Passagens de ônibus podem subir 17,2%

 

Um dia após o início de uma mobilização nas redes sociais de estudantes e usuários do transporte público contra um possível aumento na tarifa dos ônibus, o Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) confirmou a intenção de reajustar os valores das passagens.

Mas, ao contrário do que vinha sendo feito nos últimos quatro anos, com o aumento baseado no Índice de Preço ao Consumidor (IPCA), os empresários querem um reajuste de 17,2%, mais que o dobro do IPCA, que foi de 6,5%. O sistema atende a 800 mil passageiros por dia.
Caso o reajuste seja aprovado no Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), a tarifa do anel A passará de R$ 2,00 para R$ 2,35. Segundo a empresa Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, responsável pela operacionalização do sistema, até o início da noite de ontem a empresa não havia recebido oficialmente o pedido de reajuste.

Em nota enviada à imprensa, a Urbana-PE alega que as cargas tributárias ultrapassam em 50% o valor da tarifa e eles não recebem nenhum tipo de subsídio. Nas contas dos empresários cerca de 20% das viagens não são pagas pelos usuários. E com a previsão de novos terminais integrados neste ano, a perspectiva do setor é de uma redução na demanda pagante. Para justificar o pedido de “realinhamento” tarifário, os empresários alegam que o percentual atende a critérios técnicos e que o IPCA é inferior à elevação do custo setorial.

Protestos

O movimento estudantil se reuniu ontem à noite para definir os rumos da mobilização contra o aumento. O Comitê Contra o Aumento das Passagens de Ônibus decidiu fazer diversas manifestações, entre elas uma panfletagem amanhã e um ato público na sexta-feira. A concentração será no Ginásio Pernambucano, no Centro do Recife.

 

 

 

 

Disparam casos de invalidez por acidentes e moto é a maior causa

Casos de invalidez permanente entre trabalhadores vítimas de acidentes de trânsito se multiplicaram por quase cinco entre 2005 e 2010, passando de 31 mil para 152 mil por ano.

Nos primeiros nove meses de 2011, houve novo aumento de 52%, para 166 mil, segundo números do DPVAT, seguro obrigatório pago por proprietários de automóveis.

Os dados revelam que a maioria dos acidentados –mais de 70% dos casos em 2011– usava moto e está em plena idade economicamente ativa (entre 18 e 44 anos).

O quadro preocupa a Previdência Social, que teme ter de arcar com os custos de uma geração de jovens aposentados por incapacidade.

“O que mais tem crescido é a concessão de aposentadoria por invalidez devido a acidentes com motos”, diz Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência.

Projeções apontam que o INSS gastou R$ 8,6 bilhões com benefícios gerados por acidentes de trânsito. A cifra representa 3,1% de todas as despesas previdenciárias.

Fonte: UOL Notícias