Por Luiza Bessa/ Especial para o Diario
As redes sociais ecoam muitas vozes. Algumas delas têm chamado atenção em particular por focarem em um tema muito caro da atualidade: o combate à gordofobia e a aceitação dos corpos como eles são. No YouTube, muitas mulheres encontraram o espaço ideal para discutir temas como moda, beleza, relacionamento, discriminação. Tudo com o olhar de quem se encontra fora da curva do padrão de beleza moderno.
Luiza Junqueira comanda o canal ‘Tá, Querida’. Foto: YouTube/Reprodução
A youtuber Luiza Junqueira, do canal Tá, Querida, é uma delas. Na plataforma desde agosto de 2015, ela soma mais de 110 mil inscritos que acompanham seus conteúdos de beleza, moda, receitas e, claro, aquele bate-papo descontraído sobre aceitação e empoderamento. Em entrevista ao Diario, Luiza, que é videomaker, contou que a ideia de criar um canal surgiu depois de passar por um processo pessoal de autoaceitação. “Há alguns anos, aventurei-me tentando fazer um canal sobre dieta. Por sorte, não fui pra frente com o projeto”, revela.
Dona um jeito autêntico e comunicativo, Luiza compartilha de tudo no Tá, Querida, de receitas de risoto à dicas de tintura para cabelo. Para ela, a ideia do canal sempre foi a de ser uma extensão dela mesma – “uma mina gorda, tatuada, colorida e bem loca”, como se define. E por que falar de tudo, não apenas de aceitação? “Só de eu ser uma mina gorda não depilada usando blusa de alcinha já conforta pessoas que se identificam comigo. Há um tempo, esses conteúdos só eram protagonizados por pessoas com um padrão de beleza e de vida muito longe da maioria”, defende.
O resultado são muitas mensagens de agradecimento e um sucesso crescente. “Nunca ninguém fala pra gente que não tem nada de errado em sermos nós mesmos. E é isso que eu falo”, destaca.
O Diario pediu ao Tá, Querida uma lista de influenciadoras que estão revolucionando a internet e a forma como outras mulheres lidam com seus corpos. Confira:
Alexandrismos – Tem como foco autoestima, auto aceitação e amor próprio
Jana Viscardi – Fala sobre linguagem, feminismo e desconstruções do cotidiano.
Olívia do Olivices – Fala sobre feminismo, questões subjetivas universais e sempre faz a gente pensar
Muro Pequeno – Ele é negro, gay, cristão e linguista. Levanta reflexões pertinentes – e urgentes – sobre essas minorias.
Nátaly Neri – Fala sobre questões acerca da vivência da mulher negra e sobre moda acessível.
Nunca Te Pedi Nada – Maíra tem uma pegada parecida com a minha. Fala de assuntos muito diversos mas sempre puxando a sardinha para o empoderamento feminino.
Gorda De Boa – Fala sobre aceitação gorda e lésbica.
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