Por Júlia Galvão/ Especial para o Diario
Onde estão as celebridades plus sizes? Na indústria do entretenimento, o padrão dos corpos sempre perseguiu as mulheres e, por muito tempo, isso significou status social e bons trabalhos. A simbologia que carrega um manequim 36 nos aponta diretamente para uma grande falha: a falta de representatividade nesse meio. No entanto, o momento, ainda em construção, é outro. Cada vez mais, mulheres famosas têm dado show de empoderamento e aceitação.
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Candice Huffine. Foto: Steven Meisel/Pirelli
Em maio de 2015, Candice Huffine dividiu espaço no Calendário Pirelli, tradicional por reforçar o estereótipo de corpos magérrimos, com Adriana Lima e Joan Smalls. A modelo plus size apareceu com seios à mostra, em clima sensual – poucas vezes associado à mulher curvilínea.
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Ashley Graham. Crédito: Sport Illustrated
Logo em seguida, Ashlley Graham quebrou todos os padrões ao estampar a capa da Sport Illustrated. A musa foi a própria estrela da edição de biquínis da revista norte-americana. E não parou por aí. Hoje, a modelo é uma das mais bem cotadas do universo da moda.
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Luiza Junqueira. Crédito: Instagram/reprodução
Não muito longe do mundo do show business, a youtuber Luiza Junqueira – dona do canal Tá, querida – explica a importância de se identificar e se sentir representada pelo outro. “Muitas mulheres me dizem que eu dei o empurrãozinho que faltava para que elas começassem a aceitar e amar não só o corpo delas, mas elas inteiras. Nunca ninguém fala pra gente que não tem nada de errado em sermos nós mesmos. E é isso que eu falo. Provavelmente, se eu tivesse acesso a esse tipo de pensamento na minha adolescência, teria economizado muito sofrimento”.
Confira mais alguns perfis de celebridades plus size:
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Crédito: C&A/Divulgação
Preta Gil
A cantora serviu de inspiração para a coleção “Special for You”, da C&A, com tamanhos que vão do 46 ao 56. Preta pesa 86 quilos e mede 1,60m e afirmou diversas vezes: “celulite não define caráter”.
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Crédito: Divulgação
Marília Mendonça
Mulher. Fora dos padrões. Voz de um dos gêneros musicais mais machistas: o sertanejo. Marília participa de uma nova onda que diz muito sobre protagonismo. O movimento, chamado de “feminejo”, fala sobre questões diversas: amor, bebida, farra, independência. E a questão da aceitação do próprio corpo está completamente intrínseca a tudo isso. Ela, que já foi vítima de preconceito por ser gorda, diz não se importar nem um pouco. Em entrevista à revista Pure People, a cantora desabafou sobre seu peso: “Ninguém me impõe nada. Não sou obrigada a ser magra e nem me render às modinhas que a mídia dita.”
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Playboy/Divulgação
Flúvia Lacerda
Em dezembro de 2016, Flúvia foi a primeira plus size a ser capa da Playboy Brasil. A modelo de 36 anos fez nu frontal e proibiu retoques no corpo. No seu Instagram pessoal, ela relatou sobre a experiência do projeto: “Fotografar linda e empoderada pela certeza de que debaixo da minha própria pele eu posso estar, viver e concretizar tudo aquilo que quiser. Porque o corpo é meu e posso celebrá-lo do jeito que quero e bem entendo”. A modelo, que hoje mora em Nova York, segue atuando como top model, chamada por muitos como a “Gisele Bundchen do plus size”.
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