Mariana Donato conta que algumas das modelos iniciantes topam trabalhar de graça por serem gordas. Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação

Por Manuela Cavalcanti/ Especial para o Diario

Se nas ruas e academias a pressão pela estética perfeita e a silhueta magra já são forçadamente impostas às mulheres, nas passarelas não poderia ser diferente. Consequentemente, o mercado para modelos profissionais plus size (aquelas com manequim superior ao 44) esbarra em vários obstáculos, como os altos custos das produções (uma roupa plus pode custar até o dobro de uma ‘tamanho padrão’) e o preconceito de alguns empresários do setor.

Mas a top recifense relata que uma das maiores barreiras para o crescimento das modelos plus no mercado e o preconceito das próprias garotas. “Quando iniciam a carreira, as meninas acham que só o fato de serem chamadas para um trabalho por serem gordas já é algo suficiente para não cobrarem cachê. É como se elas ficassem animadas por alguém ter reconhecido a beleza gorda”, comenta. “As lojas querem pagar para a modelo magra e ganhar a gorda de graça”, lamenta.

Indo contra a corrente, a norte-americana Ashley Graham se tornou um ícone da moda e vem fazendo história com suas curvas. No ano passado, ela foi a primeira modelo plus size a ilustrar a famosa Swimsuit Issue, um ensaio de biquini da regista Sports Illustrated, uma das mais importantes do mundo fitness.