Abram alas para as ambulâncias

 

Uma nova tentativa de melhorar a mobilidade urbana, via projeto de lei , propõe, dessa vez, a criação de uma faixa exclusiva preferencial para os veículos em situação de emergência a exemplo das ambulâncias.

A proposta é do vereador do Recife Dr. Rogério de Lucca. Ele justifica a medida devido a localização dos hospitais e batalhões no centro urbano. “Enfrentamos desafios de mobilidade, típicos de um grande centro urbano e como sabemos que a maioria dos hospitais, delegacias e batalhões estão localizados no centro da cidade, temos inevitavelmente engarrafamentos nas principais vias urbanas”, avaliou o vereador.

O projeto trata em seu art.2º,  que a faixa deverá ser usada livremente para o tráfego de veículos, sendo obrigatório o esvaziamento para o veículo em situação de emergência. Se aprovada, a faixa preferencial terá pintura diferenciada com sinalização específica a ser definida pela administração municipal. Essa alternativa é realidade em outras metrópoles, como Nova York, Londres, Tóquio e Paris, mas é inédita no Brasil.

Nota do blog

A criação de uma faixa preferencial para veículos de emergência não parece ser uma solução. Há alguns aspectos que devem ser levados em conta: a faixa é preferêncial, isso significa que ela poderá ser usada normalmente pelos veículos e devem oferecer passagem aos veículos em situação de emergência.

Na prática isso já acontece. Bem ou mal, há um esforço dos motoristas em dar passagem às ambulâncias. A dificuldade maior  é quando as vias estão muito engarrafadas e essa condição não mudaria com a faixa preferencial.

Há outra questão. As ruas do Recife, em sua maioria, são estreitas e até a implantação de corredores exclusivos para o transporte público passa por dificuldades. Mas não apenas isso, temos ainda que levar em conta a questão das ciclovias e dos passeios para os pedestres. Há uma cadeia de prioridades, que talvez não caiba mais uma via dedicada aos veículos de emergência, que são preferenciais na sua própria condição.

10 Replies to “Abram alas para as ambulâncias”

  1. Não precisa de uma faixa parcialmente exclusiva para veículos em emergência. Precisa é de meios para os veículos circularem com maior fluidez. Hoje, os veículos de emergências menores como as ambulâncias utilizam, quando tem, as faixas exclusivas para ônibus por exemplo.Só que quando chegam nos gargalos – sinais ou estações – fica complicado para os ônibus e demais veículos abrirem espaço, pois como a opinião dada pelo blog, grande parte das nossas ruas e avenidas não são largas, e já há problemas como implantar novos corredores de transporte de passageiros.
    Dar preferência é bom, mas pode prejudicar que está sendo bonzinho quando envolve a fiscalização eletrônica. Normalmente, não colocam guardas onde há esses equipamentos. Na presença dos guardas, se pode com autorização deles, avançar sinal fechado, ficar sobre a faixa de pedestre sem prejuízo ao condutor. Na presença de um equipamento – a maioria não é idenfiticada, o que fere medidas adotadas por outros estados que fazem questão de avisar – acredito que os motoristas que sabem da existência não avançam o sinal para abrir caminho e se podem, sobem calçadas, mas não ficam sobre a faixa. Isso para não ganharem uma multa, que dificilmente será cancelada pela autoridade de trânsito, por alguns motivos: o motorista provar que avançou sinal por conta de veículo de emergência, ou se tira um foto deste veículo com a ajuda do celular, mas pode ser questionado porque estava dirigindo usando o aparelho;
    o equipamento, se der sorte, registrar, também, o avanço de sinal pelo veículo de emergência para checarem que pelo registro de tempo; anota-se a placa dele com dia, horário, local do fato, para ver se depois se confirma o dito. Enfim, não é algo simples de se livrar e as autoridades não estão nem aí com a dor de cabeça e perda de tempo para se defender.

  2. Sabemos que existem inúmeras dificuldades para implantação desse projeto de lei, no entanto, enquanto houver descaso das autoridades e pensamentos pessimistas, que graças à DEUS são minoria, nada acontecerá para melhoria da qualidade de vida desta sociedade que tanto sofre e que pensa tão pequeno. Nossos Municípios, Estados e até nosso País, só se tornarão grandes quando iniciativas desta natureza ganhar apoio de muitas vozes. Parabens Vereador pela iniciativa.

  3. Parabéns, pelo Projeto de Lei, espero que seja aprovado e que seja colocado em prática pois falta educação nos condutores de veículos.

  4. É isso aí,Raimundo! Concordo e assino em baixo,com vc e com a opinião do blog,citar metrópoles como Nova York, Londres, Tóquio e Paris,é até hilario….Quem era pra tomar conta do transito,pelo menos aqui no Recife,era pra ser à CTTU,se pelo menos víssemos,o esforço desse órgão para com o transito,tudo bem!!!!! Agora que o órgão é ineficiente,isso já está provado,é muito fácil criar leis,que nós sabemos,não vai surtir efeito,visto,que vc(motorista),não pode nem tampouco consegue dar à devida preferencia,só se passar por cima do outro veiculo….Sera?????

  5. Meus caros recifenses,
    A abertura de espaço para discussão é uma atitude feliz para alcançarmos um entendimento consensual. Compreendo a necessidade de redimensionar ruas, veículos, educação, etc. Na prática isso é inviável, resta-nos encontrar soluções visando diminuir os danos. Estamos diante de sintomas de uma doença malígna chamada ‘falta de educação’ com ‘recidivas’ ‘tsunâmicas’ e avassaladoras. Tratemos então de minimizar os seus efeitos. Um deles, especificamente, é a ‘dúvida’ do condutor que ouve um sinal sonoro de emergência, que não sabe em que faixa o veículo está vindo! Mais uma vez, essa faixa ‘NÃO É EXCLUSIVA’. É, a exemplo de Nova Iorque, uma faixa comum, sinalizada horizontalmente apenas, em vias com três ou mais faixas de rolamento. Tenho certeza que o recifense tem capacidade de absorver a idéia de ajudar na desocupação da faixa em caso de necessidade. A lei de trânsito já previu esse movimento, mas não definiu enfaticamente com identificação visual a faixa a ser desocupada.
    Pelo meu entendimento, e acredito que está óbvio, o projeto ‘NÃO QUER CRIAR UMA FAIXA EXCLUSIVA PARA VEÍCULOS EM EMERGÊNCIA’, tratando tão somente de sinalizar a faixa a ser utilizada pelo mesmo para que aqueles que estão à frente ‘SAIBAM’ qual delas deverá estar livre. Quanto ao fato de avançar ou não o sinal voltamos aos ditames da lei atualmente em vigor que prevê a cessão de passagem àqueles veículos e a pergunta permanece: o que o condutor do veículo que está na ‘pole position’ deve fazer? O dilema hoje é o mesmo. O que se faz hoje? Vocês sabiam que quando a ambulância está em movimento os médicos e para-médicos não podem fazer nenhum procedimento na pessoa socorrida? Ou seja, o tempo é vital para o paciente e se podemos fazer alguma coisa, lutarei, como venho lutando há mais de trinta anos para que minimize os danos a quem pode ser salvo.

  6. Marco Buonora, sem dúvida, a vida vale mais e o projeto, como eu saliente antes, fala de uma via parcialmente exclusiva – quando tiver veículo de emergência, este poderá utilizá-la e aqueles que já estiverem nela deverão se dirigir para as outras abrindo caminho. Muito simples e como você sugere, de fácil compreensão. Por outro lado, seus questionamentos sobre avançar ou não o sinal correndo o risco de ser penalisado não respondem a essa questão, pois vários acidentes ocorrem pela tentantiva de se obedecer a lei também e outros prejuízos financeiros também.
    Observando ambulâncias que vêm do interior em situação de emergência, noto que seus condutores não sabem pegar rotas alternativas que se tornam até mais rápidas nos horários de pico, mesmo que o trajeto seja um pouco maior. Logo, enquanto uns pedem passagem a centenas de veículos a frente e mesmo que houvesse uma faixa como esse projeto prever, não seria tão rápida a realocação, outros fazem trajetos alternativos e chegam ao destino mais rápido.
    Ainda, diante de tanta tecnologia disponível, se é para facilitar a vida de alguns e salvar a de outros, por que não instalam câmeras de monitoramento por pessoas ou com reconhecimento de imagens para identificar os veículos de emergência e alterarem o tempo de funcionamento dos sinais ditos sincronizados e, parece, gerenciados a distância?
    Já se sabe os corredores principais utilizados por veículos de emergências e caminhos alternativos poderiam identificados para prover fluidez, então acredito que a junção de alternativas viárias com recursos de monitoramente seriam bem mais eficazes que mover montanhas de carros, mesmo em trechos onde há 3 ou mais faixas.
    Alternativas existem, mas noto o uso da eletrônica mais para punir que para ajudar em alguns casos e não se atentam aos detalhes.

  7. Meus Caríssimos,
    Wilson, Raimundo e Blog,
    Compreendo vossa indignação e entendo que ela seja acompanhada pela maioria da população do Recife, inclusive por mim mesmo. Como escrevi no outro comentário, estamos enfrentando problemas dos mais diversos devido a inúmeras causas, principalmente a educação tanto doméstica quanto acadêmica e cívica. Vocês têm razão em considerar hilária a comparação com metrópoles outras, e confesso que é verdade, no entanto desde que eu e vocês nascemos sofremos influência da experiência dos outros povos, é assim que a vida acontece. A sabedoria humana é utilizar ferramentas bem sucedidas. Isso acontece em todas as áreas, economia, medicina, engenharia, comércio, política, educação, estamos buscando instrumentos que deram certo e adaptando para aplicação dos mesmos no nosso caso. O vosso celular certamente é “Made in China”. Posso afirmar com absoluta certeza que a maioria das coisas que existe na minha e na vossa casa foi idéia concebida e importada dos mesmos países ‘hilários’ citados. Inclusive o vosso carro foi idealizado por um norte americano chamado Henry Ford! A lâmpada que vocês acendem à noite foi idéia do ‘hilário’ Thomas Edison’. Percebem como imitamos tudo? Algumas vacinas que vocês dão nos vossos filhos são idéias importadas, vosso computador e tv com tela plana é uma idéia importada. Não há nada de mal nisso, eles também imitam nossas idéias. Até mesmo o idioma que vocês falam é importado de Portugal…!
    Agora, voltando precisamente a questão do trânsito, TODOS somos responsáveis, ou você acha que deveríamos ter um agente em cada esquina da cidade para lhes dizer como devem conduzir um veículo de forma educada e civilizada? É mais fácil imputar culpa nos outros. Dizer que a CTTU é inoperante ou deficiente não ajuda em nada, já sabemos disso pois, é composta de pessoas egressas da nossa sociedade com as mesmas deficiências e falhas como eu e vocês as temos. Eu sou recifense e, por exemplo, não entendo porque no nosso país se escuta tanta música em inglês, se não entendemos a língua inglesa. Então, já que é inevitável aproveitemos as idéias que funcionam e tentemos melhorar a vida dos que convivem conosco. Esse esforço certamente pode ser feito tanto por mim quanto por vocês. Vocês estão convidados.
    Caso alguém já tenha visto a experiência sugerida em ação e tenha verificado que não deu certo, por favor faça-me saber. Dizer apenas que não vai dar certo sem argumentação robusta não vale.
    Fraternal Abraço.

  8. Uma ótima iédia Dr. Rogério de Lucca pois nossa cidade está crescento e as autoridades estão esquecendo da via urbana dos subúrbio é um caus pois esse tráfego que todos os dias na avenida Recife em horário de pico todos e quaisquer veículos estão condenados a ficar horas, se possível parados no tráfego que parece não ter fim para chegar ao retorno que fica lá no núcleo do Ibura, tentando fazer o socorro da emergência do HGA. Tenho experiência perdi ente querido ao ficar tendtando passar entre os veículos e fazer o returno nessa via que liga o HGA. O tráfego dessa avenida que assima citada não oferece meios para ligar as AMBULANCIAS E OUTRAS VIATURAS ao socorro de tantas vítimas, que já morreram ao fazer este retorno. ÓTMA IDÉIA QUE SAIA DO PAPEL E VÁ PARA A PRÁTICA NÃO AGUENTAMOS MAIS DE TANTO DESCASOS, AGORA TEMO V.SA. PARA LUTAR POR NÓS QUE TANTO SOFRMOS.

  9. Meu Caro Raimundo, (desculpe-me o teclado ingles) 26-04-2012 Australia
    Gostaria de saber sua opiniao a respeito, especificamente, do projeto em questao, voce^ acredita que funciona ou nao? Eu pessoalmente jah vi funcionar muito bem quanto em visita aa cidade de Nova Iorque no ano de 1973 e ainda hoje existe essa demarcacao que lah chamam de “FIRE LANE” e estah sinalizado nao apenas em vias de 3 ou mais faixas mas tambem, eventualmente, em vias de duas faixas. Quanto a ideia a ser aplicada no nosso Recife, surgiu tao somente porque, apesar de jah existir determinacao legal para essas situacoes, os motoristas que encontram-se aa frente da ambulancia ao tentarem identificar em que faixa ela se encontra assistem um verdadeiro zigue-zague maluco da ambulancia que vai passando por espacos minimos entre os veiculos na tentativa de reduzir o tempo daquele atendimento. Acredito que voce^ jah se deparou com situacao semelhante e certamente ficou preocupado em dar passagem. Ora, se houver uma sinalizacao minima definindo em qual faixa ela virah entao o problema pode ser minimizado atraves da desocupacao momentanea daquela faixa. Quanto ao veiculo que estah na pole explico o que acontece nas outras metropoles, os veiculos ocupam a faixa de pedestres ate que a ambulancia passe. Aqui quero que saiba que estah previsto tambem no Codigo de Transito que os pedestres DEVEM AGUARDAR NA CALCADA ateh que o veiculo consiga passar. Nao sendo portanto, necessario avancar sinal. Quero que saiba ainda que apesar de nossas ruas nao serem um “primor” de projeto viario, nelas existe espaco suficiente entre faixas para que os veiculos que ocupam a faixa sinalizada se desloquem para um lado ou para outro, e, posso afirmar que o povo do Recife espera uma solucao como esta ha muito, mas ninguem antes pensou numa solucao assim. Certamente isso nao resolverah o problema do transito de lugar nenhum, nem vai resolver o problema daqueles que chegam do interior e nao conhecem os atalhos,(eu tambem desconheco) e vias alternativas em hora de pico, mas reduzirah sobremaneira o tempo de atendimento e ajudarah na educacao para o transito. O que voce^ esqueceu de considerar foi os desdobramentos de uma solucao desse tipo, que eh o caso de veiculos (motos) que aproveitar-se-ao do espaco deixado pela ambulancia (fato que jah ocorre hoje) e que pode aumentar o risco de acidentes. (nos paises “hilarios” a multa eh bastante severa e o condutor que eh flagrado vai responder na corte (juizo), aih entra a sua sugestao de adotar meios eletronicos para coibir tais atitudes de irresponsaveis (que, repito, jah existem hoje em dia). Para aproveitar sua sugestao e ajudar na prevencao poder-se-ah instalar cameras nas partes de tras e na frente das ambulancias para ajudar a identificar aqueles seguidores apressados.
    Como informacao o projeto de lei encontra-se no executivo municipal para sancao ou veto do Prefeito. Espero que ele tenha um entendimento pratico da ideia e o sancione pois nunca sabemos quando estaremos necessitando de socorro ou quando nossa vida estarah dependendo de um minuto a menos no transito da nossa cidade. Saiba que durante o trajeto em socorro a acidentado, ali dentro da ambulancia, os atendentes nao realizam procedimentos enquanto a ambulancia nao chegar no hospital por motivos obvios. Isso potencializa a importancia do tempo para chegar a um hospital.
    Como ve^ o projeto nao visa resolver a questao de avancar ou nao o sinal, essa questao deve ser posta aos que conceberam o Codigo Nacional de Transito em vigor pois como estah lah determinado em seu artigo 29,VII, (a) que determina prioridade para aqueles veiculos sendo obrigatoria a sessao da passagem, nao diz o que o veiculo da pole deve fazer…!
    Cordiais Saudacoes,
    Marco Buonora