Pizza, entrega rápida? Não mais!

Quem nunca pediu uma pizza por telefone com a promessa de entrega rápida ou seu dinheiro de volta? Esse tipo de serviço oferecido pelas empresas e, que acaba criando uma competição e estimulando o aumento da velocidade entre os motocilistas, deverá ser proibido.

De acordo com o projeto de lei de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), não se pode mais estabelecer tempo mínimo de entrega. O projeto de lei 3116/08, prevê multa de R$ 300 a R$ 3.000 ao empregador ou ao tomador de serviço. O documento tem regime de prioridade e será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para se ter uma ideia, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo calcula que 31,5% dos motociclistas em serviço de entrega percorrem de 150 a 200 quilômetros por dia.

“Pressionados de um lado pelas exigências do empregador e do cliente e, de outro lado, pelo ganho com produtividade, os motociclistas, muitos dos quais jovens e inexperientes, lideram o ranking da imprudência, com manobras ousadas e ultrapassagens perigosas”, alertou Crivella.

Para salvar mais vidas no trânsito

 

 

Diario de Pernambuco

Glynner Brandão

Duas resoluções para mototáxis e motofretes que estão sendo elaboradas pelo Conselho de Trânsito de Pernambuco (Cetran-PE) poderão servir de modelo para leis estaduais e municipais. A ideia é instituir equipamentos de proteção individual (EPI). Hoje, só o capacete é obrigatório.

Peças como luvas, calças, calçados fechados, cotoveleiras e joelheiras passariam a ser exigidas para mototaxistas e motofretistas. O anúncio foi feito ontem, em audiência pública na Câmara de Vereadores do Recife. Na última terça-feira, os efeitos do grande volume de acidentes de moto foram tratados na 6ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, dos Diários Associados. As propostas são do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Motociclistas de Pernambuco.

A diretriz para os mototáxis tem 71 artigos até agora. A outra soma 41. O pacote ainda está sendo debatido no estado e pode sofrer ajustes. Os municípios podem aderir ou não. Hoje, apenas 26 das 184 cidades pernambucanas têm órgão de trânsito.As diretrizes, ainda não editadas, somam 112 artigos e poderão reduzir as alarmantes estatísticas de acidentes envolvendo motos.

Além da área de segurança, o documento também deve propor modelos corretos de estacionamento, formas de fiscalização e calendário para inspeção veicular. “Apresentamos o projeto em Gravatá, Arcoverde e Araripina. Queremos diminuir os acidentes”, disse Simíramis Queiroz, presidente do Cetran. Caso as diretrizes sejam editadas, um fórum vai detalhar as duas resoluções e explicará a importância das adesões, que poderão ser parciais ou totais, das cidades.

As diretrizes estão sendo analisadas por um grupo de trabalho de seis técnicos de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. O Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran) é parte do grupo que discute as regulamentações. “Elas contribuiriam bastante para os municípios.

Ajudariam a dar diretrizes para as cidades”, acrescentou. Para o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), César Cavalcanti, as medidas podem ajudar a minimizar os acidentes. Mas ele faz ressalvas. “É preciso ter limite para a intervenção do Estado. Acho que os itens não são excessivos, mas os motociclistas não podem virar robôs. A solução definitiva é a educação continuada”.

“Achei interessante. Tenho carro, mas uso moto quase todos os dias. É um transporte rápido”
Claudevan Bezerra da Silva, vigilante

“Tenho muito prazer de estar com a moto. Certos cuidados são importantes.”
Camilla Vazquez, presidente do Motoclube Mulheres na Estrada

 

Penalidades para instrutores de trânsito corruptos


Lembram de Ratinho? Aquele apresentador? Pois é, o filho dele, Ratinho Júnior, deputado federal pelo PSC, elaborou um projeto de lei, que pretende alterar o Código de Trânsito Brasileiro com criação do Registro Nacional dos Instrutores e Examinadores de habilitação no trânsito.

A proposta é estabelecer um código de conduta com penalidades para quem for pego literalmente com a mão na botija. O código, na verdade, já prevê punição no caso de irregularidades. A questão é a lei ser fiscalizada e aplicada…

Taxista Nota 10

O esforço para que o taxista alcance a nota máxima do usuário está entre os objetivos da 4ª edição da Taxi Point, a feira brasileira dos fornecedores para o setor de táxi.Que acontece em São Paulo nos dias 16 e 17.

A proposta é oferecer cursos nas áreas de gestão de negócios e línguas estrangeiras, principalmente o inglês o espanhol. O progama pretende qualificar 80 mil taxistas até a Copa de 2014.

O Recife que é uma das cidades-sede da copa e deveria seguir no mesmo caminho. A capital pernambucana tem uma frota de táxi de cerca de 6 mil carros. E qualificação dos taxistas não é exatamente o forte dos profissionais.

A Táxi Point também promete apresentar uma ferramenta para otimizar o tempo durante a espera pelo táxi. Além de permitir o agendamento da corrida via internet pelo celular, o passageiro poderá ser avisado por SMS quando o taxista chegar ao local combinado

Informações pelo site: www.feirataxipoint.com.br

Reduzir em 10 anos metade dos acidentes de moto

 

 

Tânia Passos
taniapassos.pe@dabr.com.br

Diminuir pela metade o número de acidentes com moto no estado, nos próximos 10 anos, é a meta do Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes, instituído pelo governo do estado. Os números são desoladores. Somente no ano passado, foram realizados 8.700 atendimentos de vítimas de acidente com moto e um saldo de 571 mortes. A estratégia do comitê, apresentada ontem, durante a sexta edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, dos Diarios Associados, é conseguir uma redução de 7% dos acidentes ao ano e 50% em 10.

O trabalho do comitê também pretende rastrear todo o atendimento da vítima de moto e calcular o custo real para o estado. “Hoje, se uma pessoa é atropelada  por uma moto, ela pode dar entrada em uma UPA com escoriações, mas não é informado se os ferimentos foram provocados em consequência de um acidente de moto. Agora será”, revelou o coordenador do Comitê, Dr. João Veiga.

Para reduzir o número de acidentes o comitê pretende centrar em dois pilares: educação e fiscalização. No quesito fiscalização, uma das armas é a Lei Seca. A meta é fiscalizar pelo menos 30% da frota de motos no estado. “Uma pessoa que pilota uma moto, sem a capacitação e ainda embriagada o que se pode esperar?”, criticou. Uma pesquisa do Hospital da Restauração aponta que 30% dos acidentados com moto estavam embriagados e 70% sem a carteira de habilitação.

Outra preocupação é com a educação no trânsito. “Nós defendemos que a educação no trânsito passe a ser uma disciplina curricular. E já este ano 62 escolas vão adotá-la na grade curricular. É um avanço, mas a proposta é incluir a disciplina em todos os níveis de ensino”, apontou João Veiga.

Entre os palestrantes do fórum, o diretor executivo da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), Moacir Alberto Paes, veio preparado para assistir seu principal produto: a moto, ser posta no banco dos réus, julgada e condenada em todas as instâncias. Não foi bem assim. “Para começar não existe nenhum estudo que determine as causas dos acidentes de moto, que são pressupostos necessários para combater os acidentes. Além disso, a moto sozinha não é uma arma. Ela depende do condutor. A questão é que tipo de condutor nós temos?”, ressaltou Moacir Paes.

O fórum contou ainda com a participação do promotor Francisco Edílson de Sá Júnior e do vice-presidente da presidente regional da Federação Nacional dos Corretores de Seguro (Fenacor), Carlos Valle. A abertura dos trabalhos foi feita pelo vice-presidente dos Diarios Associados NE, Gladstone Vieira Belo.

Moto mata quase 50 pessoas por mês no estado

Em 2010, um total de 571 pessoas morreram vítimas de acidente de moto. O que significa uma média 47, 5 mortes por mês, 0u 11,8, por semana e 1,5 por dia. As que não morreram estão lotando as emergências dos hospitais. Na maior emergencia do estado, o Hospital da Restauração, dos 40 leitos do setor de traumatologia, 32 estão ocupados por vítimas de acidente de moto.

O tempo de internamento desses pacientes, em geral, é longo devido a gravidade dos ferimentos. Na 6ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, nesta terça, 13, na Sede dos Diarios Associados, no bairro de Santo Amaro, o aumento da frota de motos no estado e as suas consequências estão no foco da discussão. Nas duas últimas décadas, o aumento acumulado da frota superou a marca de 600%. O médico João Veiga, que já fez uma pesquisa sobre as vítimas de moto, que deram no HR, é um dos palestrantes do fórum.

Quem quiser participar do fórum pode se inscrever pelo telefone: 3320-2020, no horário comercial.

 

 

 

De quem é a culpa por uma calçada inacessível?



Movido pela indignação e sentimento de cidadania, o arqueólogo Paulo Tadeu de Albuquerque me enviou fotos que registram as péssimas condições da calçada, que abriga a mais importante parada de ônibus da Rua Joaquim Nabuco, nas Graças, onde todas as linhas para a Zona Oeste param e passam por ela.

Segundo o relato de Paulo Tadeu, a parada fica junto ao laboratório CERPE e à Faculdade Maurício de Nassau. Além disso, ela é a única parada que atende aos cegos do Instituto dos Cegos do Recife, situado a menos de 100 metros.

“Diariamente e a qualquer hora se assiste ao triste espetáculo de ver esses seres humanos especiais se prostrarem ao chão”, lamentou o arqueólogo.

Ele conta ainda que contactou a Empresa de Manutenção e Limpeza do Recife (Emlurb), o Governo do Estado, o laboratório CERPE e a Faculdade Maurício de Nassau. Ninguém, no entanto, se sentiu na obrigação de resolver.

“Eles dizem que a responsabilidade é  do número 600 dessa rua”, revelou. Talvez seja mesmo  mais fácil lavar  as mãos. A legislação atual do município estabelece que a manutenção das calçadas está sob a responsabilidade do proprietário do imóvel.

Mas também determina, que se o proprietário não o fizer, o municípioexecuta a manutenção necessária e cobra em forma de imposto. Na prática, isso não vem sendo feito, mas vale ressaltar que o município tem sim responsabilidade.

Já em relação às condições da parada de ônibus, cabe ao Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano oferecer condições dignas e isso se traduz também no quesito acessibilidade.

Em relação à faculdade e ao laboratório, que se beneficiam diretamente com o passeio, poderiam colaborar, mas nesse caso, não seriam obrigados. A responsabilidade social é uma questão de consciência, ou se tem ou não. E ao proprietário do nº 600, alguém sabe de quem se trata? Ele, claro não fica de fora.