último da fila. Cabeceou firme.

Aos 37 minutos, Felipe Azevedo bateu de fora da área e marcou o seu quinto gol na competição. Contou com um desvio maroto da zaga.

Essas foram as únicas finalizações certas do Sport na primeira metade do duelo. Não que o Santos tenha finalizado, pois também não o fez. Mas cercou bastante.

No segundo tempo, aos 6 minutos, o Santos chegou. Numa rápida estocada pelo lado esquerdo, Gerson Magrão cruzou e o atacante André testou para as redes.

Aos 13 minutos o jogo ganhou um ar dramático com a expulsão do zagueiro Edcarlos. Recebeu o segundo amarelo. No primeiro, havia dando uma tapa ridícula na bola.

Depois disso, com o Leão sem força ofensiva, só mesmo com muita vontade em campo para segurar a pressão dos paulistas. Para segurar o importantíssimo 2 x 1.

Para acabar com o incômodo jejum sem vitória… Ainda que o caminho siga difícil.

Série A 2012: Sport x Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Com atitude, um pontinho leonino no Rio de Janeiro

Série A 2012: Flamengo x Sport. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE

Em Volta Redonda, o “cinzento” Sport iniciou o duelo contra o Fla na noite desta quinta com a mesma formação do clássico passado.

Na equipe, duas peças irregulares. O cabeça de área Renan e o atacante Gilsinho. O primeiro acabou sentindo uma lesão ainda no primeiro tempo e cedeu o lugar a Tobi.

O segundo, importante taticamente, correndo bastante, pouco fez ofensivamente.

Lá na frente, o time pernambucano atacou pelos dois lados. Entrou disposto. Contou com ótima atuação do meia Hugo, que enfim fez o que se esperava dele.

O camisa de número 80 armou boas jogadas, chamou pelo menos dois marcadores do Fla e ainda ajudou na defesa, mostrando um ímpeto que talvez sirva para todo o time.

Apesar disso, o Flamengo, sem pressa em campo, conseguiu abrir o placar.

Thomás fez boa jogada pelo lado esquerdo, em cima de Cicinho, e tocou para Ibson, que bateu de trivela. No primeiro ataque dos cariocas, 1 x 0. Eram apenas 13 minutos.

Apesar da má fase e do baque inicial, os rubro-negros pernambucanos não se abateram.

Seis minutos depois, num contragolpe, Moacir tocou para Hugo e este bateu cruzado. A bola explodiu na trave e voltou para Felipe Azevedo. Bateu nele e foi para as redes.

Enfim, um tento para a torcida do Sport. Após incríveis 757 minutos de jejum!

Após a igualdade o Leão passou a ocupar melhor os espaços no campo. Controlou a bola. O time comandado por Waldemar Lemos teve 52% de posse no primeiro tempo.

Na etapa final, muita correria dos dois lados. Uma partida nervosa, com inúmeros contragolpes. Magrão, jogando pela 400ª vez pelo clube, fez duas grandes defesas.

Do outro lado, Rithelly, Felipe Azevedo e Hugo ficaram bem perto de virar o placar. Aos 31, livre, Hugo viu um impedimento mal assinalado.

Por sinal, foram 12 faltas cometidas pelo Mengão e 24 do Leão, o que mostra o critério um tanto controverso do árbitro. Porém, o empate em 1 x 1 foi importante para o Sport.

Diante de uma duradoura crise técnica, o grupo se mostrou moralmente capaz.

Série A 2012: Flamengo 1x1 Sport. Foto: Alexandre Vidal/FlaImagem

Inoperante até o limite da paciência, Sport afunda no Rio

Série A 2012: Fluminense 1x0 Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Mais uma apresentação rubro-negra no rápido giro pelo Rio de Janeiro.

Agora em Volta Redonda, já sob o olhar de Waldemar Lemos. O técnico ficou no camarote, passando as primeiras orientações pelo celular.

Em campo, neste sábado, os leoninos bem que tentaram demonstrar um pouco mais de confiança, algo bastante necessário para este momento delicado da equipe.

O Sport veio armado num 3-5-2, liberando Cicinho pela direita e contando com as investidas de William Rocha pela esquerdas, após seis meses se recuperando.

O que se viu foi o de praxe, com Rithely aparecendo bem como elemento surpresa e falhando na finalização. Na partida, fora duas chances incríveis. Desperdiçadas.

Após o primeiro bom momento, aos 5 minutos,  o Leão teve que conter o ímpeto do Fluminense. O clube carioca vinha com oito desfalques.

De fato, estava sem Deco e Fred, dois de seus principais atletas. Ainda assim, a linha ofensiva contou com Thiago Neves, Wágner e Rafael Sóbis. Nada mal…

Magrão operou um milagre, Cicinho evitou outro e o time se defendeu como pôde. Na etapa final, mais sufoco. Iniciou cedinho, com Magrão defendendo com os pés uma cabeçada na pequena área de Wágner. O Leão não conseguia brecar o duelo.

Parece filme repetido, com o goleiro se superando a cada jogo. Mas não adianta muito. Tobi foi expulso aos 34 minutos e aos 38 Samuel marcou o gol da vitória tricolor, 1 x 0.

Detalhe: falha de cobertura de Bruno Aguiar. O zagueiro vem numa sequência incrível de erros, errando de forma direta também nas derrotas pra Figueirense e Botafogo.

Quanto ao ataque do Sport, uma marca impressionante, com 644 minutos sem fazer gol.

Agora, com a zona de rebaixamento consumada e nove rodadas sem vitória, o início do trabalho de Waldemar. Numa ironia do futebol, enfrentará de cara o Náutico, na Ilha…

Série A 2012: Fluminense 1x0 Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Era Waldemar Lemos na Ilha do Retiro

Waldemar Lemos no Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Waldemar Lemos, ex-Náutico, é o novo ténico do Sport para a Série A. Em Rosa e Silva, o técnico de 58 anos trabalhou em 60 jogos, com 28 vitórias, 18 empates e 14 derrotas.

O fator determinante para o fim do ciclo no Alvirrubro foi a avaliação sobre dois percentuais parecidos. Na Série B de 2011, 56,1% dos pontos, com o vice-campeonato. No Estadual de 2012, um índice de 55,5%, com a equipe se arrastando na 4ª colocação.

Números à parte, o técnico carioca de tom sereno vai enfrentar no agora ex-rival uma barreira na torcida em relação ao seu perfil.

Por mais que tenha flertado com alguns técnicos mais “tranquilos e modernos”, como Vágner Mancini e Péricles Chamusca, o Leão quase sempre contou com alguém mais enérgico na beira do gramado, como Hélio dos Anjos e Nelsinho Batista.

Waldemar Lemos faz o estilo paizão, fechando o grupo com o discurso de “família”. No próprio blog, a fórmula de cobranças amenas já foi criticada.

Talvez a mudança para o estilo motivacional, de jogador em jogador, dando tranquilidade na Ilha seja interessante. Vai mexer com a proposta tradicional, que não está rendendo.

Vale destacar que a segunda passagem do técnico no Timbu foi positiva. Mesmo sem dispor de um elenco, conseguiu formar um time, compacto, rápido.

Saiu num momento em que a falta de peças de reposição se tornou o grande problema.

Saiba mais sobre o acerto entre Sport e Waldemar clicando aqui.

No Leão, ele chega com uma história curiosa. A sondagem partiu do próprio profissional, demonstrando interesse público, via imprensa, para comandar o clube.

Para mostrar mais uma vez no Recife a qualidade o seu trabalho… Boa sorte, Waldemar.

Rubro-negro, qual é a sua opinião sobre a contratação de Waldemar Lemos?

Waldemar Lemos é apresentado ao elenco do Sport, no dia 18 de agosto de 2012. Foto: Álvaro Claudino/Site Oficial do Sport

Os 20 dias mais importantes do Náutico para seguir na elite

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

“Vamos trazer quantos reforços precisarem. A gente não vai medir esforços. Pior do que não trazer é cair. E o Náutico não vai ser rebaixado.”

Declaração do presidente do Náutico, Paulo Wanderley, logo após a eliminação do clube no Estadual desta temporada, que manteve o jejum de taças desde 2004. Mas foi rápido ao projetar o decorrer do ano para o Timbu.

O fim da participação alvirrubra no certame local vem com um “bônus”.

O Timbu, agora com Gallo, terá exatamente 20 dias de descanso até a estreia na Série A, torneio que realmente interessa neste neste ano. Até a estreia contra o Figueirense.

Mais do que uma intertemporada, o Náutico precisa se qualificar. Remontar o elenco.

Vale lembrar que foram 15 contratações para o Campeonato Pernambucano. A grande maioria, que não foi indicada pelo técnico Waldemar Lemos, desagradou. Faxina.

Todo o planejamento da diretoria foi fundamentado para investir no Brasileirão. Pois bem, chegou a hora de utilizar o maior orçamento da história de Rosa e Silva.

Conforme divulgado, o Náutico poderia chegar a um faturamento de até R$ 40 milhões em 2012. Contudo, faltam alguns pontos importantes.

O clube saiu do Estadual sem um patrocinador-master no uniforme. Isso é inadmissível.

A diretoria segue esperando por uma marca de impacto no Nacional, mas acabou abrindo mão de uma receita vital durante quatro meses. Fará falta?

Sobre o contestado time, não há mais tempo para garimpar reforços. O momento é de anunciar as contratações. A dupla de zaga, o goleiro Gideão e algumas peças no meio-campo se salvam. Lá na frente, a situação é crítica…

Lutará para formar um time competitivo, para ficar no mínimo em 16º lugar. Até mesmo para retomar a confiança da torcida, ponto alto do time a partir de agora.

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Brenno Costa/Diario de Pernambuco

Waldemar Lemos e a diferença entre 56% na Série B e no PE

Pernambucano 2012: Náutico 1x2 Serra Talhada. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Chegou ao fim a segunda passagem de Waldemar Lemos no Náutico, com 60 jogos.

A derrota para o Serra em pleno aniversário de 111 anos foi a gota d’água (veja aqui).

Nos dados gerais, 28 vitórias, 18 empates e 14 derrotas, com aproveitamento de 56,6% dos pontos em disputa. Esta foi a sua média durante quase toda a passagem.

Na Série B, 38 jogos, 17 vitórias, 13 empates e 8 derrotas.

No Estadual, 21 jogos, 10 vitórias, 5 empates e 6 derrotas.

Na Copa do Brasil, 1 jogo e 1 vitória. Ao todo, 74 gols marcados e 62 gols sofridos.

No entanto, o problema desses números é a avaliação entre conquistar 56,1% dos pontos em uma segunda divisão nacional e 55,5% em um campeonato estadual.

Em nível nacional, um número consagrador em qualquer divisão. Na Série B, o vice. No nível local, um índice insatisfatório. O lugar no G4 não o segurou. Havia o desgaste.

O elenco, claro, estava bem pior em relação à Segundona, sobretudo no ataque. As peças utilizadas neste ano não encaixam em esquema algum em uma Série A.

Portanto, a saída de Waldemar Lemos não deve mudar tanta coisa assim no Náutico. O problema, ao contrário do que se fala, é bem mais amplo.

O futuro timbu? Só com uma reformulação grande. E deverá ocorrer. Veja aqui.

Pernambucano 2012: Náutico 1x2 Serra Talhada. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O maior presente nos 111 anos do Náutico, tranquilidade

Aniversário de 111 anos do Náutico. Crédito: site oficial do Náutico

Nos Aflitos, neste 7 de abril de 2012, o Náutico receberá o Serra Talhada disposto a sacramentar de uma vez por todas a quarta vaga na semifinal do Estadual.

Apesar do rendimento bem abaixo do esperado, repleto de críticas, a classificação amenizaria a pressão sobre Waldemar Lemos.

Até porque no mata-mata o desempenho das equipes é bem imprevisível, ainda mais se o Alvirrubro tiver um clássico pela frente, o que é mais provável.

Portanto, o maior presente nesses 111 anos do Clube Náutico Capibaribe será a volta da tranquilidade em Rosa e Silva.

Para todos, Waldemar Lemos, diretoria, jogadores e torcida. A comemoração fica para depois, lá para o dia 27, na Timbu Fest.

Até lá, o pensamento deve ser o do jogo de volta pela semifinal do Pernambucano…

Sete vitórias corais seguidas, com clássico. Não é mentira

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Seria uma mentira afirmar que o clássico foi emocionante, como preza o nome.

Seria uma mentira ainda maior não reconhecer a evolução do Santa Cruz no Estadual.

Com o batalhado 1 x 0 sobre o Náutico neste 1º de abril, o Tricolor chegou a sete vitórias consecutivas na competição. Cresceu na reta final do torneio. Pelo bi.

O duelo começou lento no Mundão. Parecia que a torcida presente assistiria a mais um clássico tecnicamente desanimador. Mas até melhorou um pouco, apesar das 52 faltas.

Na primeira jogada efetiva, o gol solitário do domingo, diante de 27.078 pessoas.

Aos 20 minutos, Geilson avançou e tocou para Dênis Marques. O atacante tentou duas vezes. Na segunda, preferiu o passe para Renatinho, que recebeu na ponta esquerda da área e acertou o ângulo. O estreante goleiro Felipe, ex-Santos, sentiu a falta de ritmo.

Do Náutico, no primeiro tempo, só uma cabeçada de Siloé, aos 34, e um chute de longe de Lenon, aos 36. No último lance, Dênis Marques quase marcou um gol de bicicleta.

O Alvirrubro voltou mais disposto na etapa final. Mesmo bem marcado, o que não é novidade, Eduardo Ramos resolveu aparecer um pouco mais para o jogo, principalmente alçando bolas na área coral. Foi para o abafa.

A dura marcação em Eduardo Ramos mudou o jogo, quando Anderson Pedra recebeu o segundo amarelo aos 13 minutos, após cometer mais uma falta no meia.

Com um a mais em campo, Waldemar incitou o time a ter um pouco mais de ousadia. O Alvirrubro passou a dominar, territorialmente. Mas faltava qualidade na conclusão.

Zé Teodoro percebeu a mudança no volume de jogo e colocou o zagueiro Vágner no lugar de Geilson, passando a atuar nos contragolpes, como na campanha de 2011.

Siloé ainda perdeu uma chance aos 26, livre na área após um cruzamento. O time pressionava, mas sem ser contundente. Foi o 4º jogo seguido sem gol do Timbu.

Bem armado, o Tricolor conquistou a primeira vitória em um clássico na temporada. Vice-líder, o time quer obter o direito de decidir a semifinal no Arruda…

Pernambucano 2012: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco